Lista de leitura Sinônimo de perfeição

Jimin amava olhar as estrelas e pedia pelo amor de sua vida através delas. Acreditava que sua alma gêmea era uma constelação. Já Jungkook odiava a distância, odiava saudades e, principalmente, almas gêmeas. Queria decidir de quem gostava e de como gostava.
Jimin amava os planetas, Jungkook os tinha tatuados pelo corpo. Era destino, senhores, mesmo que Jeon não quisesse ver e se negasse a aceitar.
Mas... O que ele acharia se sua metade fosse Park Jimin, o menino dos mil tsurus?

Eu nunca entendi por que havia nascido com isso. Por que isso tinha de me atormentar desde os dias de menino onde eu ainda não entendia o que aqueles números significavam, passar por minha adolescência onde comecei a entendê-los e repudiar meus pais e todos ao meu redor e chegar até o presente momento, onde já entrei em um triste estado de conformação.
Isso o quê?
Bom, desde sempre tenho esse “dom” de enxergar uma contagem logo acima de qualquer pessoa que eu tenha olhado nos olhos, uns números perturbadores que representam nada mais que a quantidade de mentiras que alguém já contou na vida.
E eu nunca havia visto nada tão absurdo quanto à contagem de Park Jimin.

Jeongguk era o típico cara babaca que, para a infelicidade de alguns, comandava o conselho estudantil. Era filho do diretor da faculdade, possuía uma namorada inteligente e odiava Park Jimin, seu pior pesadelo.

Pesadelo este que possuía fios rosados e manifestava a favor da minoria e, consequentemente, contra Jeon. Abraçava todas as causas, inclusive a de fazer o teste com o presidente do conselho.

Só não esperava gostar daquilo mais do que deveria.

Jeon Jungkook sempre teve tudo: dinheiro, um nome imponente, estudo de ótima qualidade. Ele só não teve uma coisa: amor. Seus pais — donos de uma das maiores redes de hotéis de luxo do leste asiático — sempre foram pessoas ocupadas, não podendo dar ao filho a devida atenção, e por isso mimavam-no ao extremo.

Park Jimin não era como Jeon Jungkook. Diferente dele, Jimin não nascera em berço de ouro, nunca tivera que lidar com a ausência dos pais durante a infância, e não era tão antipático. Na verdade, por conta de acontecimentos passados, Jimin forja uma máscara arrogante, sarcástica e zombeteira.

Jimin e Jungkook nunca foram com a cara um do outro, até o momento em que foram forçados a conviverem juntos.

Será que o doutor estava mesmo certo do meu diagnóstico? Eu ainda preferia morrer a me apaixonar. Mas...
E se de fato eu estivesse apaixonado por Park Jimin?

Tudo o que ele queria era um pouco de atenção... seria difícil pedir por um pouco de carinho? Um tempinho para si? Era apenas isso que Jimin desejava.

[jikook][vmin]

— JIHOPE —

Depois de levar a culpa por algo que não fez, Park Jimin é designado á uma punição, sendo essa passar quatorze dias visitando e ajudando alguém numa clínica psiquiátrica.
Jung Hoseok sabe muito bem o porque de acordar todos os dias olhando para as paredes brancas e sem vida de seu quarto, mesmo depois de um ano no lugar, o garoto ainda sente esperança que seu apelido seja real e alguém consiga por fim acreditar que a verdade não é o que os outros contam.

Jung Hoseok andava pelos corredores da escola quando escutou alguns boatos sobre ele ter sido rejeitado por Park Jimin, mas o problema era que ele nunca havia se confessado para Park Jimin, o mentiroso de toda a escola.

Se eu soubesse que meu destino seria realmente brigar pelo último pedaço de frango na sessão de frios e congelados com um garoto de meio metro, eu teria mudado o meu percurso para o mercado do outro lado da cidade e evitado que um clichê se iniciasse em minha vida. Apesar de tudo, Jimin coloriu a minha vida com suas risadas e a sua delicadeza. Estou ironizando esse elogio, Jimin não era nada delicado.

JiHope l AU l