Lihnfa

Sentada em uma das banquetas próxima ao balcão, após um dia árduo de trabalho, tudo que Yoon Minhee queria era distrair sua mente observando um barista gentil que possui muito a ensiná-la enquanto faz Latte Art.

Odeio ser arrastada pelas situações. Odeio ficar estática enquanto tudo acontece.

O amor é uma dessas coisas que só quem sente entende, do tipo que é morninho e gracioso ao passo que intenso e arrasador. Amor é aquilo que sentimos todo dia, mas especialmente no dia 28, ou em outra data especial qualquer.

— Purifica-me, querida divindade. — Cochicha baixo, unindo uma palma à outra da mão; esfregando, orando, desejando, ansiando pelo seu pedido. — Purifica-me a alma, o corpo e o coração; tira de mim tais pensamentos pecaminosos.

Então vamos sentar, chorar e seguir em frente. Vamos fazer uma pausa enquanto estamos no fundo do poço.

Havia Cellbit e tudo que o formava, tudo que chamava a sua atenção, tudo que fazia com que Quackity quisesse ter a atenção dele também, porque ter o olhar dele sobre o seu era suficiente para acreditar até que o mito das tais borboletas dentro do estômago era real, porque só isso explicaria aquela agitação sentimental confusa que sentia sempre que ele se aproximava de si. Havia Cellbit e... O que tem em você afinal, Cellbit?

Devíamos ser nós em janeiro; casando, se amando um pouco mais, chorando, sufocando, se encaixando onde não cabia mais.

Parece absurdo florescer em um dia de enchente, mas não seria isso a vida? Renascer mesmo diante de inundações de sentimentos ruins.