Caahs

"E por mais que lhe doesse sequer pensar em tal questão, dentre todos os experientes médicos daquela singela cidade, Katsuki certamente sempre escolheria deixar as vítimas dos incêndios que presenciava nas hábeis e milagrosas mãos de Todoroki Shouto."

A reunião anual de heróis da U.A, uma chance única para rever aqueles separados pela obrigação de suas respectivas funções para com a sociedade ou para reacender memórias que até então acreditavam-se ter sido esquecidas.

“Noite difícil, meio-a-meio?”

Bakugou deveria tê-lo ignorado, deveria tê-lo deixado em paz ao invés de convidá-lo para o conforto de seu apartamento. Bakugou não deveria ter se deixado aproximar da hipnose subentendida naquele par de olhos heterocromáticos. Não deveria ter cuidado dos arranhões que arruinavam a superfície lisa da pele alva perfeita. Não deveria ter cozinhado sua comida favorita, assistido ao seu filme predileto ou aconchegado-se em seus braços.

Todavia, por uma razão até então desconhecida, rendeu-se àqueles desejos obscuros naquela noite.

Ao seu lado, Hawks apertou a mão de Enji em sua posse até que um sorriso refletiu-se em suas imagens, um espelho um do outro. Para ambos, aquilo simbolizava um recomeço, como uma fênix a ressurgir das cinzas e traçar seu caminho de chamas rumo aos céus.

Desde pequeno, Hawks adotou um eterno desgosto pela escuridão, o qual perpetuou-se até seus mais recentes dias. No entanto, a figura resplandecente de Endeavor sempre surgia como sua fonte calorosa de luz, iluminando os mais obscuros dos caminhos e clarificando as mais árduas decisões.

Se perguntassem aos integrantes da equipe de voleibol do colégio Fukurodani sobre a personalidade de Bokuto Koutarou, o ponta direita popularmente conhecido como o Ace, a maioria diria que Bokuto é intrinsecamente enérgico, comunicativo e alegre, mas também exagerado, escandaloso, instável, irritante e terrivelmente ingênuo.

Entretanto, após um fatídico acontecimento durante uma partida amistosa, as emoções de Bokuto tornaram-se meramente uma máscara disposta a visão de todos, nada além de uma farsa.

Poderia Akaashi Keiji, um fisioterapeuta em ascensão, remediar Bokuto de suas feridas e fazer com que o antigo Ace levantasse voo novamente?

Tudo o que Tony Stark esperava de sua viagem até Las Vegas eram horas de tranquilidade no interior de seu carro possante, acompanhado dos doces rifes de guitarra oriundos das caixas de som. Porém, o bilionário não contava com um imprevisto rodoviário. Um homem dono de cabelos louros que nada tinha a lhe oferecer além de uma advertência. Ao menos era isso que Tony inicialmente pensava.

"Naquela noite, as mesmas vozes se fizeram presentes dentro da cabeça de Charles, redizendo frases as quais o telepata estava psicologicamente cansado de ouvir e consequentemente refletir sobre o significado delas. E carregando consigo, o vento sussurrava palavras distintas. Sílaba por sílaba, a frase penetrou em sua mente como imagens de um sonho com o qual ele nunca tivera a chance de vivenciar."

“Me perdoe, Charles.”

In the night he hears him calling
In the night he's killing to relieve the pain
He'll never walk away (I don't think you understand)

In the night when he comes crawling
Metal bits and tears keep falling down his face
He'll never walk away (I don't think you understand)

Quando palavras não são suficientes para expressar o sentimento sufocante que nos consome, presentes são utilizados como auxílio; um gesto de carinho. Erik Lehnsherr nunca fora bom em expor seus sentimentos, e encontrou a solução perfeita a poucas quadras de seu trabalho, em uma pequena floricultura de cobertura azulada com o nome talhado em uma placa de ferro. A Floricultura Xavier.