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Ten sempre tivera uma mente um tanto fértil e isso o fizera criar uma lista imensa com seus mais profundos e secretos desejos - estes ao qual ele não sabia se poderia realizar -, mas felizmente o principe encantado de seus sonhos aparecera para tornar realidade cada um daqueles desejos.

Século 18. Nascer de cabelos alaranjados e olhos verdes pode não ser uma coisa muito boa nessa época, nascer também com algo sombrio e sobrenatural dentro do seu corpo, e não conseguir controlar não é também algo que você se deva orgulhar. Ao sair do ventre de minha mãe, eu pensava que o mundo era bonito, belo, que as pessoas eram felizes e que não faziam mal a ninguém, mas eu estava enganado. Apanhar, ser apedrejado, chamado de monstro e outras coisas horríveis já virou costume. Minha única luz no meio de tanta a escuridão é o garoto, que quando mais novo foi o único a me proteger das pessoas ruins, eu amo Wow tanto que não fui capaz nem de me tornar seu amigo e dizê-lo isso antes do mesmo partir. Eu amo Wow, mas e o Wow? Ele cuida de mim e me desperta desejos maravilhosos, seria ele a pessoa que eu realmente amo?

Ergui a cabeça apenas para admirar a garota rodopiar lentamente pelo recinto, o vestido leve esvoaçante como mágica e as mãos delicadas ora segurando no tecido, ora abraçando o próprio tronco. Eu me encantei com a cena, como se tivesse me apaixonado de novo por ela.

E de fato, eu me apaixonava todos os dias.

Sabe quando dá aquele frio na barriga, a boca parece ficar seca e aquele grande sorriso bobo brota nos lábios? É como voar!
Não sei o que eu faço.
Estar apaixonada é tão bom, é um delírio fascinante, porém, é torturante.
E eu estou perdida nisso.
Nestas poucas linhas que seguirão vocês vão acompanhar os relatos de uma pessoa que é poesia dos pés a cabeça e que está perdida no rolo de ter-se apaixonado por alguém tão desapegado quanto ela.
Todos os dia eu tento não me apaixonar por ele, só não tenho culpa se meu coração é tão ilógico quando vê a curva daquele sorriso.
Irei descrever a certeza incerta e a incerta certeza de uma primeira paixão diferente de qualquer clichê da Disney.
Mas é como diz Marisa Monte:
Vai, pode falar, pode escrever
Eu vou me entregar
No meu lugar, quem não faria?

Acompanhe os devaneios de uma autora para lá de indecisa e inconstante.
(Vou parar por aqui antes de parecer propaganda da seção da tarde.)