Lista de leitura Bunnykook ❤🐼

A forma que Jeongguk mexia os quadris era um pecado, o tipo de coisa que deveria ser ilegal para garotos como o mais novo. Mas a coisa é que: Não existia mais ninguém como Jeongguk. Não existia mais ninguém com covinhas tão convidativas no final das costas como o Jeon. Tão fundinhas, perfeitas para Jimin encaixar seus dedos.

Jimin ponderou aquilo por algum tempo.

— Uma criança é tão ruim assim? Digo, você não quer ter filhos?

— Não, não, não é isso! — Jeongguk suspirou, se sentando de pernas cruzadas na cama e passando as mãos pelo rosto. — É que... Eu sempre quis ser um dos pais legais, sabe? Tipo, ter histórias pra contar, e que meus filhos me achassem o máximo. Eu tenho uma lista mental de coisas que eu queria fazer antes de ter um catarrento.

— Ok, escuta só, anota tudo dessa tal listinha, eu volto mais tarde pra te buscar, então dá alguma desculpa que só você sabe inventar pro seu papai, e depois vamos resolver essa história de criar coragem pra fazer o teste de gravidez, tudo bem? — Jimin falou, depositando um beijo na testa do namorado.

A vida de Jeongguk e Jimin sempre foi perfeita, desde quando moravam em Busan até se mudarem para Seoul há cinco anos. Primeiro tiveram Light, um garotinho esperto e apaixonado por desenhar monstros. E então veio Jeongsan há apenas alguns meses atrás, que logo virou a paixão da casa.

Mas Jimin tem passado mais tempo no trabalho do que o comum, o que vem deixando seu marido e filho mais velho cada dia mais chateados. Mas tudo parece ir por água abaixo quando o Park diz que não farão mais a esperada viagem para casa de praia em Busan, nas férias.

''— Nós vamos pegar um táxi e ir pra casa. — Jeongguk murmurou, equilibrando Jeongsan em um dos braços, e abaixando para que Light pudesse pular em suas costas.

E Jimin ficou ali, vendo os três amores de sua vida se distanciando cada vez mais.''

Eu não sei porque Yoongi me escolheu, ou porque eu o escolhi, mas talvez seja pelo fato de que ele odeia dançar, e odeia qualquer coisa que o force a gastar muita energia, mas ainda assim segura em minha mão e me gira pela sala de sua casa, e dançamos juntos até de madrugada ouvindo nossas músicas preferidas.

Mas Hanbin estar aqui, agora, é só a ponta do iceberg, e pra falar sobre sua existência, eu não posso deixar de falar sobre o principal responsável por ela: Jeon Jeongguk.

(Ok, fui eu quem plantei a sementinha, mas cá entre nós, Jeongguk é o único capaz de me aguentar tempo o bastante pra querer começar uma família comigo – Ainda que começar uma família, com filhos, não tivesse sido exatamente planejado por nós)

Então vamos voltar no início, quando descobrimos sobre um pequeno ser morando na barriga de Jeongguk.

— Não estou vendo caras maus por aí. — Jeongguk murmurou.

— E é exatamente por isso que devíamos nos divertir um pouco. Vamos lá, só hoje. Eu vou fazer um trato com você, ok? Você me deixa te dar um pouco de diversão, e eu prometo que não fico no seu pé por, hm... Uns dois dias.

— Dois dias?

— Uhum, dois dias, promessa de dedinho.

— Tudo bem. — Jeon deu de ombros. — Como começamos essa diversão?

Todo ano Jeongguk e os trigêmeos surpreendem Jimin no dia dos pais, mas esse ano o mais velho quer mostrar ao marido o quão grato se sente por todas as coisas que Jeongguk faz pela família.

Em frente do Sr. Jeon, Jeongguk se transformava em algo completamente diferente, se comportava como o pequeno príncipe dos Jeons, notas impecáveis da faculdade, cabelo sempre penteado, um frescor de menta na boca, e até seu toque era delicado. Mas toda vez que seu olhar se cruzava com o meu, eu conseguia ver o quão sujo ele realmente era e, Deus, como eu queria me afundar naquela sujeira.

Desde a semana retrasada, quando Jimin acompanhou seu irmão e sobrinho até o parque, ficou pensando em como seria se ele e Jeongguk tivesse um filho. Mas, quando levou a questão para seu marido, o mais novo rapidamente se recusou e disse para Jimin tirar aquela ideia da cabeça.

— Por favor, por favor, Jeongguk, eu juro que limpo a sujeira dele sempre.

Se dissessem que um dia Park Jimin estaria de mãos juntas e fazendo expressão de cachorrinho chutado em frente à um Jeongguk bem irritado, o garoto não iria acreditar, mas era exatamente o que estava fazendo. Pela terceira vez naquela semana.

— Eu já te disse, Jimin, não! E você está fazendo parecer que vamos adotar um cachorro ou algo do tipo. Quer saber? Esse é um dos motivos pra não termos um filho, você acha que é uma brincadeira!

Bom, hora de colocar o plano C em ação: Ele ia fazer com que Jeongguk quisesse ter um filho.

Então eu tenho essa teoria de que você nunca pode ficar confortável demais com como as coisas estão indo. O universo nunca vai te deixar em paz por muito tempo, então sempre mantenha o olho aberto e fique atento.

Ah, se ao menos eu soubesse disso antes.

— Eu finalmente sei o que é estar vivo, acho que já posso morrer. — Brinquei.

— Você não pode morrer, nós temos muito o que fazer ainda. — Ele respondeu, e eu soube que queria fazer todas as coisas no mundo com ele.