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História A arte de não amar quem é importante (Imagine Jeon JungKook) - A arte da mudança!


Escrita por: eisenhorita

Notas do Autor


Hello, voltei! Como vocês estão docinhos?
Finalmente o capítulo final de A arte de não amar quem é importante! Ansiosas? Eu estava.
Confesso que deu trabalho decidir como eu finalizaria, mas fiquei satisfeita com o final que direcionei, espero que gostem!

Vejo vocês nas notas finais para um "comunicado" lá!

Não betada!
Banner por: @errorseok

Capítulo 4 - A arte da mudança!


Fanfic / Fanfiction A arte de não amar quem é importante (Imagine Jeon JungKook) - A arte da mudança!

____________ JUNGKOOK ____________

Ela não estava na casa de Taehyung, pois ele estava com Rose; liguei para Yoongi quando deu 01 hora e nada... Tudo o que me restava era ficar jogado no sofá esperando ela resolver voltar, torcendo para que nada de mal a tivesse acontecido.

Embora eu estivesse imóvel, minha mente e coração trabalhavam a mil por hora, tentando imaginar onde ela tinha ido se esconder, para busca-la. Mas não é como se eu fosse obter algum êxito saindo atrás dela sem um norte. Deixei mais de 10 mensagens de voz para que ela me ligasse, para que retornasse para casa, e nada...

Quando o relógio da sala marcou 03 horas da manhã a porta da sala finalmente se abriu, e eu a vi entrar um pouco cambaleante em seu pijama coberto apenas por um sobretudo e de chinelos. Levantei do sofá com o coração a mil, mas tranquilizado por ver que ela estava aparentemente bem.

Tranquilidade essa que passou ao perceber a forma estática com a qual ela encarava a parede a sua frente, a mesma onde ela me deixou quando saio há horas atrás... Eu podia sentir o cheiro forte do álcool de onde eu estava, e reparei que seu cabelo estava todo bagunçado. Ela estava completamente bêbada. Que bela forma de passar o feriado, os primeiros 4 dias longe da nossa filha!

-Hey! – corri até ela quando vi que a mesma ia caindo ao tropeçar no tapete da sala, e consegui segurá-la pelos braços, mesmo ela tentando se esquivar de mim. – Para! Você vai cair assim... – a segurei com mais força e ela me olhou.

Mal se mantinha em pé, suas piscadas eram bem mais lentas do que o normal e ela me encarava fixamente.

-Você não tem o direito! – Ah pronto, ela iria discutir comigo bêbada! Realmente, não há nada que ela não consiga piorar...

-Você está bêbada... Onde esteve? – não pude evitar perguntar, vendo o estado como ela estava deve ter tomado mais doses do que consigo imaginar. –Vem, você precisa de um banho!

-Não! – ela tentou se soltar e conseguiu, me fazendo olhar assustado pelo seu grito. – Não encosta em mim... Você... – ela desviava o olhar para a parede atrás de mim e para mim. – Você não tem esse direito. Sai!

Ela saiu cambaleando em direção ao banheiro do lado oposto da sala. Agradeci mentalmente por ela evitar um acidente com a escada. Mas ainda assim a segui, ela não estava bem, e eu precisava ficar perto dela caso algo fosse dar errado.

-Para de me seguir! – ela gritou novamente e correu até o banheiro, caindo na porta do mesmo e choramingando com a dor.

-Idiota! Desde quando beber e correr combina? – a ajudei a se levantar a contragosto dela e a segurei firme pela cintura a direcionando até o banheiro, sem dar chance de ela me empurrar ou fugir de novo.

-Sai! Você não vai ficar aqui... – ela se soltou e se virou para mim me encarando com cara de brava. Eu mereço, realmente!

-Fica quieta. Tira a roupa. – é claro que eu não estava bem com a situação e muito menos confortável. Mas seria suportável, não? Não era bem o que eu esperava para uma aproximação com ela, nem vê-la tão intimamente de novo, mas era um mal necessário, eu precisava ajudá-la a sair daquela bebedeira e só então poderíamos conversar sobre alguma coisa.

Novamente ela teve ideias primitivas e tentou correr no banheiro, quase levando outro tombo se não fosse barrada por mim, que a agarrei pelas costas e pressionei contra a pia a imobilizando, para só então tirar a parte de cima do seu pijama e depois o shorts, a deixando de lingerie sob muitos protestos seus e socos. Eu praticamente entrei em modo automático e me recusei a olhar para o seu corpo, não queria que fosse assim... Mas foi inevitável não olhar algumas vezes e sentir meu interior se revirando. Mil vezes droga!

Segurei-a pelo braço delicadamente, mas firme, ainda discutindo com ela e ouvindo xingamentos e a coloquei debaixo da água gelada. Ela se debateu, chorou, gritou, esperneou e tentou me atingir fisicamente e verbalmente, mas consegui segurar bem a situação. Pelo menos até ela me puxar sem querer para debaixo do chuveiro, e meu corpo todo tencionar pela proximidade, e também pela situação em que estávamos.

-Você não tem esse direito... – ela sussurrou olhando diretamente em meus olhos e aquilo acabou comigo de tantas formas, que nem consegui pensar direito. Novamente minha mão me traiu e acariciou seu rosto brevemente.

-Por que não? – sussurrei de volta sem desviar do seu olhar acusador. Eu só não esperava pela resposta...

-Você é um cretino... – seu tom não havia mudado. Ela estava bêbada, e eu tinha que considerar que ela nunca foi a melhor pessoa quando bebe, pelo menos não quando bebe muito... –Você não pode simplesmente fazer isso. Não pode. – ela me olhava com raiva, mas eu podia jurar que ela estava com cara de choro também. – Fique longe de mim. – agora ela parecia assustada. Ok, ela precisa urgentemente trocar de roupa e dormir, antes que dê muito errado tudo isso.  Mas meu corpo ainda não acompanhava a minha mente, e continuava parado próximo a ela. – 6 anos, Jeon... Não. – eu entendia do que ela estava falando.

Ela me superou, mas naquela noite eu a fiz reviver tudo aquilo de ruim que desejamos esquecer e tentamos camuflar para seguir em frente com Rose.

-Se você soubesse o quanto me arrependo... –suspirei frustrado - Mas eu não sabia. – não sabia de nada do que estava acontecendo, eu só fiz o que achei certo naquela época. Nunca iria querer magoá-la. Sou mais novo do que ela, mas não um moleque.

Depositei um beijo casto e demorado em sua testa e pude ouvir seu choro baixinho, o que me fez abraça-la.

 

(...)

Aquela noite não foi fácil e a manhã então... Pior ainda. Ela não caiu mais bêbada, mas tampouco foi fácil levá-la pro quarto, colocá-la em roupas quentes e fazê-la dormir em meus braços, sem segundas intenções. Ela brigava o tempo inteiro comigo, jogando na minha cara o tempo todo o quanto ela estava descontente e aquilo me feriu, mas eu não conseguia me arrepender daquele beijo e nem anular minha vontade por mais.

Na manhã seguinte quando acordei, ela já não estava mais ao meu lado em sua cama. E durante todo o dia ela, ou me evitou, ou agiu como se nada tivesse acontecido. Mais a noite eu acabei tocando no assunto do beijo, quando fui procurar por ela em seu quarto esperando ela sair do banho.

-O que faz aqui? – pude ver em seus olhos que a surpreendi.

-Sobre ontem... – desviei meu olhar do dela, temendo que essa conversa fosse nos irritar ou nos machucar.

-Jeon, sinceramente. Não quero conversar sobre isso. Vamos passar uma borracha na noite de ontem, vamos? – quando a olhei, ela já não me olhava mais, estava entretida com seu chinelo. Senti um aperto no peito mas ignorei.

-Se é assim que quer... – desconfortável respirei fundo e me levantei da sua cama, sem olhá-la diretamente. –Nunca te forcei a nada, não vai ser agora que vou.

Quando já ia passando pela porta do quarto ela terminou com o assunto que nem tinha começado.

-Aquele beijo... – sua voz era um sussurro praticamente, parecia que ela tinha medo de dizer em voz alta. – Não era para ter acontecido. Esqueça, Jeon.

E foi o que eu tentei arduamente fazer. Nos dois dias que seguiram foi complicado, mas ela fez questão de tentar descontrair o ambiente, como se realmente nada tivesse acontecido. Ela não queria que nada mudasse, e eu não queria ficar mal com ela, então cedi. Cedi mais uma vez aos seus caprichos, sabendo que aquilo não era bom para nenhum de nós dois, mas era a minha única opção.

 

(...)

Não foi impossível, consegui não focar nisso por um tempo. Afinal, Rose voltou de viagem, seus estudos continuaram, nossa rotina voltou. Semanas mais tarde e tudo estava na mais “perfeita” ordem. Eu me atirei no trabalho e passei o restante do tempo com Rose, ou sozinho dormindo. Evitei ficar a sós com ela, para não alimentar nenhuma sensação estranha e que tivesse ficado daquela noite.

Quando já era meu aniversário, Rose me acordou com beijinhos e sorrisos, e um bolo especialmente feito para mim. Foi inevitável sorrir. As duas tinham ido me acordar, era um sábado, não tinha como estar mais relaxado.

Eu não tinha planejado nada, já elas... O dia se resumiu em muitos “Parabéns, Jeon”, “Que família linda você tem...”, uma festa agitada na casa de Jin (minha antiga casa) e um jantar com nossa família e amigos mais próximos.

-E então, Jeon, como anda o trabalho? – perguntou o avô de Rose, enquanto bebíamos uma taça de vinho.

-Normal, tem dias que é mais corrido... – sorri gentilmente e minha atenção foi pega pela aparição repentina da mulher daquele homem grisalho.

-Eu já não disse para não beber? São só seis horas da tarde, homem! – o riso foi coletivo, era engraçada a forma como ela cuidava e se preocupava com ele.

Enquanto todos – eles, Taehyung, Jin, Yoongi, e meus pais- riam de algumas piadinhas do casal, eu desviei minha atenção para o pé da escada onde Rose brincava com sua mãe. Tão linda... Será que um dia seríamos nós? Eu já estava perdendo as esperanças.

-Seria interessante disfarçar melhor sabe... Sou o irmão dela, ainda sinto ciúmes... – o tom brincalhão de Taehyung me assustou, ele havia se sentado ao meu lado e eu nem tinha percebido. – Vou te dar um último empurrãozinho, se não der certo... Desistiremos, ok?

Mordi meu lábio inferior e neguei com a cabeça.

-É meu aniversário, hyung. Por favor, não! Não quero que ela brigue comigo. Vamos deixar as coisas como estão. – o olhei praticamente implorando para que ele não tentasse nada, nenhuma aproximação suspeita.

-Calma. Não farei nada então... Aproveite seu aniversário... – ele sorriu tentando me passar confiança e se retirou, caminhando até as duas mulheres da minha vida.

Minutos depois, Rose veio correndo até mim e se sentou em meu colo toda sorridente.

-Appa, posso dormir na casa do príncipe Jin? – abraçou-me pelo pescoço esperando minha resposta.

-Não pequena... – ela me soltou e fez bico, me fazendo sorrir. – É meu aniversário, vai mesmo deixar seu pai dormindo sozinho? – fiz minha melhor voz de dó e ela sorriu.

-É que o príncipe conseguiu todos os dvds da princesa Anastásia e eu queria muito ver com ele naquela televisão enorme do seu antigo quarto, deixa pai... – eu não queria deixar. Queria que Rose dormisse comigo hoje, que me mimasse e deixasse-me a mimar também.

-Deixa ela ir, Jeon... Não está vendo que ela não vai sossegar enquanto não assistir essa maratona? – senti o estofado ao meu lado afundar e Rose passar do meu colo para o de sua mãe, que a olhava sorridente e cúmplice.

-Contra ordens maternas... Que poder tenho eu? – dei-me por vencido e permiti, fazendo com que Rose ficasse mais feliz do que eu estava.

-Amanhã você mima ela, paizão... – não sei se ela percebeu, mas levou a mão até meu cabelo e fez um breve carinho, o que fez com que eu sorrisse involuntariamente.

 

(...)

De repente todos começaram a ir embora, Jin foi o último a se retirar, assim como Yoongi. Enquanto Jin arrumava a bolsa de Rose com as duas no quarto, Yoongi se aproximou do balcão da cozinha onde eu estava encostado finalizando a última taça de vinho da noite.

-E então, feliz? – ele se encostou do meu lado e pude perceber seu sorriso.

-Sim... – eles tinham feito uma festa e um jantar de aniversário maravilhoso, eu realmente estava muito grato e feliz com eles. De alguma forma, ganhei uma família, eles eram importantes, cada um a seu jeito.

-Espero realmente que seu dia tenha sido incrível... Eles gostam muito de você. Inclusive ela, que é uma ogra. – ele deu uma pequena pausa, dando o tempo exato de eu bebericar as últimas gotas do meu vinho e olhá-lo. – E eu também gosto de você. Acho que é um bom homem... Espero que hoje isso tenha ficado, ou fique, claro. – ele finalmente me olhou, e vi sinceridade ali, o que me deixou sem ter muito que responder.

-Obrigado. – o silêncio se instalou novamente, e eu resolvi quebrá-lo apenas para compartilhar algo que não devia, e era desnecessário. – Em pensar que eu desconfiava de suas consultas e suas intenções com ela... – ri fraco e Yoongi praticamente gargalhou.

-Eu já sou comprometido... E mesmo que não fosse, ela é como uma irmã para mim... – ele sorriu enquanto apertava gentilmente meu ombro. – Como pode passar algo assim pela sua cabeça? – ele riu novamente. – Jimin ficaria ofendido ao te ouvir agora...

-Desculpe. Mas é que... Eu sou um pouco maluco, confesso. – sorri desistindo de me defender, pois realmente não tinha nenhum cabimento ter ciúmes de alguém que não era mais minha há tantos anos.

-Estamos indo... Yoongi, posso pegar carona com você?- Jin pediu enquanto descia as escadas com a mochila de Rose nas costas e ela ao seu lado, de mão dadas com ele e a mãe dela.

-Claro. Vamos. – ele se retirou da cozinha e eu os segui até a porta da frente.

-Tchau appa! Parabéns!– Rose esticou seus bracinhos e eu a peguei no colo, abraçando forte e beijando sua bochecha, o que a fez sorrir. – Eu te amo.

-Eu também te amo, filha! –a soltei para que se despedisse de sua mãe, e ela também a abraçou e disse aquelas três palavrinhas que nos fazia derreter como manteiga.

-Ela é uma graça, não? – ela finalmente se pronunciou depois que o carro de Yoongi sumiu da visão da nossa janela.

-Sim... Ela está crescendo rápido demais. Já está até querendo sair das minhas asas. – forcei um tom de voz embargado e ela riu, me empurrando bem fraquinho para o lado, o que nos fez rir.

-Não exagere. É só até amanhã. –era verdade, seriam poucas horas até minha princesa voltar a esse lar e encher nosso dia com perguntas e mais perguntas de como o mundo funciona.

 

(...)

Já passava das dez horas, eu já tinha tomado banho, colocado minha calça de moletom, dispensando qualquer camiseta. Estava deitado assistindo televisão em meu quarto, quando vi a porta do mesmo se abrir e a figura dela adentrar, fazendo com que toda a minha atenção voltada a televisão fosse dela.

-Oi... – foi o que consegui dizer, tentando entender o que a tinha levado até ali àquela hora.

-Nada... Só vim ver como estava. – ela saiu da porta e caminhou em minha direção, deixando a porta entreaberta.

Não era uma pergunta, então não me dei ao trabalho de responder. Tudo o que podia fazer era olhá-la, dando-lhe totalmente minha atenção, enquanto a minha televisão já tinha ido para o mudo.

Meu olhar capturou cada detalhe daquele pijama incomum, ela não era de usar camisolas, mas hoje trajava uma vermelha simples que realçava seu busto e batia acima de seus joelhos. Desviei minha atenção para seu rosto e percebi que ela mordia seu lábio inferior, me deixando um pouco desconfortável com toda aquela nossa última noite a sós retomando a minha mente, fazendo meu coração acelerar novamente. Não era hora para me lembrar daquilo!

-Gostou de hoje? – ela dava mais passos até estar praticamente ao meu lado. E eu vi novamente aquele sorriso dela. Ela sorria para mim, como há tempos não fazia tão fácil.

-Sim. –sorri em resposta e continuei a olhando, vendo seu rosto ficar mais sério e focado em algo em mim, que eu não sabia o que era, mas que não me impedia de sustentar seu olhar.

Meu susto foi maior quando a senti subir em cima da cama, passar uma de suas pernas sobre as minhas, se sentando em meu colo de frente para mim. Nessa hora praticamente me esqueci de respirar. Ela estava muito próxima, próxima demais para o meu autocontrole. E tudo o que eu conseguia fazer era olhá-la buscando alguma explicação, queimando por dentro para que fosse o que eu queria.

-Kook... – não consegui mais desviar meu olhar do seu quando a ouvi falar meu apelido novamente, depois de mais de 5 anos.

Minhas mãos se ajeitaram em sua cintura por cima do tecido da camisola que ela trajava, me deixando de certa forma sem poder de reação com essa proximidade impensada.

-O que está fazendo? – perguntei em um fio de voz. Ela não me respondeu, apenas firmou suas mãos em meus ombros, ainda me olhando. Parecia estar considerando algo. – Você me disse para esquecer... – fitei seus lábios e me lembrei perfeitamente do nosso último beijo, contra aquela parede da sala, a forma tímida como seus lábios se encaixaram aos meus.

-Eu sei... – seus olhos se dividiam entre sustentar meu olhar e minha boca. Eu sabia disso, pois não estava muito diferente dela. – Só pensei que... – deu uma pequena pausa. – Quero te dar um presente de aniversário... – meus batimentos cardíacos finalmente se livraram de qualquer censura ao escutaram aquelas últimas palavras. E a se considerar a posição na qual estávamos, eu não cogitava muitas forma de presente.

-Presente? – sem vergonha nenhuma encarei sua boca ali tão próxima, a alguns centímetros do meu alcance.

Ela assentiu com a cabeça e não mais me olhou nos olhos, encaixando suas mãos em meu cabelo sem muita cerimônia e se aproximando até roçar seus lábios nos meus, fazendo com que eu involuntariamente apertasse sua cintura e fechasse meus olhos, completamente a mercê de suas vontades.

Eu a queria. Sentia saudade de ser seu homem, e com ela em meu colo era completamente impossível pensar em qualquer outro desfecho que não envolvesse nós dois nus em minha cama, me dando a perfeita oportunidade de marcá-la como minha novamente, despir seu corpo de qualquer rejeição que ela construiu nos últimos anos. Se ela queria me dar esse presente, eu não me faria de rogado e aceitaria, aproveitaria cada segundo.

Diferente do beijo anterior era ela quem comandava tudo, inclusive a forma deliciosa como seu corpo se pressionava contra o meu, sem qualquer indício preliminar de excitação, era apenas uma mistura de sentimentos genuína que transbordava em nós dois, quando nos separamos para recuperar o fôlego. Eu não conseguia evitar olhá-la, tão linda, com os lábios rosados e os olhos brilhantes.

Uma de minhas mãos subiu por suas costas lentamente, até encontrar o encaixe perfeito entre os fios do seu cabelo, em uma carícia delicada enquanto a aproximava de mim novamente, mas dessa vez findando a distância de meus lábios com o seu pescoço.

Senti uma pressão maior em meus ombros e um ofêgo audível por parte dela, enquanto eu me distraia com a pele sedosa e sensível do seu pescoço, a beijando e deixando sutis marcas arroxeadas, ao passo em que minha destra trabalhava em mantê-la bem acomodada em meu colo, hora ou outra se distanciando de seu quadril e dedilhando por sua coxa, agora exposta pela posição dela em meu colo, não mais impedido pelo tecido fino de sua camisola.

Suas mãos deslizaram pelos meus braços e peitoral enquanto eu passava carinhosamente meus dentes por seu pescoço, marcando-a e fazendo com que ela se arrepiasse. Soltei seu cabelo e nos afastei, a fim de retirar aquela camisola que já havia se tornado um empecilho para os meus toques.

Quando a peça de roupa já estava jogada no chão ao lado da cama, pude ver claramente que seu corpo havia mudado desde a última vez em que a tocara, a vez - que acredito fielmente- que deu origem a Rose. Seu sutiã rendado preto combinava perfeitamente com seu tom de pele, e deixava seus seios ainda mais atrativos as minhas mãos, que não aguentaram ficar distantes daquele corpo.

Ela continuava me olhando atenta, enquanto eu distribuía beijos por seu ombro e pescoço, retornando até seus lábios, a beijando lentamente, enquanto minhas mãos a despiam daquela lingerie encantadora.

-Eu amo você. – sussurrei contra seus lábios e a envolvi em meus braços pelo quadril, a deitando ao meu lado e logo posicionando meu corpo sobre o seu enquanto ela agarrava-me pela nuca e colava nossos lábios em mais um beijo que transbordava sensualidade e carinho.

Ela não me responderia, mas eu não precisava de respostas verbais. Não ali, onde seu corpo dançou com o meu a noite toda, entre gemidos, arranhões e juras ao pé do ouvido. Eu podia ver em seu olhar, mesmo com a pouca iluminação que a televisão ligada no mudo me fornecia, que ela queria estar exatamente ali onde estava, em meus braços, tão rendida quanto eu.

Foi diferente do nosso passado, estávamos mais calmos, mesmo com a saudade. Os toques eram mais precisos, embora desbravassem um o corpo do outro como se fosse a nossa primeira vez.

Eu tive o prazer de redescobrir uma variedade de tons dos seus gemidos, e a forma como ela me apertava contra si enquanto meu corpo se chocava perfeitamente com o seu, sentindo um ardido deliciosamente excitante em minhas costas. Eu a queria para sempre. Seria capaz de oficializar nossa família, com papel passado e tudo, mas por hora, eu me contentaria em sentir seus lábios em meu pescoço, sussurrando palavras inadequadas para nossa rotina como pais de uma pequena e linda moça. Palavras essas que combinadas com suas mordidas e chupões e a forma sensual com que meu nome saia por sua boca, me faziam beirar a loucura, me desfazendo em um prazer só nosso, tão particular e estimulante.

 

(...)

Meu coração levou horas para voltar ao compasso suave de antes, mesmo com seu corpo junto ao meu, e a mulher que tanto amo descansando em meu peito. Eu brincava distraído com seus fios de cabelo, enquanto sentia seus dedos finos fazendo desenhos aleatórios em meu abdômen.

-Não acredito que cedi... – ela quebrou o silêncio em um tom tão sofrido que foi impossível segurar o riso.

-Então... –dei uma pausa, cessando meus dedos em seu cabelo e a aproximando mais ainda de mim, beijando sua testa. - Estamos juntos? –sussurrei com receio de a resposta vir cortante, depois de horas em seus braços, recebendo o melhor presente da noite.

-Jeon... – lá estava meu sobrenome novamente... Não era bom sinal! – Kook. – fechei meus olhos e respirei aliviado, sentindo toda a tensão se dissipar novamente no quarto, enquanto ela se aninhava em meu braço. –Não é tão fácil. Tivemos uma história... Que não acabou tão bem assim.

-É porque não acabou. – apressei-me em dizer. Eu sabia que tínhamos rompido há anos atrás, mas isso não poderia e nem iria impedir de voltarmos, de recomeçarmos, fazendo diferente. –Sei que te machuquei. E que Rose nos fez amadurecer... Não era minha intenção te magoar, quando terminei.

Ela suspirou e afrouxou um pouco seus braços, fazendo com que eu em contra partida  voltasse a tocar-lhe os cabelos.

-Eu te odiei tanto... Você não faz ideia. – eu até conseguia imaginar. – Você tinha acabado com tudo. Tinha acabado com nosso futuro, com a Rose. Mas ao mesmo tempo... – ela riu sem ânimo, erguendo seu rosto e se apoiando na cama com seu braço para me olhar. – Você não me deu escolhas. Você me ligou a você para sempre, pela Rose. E aquilo doeu como o inferno! – acariciei seu rosto com minha destra, atento a tudo que ela dizia pela primeira vez em tantos anos. – Taehyung me empurrou de bandeja nessa história, te colocou dentro dessa casa sem pensar em nós dois. Dois ex morando juntos? Quando isso daria certo?

-Mas deu. E está dando. – sustentei seu olhar com o meu, e senti ela soltar sua respiração.

-É, deu certo. Porque somos loucos! E eu não consegui te matar em todas as vezes que tentei. – ela sorriu debochada, fazendo com que meu sorriso a acompanhasse.

-Não me importa o quanto eu vou ter que lutar para te manter ao meu lado, desde que você não se feche para mim. Estou disposto a recuperar o tempo que perdi quando terminamos. Eu de fato era um idiota.

-Você foi sincero, agora eu entendo melhor o que fez naquele dia, Kook. – ela disse tudo isso sem me mirar os olhos, olhando distraída para algum ponto do quarto. – Você tinha deixado de me amar. Era algo nobre a se fazer. Eu só... – ela respirou fundo e me olhou novamente. – Só não estava preparada para ser madura com você.

Engoli em seco, não tendo condição para negar que tinha deixado de amá-la há 6 anos atrás; e ao mesmo tempo desesperado para que ela não entendesse que isso se prolongou por muito tempo, quando na verdade alguns anos depois eu já estava completamente apaixonado novamente por ela. Não só pela mulher com quem namorei, mas com a mãe da minha filha, com a mulher que eu via se descabelando em casa, que cuidava tão bem de Rose e fugia melhor ainda de mim... Eu me apaixonei em cada dificuldade ou susto que passamos, em cada noite mal dormida, em cada cuidado com a saúde, em cada faxina que terminava em discussão e depois risadas, inclusive nas noites mais frias. Eu me apaixonei de novo por cada traço dessa mulher.

Estranhei quando ela começou a chorar, não entendi o motivo do choro repentino, mas ela abraçou-me desajeita e chorou por mais um tempo, me deixando preocupado.

-O que foi? – tentava entender o que teria desencadeado tudo aquilo.

-Você... – ela soltou-me e se posicionou por cima de mim, agora com um discreto sorriso em seus lábios, enquanto eu a firmava pela cintura para que não caísse para o lado. – Você realmente gostou de tudo o que vivemos com Rose? Inclusive das minhas fugas e imaturidades?

Opa! Acho que eu pensei alto demais. Pude sentir meu rosto esquentar, e ela rir do meu rosto avermelhado de vergonha. Não era bem assim que eu gostaria de compartilhar o que sentia, mas escapou.

-E-eu... – gaguejei e fui impedido de continuar por um dedo seu que passou a desenhar minha boca lentamente.

-Ah, me conta depois... Agora só me deixa provar para você o quanto você me fez perder tempo nesses últimos 6 anos, por favor. – seu tom de voz carregava malícia, mas com um divertimento característico dela, e eu não tive outra escolha a não ser me deixar envolver em mais um beijo dela, sendo guiado a fazer amor com ela mais uma vez, sem pressa, sem medos, agora sabendo que ela era minha.

 

(...)

Depois daquela noite, muitas se seguiram, assim como discussões e mais infantilidades, tanto de minha parte, quanto da dela. Rose? Bom, ela se divertia horrores com seus pais destrambelhados.

Não é como se muita coisa tivesse mudado... Harmoniosamente falando, continuávamos com a mesma rotina, os mesmo hábitos, só com algumas alterações. Como:

Meu quarto virou um escritório, sem aviso prévio a dona da casa, ou ela me expulsaria do seu quarto. Sendo assim, passamos a dividir o mesmo quarto, a mesma cama, e coisas acontecem quando um homem e uma mulher que se amam dividem esse espaço tão íntimo. Acontecem com uma grande frequência, aliás.

Ainda tomávamos muito cuidado com o que Rose via e ouvia, mas eu era pentelho demais para não provocar a mãe dela vez ou outra, com um abraço aqui, um beijo roubado ali... Tudo no maior respeito possível, nem tão casto assim. Mas ela não parecia reclamar de verdade, mesmo que alguns palavrões escapassem daquela boca maravilhosa.

Rose agora sabia que seus pais estavam juntos, e nos deu muita força. E era engraçado ver como, nem ela, e muito menos Jin, conseguiam ser discretos em suas intenções nos feriados e sextas, quando combinavam de passear, viajar, ou até mesmo da minha pequena dormir no apartamento dele, deixando a casa livre para nós dois.

E foi em uma sexta dessas, que meu mundo quase veio abaixo novamente, assim como dois porta retratos e uma dúzia de almofadas.

-O que aconteceu? – gritei desesperado, do outro lado do sofá, sem entender porque eu estava sendo atacado daquela forma, se tudo ia tão bem.

-Você! Você aconteceu, Jeon JungKook! – ela estava possessa, e tentava dar a volta no sofá para me pegar.

Mas eu não deixaria, já tinha visto o que ela queria fazer comigo em suas mãos, e não era agradável. Beliscões e tapas infinitos não eram a demonstração de afeto mais comum!

-O que te possuiu, hein? – consegui correr escada acima, sendo seguido por ela, mas não sem antes me arremessar uma almofada que me atingiu em cheio a cabeça.

-Volta aqui! – ela veio correndo em direção à porta do nosso quarto, e eu me joguei na cama, depois de cambalear para trás ainda aturdido pela situação inusitada.

-Calma, amor! Respira. Você não está bem. Vai acabar me deixando viúvo assim! – tentei amenizar seu estrese carinhosamente, quando a vi cortar o quarto em dois segundos e se sentar sobre o meu corpo, na tentativa de me deixar imobilizado sobre a cama.

Ao ouvir meu tom de voz e sentir minhas mãos em seu quadril, completamente vulnerável a qualquer tapa ou agressão que viesse de sua parte, ela respirou fundo e fechou os olhos. Finalmente me dando a liberdade de soltar minha respiração e tentar controlar meus batimentos cardíacos depois da mini olimpíada que fizemos em casa.

Observei a forma como ela prendia o lábio inferior entre os dentes, ainda atrapalhado por toda aquela correria. Não me lembrava de ter feito nada de errado nos últimos... Anos.

-Amor... – chamei receoso de que toda aquela agitação voltasse, sendo que se fosse outra ocasião eu adoraria tê-la sentada sobre meu colo, debruçada sobre mim.

-Mas que porra, Jeon! Quando é que vai aprender a usar uma camisinha hein? – ela gritou irritada, finalmente abrindo seus olhos e me fitando, enquanto eu estremecia com o susto da sua voz e do conteúdo da sua acusação. Camisinha? O que isso tinha a ver com a minha quase morte?

-Mas... o quê? – minha cara era uma completa interrogação, que não amenizava em nada o rosto zangado da mais velha.

-Custa usar aquele troço? Não custa! – ela ousou sair de cima de mim, ainda irritada e eu a detive, tentando entender o que se passava naquela cabecinha.

-Mas do que você está falando... Eu não te... – eu ia completar dizendo que nunca a trai, mas fui impedido pelo seu olhar matador e me engasguei com a palavra, dando a chance de ela jogar a bomba em meu colo.

-A culpa é sua, seu infeliz! Vou ter que passar pela dor do parto de novo. Não de um. Mas de dois. Seu animal! – ela empurrou meus ombros contra a cama e foi o máximo que consegui assimilar daquele momento.

Ela gritando, em cima de mim. Parto. Dois. Fiquei fora de ar momentaneamente, finalmente assimilando que eu seria pai. Seria pai de gêmeos! Quando finalmente a ficha caiu eu a agarrei e rolei sobre a cama, ficando por cima dela, enchendo seu rosto de beijos e apertando carinhosamente sua cintura, enquanto pressionava meu corpo contra o seu, não me aguentando de felicidade pela notícia.

-Jeon, para! – ela tentava me empurrar, mas não conseguia me afastar nem um centímetro.

-Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo. – selei nossos lábios, me calando e sentindo que ela retribuía ainda a contra gosto. – Eu vou ser pai. De novo! – eu devia estar com cara de idiota, pois mesmo brava, ela riu e mordeu os próprios lábios se reprimindo.

-Kook... – ela tentou me repreender, mas tudo o que eu queria era comemorar. – Kook, é sério! Dois filhos! Não dá. Rose acabou de completar 7 anos. Não tem dó de mim, não? – sua voz manhosa, fez com que eu acarinhasse seu rosto e a olhasse com carinho.

-A gente vai dar conta, amor. Tem amor de sobra aqui. E dinheiro, a gente dá um jeito! – sorri tentando passar segurança para a mais nova grávida do bairro.

Porque com os nossos gritos, discussão e minha nada discreta reação à notícia, com certeza o quarteirão inteiro já sabe da novidade.

-Você é um insensível... – ela bufou, sendo surpreendi por mais um beijo meu, só que mais demorado, que ela interrompeu puxando meu lábio entre seus dentes e sussurrando da melhor forma possível. – Mas eu te amo, meu idiota. E vou amar ter esses três, únicos, filhos com você. Porque acabamos aqui a brincadeira de engravidar, ou me livro de você!

Sutil como um trator, amável como nunca!


Notas Finais


FIM!

Então foi isso docinhos! Espero que tenham gostado, me deixem saber o que acharam e sentiram lendo... Adoro saber o que consegui passar para vocês!
E por favor deem muito amor a A arte de não amar quem é importante! Ela é especial!

Beijos, vejo você por ai!
Caso queria me encontrar, fique com saudade, ou algo do tipo, pode me encontrar aqui:

(Finalizada) - Admiradora Secreta? (Imagine Woozi (Lee JiHoon) - Seventeen):
https://spiritfanfics.com/historia/admiradora-secreta-imagine-woozi-lee-jihoon--seventeen-8823179

Retido (com JungKook):
https://spiritfanfics.com/historia/retido-8217287

(Finalizada) - 15 meses (com Min Yoongi)
https://spiritfanfics.com/historia/15-meses-8700448

(Finalizada) - Uma vida ao seu lado (Imagine Park Jimin)
https://spiritfanfics.com/historia/uma-vida-ao-seu-lado-imagine-park-jimin-8107668

Evidências (Imagine Park Jimin)
https://spiritfanfics.com/historia/evidencias-imagine-park-jimin-8345682

fui


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