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História Boarding School After - Visiting Day - last part


Escrita por: Annepequena e Hopele_ss

Notas do Autor


Ei gente! Meu nome é Natalie e eu estou aqui postando esse capítulo a pedido da Anne. Explicarei melhor nas notas finais. Boa leitura!

Capítulo 9 - Visiting Day - last part


A diretora da escola está terminando seu habitual discurso de etiqueta e descrição que — segundo à Emily — sempre acontece nos dias de visitas após o café da manhã. Matthew, Emily e eu estamos nos fundos do pátio, sentados confortavelmente entre duas árvores enormes. No ar, há um cheiro sutil de perfume adocicado e café forte.


A escola se estende a nossa frente com todas as suas pedras cinzentas, flores nos muros e portas pesadas. Alguns outros alunos — a maioria desconhecidos por mim — estão diante de nós. É a primeira vez desde que cheguei nesse internato que posso sentar aqui na parte de fora da escola. Geralmente a diretora proibi qualquer contato com a natureza, mas como hoje é a visita dos pais, ela abriu uma pequena exceção. Ótima jogada. Que responsável vai acreditar que somos presos, se estamos tão livres hoje?


— Tenho um último comunicado a fazer.


A voz da diretora é tão repentinamente empolgada que me assusta. Seu cabelo está preso em um coque perfeito bem no meio da cabeça. Ela é francesa, mas poderia facilmente se passar por americana com seu cabelo loiro platinado.


Corro os olhos pelo pátio à procura dos meus pais. Ou eles ainda não chegaram, ou estão em alguma sala secreta assistindo tudo que estamos fazendo aqui. Escolhi o que vestir com todo o cuidado, porque é a primeira vez em meses que sei que vou vê-los. Meu estilo é bem desleixado, e hoje estou usando um vestido de algodão leve florido acima do joelho, o que me ajuda a parecer mais feminina, escolhi um salto fino, para ficar com um visual que minha mãe sempre insistiu que eu usasse. Mas, eu não colocava, preferia contrariá-la, porém hoje, estou disposta a engolir meu orgulho para convencê-los que o After não é um internato comum. Aqui não é um lugar seguro para mim; e nem para qualquer outro ser humano.


— Vou deixar que ele mesmo fale — anuncia a diretora, continuando uma frase cujo começo não escutei.



Ela dá um passo para o lado, e uma figura alta com um sorriso preguiçoso, se aproxima do microfone. É o Castiel, claro. Os Jeans desbotados, a camiseta tão branca quanto as nuvens. Ele é atraente, não vou negar. O cabelo comprido e despojado, os braços musculosos e as maçãs do rosto esculpidas, as covinhas e o modo como aquela porra de sorriso idiota me faz ficar olhando pra ele mesmo quando não quero.


— Oi, pessoal.

Os movimentos de Castiel são sempre tão firmes que inspira confiança.


— Chegou ao conhecimento do corpo docente… — ele olha de relance para a diretora e se corrige: — Chegou ao meu conhecimento que no ano passado a situação saiu um pouco do controle. Estou me referindo, é claro, ao fato de que alguns alunos tentaram vazar informações sobre o After para os pais. E a punição para isso, não é nada boa. Já falei do buraco,  não falei?


Os alunos variavam entre revirar e arregalar os olhos.


— Todo ano o mesmo discurso. — Emily murmurou para mim e Matthew.  — A diretora só o ordenou fazer isso para tentar assustar os novatos.


Matthew abriu um sorrisinho irônico.


— E ela está conseguindo.


Balancei a cabeça e dei uma cotovelada de leve nele para que prestasse atenção.


— Fica quieto.


Castiel coçou o queixo e esperou pacientemente o burburinho terminar.


— Vocês sabem que as consequências por quebrar as regras são pesadas. Detenção. Suspensão. Punição. Ficou claro?

— Claro como cristal. — um dos alunos falou.


— Ótimo. — rebateu Castiel, recuando alguns passos e voltando a se unir ao corpo docente, as mãos enfiadas nos bolsos.


A diretora tomou posse do microfone mais uma vez.


— Dirijam-se para a entrada do colégio. — ela olhou o relógio em seu pulso por um instante. — Os responsáveis já devem estar por lá.


A multidão de alunos se dispersou tão rápido quanto o pronunciamento dela, e todos resmungaram enquanto se encaminhavam para a primeira visita do ano.


◆◆◆

— Filha, que saudade  —  disse Jenna, em uma voz exageradamente feliz. 


Saudade? — repeti em tom de deboche. Mas, meu sorriso morreu assim que percebi os olhos de reprovação dos meus pais. Tentei fazer uma expressão amigável. — Eu também senti saudades. Como vocês estão? 


— Estamos bem. — Jack passa um braço pelos ombros de Jenna, com um sorriso nos lábios.  — O colégio é muito bonito. Grande. A decoração é de muito bom gosto.


Sim, claro. Você ainda não viu os objetos medievais. 


— Eu tenho uma coisa pra contar à vocês. — murmurei, buscando uma forma convincente de contar o que acontece aqui. — Esse internato é perigoso. É sério, as coisas aqui não são o que aparentam. Ano passado um menino morreu torturado por desobedecer algumas regras.


A expressão de Jack endurece, e Jenna encolhe os ombros.


— Ah minha filha, quando você irá parar de inventar essas histórias? — Minha mãe tocou levemente meu rosto com as pontas dos dedos.



— Eu não estou mentindo, Jen... mãe. — falei, meus olhos mais arregalados que o normal. — Eu juro. Esse lugar é perigoso. Vocês tem que me tirar daqui.



— Tá vendo, Jenna? Eu disse pra você que a Claire não mudaria. — Jack falou com rispidez. — Foi péssima ideia termos aparecido aqui.


Olhei para ele incrédula. Então quer dizer que ele não queria ver a única filha? Eu sou tão insignificante assim para ele? Não bastou ter me abandonado quando eu era pequena?


— Isso é um absurdo, Jack. Eu não sou o problema aqui. Esse lugar que é o problema. — falei, erguendo o queixo em direção ao internato.


— Claire — Jenna tenta tocar meu rosto mas eu me esquivo. — Se você quiser sair mesmo daqui, nós podemos levá-la para um outro internato. O que acha?


— Eu não quero um outro internato! — me exaltei, atraindo alguns olhares. — Só quero ir para casa. É tão difícil assim fazer uma vez nas suas malditas vidas alguma coisa que me agrade? Eu só quero voltar para minha vidinha idiota.


— Você não pode voltar, Claire. — Jenna murmurou, sem me encarar nos olhos. — Não ainda.



— Por que não posso?


É meu pai que responde, sua voz cravando com palavras que irão mudar tudo para sempre.


— Vamos ter um bebê. — Jack abraça Jenna, que sorri para ele. — E não queremos uma pessoa problemática para atrapalhar a gravidez. Enquanto você não mudar, continuará aqui recebendo tratamento.


Dou um passo para trás, como se tivesse levado um soco. Encaro o casal em minha frente. Jenna e Jack estão tentando me substituir; tentando não, eles já me substituiram. Minhas chances de convencê-los a me tirar daqui são nulas. Terei que me virar sozinha, como sempre.


— Hum... — murmurei olhando-os sem demonstrar minha frustração. — Acho que a visita acabou. Já conhecem a saída, certo?


Não esperei pela resposta deles, nem ao menos olhei para trás enquanto caminhava em direção a parte interna do internato.


— Deixa eu adivinhar... — Matthew gritou de longe quando me viu e caminhou na minha direção. — A conversa com seus pais foi um fiasco?


— Bem pior que isso. — falei, olhando para ele de relance, sem entrar em mais detalhes. — E com você? Deu tudo certo?


— Comigo? Não, claro que não. — Matthew riu. — Dei muita pinta e meu pai percebeu que ainda sou eu mesmo. E se revoltou.


Olhei para ele séria.


— Temos que arrumar um jeito de sair daqui.


— Algum plano em mente? — Matthew enganchou o braço no meu.


— No que somos fodidamentes bons, Matt? — eu o encaro por um momento.



Ele riu, mas depois deu de ombros, pensativo.


— Sei lá. Decepcionar os pais? Ser rebelde?


— Sim, somos bons em decepcionar os pais mas, somos muito melhores em ser rebeldes. — falei, com um orgulho exultante. —  E vamos usar isso ao nosso favor.


Matthew olhou para mim com os olhos arregalados.


— Tá pensando em enfrentar a diretora? Claire, essa é uma missão suicida. Não tem medo do buraco? Ou de alguma outra porra que ela pode fazer com você? Com a gente?


— Cansei de ter medo. Meus pais não vão me tirar daqui, Matthew. E aposto que os seus também não. Temos que dar nosso jeitinho. E aí, topa?


— É, você está certa. Eu topo.



Me virei sorrindo para Matthew mas meu sorriso se desfez assim que meus olhos se encontraram com os da Carter. O sorriso superior que ela exibia só me motivou para começar com o meu plano de perturbar a diretora ao ponto dela começar a querer me punir. Que se dane essa coisa de " pune duramente, educa duramente", de ser educada com os outros e seguir regrinhas. Eu sou uma vadia infernal de primeira categoria. Era assim que eu sempre tinha vivido e é assim o único modo que eu sei e quero viver.


Soltei o braço do Matthew e comecei a  caminhar até a Carter.


— Ei lindinha. — ela me encarou com os olhos estreitos. — Sabe sua ameaça de hoje mais cedo? Manda ver. Não tenho medo de você. E como eu já disse antes: duas podem jogar esse jogo. Por enquanto eu estou só na defensiva... Esteja preparada para quando eu começar a atacar.


Olhei mais uma vez para ela, com um sorriso superior nos lábios, e me virei não antes de ver a expressão de impotência — parecida com a que eu fiquei hoje mais cedo — no rosto ruborizado de Carter.


Notas Finais


"Primeiro quero me desculpar pela quebra de promessa, mesmo não sendo intencional, sei que de alguma maneira decepcionei vocês. Me perdoem. No dia 12 fui obrigada a ir na casa dos meus tios e estou aqui até hoje. Meu tio é muito pão duro e não paga uma Internet de qualidade, por esse motivo, fiquei impossibilitada de atualizar essa fanfic. Graças aos céus, consegui um fiozinho de net e mandei o capítulo pra Nat que concordou em postar para mim.



Sei que estou sendo uma vaca esse tempo todo. Tantas promessas quebradas mas dessa vez vou deixar de prometer e começar a agir. Muito obrigada à todos que ainda estão aqui firmes e fortes comigo. O apoio de vocês é tudo pra mim. Amo todos, de verdade. Vejo vocês no próximo capítulo, que provavelmente saí no final desse mês.


Atenciosamente,

Anne. "




Bom gente, essas são as minhas fanfics caso alguém queira ler:



https://spiritfanfics.com/historia/desire-for-revenge-6561747



https://spiritfanfics.com/historia/sinner-6671232


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