Shuu-Sama

A respiração de Jackson batia no meu rosto e seu olhar estava preso ao meu, eu me segurei o máximo que pude pra não colar minha boca na dele e estragar a gravação do programa. Eu agia automaticamente, minha boca mexia e o som saía, nem sei ao certo se a letra da música estava certa. Eu estava muito concentrado em tentar controlar meu coração que batia loucamente. Ele estava tão acelerado que parecia até que eu tinha dois corações. Quando o castigo acabou, ganhei dois beijos nas bochechas e sentamos.

Só Deus sabe o quanto eu me esforcei para não desmaiar e prosseguir com a gravação!

-Por favor , salve a minha filha - uma mulher suplicava para um homem de longos cabelos brancos ,ele apenas atenderia ao pedido da mulher se ela concordasse com sua proposta de salvação . A proposta era que quando sua filha completasse 16 anos fosse enviada para a casa dos seus filhos como noiva de sacrificío , a mulher aceitou tal proposta sem hesitar .A filha foi salva mas sua mãe não , o homem de longos cabelos brancos matou aquela mulher e pegou o bebê satisfazendo sua ambição e assim criando uma nova noiva de sacrificío .

«Era agora pleno Inverno e o frio que se fazia sentir, mesclado à neve que caía do céu em pequenos flocos, fazia a maioria das pessoas desistir de passear na rua e abrigarem-se antes perto de lareiras quentinhas. Todavia, como toda regra tem sua exceção, ali estavas tu, caminhando pela rua a passos lentos. Com o aproximar do Inverno, os cachorros e gatinhos vadios padeciam no fundo dos becos e de boa vontade tinhas aceitado o pedido da tua avó, quando ela te mandara dar uma volta em busca de algum animal sem lar que pudesse ser abrigado na petshop.

Enquanto caminhavas, os teus pensamentos inadvertidamente voltaram-se para aquele primeiro dia de aulas. Afagaste o pescoço, que já não apresentava qualquer marca. Não falaste sobre o assunto com ninguém, pois estavas certa de que ninguém acreditaria nas tuas palavras. Contar esse segredo seria seguir direitinha a um asilo. Também não voltaras a aproximar-te da sala de música por razões mais que compreensíveis. A lembrança da dor ainda te fazia ficar de respiração suspensa, como no atual instante.»