Lista de leitura Midori

A música acabou, e antes da próxima faixa, houve um momento de silêncio oportuno para perguntas. "Qual é a próxima parada?", a garota, Konan, uma menina de cabelos tingidos de azuis e um piercing labret, questionou.

"Não sei, tenho que olhar no mapa.", ele falou, sem tirar os olhos da estrada. Então fixou os olhos em alguma coisa jogada na estrada: um animal morto? Um sacola jogada? Tão de longe não saberia dizer. "Você consegue ver o que é aquilo lá na estrada?"

"Hm, não... Não é melhor encostar?", ela respondeu.

"Tem razão.". Deu seta e parou no acostamento. Os dois desceram do carro, para olhar o que era.

"O vídeo termina com o rosto dela tão próximo da câmera que eu conseguia ver todos os detalhes do rosto dela: os olhos vermelhos costurados, o sangue seco grudado na pele, os cabelos loiros bagunçados... O vídeo tinha apenas nove minutos, ou seja: eu ainda não sei o que aconteceu no restante do período em que estive dormindo. E para ser sincera, pensar nisso me deixava aterrorizada."

"Então quem vai contar a história?", Sasuke falou.

"Eu.", Itachi se manifestou. Todos se calaram quando o Uchiha acendeu uma lanterna abaixo do seu rosto. "É sobre um cara, um serial killer, que vivia nas montanhas. Ele se escondia na floresta, e vinha matar fazendeiros e gente que vivia nessas cabanas. Eles só encontravam os corpos depois de podres. Nunca ouviam os gritos, porque a floresta sempre os isolava, e a ajuda nunca chegava. Eu vou chamar o nosso assassino de The Killer. Uma noite, ele encontrou uma cabana. Fazia meses que ele não matava ninguém, e ver a luz acesa o deixou muito feliz...". Pausa dramática, ele observou a reação tensa da sua plateia. "Ele esperou até que as luzes se apagassem, e entrou na casa. Não foi difícil arrombar, vocês sabem... Essas cabanas são bem frágeis, e quase nunca fazem uma manutenção. Foi uma brincadeira de criança para ele. Havia apenas duas pessoas na cabana, um casal de namorados... Ele pegou uma faca na cozinha, e cortou o homem do esterno a virilha... Quando as vísceras dele estavam saindo, ele pegou o intestino e mordeu. Sentiu o gosto da carne, o sangue escorrer pelo queixo. A garota assistia a tudo horrorizada, fingindo que estava dormindo para não chamar a atenção. Então o assassino escreveu com o sangue do namorado dela na parede: eu sei que você está acordada. Ela não mexeu um músculo, até que ele cravou a faca nas suas costas. Ela gritou o mais alto que pôde. Então ele disse-lhe: não gosto de mulheres que gritam. Naquele momento, ela sentiu seu sangue gelar de medo. The Killer cortou sua língua, e logo em seguida furou seus olhos. Ele a deixou agonizando ali e foi embora. Isso aconteceu há cinco anos. Mais gente morreu, mas nunca o pegaram. Na maioria das vezes, nem noticiam, porque só acham os ossos, ou nem mesmo acham. Ele ainda anda por aí."

— Você disse... Q-que não queria nada além da minha vida. — ela sussurrou.

— É, realmente. Mas ouvir você gritar vai tornar tudo ainda mais divertido.

— Me mate de uma vez. Eu não vou te dar o prazer de me ouvir gritar.

— Como quiser. — passou a lâmina pela garganta com grande força, e cortou fundo. Sentiu o sangue jorrar, quente e escarlate. Como havia prometido, Karin não gritou.

Aconteça o que acontecer, não atenda o telefone.

A neve caía pesadamente lá fora. Os jornais anunciavam que aquela era uma das piores nevascas de todo o século, e certamente os convidados daquela festa não duvidavam disso. O grande líder das empresas Hyuuga, um grupo que trabalhava com nanotecnologia e era um dos pioneiros na área, convocou todos os membros de sua família para um jantar em sua casa para discutir os novos rumos que as empresas iriam tomar.

"Não esperava te ver aqui agora.", Hiashi explicou, com o rosto sério.

A pessoa se aproximou dele, e sem hesitar cravou a faca no peito dele, uma vez, duas, três... Ele estava morto, e não fez nenhum barulho.

Lendas urbanas. Ao que sabemos, são histórias populares, reflexos da cultura, mas que nada têm de verdade. De fato, é o que todos no colégio Hashirama Senju pensam, até que um grupo de estudantes vai perceber que nem todas as lendas urbanas são falsas quando perceberem que a vida no colegial se transformara num pesadelo do qual não conseguem acordar. Mito ou verdade, em que acreditar?

"Que estranho, o elevador não tem o botão do quarto andar."
"É que muitas vezes isso acontece por conta de superstições: quatro pode ser lido como shi. Morte. Não é um número que traz coisas boas, nem é apreciado."
"Não é só superstição?"
"Talvez seja. Talvez não."

As folhas amareladas que se desprendiam dos galhos por causa do vento formavam uma paisagem bonita e bucólica, típica do outono. O que era uma das minhas paisagens preferidas, agora só me lembra do terror que vivi naqueles dois dias dentro da mansão.

49 mortos, sete vezes sete, vítimas de um massacre num colégio municipal. Sete sobreviventes do massacre que ocorreu num dia sete... De dezembro (se fosse julho, mês sete, seria coincidência demais, não acha?). Ironicamente, faltam sete dias para o aniversário de 23 anos do massacre, e também o aniversário de sete adolescentes. Todos sabiam que algo de grande (e ruim!) estava por vir, mas nem imaginavam a sequência de eventos que viria a acontecer.

O título é um trocadilho: “shichi” é sete em japonês, e “shi” é “morte” no mesmo idioma.

(Repostando, porque o AS excluiu a outra. Terá diferenças, porque estou literalmente reescrevendo, perdi os capítulos originais)

O fim do ano chega, e com ele as excursões escolares, conhecidas como sinônimo de diversão. Mas parece que esse ano vai ser diferente: a viagem será inesquecível, de fato... Talvez porque esquecer um crime seja impossível.