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Jeon Jungkook nunca planejou ser expulso de casa após se relacionar com o cunhado, também nunca esperou que fosse se apaixonar pelo seu chefe quando o mesmo já era casado. Ele não queria ser o outro, nunca quis. Mas o que sentia por Jimin era forte o suficiente para fazê-lo levar aquilo até o fim.

Contudo, o fim chegou mais rápido do que o esperado, deixando Jeon sem Jimin, sem seus pais e com uma única motivação. Jeon Min Ki, seu filho... Seu tudo.

Doeu saber que o para sempre que o Park prometera, não durou por muito tempo. Doeu se sentir ofendido pelas palavras duras que teve que ouvir, mas ele foi forte. Tinha que ser, afinal, não vivia só por si mesmo, tinha uma pequena adição em sua vida, essa, que Jimin fez questão de recusar.

Jeon Jungkook pensava que sua vida ia bem tendo um filho de dois anos e carregando outro dentro do ventre; as dificuldades que passava como pai solteiro eram muitas, mas tentava continuar seguindo firme, unicamente, por quem amava.

Mas a realidade ia além de qualquer mínima lágrima sua, e ao que foi despejado do lugar onde vivia fora que notou aquilo. Sem ter para onde ir, ou a quem recorrer; refugiou-se entre as ruas escuras da pacata Busan.

Atrás de uma lixeira, que habitava ao lado de um restaurante bem frequentado, fora onde ficou por alguns dias; até que, em um susto, quase perdeu sua pequena criança de sete meses. E, apesar de cada porém, encontrou a luz no fundo de seu túnel ao que deparou-se com Park Jimin, o dono do estabelecimento e, num futuro próximo, quem seu coração escolheria amar.

Jimin nunca imaginou que o amor que juraram durar até o fim de suas vidas acabaria, nunca imaginou que seu grande amor estaria nos braços de outro junto ao filho deles. Mas isso aconteceu, e ele, bem, ele desistiu de lutar por um amor que ao que parecia, estava acabado.

Perdeu seu Jungkook para outro homem, perdeu seu filho para o mesmo homem; eles fizeram uma escolha, e Jimin não estava incluso nela.

Timidez era algo que simplesmente não se encaixava em Park Jimin que, atuando em um teatro como profissão era chegado o suficiente para que fosse até mesmo desbocado às vezes. Mas como diz o ditado “os opostos se atraem”; o loiro era casado com Jeon Jeongguk, um rapaz tímido demais em relação a certas coisas, uma em específico sendo a de falar em público usando um microfone, como seu companheiro bem era acostumado.

E com a saudade aflorando-os junto a um desejo enorme por prazer aquilo não seria um empecilho para que o Jeon gemesse em um microfone, sobre o palco do trabalho de Jimin.

Jeongguk sempre fora conhecido por sua extrema curiosidade para com muitos assuntos, o rapaz não conseguia simplesmente ficar um segundo quieto quando algo atiçavá-o. E então, em um final de tarde com amigos numa lanchonete acabou por ouvir algo que deixou-o com uma pulga atrás da orelha; o que resultou em novas sensações.

Jeongguk estava em um daqueles dias em que costumava a ser birrento, manhoso e chorão. Grávido ainda jovem, estava indignado com o fato do seu namorado ter o deixado solitário em casa para sair por aí com alguém.

O seu ciúmes crescera em dois tempos, coisa que quase se transformava em fúria. Park Jimin teria que ralar para pagar por seus erros, e Jeongguk, apesar de tudo, acabou se rendendo aos charminhos do ruivo.

Porque afinal, quem tem ciúmes, ama.

Seu bebê estava tendo um pequeno probleminha que todos os outros seres pequeninos tinha com certa idade, e aquilo o fazia acordar aos berros horas antes do seu costumeiro; seus dentinhos estavam nascendo, e céus, só Jeon sabia o quão dolorido podia ser aquela fase para seu menininho e até para ele próprio.

Jeongguk e Jimin pensavam que aquela viagem de Natal qual resolveram fazer de última hora não poderia falhar. Isso até eles terem que começar a manhã com um probleminha nomeado como Park Jinhwan, depois terem que lidar com compras atrasadas e uma briga no supermercado, até que enfim; tentarem sobreviver a uma tempestade de neve.