florzinha25

Você não vê?
O arco-ires atrás de você?

Você não vê? o belo sorriso por de trás das suas dores? atrás dessas marcas arroxeadas que percorrem sua pele esbranquiçada.

Você não vê? Esse por do sol que te rodeia, nessa noite gélida.

Não vê? a luz da noite iluminando seu caminho.

Caminho esse que muitas vezes se torna mais que, traiçoeiro...

Caminho esse que te acorrentou preendendose a você como mais um fardo a se carregar.

Como um castigo sórdido talvez?

É quem sabe, tudo seja apenas mais um castigo divino e você seja a mais nova vítima do destino...

[Por Extensão] Energia; excitação causada por uma ação que estimula, que aumenta a atividade do organismo: é necessário muita adrenalina para finalizar aquela obra.

Por tanto, senti-lo tão perto de mim, aguçava cada pequena parte do meu ser.

Tornando-me, fissurada em seus gestos.

Como em um jogo memorável, me entregava.

Em busca de provocar nele o máximo de expressões.

Porém, era mais que raro notar, seus gemidos de satisfação ou aclamo arrastados.

E mais uma vez, brincava com o perigo.

Mais uma vez, me atirava ao Leão, ou seria melhor? dizer gato do mato.

Afim de sentir, um pouco mais dessa adrenalina.

Quase tão perigosa, como seus toques sutis e firmes.

Como todo seu ser.

Temido, memorável e indomável.

Palavras essas que se encaixam perfeitamente ao ser acima de mim, ao pequeno e ranzinza ser.

Como descrever, o que nós somos.
Sem contar, o que éramos.

Esse sentimento se construiu aos poucos.
Sutilmente nos envolvemos.

Atravéz de pequenos sinais, ele nasceu.

Por linhas quase que invisível, nos apaixonamos.

Com canções, declaramos esse amor.

Um a um.
Entregamos até o mais profundo de nossas almas.

No final, o que era três, virou um.

O espirito do inverno olhava inquieto para o grande relógio na parede.
O tic-tac a cada badalada tirava sua sanidade.

A reunião, parecia não ter fim.
O tempo passava arrastado...

Os guardiões falavam sem parar,
Um por cima do outro, impacientes.

Seus pensamentos estavam a milhão,
Turbinados como uma densa nevasca.

Como ele iria vê-la?
Como iria cumprir sua promessa?

O tempo estava se esgotando...
Logo mais, seria o fim do outono.

Nem sempre podemos deixar o passado para trás.
Em determinado momento ele retorna para nos assombrar.
Os traumas escondidos ressurgem como uma avalanche.
Os demônios internos nos consomem...
E pessoas se ferem.

Sua volta, acarreta tempestades, mas também trás alegrias.

Relações que foram corrompidas tem a chance de se curarem...

Será que as pessoas realmente vão querer relatar os laços perdidos?

Em meio aquele caos, encontrei teus olhos.
Depois daquele círculo, unimos nossos lábios.
Não sei se foi acaso, ou quem sabe o destino.
Só sei que, ao seu lado irei conhecer o outro lado...

"Sinto teus braços envolvendo minha cintura.

Suas mãos me apertando contra teu corpo.

Sinto a sintonia de nossos corpos entrando numa dança.

Sinto minhas pernas rodeando seu corpo, a trazendo para perto.

O calor agora nos incendiava, queimando nos por completo..."

Entrelaçando nossas almas vão se reconhecer sem se importar em qual dimensão elas iram renascer.

Sua voz ressoarar entre as dimensões.

Em perfeita sincronia irei outra vez ao teu encontro.