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Talvez fosse mais do que companheirismo, mais do que admiração, mais do que um simples afeto.
Porque quando JongDae fechava os olhos, JunMyeon era seu primeiro e único, como se o enxergasse muito além de sua presença física, como se o guardasse em si.

O famoso Gato de Cheshire do País das Maravilhas estava cansando de ser apenas um gato, cansado de aparecer e desaparecer por aí em um mundo de malucos, sem nenhuma novidade em suas sete vidas. E para resolver seu problema ele decide procurar Alice em seu país, contudo, acaba se deparando com outra criatura da espécie da menina, um macho adulto chamado BaekHyun.

Que o adota como seu gato de estimação e passa a chamá-lo de Chanyeol.

E o problema de Chanyeol passa a ser a vontade de ser humano também.

Eles se destruíam dia após dia e se amavam noite após noite.
E mesmo que se quebrassem mil vezes, juntos ainda eram inteiros tentando se completar.

Há laços mais estreitos e fortes do que outros, BaekHyun sabia que estava entrelaçado a um deles e tentava lutar contra os nós em seu caminho. Entretanto, essas ligações não podem ser ignoradas, pois quando fechamos nossos olhos diante de um amor verdadeiro, talvez a vida nos faça enxergá-lo de alguma maneira, talvez as lágrimas viessem. E o laço entre BaekHyun e Chanyeol os enforcava cada vez que desejavam se afastar.

Quando fechava a porta todos os segredos eram revelados, todos os toques, beijos e declarações eram sem medo. Sua carreira, compromissos, fama, o grupo e a vida como um ídolo deixavam de existir, porque a único motivo de Do KyungSoo respirar era Kim Jongin diante de seus olhos e ao alcance de seus dedos.

KyungSoo estava cheio de dúvidas em relação a sua sexualidade e precisava saná-las antes que enlouquecesse. Seu melhor amigo conhecia alguém perfeito para ajudá-lo: um rapaz bonito, de sorriso fácil, veterano de Artes Cênicas e famoso por toda faculdade.
Famoso até mesmo para KyungSoo que conhecia muito bem a fama de BaekHyun de Destruidor de Armários.

Todo príncipe sempre encontra sua princesa, mesmo que ela seja um cara de quase dois metros de altura em uma fantasia ridícula de Bela Adormecida.

Sehun era o maldito ex-namorado do seu melhor amigo, um cara que não sabia medir bem as palavras, não frequentava uma faculdade e vivia em um apartamento mofado de esquina. Porém, ele tinha olhos que sorriam, uma pele cheia de pintinhas, um gosto particular por dançar sozinho e simplesmente era bonito de um jeito que BaekHyun não sabia explicar.
Uma beleza condenada.
Porque Sehun estava morrendo.

Depois de algumas cervejas, uma música sobre amor tocando no rádio antigo e com a espuma da banheira se desfazendo, BaekHyun provaria a Sehun que eles brilhavam no escuro.
E que era amor.

Ele era seu objeto de contemplação, sua mais profunda adoração e tão lindo que seus olhos sempre lacrimejavam apenas ao vê-lo, como se o garoto fosse a representação de um anjo se transformando em alguém de carne e osso. Muito mais carne do que osso, principalmente nos contornos de seu corpo e em seus lábios em formato de coração, fartos como um fruto macio do pecado.
E JunMyeon queria pecar tocando aqueles lábios.
Um demônio chamado Kai sabia disso e queria ajudá-lo.