EvyScence

O que fazer?? Quando um anjo se apaixona por um “humano”?? Quando esse amor não deve acontecer?? Quando uma anjinha da guarda se apaixona por sua protegida?? Quando anjos e demônios querem impedir esse amor de acontecer??

“Eu não sei dizer quando aconteceu, ou como aconteceu, mas um dia eu olhei para ela e não soube dizer que o que havia em meu coração era apenas o amor que eu sentia por protege-la, e eu não pude negar, que mesmo eu sendo um anjo, meu coração bate de um modo intenso por ela”

[...]Quando a filha pura do guerreiro dourado.
Já tiver demonstrado aos céus sua beleza.
O guerreiro negro será acordado.
E a terra atormentará com a sua frieza.
Quando a filha bela do guerreiro negro.
Já tiver se encantado pelo anjo da pureza.
O guerreiro dourado ira acordar.
E sua fúria atrapalhará o amor das princesas.
Quando céus e submundo em guerra entrarem.
Só o amor verdadeiro resistira.
Pois o anjo puro sera lançado a terra.
Para uma nova vida poder gerar. [...]

“No fundo amar é o que te faz compreender um pouco mais os seus sentimentos, ama-la foi o que fez com que eu descobrisse quem eu realmente poderia ser, e não havia nenhum outro lugar onde eu quisesse estar, além dos braços dela.” -Leon.

Eu já não aguentava mais ver a dor nos olhos dele, a morte era certa, eu podia ver, eu era feita daquilo, apenas morte, mas eu não sei por que, ou quando, eu passei a sentir aquela sensação de empatia por aquele garoto de olhos dourados que já haviam perdido o brilho depois de tantas lagrimas derramadas no silencio, sim, eu o via chorar, eu sentia a dor da perda eminente se alastrar em seu ser, eu via nos olhos dele todas as noites o quanto ele amava aquele ruivo falso deitado naquela cama de hospital, e mesmo que eu não devesse ir contra o que eu era, em uma das muitas noites em que eu os observei, resolvi “dar a vida” ao invés de “ceifa-la”, aquilo só dependeria dele.
“-Eu posso devolver ele para você, se você assim desejar...-falei.
-Como entrou aqui? Quem é você?-murmurou o loiro a minha frente.
-Eu posso entrar em qualquer lugar, a qualquer hora-murmurei caminhando suavemente para que ele pudesse me ver melhor-Eu sou filha de Azrael, um anjo da morte.
O espanto se espalhou por sua face, o medo emanando por cada poro, era sempre assim, tudo o que eu causava era medo e aflição.
-Vo-você veio busca-lo?-murmurou baixo e falho, a dor nos seus olhos.
-Eu não sei por que, mas dessa vez eu não quero fazer o que nasci para fazer-proferi observando o ruivo de pele pálida a minha frente-Ele pode ser tanta coisa se ficar aqui, há tanta coisa que ele ainda pode fazer-continuei desviando o meu olhar para o loiro atônito com minhas palavras.
-Você pode deixa-lo? Existe algum modo de deixa-lo comigo?-as palavras vinham emboladas, rápidas demais para o folego que ele tinha.
-Existe-falei-Eu posso levar alguém no lugar dele ou [...] mas a escolha é sua [...]”

“Se você pudesse desejar qualquer coisa à pessoa que você ama, mesmo que essa coisa não fosse você, o que você desejaria? Eu estava nessa encruzilhada desonesta, era aniversário dela e naquela noite eu havia recebido uma carta anônima com a seguinte frase: “Se tu amas, escolhes um presente significativo, está é a tua chance de marcar a vida de alguém, escolhe com sabedoria, pois essa será uma escolha sem volta, mas tenha em mente que o presente não pode ser você”.
Não era justo, mas se eu escolhesse a coisa certa, provavelmente ela ficaria muito feliz, eu fechei os olhos e desejei aquilo que achei certo, espero que ela fique feliz, com esse presente vindo de outro mundo. Aquela noite eu não entrei no nosso único meio de comunicação, nem liguei a internet, apenas deitei na cama e desejei ter escolhido a coisa certa, e que aquilo a fizesse muito feliz, se ela estivesse feliz, eu provavelmente também ficaria, mesmo que minha escolha levasse a outra que eu não gostaria muito, mas a vida é assim mesmo, e eu aceitaria o que quer que acontecesse depois.” -Anjo anônimo-
“Eu nunca fui ao paraíso, mas essa deve ser a sensação, como se seus pés não tocassem o chão, como se seu corpo vagasse no etéreo espaço, em algum lugar longe de tudo e de todos, era assim que eu me sentia, naquele momento, éramos só nos dois, e como eu amava aquela sensação.”
[...]-Eu não sei como você consegue fazer isso comigo...-proferiu ele e eu me virei apertando o bloco de notas entre as mãos.
-Isso o que?-murmurei.
-Isso de acelerar meu coração, como se me capturasse sem querer, como se apenas a sua presença me tornasse vivo-proferiu ele caminhando até mim-Isso é normal Dulce? Uma pessoa só ser capaz de fazer um mundo inteiro ao redor de si? [...]

“Do ever feel like breaking down? / Você já se estivesse desmoronando?
Do you ever feel out of place? / Você já se sentiu deslocado?
Like somehow you just don’t belong/ Como se você não se encaixasse.
And no one understand you/ E ninguém te entendesse?”
(Welcome to my Life- Simple Plan)

"[...] Ah como ele almejava aquele amor para si, como gostaria de ter di Angello em seus braços e dar-lhe todo o amor que possuía em seu ser, mas não era capaz de declarar se para o mesmo o que ele pensaria de si? Se por acaso ele viesse a saber desse amor verdadeiro que o loiro sentia? Corresponderia o amor? Ou se afastaria de si? Não, ele não poderia deixar que di Angello escapasse, não poderia perder seu anjo, aquele que mesmo sem saber iluminava os dias e as noites de um outro alguém, aquele que mesmo ferido por dentro e por fora era o pensamento mais perfeito que Jason poderia ter, nem que fosse só em pensamento [...]"
"[...] Todos nós temos problemas, dores, traumas e muitos tem a falta de sorte de ter pais que não nos entendem, ou não nos apoiam, sei bem como é não ter ninguém para dizer que eu sou forte, que eu posso encarar o mundo de frente, alguém que me apoie nos momentos difíceis da vida e me diga que é só uma dificuldade em meio a tantas alegrias que eu terei, eu sei o quanto dói, essas dores invisíveis que nós carregamos todos os dias.[...]"