Unforgiven
escrita por NanaMaiaEm andamento
Capítulos 5
Palavras 24.774
Atualizada
Idioma Português
Categorias Supernatural
Gêneros Ação, Drama / Tragédia, Família, Literatura Erótica, Luta, Mistério, Policial, Romântico / Shoujo, Sobrenatural, Suspense, Terror e Horror
"Essa história não é exatamente minha. Talvez eu a tenha invadido por um simples momento de raiva e fuga, mas me tornei parte dela de modo que não consegui mais sair nem mesmo quando não havia mais nada para mim ali. Sou apenas uma figurante na vida de dois caras extremamente loucos e sobrecarregados de pesos que eles não deveriam carregar, ou que ninguém deveria. Mas a grande expectativa em ter metido meu nariz no meio dessa confusão de heroísmo e 'vilanismo' foi que eu apenas queria ter uma vida diferente das normais porque havia me cansado da monotonia. Fazer a diferença ou ao menos tentar, mesmo que ninguém soubesse; mas acabei morrendo e renascendo, então vi outros morrerem e alguns não renascerem mais. E quando você vê tantas partidas, começar a questionar o sentido da sua existência nesse mundo é compreensível. Por que estou aqui? Qual a minha importância? Mas chegou um momento que mergulhei sem nenhuma máscara ou nadadeira, e quando você cai nesse mar de pensamentos despreparado é esperado que você se afogue. Então eu percebi que o mundo que eu imaginava só existia para quem vê de fora, e aqueles dois só conseguem viver dentro dele pois sempre souberam que ele era vazio.
Mudar provavelmente é a coisa mais difícil que um ser humano é capaz de fazer. A mudança em si já exige um pouco de abandono; de desprezo; de largar o que um dia você amou e admirou, deixando o passado no lugar que lhe apetece. Talvez, na forma mais melodramática possível, mudar signifique morrer, ou se deixar morrer. Matando também as coisas que já fizeram parte de você e que agora não fazem mais. Para então renascer, em outros lugares, em outras histórias, com outro alguém. Eu mudei, e digo com total conhecimento que mesmo que mudemos de país, nome, profissão, cor do cabelo ou façamos a melhor plástica do mundo; a vida que já vivemos e achamos ter deixado para trás vem conosco no fundo da mala lotada. Sobrevivemos de lembranças, mas às vezes sobrevivemos esquecendo. Seguir em frente não é o bastante para deixar o passado no passado, nada é. E eis que me ocorre a ideia louca de que talvez nem mesmo a morte seja o suficiente, pois nessa vida ou nas outras, morrer nunca é um adeus.
Essa história não é minha, mas sim, dos homens que mais amei em minha vida. Um pelo qual me apaixonei perdidamente, e outro que sem querer virou meu irmão. Talvez ficar com eles seja suicídio; desistir de tudo para sair pelo mundo num carro mais velho do que posso contar, combatendo seja lá o que for o mal. Mas dar minha vida pela deles é um preço muito baixo a se pagar pelo que fizeram por mim: me deram um motivo pelo qual continuar. Eu caí de paraquedas na loucura deles e fiquei ali por puro capricho, e agora, contarei como tudo aconteceu."
- Teresa.
Mudar provavelmente é a coisa mais difícil que um ser humano é capaz de fazer. A mudança em si já exige um pouco de abandono; de desprezo; de largar o que um dia você amou e admirou, deixando o passado no lugar que lhe apetece. Talvez, na forma mais melodramática possível, mudar signifique morrer, ou se deixar morrer. Matando também as coisas que já fizeram parte de você e que agora não fazem mais. Para então renascer, em outros lugares, em outras histórias, com outro alguém. Eu mudei, e digo com total conhecimento que mesmo que mudemos de país, nome, profissão, cor do cabelo ou façamos a melhor plástica do mundo; a vida que já vivemos e achamos ter deixado para trás vem conosco no fundo da mala lotada. Sobrevivemos de lembranças, mas às vezes sobrevivemos esquecendo. Seguir em frente não é o bastante para deixar o passado no passado, nada é. E eis que me ocorre a ideia louca de que talvez nem mesmo a morte seja o suficiente, pois nessa vida ou nas outras, morrer nunca é um adeus.
Essa história não é minha, mas sim, dos homens que mais amei em minha vida. Um pelo qual me apaixonei perdidamente, e outro que sem querer virou meu irmão. Talvez ficar com eles seja suicídio; desistir de tudo para sair pelo mundo num carro mais velho do que posso contar, combatendo seja lá o que for o mal. Mas dar minha vida pela deles é um preço muito baixo a se pagar pelo que fizeram por mim: me deram um motivo pelo qual continuar. Eu caí de paraquedas na loucura deles e fiquei ali por puro capricho, e agora, contarei como tudo aconteceu."
- Teresa.
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