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"A angústia que tomava meu peito fazia com que uma força sobrenatural fizesse pressão em meus pulmões, causando falta de oxigênio. Era isso que ele me causava, aquele maldito garoto cheio de pintinhas e com olhos amendoados, ele me fazia esquecer toda a minha frustração e ver apenas a luz que emanava ao seu redor. Eu sou a escuridão, e ele a luz. A minha luz."

Mudar de cidade era tudo o que Lydia não queria, mas com a morte de sua mãe foi obrigada a isso. Mais especificamente, pelo seu padrasto. Como ela não tinha nenhum parente, o homem ficou com a guarda dela. O homem que ela mais odeia no mundo. Ela se sentia cansada de viver, cansada de lutar, cansada de existir. E quando estava realmente desistindo, ele apareceu. Ele trouxe cor a sua vida, ele iluminou seus dias, ele lhe fez se sentir viva. Ele lhe fez acreditar em finais felizes.

Mal sabia ela que finais felizes não existem.

"Eu precisava de uma distração, e bem, Penetrator Chris era o cara certo para isso."

Lydia Martin não é mais a mesma garota.

Aprisionada por muito tempo no hospício, sujeitada a torturas e experimentos, acabou enlouquecendo em sua pequena cela na Eichen House, perdendo todo resquício de humanidade, esquecendo sua essência e mudando completamente.

O único desejo que lhe restou foi o de se vingar, matar todos aqueles, que para ela, foram os responsáveis por todo sofrimento: seus antigos amigos.

E agora, aqueles que a amam terão que resgatar a vida dentro da insanidade que a tomou.

Essas não são, definitivamente, cartas de amor. Cada palavra escrita nessas folhas amassadas, são um desabafo dos delírios de um jovem.
A mãe desse menino morreu completamente enlouquecida, o que talvez explique os relatos insanos de seres sobrenaturais que estão presentes em cada página.
Apesar das loucuras sobre lobisomens e diversos monstros, infelizmente, os acontecimentos trágicos, registrados em suas cartas, são verdadeiros e a consequência de sua insanidade misturada as tragédias, não poderia ser boa.
Leia sem expectativas, sabendo que encontrará um final infeliz, sobre a história de um menino, que se auto nomeou como "O garoto sem nome".

"O grito que me sufocava escapou de meus lábios enquanto meu corpo tombava no sangue, sem encontrar forças para evitar que eu mergulhasse na poça, que no momento em que entrou em contato com meu rosto se transformou em um denso oceano vermelho. O sangue invadiu minha boca escancarada, deslizando pela minha língua e atingindo meu corpo, me sufoquei com meu próprio grito e afundei no liquido denso, meu corpo pesado e mole desabando para o fundo sem conseguir encontrar ar para meus pulmões exaustos. "

“ ...uma pessoa assim como ela, jamais iria desejar um cara desajeitado e patético como eu, um garoto fraco que nunca poderia protege-la do mundo sobrenatural e que não tinha forças...Eu era um grande nada desprezível e ela tudo o que qualquer pessoa desejava, tudo o que eu sempre quis."