Choco_cookie

"Ele, por outro lado, era tão confuso e complicado quanto geometria, simples, mas nem tão direto assim como uma regra de três, e certamente, tão insensível e cruel quanto álgebra. A garota nunca fora boa com números, contudo ela era teimosa. Esforçada, dedicada e ridiculamente teimosa. Antes que se desse conta, lá estava ela quebrando a cabeça para resolver mais daquela questão de matemática que era o garoto."

A Corte Outonal era conhecida por sua beleza devassa e cruel. Bosques altos e alaranjados brilhavam em vida e escondiam as mais curiosas criaturas mágicas de fogo. a Casa na Floresta, propriedade do horrível Grão-senhor daquelas terras, Beron Vanserra, resplandecia em poder por grande parte de seu terrítorio e possuía seus próprios segredos e maquinações políticas intrísecas em torno das árvores e em cada rocha e túnel a que fora construída. A Campina, similarmente ampla, estendia-se em morros altos e diversos tipos de relevo, e resumia-se a fazendas e campos de trabalho, feiras e artesanatos, livrarias e padarias. O povo que ali residia era um povo simples, mas tão rude e ranzinza quanto seu próprio Grão-senhor e aqueles dos quais tinham lhe mostrado seus vassalos.
Jesminda fazia parte da Campina. Sua família, porém, diferente dos outros feéricos inferiores dali tinha características muito interessantes e incomuns, que envolviam estranhas orelhas peludas e um grande rabo felpudo de raposa. Havia quem dizia que Jesminda e seus pais eram metaformos, outros ainda, de que não passavam de aberrações, e que não pertenciam àquela corte. Só que Jesminda havia nascido ali e nunca antes conhecera nenhuma outra terra fora das fronteiras da terrível Corte Outonal.
Tudo isso muda quando seu pai cai de cama enfermo após se envolver numa briga com um dos soldados de Beron e com isso ser ferido por uma lâmina banhada com um veneno mortal. Não havia nenhum antídoto na Campina que pudesse salvá-lo, impedir o inevitável, nenhuma cura, de modo que Jesminda não viu outra alternativa se não fugir para procurar fora da Corte Outonal.
Mais especificamente, para ir atrás de um lugar que bem poderia conter uma última gota de esperança para sua pobre alma acalentada. Um lugar fantástico da Corte Noturna, retirado de histórias e contos, e que alimentava a imaginação daqueles que ainda a tinham de sua infância. Velaris, a Cidade dos Sonhadores, a Cidade da Luz Estelar era como os livros que Jesminda tanto lera a chamavam. Era onde a fêmea pretendia procurar. Isto é, se a cidade de fato, existisse. Mas Jesminda não tinha escolha. Precisava tentar, arriscar tudo e sobreviver para ver.
O que ela certamente não contava era que em sua longa viagem até a Corte Noturna ela teria de levar consigo uma intrometida e convencida elfo de fogo, e ainda, o herdeiro de nove anos de Beron Vanserra, que assim como ela, tinha fugido de casa e que aparentemente gostava de brincar de ser bastardo, como se ele achasse que podia enganar para sempre uma raposa esperta como Jesminda.
Inúmeros perigos os aguardam na longa e árdua estrada. O começo de uma linda amizade, e uma épica aventura, que parece ter saído de uma canção de algum trovador itinerante, está apenas começando, e mesmo com o medo e a ansiedade os assombrando a cada passo, Jesminda e seus companheiros lutam para manter as expectativas no alto quanto a ideia de que tinham uma chance de ver Velaris, e de realizar os maiores desejos de seus corações.

Veneza, Itália. Agosto de 1940.
"Todos os di Angelo são demônios aos olhos de Deus. Todos, sem exceção."
Palavras eram vento, isto era inegável. Mas aquelas palavras da velha mercadora de Úmbria continuaram a assombrar a família Bartoli mesmo depois de anos, passando de geração à geração mesmo quando um de seus membros mudou de sobrenome. Giovanni Mazzaroti sempre acreditou em fantasmas e monstros, em mitos e lendas. Cresceu numa fazenda decrépita para lá das bandas de Orvieto vendo e escutando bizarrices o suficiente para crer e temer o sobrenatural. Sua alta sensibilidade com o mundo espiritual, porém, não impediu Giovanni de se tornar um membro de temperamento forte e reputação inabalável na polícia secreta de Mussolini, e usar da posição de seu cargo para combater as criaturas das trevas. Quando coisas bizarras começam a acontecer em Veneza, - desde mortes inexplicáveis de Camisas Negras a antigos soldados do exército italiano se tornando loucos, - Giovanni convence a si mesmo de que tais ocorrências não eram de tudo humanas, e que algo decrépito e maligno se encondia atrás das sombras e construções muito antigas da cidade.
Algo... que bem poderia ter a ver com a família que morava na casa de número 23 da Rua Frezzeria, em frente ao Grande Canal. Afinal, as histórias bizarras envolvendo os di Angelo, contadas por seu avô durante toda a infância de Giovanni, ainda se mantinham muito vivas em sua mente, e diferente do que muitos poderiam dizer, Mazzarotti não era de tudo tolo para deixar-se levar pelas belas feições e modos aparentemente comuns e delicados dos di Angelo. Não quando Lucífer fora o anjo mais bonito antes de ser expulso do Paraíso.

O que aqui está escrito é uma coletânia de histórias eróticas envolvendo os personagens do Riordanverse.

Sarah gostava de pensar que tinha uma vida bastante comum. Possuía uma casa legal em Nova York, um marido carinhoso e atencioso, um emprego bacana... Sua maior paixão, porém, eram os livros e a escrita. Sarah simplesmente amava literatura fantástica, e apreciava muito as obras de Martin, Tolkien, Rowling, C.S.Lewis. Mas como a maioria dos leitores apaixonados, ela sonhava em escrever seus próprios livros de sucesso, e até já havia feito o esboço de sua história. Sua obsessão pelos Grão-feéricos e tudo o que havia criado do mundo deles começou ainda na adolescência, durante uma aula de literatura, e desde então Sarah já não conseguia mais parar de escrever sobre. Já se passaram dez anos desde o Ensino Médio, e ainda assim, a mente voraz e criativa de Sarah continuava sendo seu lar, assim como Velaris permanecia como um sonho distante.
O que Sarah J.Maas não sabia, entretanto, era da imensidão poderosa de suas palavras, e que sua vida mudaria drasticamente por conta de suas histórias. Não somente porque ela conquistaria leitores do mundo inteiro ao se tornar uma escritora muito rica e influente, mas porque seus livros ganhariam vida.
Literalmente.

Elain não se considerava uma feérica ousada, tampouco petulante ou atrevida. Pelo contrário, tinha muita vergonha de compartilhar com os outros sua intimidade de forma escancarada. Contudo, era em seus sonhos que a fêmea podia de fato, "se soltar" e agir como se nada soubesse de castidade, afinal era em seus sonhos que Elain se entregava livre e espontaneamente a seu parceiro.

Ser um semideus nunca é fácil. Estar sempre em perigo constante, envolvido em profecias mortais e tendo de lidar com monstros abomináveis é sempre muito cansativo. Às vezes a melhor saída é morrer heroicamente, e aproveitar os Campos Elísios. A reencarnação pode até ser uma opção, contudo poucos fazem essa escolha, uma vez que os conflitos, os amores, e as interações abaixo do Hades são mais atrativas do que a possibilidade de ir para uma outra vida.

Era só para ser um momento recreativo no chalé treze entre Thalia e Bianca, mas aquilo acabou por se transformar em algo á mais, o que as fizeram supostamente quebrar seus votos.