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— Onde dói? — O garotinho, no qual eu sempre brincava, se aproximou preocupado. Sem hesitar, apontei para o lado esquerdo do meu peito.

— Por que aí dói? — Perguntou num tom sereno e logo se agachou na minha frente.

— M-minha mãe... — falei com a voz embargada e rouca, por causa do recente choro. — Ela não não quer que eu te veja mais.

— pegue. — O mesmo, com um sorriso meigo, me entregou uma rosa vermelha. Era delicada, assim como o garoto que estava na minha frente. — significa admiração.

— Q-qual é seu nome?! — Perguntei, apesar de vê-lo todos os dias, o mesmo sempre se recusava a dizer seu nome.

— Eu lhe contarei em breve.

“Meu nome é Jeon Jungkook, mas pode me chamar apenas de Jungkook ou Kook. Tenho 16 anos, estou perdidamente apaixonado pelo meu amigo e só consigo dizer isso por meio de cartas.”

"Vai ficar tudo bem não é...?"
Seus olhos estavam banhados de lágrimas, a tristeza pairava em seu olhar. Remorso era o que ele sentia.
-Sim Yoongi, eu estarei aqui para te ajudar.
Dei o meu sorriso mais sincero e o abracei.
"Eu tenho muita sorte de ter uma amiga como você s/n! A mamãe teria orgulho de mim por Conhecer alguém tão legal, ficaria mais orgulhosa se eu me casasse com você!"
Meu rosto se avermelhou instantâneamente e o mesmo continuou.
"Promete que vai casar comigo quando nós crescermos? Pela minha mamãe!"
-Prometo!

Eu poderia estar ao lado de uma garota qualquer que eu conheci no colégio, mas eu escolhi ela... S/n não é perfeita, nem eu, porém nós escolhemos viver juntos.
Há alguns meses S/n começou a adoecer e, quando a levamos para o hospital os exames constataram que S/n tinha câncer de mama. Foi um choque na hora.
Tínhamos acabado de comprar nossa casa, onde pretendemos morar juntos. Até que a morte nos separe.

Enfim Natal...
Casas decoradas com luzes coloridas, Árvores enfeitadas com estrelas, bolinhas coloridas e brilhos dourados, a cidade estava deslumbrante aos olhos de Park Jimin.
-Como estou?- o loiro pergunta exibindo sua fantasia recém comprada de Papai Noel. O mesmo adorava visitar os órfãos da cidade para alegras as criancinhas.

-Está ótimo meu bem!

A carta, aquela que poderia mudar-me, mudar minha vida, meu destino.
Acabou fugindo de minhas mãos.