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Perdida.
Eu estava perdida. Não tinha com quem contar, e os problemas financeiros me fizeram tomar medidas que, em outras circunstâncias, eu não tomaria.
Mas então ele apareceu, montado em um cavalo branco e parecendo ser o que eu precisava.
Ele me fez uma proposta, e eu aceitei.
Desde então, me sinto mais perdida ainda.

Para Lexa, a morte não passava de um mérito conquistado por aqueles que cumpriram a luta na Terra. Quando esta, enfim, conseguiu alcançar os objetivos, governando por curto período de tempo seu povo mas tendo êxito em protegê-los, entregou-se ao óbito por completo, como se sua missão tivesse sido cumprida.
Para Clarke, a morte era o início de um sofrimento incessante, uma dor que não podia ser comparada a nada, uma vez que o que julgava ser o amor de sua vida fora tirado sem avisos prévios de seus braços.

O internato para garotos não era de todo ruim como muitas pessoas insistiam em falar. Peter o detestara de início, mas depois de encontrar abrigo nos braços amigos, tornou-se então seu lugar favorito. Já James sempre amara o local, pois era excelente (e perigoso) para aprontar algumas travessuras, e Sirius concordava. Remus não enxergava coisas positivas, exceto pela biblioteca.

Apesar de tudo, era onde se podiam se ver todos os dias, aprontar todos os dias e receber sermões de Remus todos os dias. Era o melhor lugar para aproveitar uma nevasca e o melhor lugar para fugir quando se tinha vontade de comer sorvete no centro da cidade — mesmo com as temperaturas baixas.

1989 seria o ano de ouro perfeito para Sirius, James, Remus e Peter, caso uma doença fatal não os assolasse.

(MAROTOS — 1989 — AIDS)