Melyoon

Park Jimin tinha completa noção que fugir de casa às duas e quarenta da madrugada em pleno sábado não era lá a melhor ideia que ele já teve, e que provavelmente estaria em uma bela enrascada quando amanhecesse. Ele só não esperava acordar no meio de um turbilhão de luzes coloridas e com uma tenda gigantesca montada sobre si, enquanto dois garotos de cabelo florescente se jogavam do topo direto para o chão.

Nós somos como borboletas cujas asas foram despedaçadas, vivendo miseravelmente em uma realidade distorcida por uma falsa sensação de segurança, sem percebermos o perigo nos empreitando até que nosso sangue esteja colorindo o chão de asfalto. Estamos corroídos como uma moldura caída no chão pútrido, definhando-nos lentamente enquanto nos agarramos a um único retrato de felicidade que jaz no passado, uma lembrança feliz que foi apagada pelo tempo. Somos semelhantes a pássaros despencando do céu, tentando inutilmente bater as asas e se agarrar a um último fio de vida mesmo sabendo que o único destino é a morte. Esse mundo repulsivo foi o grande culpado pelo meu estigma, então não tentem me parar, eu só desejo ficar bem.



Sinopse temporária.