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Festa de aniversário de Hogwarts. Quem desejava aquilo? Aquela data nunca antes tinha sido comemorada, passava em branco por todo e qualquer aluno, mas Granger, como sempre, arrumava um modo de tornar o obsoleto e ridículo no foco de atenção geral. Veja-se o que fez com Potter. Então ali estavam eles, ex-alunos, sobreviventes, comemorando um velório como se fosse um aniversário.

"Malfoy, no que posso ajudar?" o sorriso era visível em seus olhos, mesmo que os lábios forçassem um disfarce. O loiro pareceu ultrajado, erguendo o queixo e balbuciando qualquer coisa inteligível antes de soltar suas palavras. "Isso é algum tipo de brincadeira, Granger?" Não lhe importava muito que “Granger” fosse nada menos do que sua maior supervisora e a Ministra da Magia. Ela só podia estar zombando com sua cara com aquela carta que recebera logo pela manhã. Havia de ser algum tipo de brincadeira. Ele não seria obrigado a fazer aquilo.

Com os olhos cansados, o horizonte não era mais do que uma linha, tal qual seu corpo. Ele suspirava com a força das ondas, sua pele branca como a espuma. E havia a dor. A dor do mar quebrando contra as pedras, as emoções estilhaçando seu peito. Ele sabia que tinha perdido tudo, e ela, por fim, havia ganhado. Seus esforços tinham sido inúteis. Afinal, como poderia, de alguma forma, ser amado? Parecia impossível.

Yuuri Katsuki é uma lenda da patinação artística, ganhador dos últimos seis Grand Prix e do coração de todos que passam por ele. Toda a mídia e competidores entrou em choque quando, misteriosamente, decidiu abandonar sua carreira. Menos de um ano depois do anúncio, o homem apareceu na companhia de Yuri Plisetsky, o mais jovem patinador Russo, e foi confirmado que eles eram, agora, uma equipe. O mais novo, no entanto, nunca vê-se longe de problemas, e o último que arrumou levou o treinador a tomar medidas drásticas. De agora em diante, Yuri possui uma escolta particular, composta por um único guarda, Otabek Altin. Com seu semblante duro e olhos de aço, o garoto em nada se parece com seu chefe, Viktor Nikiforov, que parece ser capaz de arrancar tremores de alguém como Yuuri, tão acostumado ao frio do gelo. Mal sabe ele que até o coração mais frio pode derreter.

A pergunta veio do outro lado da sala comunal, e a morena, a quem tinha sido dirigida a palavra, apenas assentiu, sem de fato prestar atenção no que havia sido dito. Havia aprendido, durante as horas que passava com os meninos, que era melhor não perguntar, apenas dizer que sim, se não quisesse arrumar uma discussão. Naquele momento, quando o relógio beirava às onze da noite de um sábado no qual poderia estar aproveitando para dedicar-se a ótimas leituras, estava ali, relendo e corrigindo o trabalho dos amigos. Às vezes, quando já estava cansada de colocar os pingos nos “is”, Hermione se perguntava a razão de fazer aquilo.

Vênus nasceu de uma madrepérola; as curvas de seu corpo foram moldadas tais as ondas do mar, mas até mesmo as ondas do mar ficaram com inveja de Vênus, pois ela era a mais bonita de todas as mulheres e formas, com sua pose de quem tudo sabia e seus olhos, que escondiam todos os segredos do mundo em sua serenidade. E Vênus encantou e fez a miséria de milhares de homens, porque seu corpo era tudo o que o desejo pedia.

Quando dois olhares se encontram, há o magnetismo. Atração. Nenhum dos dois sabia quando ou como firmaram as regras silenciosas que os regiam, ou como sabiam que tinham de se encontrar de novo. Eram os olhares, os toques, era a promessa fracassada de que seria apenas mais uma noite só até que se vissem outra vez.

Não há escuro suficiente para apagar a luz que acendi dentro de mim quando pensei em você. A luz esquenta, a luz queima, ela me completa e não me permite ter medo dos corredores vazios, das molduras tremulando ou dos barulhos estranhos. Meu coração bate mais alto do que qualquer murmúrio. E pensar que ele bate assim porque quero te ver... Eu acho, realmente acho, que te amo.