Lara_danielle

- O senhor sabe do que está acontecendo no Brasil não é? O ensino de história nem existe mais lá, e soube de professores e estudantes que estão sendo presos... As famílias nunca recebem os corpos de volta. – Eren parecia muito sombrio, um arrepio estranho correu por Levi.
– O senhor já pensou sobre isso? Eu penso o tempo todo. Se eu for morto, não quero que meu corpo seja jogado em uma cova qualquer. Na verdade não quero ficar enterrado aqui. Gostaria que meus ossos fossem queimados e atirados no mar, o senhor consegue pensar em algo mais libertador do que isto?

Ele já não sabia quando tudo deixou de ser um mecanismo de alto defesa, para ser um programa de alto destruição.
Ele sabia que estava se machucando, ele sabia que estava adoecendo, mas ele já não conseguia parar.
Quando foi que ele entrou neste circulo de errar e se culpar e errar de novo para se punir? Ele não sabia.

Sei que o passado provavelmente não é de fato tão bonito quanto me lembro agora, mas é que tem alguma coisa nas lembranças de tempos distantes, um brilho que a elas é conferido, que faz tudo parecer tão vivo... E quando olho por essa ótica, acredite eu sinto esperança.

- Não seja boba. Hinata, eu fiz tudo isso para te mostra que não importa se você passar ou não nessa prova, sempre teremos o que comemorar. É seu ultimo ano no ensino médio, e eu sei que para mim pode parecer fácil já que o terminei há dois anos, mas eu sei como é! Meu amor, você já é incrível com ou sem faculdade. Isso é algo que deve se comemorar todos os dias. – Sasuke falou beijando o topo da cabeça da namorada.
Lentamente ele a sentiu relaxar em seus braços.
-Eu só queria te relaxar. – Ele disse, mas parou ao percebe que ela erguia a cabeça e sorria maliciosamente para ele.
-Ah diversas formas de me relaxar, acho nosso jantar pode esfriar um pouquinho. – Hinata falou, o derrubando no chão e começando a beija-lo apaixonadamente.

Durante o dia nem ao menos noto a hora passando, mais quando chega este momento, quando se aproxima a noite...meu coração acelera e o tempo tende a passar mais devagar quando sei o que me guarda a apenas algumas horas de taxi dali na rua Kamakuri, prédio 36, apartamento 101.

- Você acredite que Deus existe? – ele insistiu, mordi os lábios nervosa. Não queria que Sasuke me visse como uma estranha também.
-Eu não sei. – disse sem jeito.
-Como não sabe? Pode dizer o que pensa Hinata. Não precisa ter medo. – ele disse. Olhei em seus olhos compreensíveis respirei fundo e soltei:
- Não posso dizer que ele não exista, não tenho provas para confirma isso. Mas também não posso simples dizer que exista, pois também não tenho provas seguras disso. O caso é que não concordo com nenhuma religião, sinceramente a bíblia tem tantas contradições que ate mesmo eu fico surpresa. É difícil para mim. Minha mãe é religiosa e me cobra idas à igreja, mas eu não sei como me definir. Não suporto ir lá e ouvir tantas enganações. – Expliquei. Olhei para ele esperando encontrar reprovação, mas em vez disso o encontrei sorrindo.
-Você é agnóstica então. – Ele me disse.
Naquele momento eu senti um grande alivio. Havia uma definição para mim, eu não era completa estranha.

Então em vez de ir para casa, ele optava por ficar ali, parado no meio da rua, vendo a neve cair em espiral sobre si, de certa forma ele podia enxerga a si mesmo nela.
Confuso, frio e sozinho.

Ele prosseguiu com sua vingança, veio atrás de mim, e agora estou vencido, espero que minha morte seja o suficiente para ele, espero que minha morte o faça regressar para nossa aldeia, porque mesmo agora, em quanto a vida se esvai de mim tudo que penso é o quanto amo Sasuke, meu eterno irmãozinho tolo.