TheEnchantress

Sarah, após testemunhar a morte de sua mãe pela mão de seu pai com apenas seis anos, foi colocada em um orfanato, cresceu como uma menina feliz mesmo tendo todos os motivos para ser triste. Agora, com seus dezessete anos, foi adotada por um homem que ela considerou gentil, mesmo com sua aparência e modos estranhos, já que não possui TV acreditou ser qualquer um, mal sabia a menina que ela foi adotada por Coringa, o maior vilão de Gotham City, e ele não tinha intenções de ser gentil com seu novo brinquedinho.

"Eu devia ter desconfiado após o primeiro sorriso malicioso quando o chamei de "papai" ou deveria ter desconfiado quando ele me apalpou, todavia estava tão satisfeita de ter sido adotada que sentia que devia minha vida para aquele homem de cabelos verdes e dentes metálicos, porque afinal de contas... ele era gentil, não era?"
- Sarah White.

Zoe Collins foi criada somente pela sua mãe, Tiffany Jackson. Seu pai, Tom Collins, foi proibido de visitar sua primogênita e não se importou com isso, na época era jovem e em sua mente só passava meios de ter diversão.

Todavia, sempre pagou pensão e se comunica as vezes com sua ex-mulher.

Tom desde sua adolescência nunca foi um exemplo a ser dado, talvez tenha amado Tiffany, mas nunca se importou com ela, esse foi o motivo do rompimento e da raiva da mulher.

Zoe já possui quinze anos, teve uma drástica mudança de personalidade e virou alguém melancólica e triste. Sua mãe não sabendo mais como tirar sua filha de estado catatônico, a manda para seu pai como última tentativa de melhora.

Pai e filha começam a se conhecer melhor e nesses dois meses de convivência muitas coisas podem acontecer.

Somos tão jovens e temos de lidar com muito, uns um pouco mais que outros. Mas a realidade mais difícil de se lidar é a que nossa vida não é Spring Breakers, As Vantagens de Ser invisível ou Cartas de Amor aos Mortos.

Não teremos frases marcantes, drogas ou musicas antigas. Não iremos fumar enquanto filosofamos sobre a existência, muito menos iremos para Los Angeles comemorar nossas férias.

Cresceremos com um coração em pedaços, muitas tristezas e poucos momentos de extrema alegria. Aqueles nossos antigos amigos vão nos abandonar e nós iremos nos contentar com um emprego.

Inevitavelmente o beijo da morte ainda selará os nossos lábios que não serão mais jovens, iremos perecer e ninguém vai lembrar da nossa existência.

Exatamente, não vai aparecer nos jornais ou nas revistas, não terá canções em louvor do nosso nome, não seremos amados por muitos ou visitados em abundância na nossa sepultura: após anos seremos pó e nada mais.

Sempre ouvirá que rir, é o melhor remédio.

Deu gargalhadas a vida inteira, fingiu-se de feliz até não poder mais, fazia piadas e até mesmo posses engraças. Isso nunca fez a dor ir embora.

A todo o momento desgastava-se mais e mais, sentindo todo o seu jeito de ser indo embora. Durante sua adolescência, essa sempre foi a pergunta: quem sou eu?

Dia após dia, via Harleen Frances Quinzel afundar em um poço no interior de sua mente insana e Harley Quinn ganhar cada vez mais espaço.

A única coisa que sobrará para mim fora as ruínas de sua casa, seu cachecol vermelho que encontrei em sua gaveta e as lembranças do nosso amor.

Não é fácil conviver com a imaginação e os desejos reprimidos de todos os seres vivos