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Nunca mais vou enganar meu coração. Prometo que não terei medo de me machucar, de sofrer, de me entregar. Tenho gana de viver. Quero buscar o que ainda não tenho, o que me faz falta.

Não vou fingir que não percebo os sinais do meu corpo, que não sinto meu coração batendo tão forte que tenho a impressão de que vai escapar de dentro de mim. Não vou negar que a minha mão sua frio, que não segura firme a caneta no papel, que minha letra sai tremida. Não vou segurar meu choro nem esconder as lagrimas que insistem em escorrer pelo meu rosto. Não vou me envergonhar do que sinto.

Vou me aventurar, procurar o que sei que esta perdido em algum cantinho da minha alma e estava apenas esperando o momento certo pra ser encontrado. A hora eh agora. Tenho sede de emoções, como nunca pensei que um dia teria. Quero rir, chorar, correr, cair, levantar, tentar, aprender. Quero olhar pra trás sem arrependimentos, sem ter vontade de reconstruir minha historia. Quero estar certa de que fiz minha parte, que diria cada palavra novamente se fosse necessário.

Bate no meu peito uma vontade enorme de colocar em pratica as lições que aprendi nos anos em que fechei meu coração pra balanço. Percebo que não preciso provar nada pra ninguém, sei como sou e isso me basta. Bate no meu peito o desejo de abrir as portas pra viver, de finalmente conhecer o verdadeiro amor.

Foram 2 anos me recuperando de um coração partido... E agora quero viver esse amor proibido, esse desejo que me atormenta quando ele chega perto!

Eu nunca gostei de errar. Fosse um passo do balé, um cálculo de matemática ou nas minhas decisões. Eu pensava que essa era uma das minhas virtudes, gostar de fazer o certo, mesmo quando, no fundo, queria quebrar algumas regras apenas para experimentar errar. No entanto, eu conheci um erro. Este que tinha um par de belos olhos azuis sombrios, um rosto marcado e vários desenhos por todo o seu corpo. Ele lutava ilegalmente e tinha como cometer erros seu hobby favorito.
Eu tentei fugir. Me esforcei para conseguir esconder o que sentia quando ele estava por perto, mas falhei miseravelmente. Uma vez, ouvi dizer que temos que tomar cuidado com nossos rodopios, pois a queda pode ser brusca, dolorosa ou fatal. Eu sempre me cuidei para não cair e me machucar, mas quando se tratava dele, as quedas faziam parte da nossa dança e não me importava em ter alguns arranhões, desde que no final, ele estivesse comigo, sendo o meu lado oposto e, estranhamente, o meu porto seguro.