residentofshit

todos os textos publicados aqui são de minha autoria, podem ser facilmente encontrados nas minhas páginas do Facebook e do Wattpad.


● PLÁGIO É CRIME ●

Qual o sentido de estar acordada de madrugada? É, eu não sei. Eram três horas da manhã aqui no Brasil. Apenas eu estava acordada enquanto se era possível escutar os roncos vindos do quarto da minha mãe. Até mesmo Lucas, o capeta do meu irmão, estava dormindo, o que era incrível já que o garoto adorava me irritar em madrugadas assim.

Eu só escrevo textos pequenos e posto. Porque? Ah. Sonho que um dia a pessoa inspirada em todos eles possa ler. Parece algo meio inútil, mas é o que eu gosto de fazer. Escrever textos. Sejam eles poesias, sejam eles a respeito do amor, do ódio. Eu apenas escrevo. Este é meu Hobbie, este é meu trabalho. Independente do que seja, eu só escrevo.

- A quanto tempo estava observando? - Perguntou arfando. Aquilo estava me deixando louco. Ver o suor em sua testa, seus cachinhos grudados em seu pescoço enquanto a mesma tinha a respiração um tanto forçada. Estava começando a me dar pensamentos impuros.
- Tempo suficiente para ver o quão incrível e boa dançarina você é - Falei sorrindo, me juntando a ela naquele chão gelado, porém confortante. Virei meu olhar em sua direção. Ela estava corada. - Ah, é, tô - Lhe entreguei a garrafa d'água. Ela sussurrou um ''obrigada''. Balancei a cabeça positivamente.
Um silêncio ensurdecedor se espalhou pela sala. Só se era possível escutar o barulho de nossas respirações, ambas agitadas. Até que finalmente resolvi me pronunciar:
- (S/N) - A chamei. Ela virou seu olhar um tanto curioso em minha direção, tomando postura e mordendo o lábio logo em seguida. ''Se não parar de morder esses seus malditos e carnudos lábios, serei obrigado a ataca-los'' pensei comigo mesmo. Parei um estante e...espera. Por que eu a chamei?

Todos os dias era a mesma rotina. Acordar, tomar banho, se arrumar, tomar café da manhã, ir a escola. Pela tarde eu pegava o mesmo ônibus, no mesmo ponto. Todos os dias consecutivos da minha vida de estudante. Costumava sempre pegar o ônibus vazio, ninguém pegava mais aquele ponto. Porém, naquele dia, algo de diferente me chamou atenção no décimo terceiro banco da fileira ao lado da minha. Seus olhos concentrados na janela, com seus fones de ouvido. E aquilo se repetiu. Durante todos os dias da semana, todos os malditos sete dias da semana, eu o via e ficava cada vez mais curiosa para saber seu nome.


OneShot completamente de minha autoria, inspirado no game rpg ''O ponto de ônibus Amayado''

Inventei uma cena para Cidades de Papel, espero que gostem :)




~obrigadinha por lerem ^^