Fanfics com a tag Noites De Inverno

E se a nossa vida fosse um Pavio? Um pavio que vai se queimando aos poucos, e quando se extingue, tudo chega ao fim e sua alma finalmente alcança a liberdade.
É esse pavio que nos esquenta, ele está no nosso interior, se envolvendo em nossos ossos, nossos órgãos e simplesmente vai queimando, levando junto a nossa juventude. O inverno já presenciou o ultimo resquício de muitos desses pavios, e naquela noite não foi diferente, mas aquele garoto, que viu uma vida chegar ao fim em seus próprios braços, nessa noite sabe, sabe que seu pavio não vai durar até o próximo inverno.

"Afinal, Yuki era como a neve. Tão frio quanto. Tão sensível quanto.
E, assim como a neve, Yuki caiu."

Não se pode voltar no tempo, mas se isso fosse possível desejaria retornar à infância alegre e divertida que tivera ao lado daquele menino que se tornara seu grande amigo.

Retornar para aquelas mesmas frias noites de inverno.

"De quando em vez, penso em ceder e não mais lutar pois... Que sentido há em lutar contra sua própria natureza? Isso é o que eu sou agora então por que não aceitar? Contudo, olho para o rosto da frágil menininha descansando em sua perturbada morte e lembro que isto não é quem eu sou. A Besta mora dentro de mim, faz parte de mim, mas não pertence a quem eu sou, mas sim ao o que eu sou."

Um velho músico e compositor volta a seu país de origem, Finlândia. Uma noite gélida, recordações, música e velhos hábitos. Tudo naquele lugar fazia-o lembrar de tempos passados, tempos felizes... Porém, ele sabia que ali era o seu lugar, a Terra de Inverno.

Numa noite de inverno, fria como todas as outras. Igual a que eu perdi ela. Ela, o motivo da minha tristeza. Ela, que naquele abismo, cometeu tamanha desgraça. Ela, que me encorajou a cometer desgraça equivalente. Ela, a quem eu fui ao encontro, quando cometi a desgraça numa noite de inverno.

Duas informações importantes: é noite de inverno e eu sou gelo. E sabe qual é a pior parte de ser gelo? Ela não era. Deus! Ela definitivamente não era.

Os dedos gélidos se apertaram mais em volta do copo descartável. O vapor que pairava acima do líquido escuro aquecia-lhe o rosto, enquanto o vento frio soprava contra suas costas tentando penetrar por seu espesso casaco.

[...] O cheiro forte de cafeína entrando pelas narinas era reconfortante e um tanto prazeroso para a jovem. Lhe despertava o desejo de ter consigo um alguém com quem pudesse dividir a xícara ainda cheia e um abraço tão quente quanto. Porque até os abraços são melhores no inverno.

As noites frias de inverno tinham essa função: fazer-lhe sentir vontade de ter um dono. E ser dona de alguém também.

Qualquer um pode tomar café antes de dormir. Qualquer um pode perder o sono. Qualquer um pensa na vida às margens do adormecer.
Ela só queria saber o que lhe faltava naquela noite fria.