Gianfrancesco não sabia dizer ao certo se era uma mulher bonita. Àquela distância, não via bem, mas qualquer que fosse a aparência que tivesse, ele sentia que não podia sair daquele teatro sem ter ao menos uma conversa com aquela bela criatura.
Conseguia sentir nela a magia rara que poucas pessoas têm, e que só é reconhecida pelos poetas. É uma coisa sutil, que não pode ser definida ou descrita. Apenas está lá, e é irresistível.
No segundo ato, ela reapareceu, mas já não mais interpretava um homem. Na figura de um sonho, estava nua. Cobria-lhe o corpo apenas um véu, tão transparente, que ela podia ser toda vista. E este detalhe não a induzia a procurar exibir seus atributos de mulher, fosse nos movimentos dos quadris ou das pernas. Ela não precisava tentar parecer atraente, oferecendo-se aos olhos do público. Era inebriante sem qualquer esforço.
As estações vêm e vão, como sempre fizeram em um jogo de esconde-esconde cujo vencedor nunca é decidido. Os anos passam, mas a minha primavera não parece voltar.
Olho para o celular gélido em minhas mãos e sorrio com as fotos embebidas em memórias de cada um daqueles momentos que desapareceram nas linhas dos anos que passaram. Sem elas, esses acontecimentos seriam apenas pinceladas rápidas na minha mente, sentimentos inespecíficos no meu coração. Este celular é uma das poucas coisas que me ligam a essa época tranquila em que ele ainda estava aqui.
E assim as estações seguem em seu jogo eterno. O tempo continua fluindo, mesmo que tudo volte ao início, se refaça e recomece. E por isso...
| Oneshot Per Month Project | Fevereiro 2021 | Objetos Cotidianos |
— Ah, sim. Os pregos no corpo representam a dor — comentei, de forma genérica, voltando o olhar para Frida. Provavelmente, o rapaz agradável enjoaria de mim em alguns segundos, então eu não iria me esforçar.
— É isso que gosto nos quadros dela. Em maioria, não é difícil adivinhar o que estão dizendo — continuou ele.
— É mesmo? Acho que nunca vou entender alguns, na verdade.
— Quais, por exemplo?
Tive que encará-lo novamente. Por que ele ainda estava ali, afinal? Só podia ser tédio.
escrita por Chihiro_ Concluído
Capítulos 1
Palavras 471
Atualizada
Idioma Português
Categorias Histórias Originais
Gêneros Drama / Tragédia
O banho estava quente. A sensação de conforto quando ela enrolou a toalha no corpo foi deliciosa. Olhou para o espelho, se assustou: a caixa de sapato, rosa e encardida, estava na pia, intacta.
Aquilo era uma pasta. Não, não — César pensou analisando melhor o objeto retangular do tamanho de uma folha A5 de capa dura e estampa de flores com o versículo de um salmo da Bíblia —, aquilo era um álbum. Sim, definitivamente um álbum!, daqueles com folhas de plástico com divisões prensadas bem anos 90. Ou 2000.
Por que diabos Matheus levara aquilo para a faculdade?
| Crônicas da UFMT | César [& Matheus] |
| Oneshot Per Month Project | Fevereiro 2021 |
Acordou, abriu os olhos, respirou, moveu as articulações dos dedos das mãos e dos pés, piscou, suspirou de maneira profunda, impulsionou o corpo para frente, levantou
escrita por Gans_
e emdji Em andamento
Capítulos 2
Palavras 4.427
Atualizada
Idioma Português
Categorias Jogos Vorazes (The Hunger Games)
Gêneros Ação, Drama / Tragédia, Ficção, Ficção Adolescente, Ficção Científica / Sci-Fi, Gay / Yaoi, Lésbica / Yuri, Mistério, Policial, Romântico / Shoujo, Suspense, Terror e Horror
No crepúsculo dos luxos, sangue. Na escuridão da noite, ódio. Nas ruas da Capital, guerra.
Conforme a fagulha da rebelião espalhou-se pelos Distritos, um após o outro, transformando-se em um incêndio que queimou todo o status, riqueza e poder, tudo que os habitantes da Capital puderam fazer foi agarrar-se cegamente a uma esperança de que a Rebelião jamais chegaria aos portões de suas casas.
O governo do Presidente Snow caiu, mas não foi o suficiente para acalmar a chama do ódio dos rebeldes, depois de décadas vivendo na miséria. Seria necessário um último ato de violência, extravagante e apropriado para o início de um futuro tão brilhante quanto as joias da Elite.
Toda a essência do que representava a Capital precisaria cair do pedestal, um espírito quebrado que anos de propaganda não conseguiriam enterrar.
Por meio do Ato de Paz número 1, a realização dos últimos Jogos Vorazes foi instituída. Porém, os tributos não seriam dos antigos Distritos: seriam os filhos orgulhosos dos moradores da Capital, cujas vidas deveriam oferecer como forma de apagar a chama do ressentimento.
Em meio às lágrimas carregadas de maquiagem e às ruínas da guerra, que comecem a 76ª edição dos Jogos Vorazes.
Esta configuração será usada apenas neste navegador
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse de acordo com a nossa Política de Privacidade, ao continuar navegando, você concorda com estas condições.