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"- Esse é um dos meus livros favoritos. - ela abriu e deu uma rápida foleada. - Eu sei que como qualquer livro esse também tem defeitos, mas eu tenho uma lembrança ótima dele, de ler ele durante a noite e meio escondida. - ela fechou o livro e virou a capa para ele. - Você já leu?
- Eu não sou muito do tipo que lê romances.
- Já eu, adoro um romance. Pode não parecer, porque acabei de fugir de um casamento que aconteceria daqui dois dias, mas eu amo o romance. - ela esticou o livro para ele. - Você deveria ler esse aqui, eu sei que tem 5 outros antes desse, mas não vai fazer tanta diferença assim para a história.
- Posso saber sobre o que é a história? - ele pegou o livro da mão dela e viu o título "o Conde Enfeitiçado".
- É sobre uma jovem viúva que vai encontrar o amor de novo, no primo do ex marido dela. - ela colocou a mão na boca e deu uma risadinha de um jeito fofo. - Eu sei, soa ridículo e algo do tipo "o marido dela devia ser horrível", mas não é. Além do fato dela ser a mais excluída de uma família de 8 irmãos, acho que esse livro mostra que a gente pode encontrar o amor várias vezes e ser feliz todas essas vezes.
- Eu não sei se acredito muito nisso. - ele disse um pouco baixo e virou o livro só para fingir que ia ler a sinopse, mas estava disfarçando a dor no peito que aquilo lhe causou.
- Sei lá, eu nunca me apaixonei de verdade, mas eu acredito nisso."

"Eu giro o isqueiro em cima da mesa por puro costume, já que eu não fumo mais desde que você me disse que isso iria me matar um dia e, o mais irônico disso tudo, é que quem quase me matou foi você quando decidiu recomeçar em outro lugar, com um outro alguém."

"- Você sabe quanto tempo faz?
- Dezoito anos, eu sei. - ele ficou um tanto constrangido. - Mas eu havia te dito que ia embora aquela noite.
- Mas você me disse que iria me encontrar, também. - a voz dela ficou um pouco estranha, mas ela jurou a si mesma que não iria chorar. - Foram meses esperando uma ligação que fosse sua, depois anos mentindo para mim mesma que qualquer tom de voz parecido com o seu era você. E, sabe, eu cheguei até a ir na sua casa, logo quando você começou naquela serie adolescente, mas quando eu te vi com uma mulher eu percebi que não era mais parte da sua vida, que eu não pertencia mais ao seu mundo.
- Eu fui errado, eu sei disso, mas faz alguns anos que eu tentei te achar, mas é impossível!
- Não vou discutir com você sobre isso. - ela se virou para entrar, mas ele pegou no braço dela e Haley se virou para encará-lo, ele estava perto demais.
- Eu não posso apagar esses 18 anos, e nem consigo me desculpar corretamente com você, mas será que você pode me dar uma chance de começar de novo? - a voz dele ficou um pouco mais baixa. - Eu prometi que a gente iria se encontrar de novo e estou mais do que disposto a fazer isso agora.
- É tarde demais, Sebastian. - ela se soltou dele."

O ano era 1943, e uma vila em Siracusa, na Sicília, havia sido invadida pelos ingleses. Aurora, uma condessa que não levava o título muito a sério, é obrigada a tomar a frente da situação para proteger a vila e seus habitante, praticamente mulheres. O que ela achava que seria uma convivência tensa e perigosa, acaba se tornando algo extremamente diferente, ainda mais quando o capitão vai morar com ela.

"- Depende, eu vou poder ir normal ou preciso ir como se estivesse indo visitar a rainha? - aquele pedido dele a fez voltar para o dia em que os dois tomaram café da manhã juntos com ela extremamente arrumada, ela não aceitaria em um dia normal, mas aquele pedido a fez ter vontade de reviver um pouco o passado.
- Você vai aceitar? - ele se espantou, a última vez que eles se viram, ela parecia extremamente magoada e o acabou deixando de coração partido.
- Talvez eu aceite.
- Então você deve me fazer uma surpresa. - ele piscou para ela com um olho só. - Me mande seu endereço que eu te mando um carro.
- Não podemos nos encontrar como pessoas normais?
- Não. - ele colocou a mão no bolso. - Acho que você esqueceu de cumprir algumas cláusulas do nosso antigo contrato e eu estou a fim de cobrá-las. - ele se virou. - Ate amanhã, Aly."

"Eu sempre fui apaixonado por Oly, mas eu nunca tive coragem de me declarar. No começo eu achava que era apenas um carinho muito grande por alguém com quem eu cresci junto e que era quase uma irmã para mim; depois, pensei que era só o resultado de uma pressão familiar por querer que a gente ficasse junto; alguns anos mais tarde eu realmente me dei conta de que amava Oly, de que eu poderia sair com qualquer mulher que fosse que sempre seria ela quem mudaria meu humor, que moraria nos meus sonhos e no meu coração, mas eu sabia que qualquer coisa que existisse entre nós acabaria com a nossa amizade e, é aquela coisa, melhor ter a amizade do que não ter nada.
Só que, de um ano para cá, desde que ela ficou noiva de John, parece que esse sentimento ganhou uma outra proporção. Eu queria formar uma família, ainda que fosse apenas eu, meu cachorro e minha esposa, mas eu queria ter alguém comigo pelo resto da vida e esse alguém teria que ser a Oly, porque eu sabia que ninguém mais seria como ela e já não me importava tanto em perder a amizade dela, porque o amor que eu vinha nutrindo a anos já estava começando a doer."

Benjamin acorda no hospital depois de dois dias após ter sofrido um acidente, ele percebe que não está sozinho no cômodo: ali, sentada em uma poltrona, está alguém que ele não vê faz anos e que, junto com algumas respostas, vai trazer uma enorme surpresa.

"Ele olhou para ela, fisicamente não havia NADA de errado com ela, disso ele teve certeza e, pela cena da porta, ele sabia que ela era engraçada então, com certeza, não tinha nada de errado com ela que justificassem as 5 traições.
- Eu apostaria minhas fichas de que você tem um padrão, adora babacas, por isso elas aconteceram.
- Você está querendo dizer que a culpa é minha? – ela virou o rosto para cima a fim de encará-lo, e olhou para ele com cara feia.
- Claro que não. – ele colocou as duas mãos nos bolsos da calça. – Apenas disse que você tem um padrão de atração. – ele inclinou a cabeça para o lado. – Isso não é errado, eu também tenho um padrão.
- Tipo “princesas da Disney”?
- Tipo isso, só que com uma mistura de vilãs. – ele deu um sorrisinho para ela. – Elas sempre me abandonam e isso faz com que virem vilãs para mim."