Aristeles

A conheci em um bar 🍸e, usando muita cerveja e outras bebidas, entrei em sua mente e descobri muito de sua estrutura psicológica enquanto a fiz desenvolver uma obsessão por mim.

"Engula seus sentimentos e os deixe em conserva antes que apodreçam e se encham de moscas e larvas, na superfície".
Entre palavras me escondo e, ao mesmo tempo, exponho-me.

Uma aspirante a escritora, recém-formada em medicina, tem sua vida transformada em um inferno quando acorda em uma cela, com um homem que não via o rosto desde os tempos de escola.

“Seu louco,
Estranho, doente,
vai se internar!”.
A multidão grita,
Fervendo emoções.
Eu apenas sorrio,
Eufórico
E grito em resposta:
“chupem meus dedos,
Seus destemperados!”.

Essa história são filosofias minha transcritas em poesia. Mas sem a frescuragem - que é braba, mas que não me importo - de estruturar de um modo que ninguém consegue entender sem agarrar um dicionário.

Borboletas consomem o ar
E minha atenção.
Sinto vontade de abraçar
Elas , mas eis decepção.
Eu não posso tocar nas borboletas.
Isso maltrata meu coração.

Se eu falar que amo a pessoa estaria contando uma mentira. Eu amo a sensação que me causa e, se a desgosta, a mente não sintoniza. Por isso, prefiro que não me ame. Apenas me deseje, nas sombras, sem que os outros saibam. Tudo bem, sou o tipo de homem que sua consciência deve se envergonhar, mas qual a inconsciência, no fundo, não resiste quando se aproxima.

Ele queria apenas uma namorada normal, estranha em algumas coisas, mas normal. Todavia, encontrar o suposto amor da sua vida com sangue nas mãos vez com que se questionasse se ela realmente era o que ele tanto pensava.

As vezes devemos parar, respirar e deixar que nos escapem reflexões. E disso que se trata essa minha coleção particular.
Eu paro, penso e escrevo. Espero conseguir, no mínimo, um capítulo por dia.