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Cinco anos após a Batalha de Hogwarts, o Ministro Kingsley Shacklebolt decide ir até a Austrália. Seus objetivos: Fazer com que Hermione Granger aceite voltar para Londres, aceite ocupar um cargo no seu novo projeto e aceite um casamento contratual com seu antigo inimigo de escola.

Draco Malfoy, inicialmente cético em relação ao amor, teve sua perspectiva desafiada ao desenvolver uma amizade inesperada com Hermione Granger. Surpreendentemente, a ligação com a bruxa da Grifinória ultrapassou as barreiras que ele havia erguido para si mesmo. Essa experiência levou-o a questionar se os laços da amizade também poderiam ser desastrosos.
O sonserino se viu envolvido em uma situação extraordinária: tinha se apaixonado! O sabor desse sentimento era uma mistura verdadeiramente contraditória, tanto doce quanto amarga.
No final das contas, a única certeza era a persistente incerteza. Draco seria capaz de sobreviver a essa provação mortificante que significava amar? Somente Merlin poderia saber!

Quando Harry Potter é capturado e toda a Ordem da Fênix é morta durante a Batalha de Hogwarts, a Armada de Dumbledore decide que estava na hora de se render, abandonando toda a esperança que tinham de um mundo melhor e se tornando escravos dos piores Comensais de Voldemort.

Mas Hermione Granger e Gina Weasley não iriam desistir de seu irmão e namorado. Não iriam desistir de lutar por um mundo melhor, porque sonhavam com ele e sempre sonhariam.

Assim também era Draco Malfoy.

Obs: apesar dos avisos, não se preocupem em ler um relacionamento Dramione abusivo (ou cenas de estupro, porque não vão aparecer nada disso), isso não vai acontecer. Nunca. Pelo menos não enquanto eu estiver escrevendo esta história.

Quando Draco finalmente se deu conta da gravidade do que estava para acontecer à sua volta, já carregava uma marca no braço e o fardo de quem teria que lutar pelo lado errado da Guerra.
Aos 16 anos de idade, era um Comensal sem nenhuma escolha e com um futuro condenado - como em uma faca de dois gumes, vencer e viver num mundo em que não queria, ou perder e se tornar um prisioneiro.
Mas o fato é que estava cansado de ser o maldito garoto sem escolhas. E ainda que estivesse fadado à desgraça, faria questão de obter a honra de, ao menos uma vez na vida, tomar uma decisão por conta própria.
Nem que para isso dependesse de Hermione, a melhor amiga sabichona do garoto da profecia.

+18 | Coleção Harry Potter | Comédia | Drama Leve | Guerra | Romance | Dramione | Longfic

Escolhas não são fáceis. Algumas, por exemplo, são irreversíveis.

Draco Malfoy mais do que qualquer um, sabia bem o peso de uma escolha errada.

× × ×

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A guerra finalmente acabou e Hermione Granger está ansiosa para voltar a Hogwarts para concluir seu último ano letivo. Depois de perigos e ameaças, ela espera ter um ano tranquilo para se concentrar em seus estudos e planejar seu futuro. Mas, assim que chega ao castelo, ela descobre que há mais em seu caminho do que apenas livros e exames.
De repente, ela se vê encontrando Draco Malfoy na calada da noite. Ele está mudado e ela não sabe como lidar com isso. A tensão entre eles é palpável e Hermione começa a se perguntar se muita coisa é diferente do que ela pensava.

Ao final da guerra se esperava que a paz finalmente pudesse ser apreciada, no entanto, as sequelas deixadas por Voldemort ainda estavam presentes, firmes, perdurando sobre os dias tanto daqueles que foram alvos do seu ódio quanto aqueles que se viram reféns da sua ideologia.

Draco Malfoy não poderia reclamar, especialmente cinco anos depois... Ao menos eram o que todos diziam. Não tinha perdido ninguém significante na guerra, não foi condenado a prisão como seu pai, não tinha grandes cicatrizes, exceto, aquela em seu braço... Então ele não reclamou, engoliu tudo como um bom filho assumindo a ruína da família e abaixou a cabeça por ter contribuído de certo modo com o horror da guerra.

Mas as noites eram intermináveis, os pesadelos nunca paravam e enquanto todo mundo parecia seguir em frente ele sentia que dava passos largos para trás e aceitou isso.

Do outro lado estava Hermione Granger, que parecia ter tido sorte no pós guerra, conseguiu um emprego no ministério da Magia, estava em um relacionamento estável com Rony e era dada como heroína nos jornais. O tabuleiro tinha virado, e Draco se descobriu feliz com isso, como se tivesse virado para o lado certo...

Ou talvez ele não fosse o único engolindo os próprios traumas para que ninguém visse.

Certas vezes, existem convicções demais acerca das coisas com as quais qualquer pessoa se diz meramente capaz de lidar. Outras vezes, as incerteza também passam a estar lá, dividindo com todas as supostas verdades uma caixinha igualmente apertada de inúmeras suposições. Era isso que Hermione Granger tinha acerca de Draco Malfoy: uma caixa razoavelmente grande e gorda dessas tais suposições. Delinquente e assassino eram os adjetivos menos piores visto todas as coisas asquerosas que se usaram para se referir ao garoto no auge da sua adolescência. Plenitude não existia. Ser razoável também não. Hermione Granger entendeu a duras penas que qualquer um poderia ser cruel se assim quisesse, dependendo da motivação, a intensidade também podia se alternar.

Os dois voltaram juntos: assombrados, assustados, amedrontados pelos tipos de coisas que encontrariam espreitando entre os corredores da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Não deram as mãos, mas se compadeceram da dor um do outro, mas buscaram do melhor jeito acolher; ainda que essa palavra se mostrasse delicada e desconhecida para Draco, Hermione se propôs a ajudá-lo a medida que também buscava descobrir com quais demônios precisava lidar e quais bichões-papão precisava exterminar primeiro.

No escritório dos monitores-chefes, Hermione Granger deve supervisionar as detenções realizadas. No entanto, em um certo dia, Hermione está especialmente irritada com seu convidado de detenção permanente, que parece não se importar com as regras.

"-VOCÊ NÃO ENTENDE QUE EU NUNCA QUIS TE MACHUCAR, GRANGER!? EU NUNCA QUIS VER VOCÊ SENTIR DOR, EU NUNCA QUIS NADA QUE TE FIZESSE SOFRER -Ele gritou violentamente tentando me segurar pelos ombros com um desespero nos olhos que eu nunca consegui imaginar em alguém como ele, deslizou uma das mãos pela minha cicatriz e soltou um gemido de dor e decepção com os olhos marejados, beijando com tanto zelo os riscos marcados em meu antebraço.

-Você não entende que é tarde demais pra se lamentar? -Me soltei bruscamente o deixando ali com aquela expressão que partia meu coração em dois.

Lutei com todas as minhas forças contra o desejo de permanecer ali com ele, mas era impossível, cada breve momento que eu olhava aqueles olhos cor de tempestade, os tons de cinza mais belos e ao mesmo tempo mais cruéis, todas as memórias me afogavam cada vez mais, estava presa, lutando para poder respirar e me salvar dos pensamentos. As lágrimas escorriam descontroladamente quando senti novamente um puxão nos meus ombros me virarem com tanta força que perdi completamente o equilíbrio, caí em seus braços imediatamente atônita e antes que pudesse dizer qualquer coisa, senti seus lábios pressionarem os meus com desespero e urgência..."