sugaphobic

[se.ren.di.pi.ty] - finding something good without looking for it.

O universo moveu-se para nós, sem perder uma única coisa, pois nossa felicidade foi planejada. Porque eu te amo. E você me ama.

Um universo onde Namjoon é um modelo famoso que tira férias em uma praia e Jimin é um biólogo marinho.

Há pessoas na sua vida que aparecem para te marcar. Era o meu caso com ela. Tudo e qualquer coisa que vivemos juntas, não passou de um segredo e, mesmo que já tenha acabado a um tempo, eu ainda a sentia.

A coisa sobre conhecer pessoas novas é que talvez, de alguma forma, algum dia, de algum jeito, essa única pessoa poderá se tornar a mais importante da sua vida. Quando conheci Seokjin, em um bar gay estúpido nos subúrbios de Itaewon, não pensei que ele pudesse se tornar meu namorado algumas semanas depois. Eu apenas queria me divertir com algum estranho que logo deixaria de significar algo para mim, mas as coisas simplesmente não aconteceram assim.

Talvez estivesse premeditado, não saberia dizer. Porém quando acordei certa manhã, meio zonzo pela ressaca, e mirei sua imagem nua adormecido ao meu lado na cama, eu soube que as coisas seriam diferentes.

T.O.C. [Transtorno Obsessivo Compulsivo]

Transtorno de ansiedade caracterizado por pensamentos obsessivos e compulsivos, no qual o indivíduo tem comportamentos considerados estranhos pela sociedade ou por si próprio; normalmente trata-se de ideias exageradas e irracionais de saúde, higiene, organização, simetria, perfeição ou manias e "rituais" que são incontroláveis ou dificilmente controláveis.

Tudo apenas estava no mais completo breu a minha volta. Um holofote único era a fonte de iluminação, e o mesmo se posicionava bem acima da minha cabeça. Nas sombras, podia jurar que enxergava silhuetas a correr e apontar, acompanhadas de sussurros e risadas baixas. Meu coração apertou e acelerou, como uma mini bomba atômica – que eu sabia que, se explodisse, aniquilaria todos a minha volta. Inclusive eu.

Meu corpo tremeu em agonia e eu senti minha pele arder.

“Parem! Por favor, eu imploro.”

Então eu explodi.

Eu me sentia patético sentado aqui. Tudo a minha volta era bonito, o cenário, as flores, as luzes, a decoração, até mesmo as pessoas. Todos sorriam emocionados, de fato felizes. Eu deveria estar sorrindo, mas não consigo. Deveria estar feliz, porém o que me consome é a miséria. No momento, me escondo na última cadeira, da última fileira do lado do noivo. A senhora idosa ao meu lado murmurava algo como “é meu netinho”, orgulhosa. Senti-me um idiota.
É meu homem, pensei tristemente.
Faziam cinco minutos que eu apenas absorvia o tom de sua voz, incapaz de associar as palavras que saiam de seus lábios. Ele parece feliz, há um sorriso em seu rosto, há um brilho em seu olhar, um diferente de nossas noites. Quis chorar. Deixei-me levar, me encontrei longe, no fundo de algum poço escuro e frio. A angústia tomava-me conta a cada sílaba dita, meu coração batia tão forte que eu mal podia ouvir o mestre da cerimônia.
“Se há alguém que se opõe a este casamento, fale agora ou cale-se para sempre.”
Eu me levanto.

"[...] A gente não pode ser amigo porque se um pouco de álcool é adicionado na nossa equação as aspas resolvem dar as caras. “Amigos” e você sabe o que aconteceu quando essas aspas figuram sobre nós né?"