Iladycat04

"Lembro-me bem do dia em que o encontrei . Eu estava voltando para casa e estava toda molhada devido ao meu guarda-chuva meio quebrado que eu havia acidentalmente danificado durante o percurso. Eu estava muito focada em chegar em minha casa, mas um som agudo tinha chamado a minha atenção. Um miado alto para ser mais precisa...

-miau!- Dentro de uma caixa de papelão amassada havia um gato preto adulto que não para de miar enquanto me encarava. Seus olhos eram de um verde esmeralda, os mais lindos que já vi. Eu me aproximei dele e assim que cheguei na borda daquela pequena caixa de papelão, ele havia se levantado e se enrolado aos meus pés, com seus olhos cheios de expectativa. Eu me abaixei e o peguei em meu colo, tomando cuidado pra não derrubar ele enquanto voltava correndo para casa. Me lembro de ter secado o seu pelo quando chegamos, me lembro da forma que ele havia lambido minha mão. Ele sempre fora tão dengoso..
Eu acreditava que havia adotado um simples gato preto e que nada mudaria em minha vida, mas eu estava enganada. Ele nunca foi um gato preto qualquer, e agora, minha vida segue um rumo bem diferente do que considero ser normal ''

Sakura Haruno tinha apenas três meses para poder pagar uma dívida em que seu irmão deixou antes de morrer. Devassada sem saber onde arranjar algum dinheiro, acaba ocorrendo a primeira oportunidade em que a vida te ofereceu. Um trabalho no meio do casulo de uma das maiores gangues da cidade de Konoha, recheada por mal-caráters, pervertidos e loucos por corrida. E nada podia ficar melhor, quando ela se encontra na mira de um dos fundadores e um dos mais temidos e cobiçados pelas mulheres: Sasuke Uchiha, o maior bad boy, não teria piedade quando se tratava de ser tudo ou nada.

– Ela é minha.

Aos 28 anos e com um divórcio nas costas, Sakura Haruno sofre com o Síndrome do Pânico do dia dos Namorados. Como todos os anos pretendia ficar trancada em seu apartamento vendo séries, no entanto, seu ex marido e sócio majoritário da empresa, decidiu dar uma bela festa e apresentar formalmente a noiva. ¿O quê poderia ser mais humilhante?

Com 32 anos, uma carreira brilhante e bem sucedida, Sasuke Uchiha sonhava com ocupar o cargo de Presidente do escritório de Advocacia da família Uchiha. Com a notícia de que Fugaku iriaㅡ finalmenteㅡ se aposentar, os dois únicos herdeiros estavam em uma disputa acirrada para suceder o cargo. Sasuke sabia que estava em vantagem sendo o melhor no ramo de divórcios, a escolha parecia ser muito óbvia. Porém, havia uma única coisa que Itachi tinha e ele não: Uma família muito bem estruturada. Polos completamente opostos. Agora, Sasuke faria o que fosse necessário para alcançar seu objetivo, inclusive, um acordo com a desconhecida do bar.

ㅡ Eu preciso de uma namorada e você de um namorado, podemos juntar o útil ao agradável e todos saímos ganhando.

Um acordo e uma regra:

ㅡNão podemos nos envolver emocionalmente.

Sakura sempre desejou ter nascido como uma alpha, não uma ômega, pois para toda a sua família ela era uma vergonha. Sempre escondeu a sua classificação de todos, com a ajuda dos inibidores para não ter o cio nem denunciar-se com o cheiro.

Porém, num dia em que se esqueceu de tomar os comprimidos, entra no cio no pior momento possível e acaba por ter relações com um desconhecido, que no calor do momento, a mordeu e a marcou como sua.

Agora, como será pertencer a alguém que não conheces além do nome? Alguém que está disposto a fazer de tudo para salvar-te da tua família? Como voltar a confiar… para poder acreditar nas palavras dele?

– Já se vestiu? – questionou o outro, não ouviu nenhum barulho desde que se afastou, e isso estava o incomodando, não gostava de silêncio, ainda mais sem enxergar nada. Mas aquela sensação de estar vendado era muita boa.


– Calma! Você é muito apressado… 


Ele riu alto, sem levantar a cabeça, apenas ouvindo o que a azulada tinha dito. Pensou em dizer uma, duas ou três besteiras diferentes, mas as engoliu. Menos a última, essa ele não conseguiu deter.


– Não pra tudo, existe uma coisa da qual com certeza eu não sou apressado, princesa. – sua última palavra soou como um miado manhoso, arrastando os dentes em seguida. Marinette não sabia que ficava com raiva da piada ou perdida com o sorriso travesso que veio em seguida.


Mas Chatnoir não queria apenas ditar uma frase de duplo sentido, sua vontade estava elevando a cada segundo, ainda mais por imaginar a outra nua a sua frente e não poder ver, não por vontade, mas por respeito. Apenas em sua mente maldosa, ele conseguiu desfrutar da visão, sua luxúria não ficava exposta mas também não se escondia. Pode imaginar cada passo da mulher, indo devagar até si e lhe tocando com os dedos finos e delicados. Pôde sentir os lábios se arrastando por seu pescoço, o corpo nu da mesma prensado no seu. Pena que era apenas uma miragem.

Marinette estava a se perguntar por que Adrien fazia seu coração acelerar, enquanto Chat Noir era quem deixava sua calcinha molhada.

Eu sou a vaca da escola. A menina padronizada que tem que gostar do capitão do time da atlética, ser a vaca mal amada que trata os nerds como lixo e tenta estragar a vida da menina boazinha com o badboy dono das galáxias do colégio. Bem, essa é a função das líderes de torcida não é? Principalmente da capitã.

Acho que as coisas na verdade são um pouco invertidas no meu mundo. Confesso que tentei gostar do capitão de futebol, com o seu sorriso extraordinário e molhador de calcinhas. Aquele jeito de ser único que encanta todas. Óbvio que não deu certo, o namoro não passou de um ano de pura falsidade. Bem, não é como se eu me importasse.

Na verdade, tinha um fato muito escondido aí. Meu interesse nunca foi para os que chamam atenção; meu olhar sempre foi direcionado para aquele par de olhos negros escondidos atrás da armação dos óculos pretos, que o deixavam mais sexy e inteligente. Minhas pernas bambeavam pelo (literalmente) gênio da turma, tímido e fofo: Sasuke Uchiha.

Só tinha um problema, ele é o melhor amigo do meu ex. Mas na real, não é como se eu fosse me importar com isso também. Eu era a rainha da escola e não iria deixar o meu pequeno carneirinho ficar desprotegido para que os lobos o comam; na verdade, eu era a própria loba.

Era óbvio que tudo poderia dar errado em algum momento, mas Marinette não contava com sua má sorte. Apesar do codinome de sorte, Ladybug, tudo o que havia conseguido era o mais puro azar. Ter pego o anel de Adrien Agreste não lhe causava medo, afinal, quem pode culpar um gato preto pelas fatalidades de sua vida!?
Não havia mais como fugir, um acordo seria a melhor escolha, mas por que ela aceitou mesmo?

AU/+18/ Máfia