Aqueles fios contrastavam tão bem com o pôr do sol alaranjado, e as roupas sujas de tinta só davam um toque a mais de cor; era uma pintura em uma tela imensa, era só um desconhecido pedindo carona naquela estrada deserta.
E Yoongi nunca soube explicar; talvez tenha sido o cabelo laranja, os olhos em riscos, as telas penduradas naquela mochila gigante demais para o corpo pequeno, mas tudo naquela cena parecia colocar Jimin no foco, no centro. E mesmo sem perceber, Yoongi imaginou-se perdido naquele mar que eram os olhos do alaranjado.
Era humanamente impossível apaixonar-se tão rápido, não?
Mas era três vezes mais difícil não ama-lo como um louco, enquanto o andarilho ditava suas aventuras naquela vida tão cheia de incertezas, nada era concreto demais com Jimin; nada era fixo.
E no fundo sabia que perderia aquele que amou tão rápido, tinha medo de afastá-lo com suas manias esquisitas, de enjoa-lo com sua rotina.
Porque Jimin era livre.
Entretanto, o que Yoongi não sabia era que o mais novo andava meio desligado por pensar tanto naquela carona, no dia em que se apaixonou por Yoongi, daquele amor avassalador, à primeira vista.
E fazia planos; queria o mundo mas queria Yoongi consigo, o levaria para lua se preciso fosse, desde que estivesse perto.
Para dizer em voz alta todas as palavras bonitas que pintava naquelas telas, para ama-lo ainda mais.
E só pedia que Yoongi não o chamasse de tolo por se apaixonar na velocidade da luz, só queria que o quisesse.
Era reciproco.
Os sorrisos compartilhados no banco traseiro do carro velho de Yoongi comprovava.
E por mais que se iniciasse como faísca, incendiava com uma combustão catastrófica; e os sussurros já faziam-se presentes quando aceitaram ser um do outro, por inteiro.
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