Drogada_

Essa drabble é dedicada a todos os escritores de qualquer lugar.

É horrível ter que vir aqui em pleno século 21, pra falar sobre plágio.

Onde está a vida e o amor de vocês?

Quatro horas.

Você esta na cozinha agora, a xícara de chá quente em suas mãos não faz nada para te aquecer por dento. Você não quer beber, mas se deixa levar. Se deixa esmorecer. Seja bem-vinda, insônia.

Chega! Eu quero adrenalina e em altas doses, por favor!
Quero beijo com amor, toque acompanhado de calor, olhar que instiga e atiça, abraço que acolhe e palavras que constroem e não destroem.

Chega de mais ou menos.

Eu sinto saudade de você, mas sinto que não vale a pena correr atrás de uma pessoa que não está disposta a andar do meu lado.
Meus sentimentos mudaram;
Meu coração fez novas escolhas;
E para minha sorte o efeito do seu sorriso sobre mim, acabou.

Escrevo para não enlouquecer, como diz Bukowski.
Escrevo para encontrar-me, superar-me.
Escrevo para conservar minha sanidade mental. 
Escrevo para não sucumbir a esse maldito circo de horrores. 

Além de distante e calado, agora é sumido e desprezado. Ninguém notou sua falta hoje. Sua mãe nem te ligou. Seu pai? Deve estar por aí enchendo a cara.

Você está fardo, olhos cansados não estão aptos para ver.

Volto para casa no fim do expediente, desejando uma noite de prazer. Meu celular parece lotado de mensagens, mas sei que nenhuma delas veio de você.

Meus amigos insistem em me levar para sair, conhecer gente nova, te esquecer.

"O que você faz aqui?”

“Você é uma coisinha linda”, foi o que eu ouvi ao cruzar a esquina.

Coisa não pode ser, coisa é objeto de posse, patrimônio.

Lembrando de uma aula de civil recordei que Silvio Rodrigues define “coisa é tudo que existe objetivamente, com exclusão do homem".

Sentei-me;

“Que homem?” questionei.