poetyeeun

Kim Minjeong amava e sentia uma forte ligação com o cosmo em que vivia, sentia uma intensa paz e calmaria tomar conta de si quando olhava para o céu que havia sobre sua cabeça. Todas as noites rezava e sonhava com o dia em que voltaria para os céus que lhe traziam uma sensação de resguardo e conforto imensurável.

Garota de Estrela, que há de ser garota de Marte junto comigo daqui a alguns anos-luz. Eu sou de astro e tu de gás, nenhuma de planeta.

Eu vesti meu coração como pele quando você apareceu, e depois, eu vesti sua promessa em meu dedo e tornei-me uma tela que você pintou estrelas prateadas como aquela que se completava em nossa tatuagem. E agora, tudo que restou disso foi um término cinzento cheio de sentimentos frágeis e não resolvidos.

Eufemismo seria dizer que Han Jisung apenas gostava de Choi Jisu. Na verdade, ele tinha era uma vala; um despenhadeiro; uma queda livre inteirinha pela gatinha que era aluna de medicina veterinária. Não media esforços para conquistá-la e nem tentava manter sua paixonite oculta, todo mundo sabia que Jisung era louquinho por Jisu, inclusive ela própria.
E para que aquele relacionamento acontecesse além da sua imaginação — até porque Jisu adorava se fazer de difícil e apenas fomentava suas esperanças —, Jisung decidiu que seria uma ótima ideia impressioná-la com seus (não) dotes culinários, que renderam em um teto quebrado e, inacreditavelmente, uma cozinha incendiada.
Mas não importava muito porque, de quebra, tudo tinha valido a pena. Até mesmo o jantar romântico que virou cinzas.

Hongjoong seria o homem da vida de Seonghwa por muito tempo, quiçá para sempre. Em contrapartida, existem amores que não foram feitos para serem vividos. Kim Hongjoong ficaria eternamente em seu coração, mas não em sua vida.

Ela se senta distante dele, puxando devagar os fones. O vento sussurra-lhe malícias ao pé do ouvido, e a lua parece que zomba dos corações quebrados, magoados e recheados de caos. Talvez Aeri só estivesse viciada no jeito que Jaeyoon mascarou toda a dor avassaladora que sentia, embora ela jamais tenha sumido.

Minjeong amava Jimin, e a maior prova desse amor foi ela deixar sua vida de princesa para trás para viver com a namorada no subúrbio mais tenebroso daquela cidade. Agora, eram um casal completamente falido tentando terminar a faculdade, fazendo bicos onde pudessem arranjar dinheiro e criando um gato gordo que comia até pedra se elas não tivessem o devido cuidado e atenção.
Um jantar decente tornou-se raridade naquela casinha; comida boa ou refrigerante gelado e com gás. E numa noite onde o estômago falou mais alto do que a razão — e talvez de uma possível intoxicação alimentar, também —, Jimin convenceu sua namorada a pedir o jantar na estabelecimento mais ordinário de todo aquele bairro. Vai uma pizza com sabor de morte, aí?

Portanto, quando numa quinta-feira ensolarada o sininho de entrada soou para anunciar a chegada de uma cliente nunca antes vista no estabelecimento, às dez e quinze da manhã, Sunghoon estranhou tal quebra de monotonia e mesmice.
Jang Wonyoung adentrou sozinha, diferente dos demais clientes que vinham agrupados com amigos ou familiares. Suas únicas companhias eram uma bolsa grande enroscada no braço e uma tiara de faixa branca enfeitando os cabelos castanhos.