Lista de leitura .*Shingeki no Kyojin*.

Se soubesses o quanto as palavras e ações podem transformar-se em memórias tão dolorosas que retiram a vontade de viver, será que mudarias algo no teu passado?
Um vivia cada dia com vontade que esse dia fosse o último.
Outro vivia despreocupado com tudo e todos, certo de que o futuro sempre lhe sorriria.
Por que razão insistia o destino em fazer com que pessoas tão diferentes se cruzassem de novo?

Para o mais novo, as palavras doeram quase mais que vê-lo aceitar tudo aquilo. Não objetou, não contrapôs, não fez nada. Levi apenas aceitou e se foi, batendo a porta, levando consigo uma parte de si. O primeiro soluço foi alto, transformou-se num grito, e quando viu já tinha os braços do melhor amigo em volta de si. Mesmo que o toque não lhe desse suporte, era bom saber que não estava sozinho, ao menos… Naquele instante, enfrentando aquela dor sufocante…
Eren desejou não ter amado Levi.

Riren/Ereri - Mpreg

[...] Eren sabia que não importava qual fruta utilizada na torta, ele o faria com todo o amor, já que cozinhava para seu companheiro. [...]

O diabo é um de nós, muito mais que Adão e Eva.
Talvez seja por isso que Eren aparente ser tão humano.

Talvez não fosse só desinteresse ou raiva por ter que ser obrigado a casar com um desconhecido, talvez fosse porque já estivesse escrito que estava à espera que dele... talvez já estivesse escrito em mim que a escuridão não devia assustar-me.

Afinal, não é um dia feliz.
É um dia em que todos olham para você, mas de olhos fechados. Isso quer dizer, todos querem lembrar de você, dizer o quanto tem sentimentos bons e energias positivas, mas… Você já perdeu contato com muitos e, bem verdade, a maioria absoluta não te conhece. Se nem ao menos você mesmo consegue responder a “quem sou eu?”, como eles podem afirmar que você seja isso ou aquilo? Por que estão usando tantos adjetivos pesados, quando não tem provas de nenhum?
Talvez num passado não tão distante você tenha sido assim, mas agora? Se nem mesmo o ar prossegue igual dia após dia, nós iríamos? A cada poente, a cada aurora, a cada crepúsculo, uma parte sua se esvai e outra se integra.

[...]Bem, parece que Levi não estava mesmo interessado em ti por agora, já que estava mais preocupado com a água que fervia para fazer seu chá da tarde. [...]

Eren se sentia afundando num metafórico mar negro. Os sentimentos estavam entorpecidos, menos o medo. Latejava em si um pavor latente, pungente, de que numa epifania de madrugada, o moreno que chamava tão devotamente de namorado percebesse… Visse o quão insignificante Eren se sentia. Que, de repente, ele notasse que, de fato, o castanho não tinha nada a oferecer além de meias xícaras de café, reflexões complexas, piadas ruins e surtos.

Tem momentos em nossas vidas que as coisas não estão exatamente perfeitas, quem de nós não desejou um milagre?
Eren precisava que um milagre acontecesse urgentemente em sua vida. Depois de perder a irmã em um acidente aéreo, ele se torna responsável por seus dois sobrinhos. Com o dinheiro se tornando escasso e da ameaça de despejo iminente, ele não tem escolha, além da venda de seu corpo e de sua liberdade

Em qual momento Levi parara de tratar Eren como alguém que deveria cuidar apenas por obrigação, passando a zelar verdadeiramente pelo sorriso daquele pirralho? Ou ainda, em qual instante o castanho deixara de querer apenas o riso do moreno para desejar também os lábios, o afeto, o verdadeiro âmago escondido pelo olhar frio?
Nenhum deles sabia… E não importava de verdade, certo? Se havia uma coisa que o mundo repleto de morte os ensinara igualmente era que não tinham tempo para desperdiçar. Numa realidade em que poderia ser devorados a qualquer momento, era optativo e muito mais sensato deixar-se ser consumado por um sentimento! Então o Heichou sorriu e Eren soube que era recíproco.