Troth

"Eu me lembro de ser acordada por um par de mãos sujas de fuligem, olhar para cima, e ver o rosto de minha mãe. Ela falava, quase que aos berros, para que eu corresse, e eu obedeci. Mesmo que minha cabeça continuasse confusa e meus olhos ainda estivessem sensíveis a luz. Não custou muito para que eu alcançasse a clareira mais próxima aos tropeços e olhasse para trás. Havia fogo, e muita, muita fumaça, foi quando me toquei de que sequer havia amanhecido, e que a claridade vinha das chamas que destruíam meu lar. Não sei quanto tempo se passou depois disso. Me pareceram horas. Só sei que, ao primeiro sinal de trégua entre o fogo e a floresta, ouvi alguns passos e vi pequenos pontos de luz se aproximando de onde eu estava... Por ainda estar agitada diante de tudo, eu corri e me escondi atrás de uma fileira de arbustos, esperava que, seja lá o que estivesse se aproximando, não resolvesse seguir o mesmo caminho que eu.

Nós nos conhecemos em um bar, ele estava abatido e fui falar com ele, trocamos nossos números, saímos e nos divertimos. Ele conheceu minha família e eu conheci a dele. Era uma raridade velo triste, as garotas que trabalhavam comigo sempre falavam que dormiriam com ele nos finais de semana para me fazer ciúmes. Pensei que o que eu sentisse fosse apenas uma amizade, mas eu realmente gosto dele, mas nosso amor nunca será possível, afinal, eu sou uma Barwoman. E ele? Ele é um Rockstar.