EyesDoll

A essa altura não sei mais se o que sinto é amor ou ódio. Talvez um pouco dos dois. Ele sabe que odeio os seus joguinhos, mas ele jamais abriria mão de me ter como um brinquedo. Assim que tiver a oportunidade vou socar aquela cara branca de maxilar perfeitamente desenhado.

YOONMIN | LEMON | +18

—Você é horrível Jimin! – afirmou Yoongi
—Aigo hyung... não sou tão ruim assim... – o mais novo formou um bico nos lábios ao falar aquilo de forma manhosa, Yoongi riu soprado e encostou sua cabeça na do mais novo, era algo comum entre eles, mas Yoongi se sentiu atraído por um aroma doce e virou seu rosto ainda com a cabeça encostada na da de Jimin, inalou próximo à orelha do mais novo o fazendo arrepiar e enrijecer os músculos num reflexo, Yoongi sorriu.
—Você tem um cheiro bom, sempre usou esse perfume? – Yoongi perguntou quase de forma inocente, mas Jimin já estava corado e engolindo seco.

—Dói hyung, dói muito – Disse o pequeno entre soluços de um choro desesperado.
—Onde dói? – perguntei segurando seu pequeno rosto entre minhas mãos.
—Aqui – senti meu coração ser dilacerado quando o mesmo com suas pequenas mãozinhas apontou para o peito indicando que sua dor não era física e o que doía era seu coração.

Como você acha que se parece um anjo?

Desde bem pequena meus pais me diziam que anjos eram criaturas divinas e fortes, que eram os protetores dos céus, que eram fortes como o aço de uma espada, mas que tinha a beleza e delicadeza de uma flor, por isso sempre tentei imaginar as feições de uma face angelical. Conforme fui crescendo, meus pais me deixaram. Viraram anjos. Foi assim, que descobri que se você acredita em anjos consequentemente acredita em demônios. Naquela noite eu pude ver a face de um dos seres das trevas. Aquele homem. Ele tirou o sorriso mais belo que eu já havia visto, ele me tirou o sorriso de minha mãe! Naquela noite eu perdi o conforto dos braços onde me sentia tão protegida. Aquele homem. Não, aquele demônio tirou de mim minha muralha de proteção. Tirou de mim o anjo que me ajudava a levantar quando eu caia da pequena bicicleta, quando o mesmo me ensinava a andar sobre duas rodas, o anjo que eu chamava de pai. Ele levou consigo não só alguns trocados naquela noite, ele levou a minha vida. A minha felicidade.

--Noona, você sabe o quanto esperei por isso? Sabe quantas noites imaginei poder ter seu corpo assim, colado no meu? - Disse a colocando sob a cama - noona, não quero que nunca mais toque outro homem que não seja eu.