Jawn

Para o fim não existem parábolas. Não existem palavras bonitas ou poemas. O fim é. Ele simplesmente é. Fugir dele é uma tolice. Tudo tem fim. Tudo é um pedaço de infinito. Um universo em expansão, que, uma hora, não se expande mais.

O fim é uma certeza. A única certeza que carregamos desde o primeiro resmungue. E a vida é um punhado de páginas que vão se desgastando a cada poesia diária. A vida é a poesia. É uma poesia de apenas um leitor e apenas um autor.

Posso dizer isso, mas nunca imaginei que as linhas vagas do mundo acabassem de uma maneira tão misteriosa.

O universo é misterioso. Misterioso até demais.

Talvez fosse a chuva e seu clima melancólico. Talvez o vento trazendo promessas de dias melhores. Uma trégua, quem sabe. Só tive certeza que depois daquele sujeito aparecer nos versos do meu poema cotidiano, não era mais qualquer dia de verão.

'' Eu vou seguir meu caminho, mas dessa vez terá de ser sem você. ''

Anna, uma garota sonhadora e inocente, típica jovem dos anos cinquenta e pouco. Com seu universo de vazios preenchido por leitura e música. Passear por Londres? Não.
Preferia ficar em casa com seus livros e discos, sozinha em seu quarto. Até que um incidente a faz parar em uma cidadezinha chamada Liverpool.