Lista de leitura BIGBANG

Há um tempo atrás, eu soltei um passarinho que passou a maior parte da vida preso em uma gaiola. Ele talvez já estivesse acostumado, então apenas aceitou, parou de tentar voar, parou de se agitar...
Eu me lembro nas manhãs de primavera acordar e o ouvir cantar... Não havia coisa melhor do que ouvi-lo Ele não morreu por tristeza, mas com o tempo, o passarinho apenas morreu sem eu poder ter proporcionado-lhe a liberdade mais uma vez.
Ele ficou sozinho assim que eu o soltei. Continuou aceitando. Estava velho, perto da morte. Quando pensei em deixa-lo peguei a gaiola e deixei aberta tentando fazer com que ele saísse por vontade própria, mas nada, o mundo dele, se tornou aquela gaiola. Com um pouco de custo, peguei ele com o máximo cuidado para não machucar. Ele estava cansado, parecia triste enquanto estava naquela gaiola sozinho, esperando morrer. Eu não sei o que ele queria de fato, não tinha como eu saber.
Esperei ele descansar e então por fim o olhei de perto. Passei minhas mãos em suas penas e sorri. Então eu o soltei e o vi voar, eu com poucas lágrimas, peguei a gaiola e sai dali aos poucos.
Eu o soltei.... Mas ele sempre permaneceu ao meu lado, pois o amor que sentia por aquele pequeno passarinho era... verdadeiro, era único.