comunysta

Minho e Jisung eram amigos: uma amizade tão crua, bela e íntima que muitas vezes ocupava todo espaço caloroso de suas vidas. Minho só se pergunta, quando foi que eles dois passaram a serem vistos como um casal?



Ou, alternativamente: Uma história sobre quanto tempo Minho demora para perceber o quão apaixonado ele é por Han Jisung.

Han Jisung pode prever o futuro.
Mas esse não é o ponto principal da história.
Isso é na verdade uma história sobre Lee Minho e como Han Jisung se apaixonou por ele entre essa confusão de presente, passado e futuro.

Em uma terça-feira cansativa tudo que Hyunjin menos queria era ficar perto de Han Jisung.
Han Jisung era a segunda pessoa mais babaca que ele já havia conhecido e Hyunjin tinha certeza que ele devia ter uma mente maldosa cheia de amarguras e palavras grosseiras demais para serem ditas nessa sinopse.
Uma certeza que caiu por terra quando Hwang Hyunjin, inexplicavelmente, ganha a dadiva divina de ler os pensamentos de Han Jisung.

Han Jisung é uma daquelas bagunças enormes que poucos podem lidar; completamente viciado em se afundar em paixões que ele sabe que nunca serão correspondidas, apenas porque está fugindo de algo que ele ainda não sabe exatamente o que é.
Ao menos, havia Lee Minho ao seu lado, com um sorriso irônico desempenhando o papel de seu melhor amigo.
Sim. Isso é um clichê. E é claro que a resposta para toda constipação emocional de Han Jisung está bem na ponta do seu nariz.

Era vulnerável.
Ao mesmo tempo inevitável.
Também é certo. Bom. E vivo.
Realmente, não havia como Chan correr por muito tempo. Uma hora as coisas iriam acontecer. E parecia que seria em breve pelo jeito que os cabelos bagunçados de Wonwoo caíam sobre sua testa e os dedos longos brincavam com a orelha do livro, as pontas vermelhas pelo frio que aos poucos se instalava na noite de setembro.
— Eu acho que você é tipo Netuno.

Jisung e Hyunjin se amavam. Essa é a afirmação inicial que deveria garantir a estabilidade de tudo.
Porém, Han Jisung simplesmente não conseguia mais se sentir amado.
E Hyunjin não sabia dizer quando foi que os dois começaram a desmoronar.

Kim Hongjoong acordava todos os dias e ainda era segunda-feira. Ainda era dia 28 de março. As pessoas agiam exatamente como agiram no dia anterior. Nada mudava além do sentimento de angústia por estar preso naquele estranho ciclo.
Isso até ele perceber que a playlist de rock clássica que seu vizinho escutava nas manhãs do dia 28 não era mais a mesma de todas as outras segundas.

Contudo, sempre há um grande “Contudo”.
Park Sunghoon era a conjunção adversativa que surgia em um parágrafo qualquer da sua vida e se tornava o ponto principal de toda tese. Estavam naquela relação de migalhas há um bom tempo, algo que começou sem pretensões e foi um alívio para ambos que naquele instante não estavam esperando nada sério da vida.
Acontece que a vida não é de se manter na mesmice, sempre buscando surpreender, tornando o que deveria ser simples em algo complexo.