História Desculpa se te chamo de amor. - The end.

                         O LINK DA SEGUNDA PARTE ESTA NAS NOTAS FINAIS!!!!

Ele ergueu a cabeça, a fazendo parar por um instante. Seus olhos estavam tão vermelhos quanto os dela. Mas isso não indicava que ele estava chorando como um bebê recém nascido.
Candy tinha certeza que aquilo era por causa de Amber. Zayn levantará, estava tão lindo que ela sentiu suas pernas amolecendo. Meu Deus. Olhar pra ele era tão bom. Mesmo estando magoada, sua presença era difícil de explicar, fazia um bem para seu coração.
– Tudo bem? – indagou ele, se aproximando.
Candy engoliu em seco.
Óbvio que não estava nada bem e ela estava quase desmaiando com ele na sua frente, mas não ia responder isso. 
– O que faz aqui? – perguntou o ignorando.
Parte dentro de si imaginava, mas não queria se iludir. Não de novo.
– Hoje é o baile. 
Candy piscou atordoada. Nem lembrava, não fazia questão. Tinha se perdido nos dias. 
– Você não…
– Eu prometi que ia com você. 
Colocou as mãos nas têmporas. Aquilo era demais pra sua cabeça. 
– Zayn, você tem algum problema? 
Ele olhou para os próprios pés. Ela ia chorar de novo. Inferno. Não queria chorar na frente dele. 
– Eu sei que tenho feito tudo errado, mas, por favor, por favor, me escute.
Ele levantou a cabeça lentamente e ficou a olhando por alguns segundos sem piscar. Seus olhos estavam escuros e ela podia ver uma manchinha esverdeada no canto dá boca e no olho esquerdo. Será que ela tinha batido nele? Meu Deus.
– Não me resolvi com Amber ainda.  – Candy engoliu espinhos – Mas…
Ele fez careta olhando para o lado. Parecia com dificuldade de falar. 
Minha nossa, quem estava com dificuldade de alguma coisa era ela. Não lembrava mais como respirava, como fazia para permanecer em pé e como seu coração ainda batia. 
Ele estava ali, de frente para ela, com aquele moletom preto, parecendo um menino dá sua escola, exceto pela barba por fazer. Não tinha percebido, mas queria tanto que ele implorasse por ela. “ Mas eu te amo.” Era a única coisa que queria ouvir dele. A única. 
– Vim pedir desculpas pelo modo como terminei as coisas. 
– As coisas? Você se refere com o que houve, como coisas?
– Candy! – ele deu um passo segurando os braços dela, se aproximando de modo perigoso – Eu não queria que fosse assim.
– Eu também não. 
– Me apaixonei por você, mas...
O que? O coração dela deu um salto. Jesus! Ia desmaiar, ia desmaiar...
– Eu não posso.
– É ela que você ama. – concluiu, sentindo um nó na garganta.
Zayn suspirou fundo, limpando as lágrimas dela gentilmente. Droga. Porque não conseguia ser forte, uma única vez?
– Eu estou surpresa com sua sinceridade e loucura de vir aqui me falar isso. Olha só pra mim, porque está fazendo isso comigo?
Ele a puxou para seus braços, a abraçando com força, beijando sua testa. Silverstone só queria entender, o que ele estava querendo. Estava tentando destruir com ela de uma vez por todas?
– Queria viver o mundo com você. – sussurrou ele – Mas não me foi permitido. Então quero que esqueça absolutamente tudo e venha comigo ao baile. 
– Eu não posso! – respondeu, em meio a um soluço.
– Por quê?
– Porque isso vai me machucar mais. 
Zayn se afastou, segurando ela entre as mãos. 
– Eu preciso me despedir de você Candy. Preciso esquecer de tudo e ficar com você uma noite.
Porque ele estava pedindo isso há ela? Doía tanto. 
– Você ama Amber! 
Ele balançou a cabeça. 
– Me dê essa noite, talvez tudo mude. 
– Você terminou comigo uma vez. Você simplesmente disse que queria ela.
– Eu menti. Eu precisava de um tempo para pensar.
– Porque? Zayn, eu sei tudo sobre Luna. Você... sabia também? – Ele acenou a cabeça silenciosamente. – Só me conta a verdade, por favor. Eu preciso saber.
– Existem outras coisas além de Luna, coisas que não posso contar. Mas, eu sempre soube sobre ela e Liam. Aquele dia que bebi na empresa era porque me sentia culpado por ter contado o segredo do meu melhor amigo há Amber. Agora... bem ela contou tudo a Luna por vingança. Eu fiz o que fiz porque não queria que Aniballe soubesse da verdade daquela forma.
– Amber é suja. Porque não me contou desde o início. Eu teria entendido.
– Por medo, talvez. Não queria envolver mais gente nessa situação.
– Mas sou eu!
– Por isso mesmo.
– E agora? O que pretende com tudo isso?
– Agora eu preciso de um tempo com você. Só você. E não queira entender, não tem explicação.
Ai Meu Deus, porque ela? Porque ela tinha que passar por isso? Não podia ser como as pessoas normais? Não podia simplesmente ter uma vida pacata? Ou um romance como o dos seus pais. 
Candy pegou a mão dele que estava em sua bochecha e beijou. Podiam chamá-la de idiota por aceitar seu convite, mas ela o amava. Candy Silverstone amava Zayn Malik e queria passar a vida ao seu lado. Mas ele queria uma noite. Então ela faria a vida valer a pena em apenas uma noite. Ou nesse caso, algumas horas.
– Tudo bem. – disse, com os olhos marejados e um nó na garganta – Mas é daqui algumas horas e não tenho nada.
Ele sorriu, aquele sorriso doce.
– Pra mim está linda. – disse, puxando a própria roupa no corpo dela – Mas não se preocupe quanto a isso. 
– Vai me dizer que você dará um jeito? – perguntou irônica.
Ele riu dando de ombros.
– Às vezes é bom ter dinheiro. – Candy revirou os olhos. – Daqui a meia hora eles chegam. Você pode escolher qualquer vestido, ou pode ficar com todos. Você que escolhe.
– Eles? Como assim?
Zayn beijou a testa dela, se afastando.
– Não se preocupe. Só me prometa que vai estar aqui quando eu chegar.
Ela engoliu seco, cerrando os dentes. Queria gritar, falar que o amava e não se importava de ser feita de idiota, mas apenas assentiu, sorrindo com os lábios rígidos e o viu fechar a porta sorrindo.
Droga, ele ia acabar com sua vida. E ela estava feliz por isso.

                     DSTCDA – Z.

Tudo tinha saído melhor do que ele esperava. Ela era a menina mais dócil e maravilhosa que ele conhecerá em toda a sua maldita vida. Queria tanto poder contar a verdade, mas não queria ver sua garota sofrendo. Ela já estava com o coração partido e depois daquela noite as coisas iriam piorar, ele sabia. Mas esse era o melhor caminho, para Candy não sofrer mais tarde. Ele só estava fazendo aquilo para seu bem. E um dia esperava que sua garota pudesse entender.
Quando chegará ao apartamento de Liam – agora não saia de lá, até porque Payne fizera questão – a Sra. Quinn – uma senhora amável que cuidava do seu melhor amigo há anos – estava cozinhando enquanto passava um pouco de chá. Havia sido ela quem tinha o encorajado de ir atrás de Candy. 
– Obrigado. – disse ele a abraçando por trás, a fazendo pular assustada. 
– Garoto!
Ele riu, sentia seu peito flamejante.
– Ela aceitou! Preciso tomar um banho, fazer essa barba e achar alguma roupa.
– Eu sabia que essa moça ia entender. 
Ele torceu o nariz. Não tinha contado os reais motivos pelos quais queria ficar com ela, mas não tinha o porque. 
– Sim. Ela foi compreensiva. 
Ele não entendia como Silverstone não tinha socado sua cara. Ele tinha dito entrelinhas que ficaria com Amber, e ela estava lá, beijando sua mão, aceitando seu pedido.
Candy era seu anjo, sua joia preciosa que levaria dentro do seu coração até o fim dá vida. 
Ele a amava. 
Inferno, ele a amava absurdamente. Mas não podia querer roubar seus melhores anos. Ela seria livre e um dia iria agradecê-lo por isso.
– Tudo certo? – indagou Payne, apertando seus ombros.
– Eu pensei que ia apanhar, – brincou – mas ela é muito melhor do que imaginei.
– Ela gosta de você. E por isso, talvez imagine que há uma chance de você pedir pra voltar.
Ele assentiu em silêncio. Queria tanto fazer isso. Implorar por ela. Fugir com Candy pra qualquer lugar no mundo onde Amber não os infernizaria. Entretanto, fugir não resolveria nada. Absolutamente nada. Porque o problema não era mais esse. Sua vida simplesmente mudará do dia para a noite. E não seria nada fácil dali para frente.


                                 DSTCDA – C.

 – Não vou mais. Ligue para ele. Não posso fazer isso.
– O que? Porque? – perguntou sua mãe, parada na porta do banheiro.
Durante o banho Candy percebera que aquilo não passava de uma loucura.
Minha nossa, deveria ter dado um belo tapa na cara de Malik. Como ele pudera imaginar que chamá-la para o baile sem precisão nenhuma de se desculpar e voltar com ela, não a magoaria? Bem, claro que tinha feito a maior cena da sua vida quando o viu, mas ainda sim. Era muita loucura. 
– Porque ele vai casar com ela. Eu sei que no fim, ele vai escolher ela. Não eu.
– Mas e se... – Sophie segurou as mãos da filha com fervor, olhando dentro dos seus olhos –Filha, se isso não te fizer bem, eu concordo. Mas e se chegar a uma altura da sua vida e você olhar pra trás e perceber que perdeu de descobrir o que teria acontecido se fosse com ele ao baile, não vai se perdoar.
Candy suspirou fundo.
– Estou com medo.
– Eu também. Mas Zayn não ia machucá-la por puro prazer. – a sra. Silverstone tinha plena convicção em suas palavras.
– É por isso que aceitei.
– Pode ser a chance de transformar o que houve entre vocês, em algo maravilhoso.
Ela suspirou mais uma vez. Confiava na mãe.
Sophie Silverstone era seu porto seguro. Sua melhor amiga. Se existisse mais de uma alma gêmea ela tinha certeza que Sophie era a dela. Sua mãe a apoiara em todas suas decisões e Candy sonhava com o dia que pudesse orgulhá-la nas escolhas certas da vida.
– Tudo bem mãe. Está certa. Se não for vou acabar me arrependendo.
– Sim meu anjo. – A Senhora Silverstone beijou sua testa – Agora desça, porque está casa está cheia.
Quando descera, havia uma equipe esperando por ela. Zayn só podia estar louco.
Ela suspirou fundo e deixou todas suas dúvidas de lado, aproveitando cada momento, como se realmente fosse o último. E de fato, podia ser.

– Como estou? – perguntou rodopiando em frente à mãe horas mais tarde.
A sra. Silverstone não parava de chorar. 
– Maravilhosa! 
Tinha todos os vestidos mais lindos para escolher e mesmo ele falando que poderia ficar com todos, aquilo parecia absurdamente caro. Então ficou com um, até porque não teria outra ocasião para usá-los. Não teria graça sem ele.
Seu vestido era branco. Tinha ficado em dúvida se escolhia aquele ou um vermelho, mas o branco estava com mais cara de… Silverstone. Era leve, longo, levemente rodado e tinha alças finas, que deixavam o decote sexy. Seu cabelo estava escovado, com alguns cachos nas pontas e a maquiagem bem passada – ela desconfiava que os maquiadores haviam sofrido mais do que o resto da equipe – para esconder suas olheiras profundas. 
– Você é corajosa.
– Eu estou me sentindo meio boba. Penso que é só uma despedida, antes de ir para Geórgia.
– Acha que Amber pode estragar a noite de vocês?
Ela se assustou um pouco ouvindo a mãe falar daquela maneira. Sophie nunca tocará no nome da noiva de Malik.
– Imagino que não. Ele não faria nada que pudesse me causar constrangimento.
– Está certa. Malik é um bom homem. Não consigo odiá-lo.
Candy riu, terminando de ajeitar o cabelo no espelho do quarto. Todos já haviam ido embora. – Eu também não.
– Ahm, querida... Acho que ele chegou. – disse a matriarca, olhando pela janela. – Vá se divertir. 
– Obrigada mãe.
Candy descera com uma sensação diferente dessa vez. Ele estava parado no final dá escada com um blazer azul marinho que provavelmente era caríssimo e com uma rosa vermelha nas mãos. Ela o olhou de cima a baixo lentamente; queria gravar aquela cena e não esquecer jamais a sensação que era amá-lo.
– Você está inebriante. – disse ele, quando parou na sua frente.
– Você também, Zayn. 
– Pra você. 
Ele entregou a rosa na mesma hora que sua mãe gritou do meio dá escada com uma câmera fotográfica, fazendo os três rirem. Seu pai estava no quarto, a Sra. Silverstone dissera que ele não estava muito bem com toda situação. Mesmo Candy pedindo para a mãe não contar nada a Benedict, sabia que ela deixaria o marido a par da história toda. Afinal, aquilo era cumplicidade.
– Vocês não podem sair sem tirar uma foto.
– Mãe! – exclamou ela.
– Vamos querida, dê um sorriso. 
Candy revirou os olhos no momento que sua mãe tirou a primeira foto e Zayn ria.
– Um sorriso! – pediu sua mãe de novo, fazendo a garota rir acompanhada dele.
Candy sentiu Malik puxar sua cintura com força e beijar sua têmpora. Era um pouco constrangedor estar na presença de Sophie, mas ela parecia estar adorando aquilo.
– Você está maravilhosa, não me canso de te olhar. – disse ele baixinho, a fazendo sentir cócegas na pele.
– Vamos? – indagou, se afastando.
Ele sorriu ainda mais. 
– Vamos. Obrigado Senhora Silverstone, mande lembranças ao seu marido.
– Pode deixar Zayn. 
Sophie sorriu como uma garota apaixonada para ele. E Candy se sentiu perdida. Estava saindo com Malik pela última vez. Era tão estranho.
– Eu não acredito. – disse ela, vendo o carro parado na frente dá sua casa.
– Você sempre diz que eu não nasci na época certa. Então, – ele estendeu o braço para ela – achei que seria apropriado.
Ela ainda estava boquiaberta, era um carro clássico, provavelmente de colecionador. 
– Senhorita. – disse ele abrindo a porta.
– Você não acha que vamos chamar atenção demais? 
Meu Deus do céu, ele era louco.
– Você não quer que seja uma noite memorável? Eu quero. 
Zayn sentou do outro lado, como um legítimo cavalheiro. Ela permanecerá sem ação. Ele estava absurdamente lindo, como nunca virá antes. Suas mãos soavam e as pernas pareciam gelatinas. Seu coração não aguentava de nervosismo. A cada batida uma rachadura. E a cada olhar um desmoronamento.
– Eu sei que você adora aquele cara da música do mar de Tenerife – começou Malik, quebrando o silêncio –, mas vou por algo novo para ouvirmos.
– Ed Sheeran.
– Esse mesmo. Mas já ouviu falar de Elvis Presley?
– Zayn, pelo amor de Deus.
Ele sorriu, ligando o rádio antigo.
– Nesse carro, só ouvimos Elvis E Jhonny. Se importa?
Ela negou com a cabeça. E no mesmo instante a voz grave e inebriante de Elvis começou a reverberar pelo carro. Era Can’t help falling in Love. Conhecia a música muito bem. Seus pais haviam dançado no dia do casamento. Falava sobre um homem que não podia evitar se apaixonar pela garota. Ele pedia a mão dela, pedia para segurá-la pela vida toda. Porque aquilo estava destinado a acontecer. Candy deitou a cabeça na janela, fechando os olhos. Imaginando outro destino para aquela noite. Para os dois. Um em que ficassem juntos. Não queria, mas ainda tinha esperança. Ou ele não estaria ali.
– Está tudo bem? – indagou ele.
– Só estou pensando. – sussurrou em resposta, deixando uma lágrima escorrer.
– Não quero que hoje seja um dia para ficar triste.
Ela se levantou o encarando.
– Há alguma chance de você pedir pra ficar comigo?
Ele pigarreou, umedecendo os lábios antes de estender a mão há ela.
– Take my hand – cantarolou ele junto com a música, fazendo a garota segurar sua mão e sorrir inevitavelmente. – take my whole life too. For I can't help, falling in love with you.
– Não seja bobo.
– Me prometa que se sentir desconfortável, ou quiser me bater vai me contar. – pediu ele, ainda segurando sua mão.
– Está bem.
Candy permaneceu em silêncio pelo resto do trajeto. O colégio não era muito longe da sua casa, em poucos minutos estavam parados em frente ao lugar que passará o ano como se nem existisse. E ela estava grata por isso. Quando Zayn descera abrindo a porta para ela em seguida, Silverstone viu algumas garotas o encarando boquiaberta. Ele realmente tirava o fôlego de qualquer um. Havia até alguns rapazes que ficavam o admirando de longe.
– Onde está Amber? – perguntou, enquanto eles caminhavam enganchados até o ginásio.
Depois de alguns minutos ele respondeu.
– Acho que em casa, não sei.
– Você não sabe?
– Não.
– E está saindo comigo.
– Não quero falar dela.
Ela suspirou fundo. 
– Eu só quero entender o que é tudo isso. – suplicou, parando no meio do caminho – Porque veio atrás de mim se ama ela. Porque brincar comigo se está óbvio que eu faria qualquer coisa por você. Porque me fazer de tola?
– Eu… – Malik a segurou pelos ombros – não quero que se sinta assim.
Não ia chorar, mas estava quase. Mal o enxergava na sua frente devida as lágrimas acumuladas.
– Eu gosto muito de você, – disse com sinceridade – preciso ter certeza do que estou fazendo para não passar o resto dá minha vida pensando no que poderia ter acontecido.
– Olha, vamos esquecer o que nos fez chegar até aqui.  Vamos apenas passar um tempo juntos.
Candy segurou a mão de Malik, deixando algumas lágrimas teimosas caírem. Era fácil para ele. Zayn não a amava dá mesma forma. Aliás, ele não a amava. Ela olhou para baixo, não queria que a visse chorando ou os alunos e convidados que passavam por eles. Zayn a abraçou, fazendo com que Silverstone encostasse a cabeça em seu peito.
– Não fique assim. – pediu ele.
Seus olhos estavam pesados. Aquilo tinha sido uma péssima ideia.
– Como vou me divertir sabendo que vou ter que me despedir depois. E você vai pra casa com ela.
– Não pense nisso Candy. Eu não vou para casa com ela, está bem? Não se preocupe com Amber... Só finja um pouquinho, se conseguir, que está noite é uma noite especial. Para você e para mim também.
Ela negou com a cabeça, se afastando para encará-lo.
– É quase impossível. – disse com a voz fraca.
– Talvez não tenha sido uma boa ideia. – ele olhou para um ponto atrás dela – Posso te levar pra casa se quiser.
Ela queria. Mas queria muito mais, ficar com ele. Então deitou com a cabeça em seu ombro, deixando que puxasse seu corpo contra o dele.
Era uma idiota.

O ginásio do colégio estava totalmente diferente. Parecia que não estavam no mesmo lugar. Graças a Deus aquilo também acabaria logo. Tinha apenas duas semanas de aula antes de se formar e rumar para Geórgia. 
– Sejam bem vindos. – disse a diretora toda boquiaberta para o homem que estava ao lado dá garota.
Ela revirou os olhos. Seria uma noite e tanto com todas as garotas babando por ele. Já podia prever o comitê que seria quando chegasse na sala de aula. Com certeza as novas colegas, iriam à loucura quando a vissem de braço dado com ele. E podia as ouvir falando o quão era sortuda ou burra. 
– O que fazemos agora? – indagou ele, meio perdido.
– Eu fico desfilando com você, matando todas as mulheres desse salão de inveja.
Ele riu jogando a cabeça para trás. 
– Não estão me olhando, estão olhando você.
Ela deu de ombros. 
– Aham, tá bom. 
Ele puxou Silverstone pela cintura ainda rindo, dando um beijo no canto dá sua boca.
– Eu já disse que está linda? 
– Zayn!
– O que foi?
Ele queria fingir que seus lábios não encostaram nos dela, mas não seria aquele tipo de mulher. Ele estava com Amber, não?
– Você não pode me beijar assim.
Zayn beijou entre seus olhos e depois uma bochecha e outra. 
– Posso beijar aqui? – disse ele apontando acima dos lábios dela – Ou aqui? – apontou para o queixo – Posso?
– Zayn! – disse ralhando com ele.
– Por favor. 
Candy revirou os olhos sorrindo. 
– Só na bochecha. – queria sentir ele, não adiantava negar.
Malik beijou sua bochecha de novo e o queixo. 
– Posso me contentar com isso, – disse piscando em direção a ela – mas, nossa, sinto muito.
Zayn a beijou novamente no queixo, porém dessa vez, um pouco mais pra cima, encostando seus lábios.
– Malik!
Ele sorriu, apertando a cintura dela.
Minha nossa senhora, ela estava quase indo ao hospital de tão nervosa que se sentia. Era uma mistura de ansiedade, nervosismo e paixão. Tudo de uma única vez.
– Quer dançar?
– Mas não tem ninguém dançando ainda.
Ele revirou os olhos.
– Nós podemos começar a incentivá-los.
– Os jovens são diferentes hoje em dia.
– Me perdoe. Esqueci que sou um idoso pra vocês.
Ela mordeu o lábio inferior, segurando o sorriso bobo.
– Para eles talvez, pra mim não.
– Candy! Você veio, não acredito. – gritou Kris, caminhando até eles. – Você deve ser o namorado dela.
Silverstone sorriu com a maneira que sua colega olhou para Malik. Ela o encarou, um pouco constrangida por Kris mencionar ele como seu namorado. Ele esticara a mão para cumprimentá-la.
– Pode me chamar de Zayn.
A barriga dela estava doendo.  
– Fico feliz que esteja aqui. – comentou a garota, dando uma piscadela em direção a Candy – Nós podemos ir ao after na casa do Leo, juntos.
Silverstone sorriu balançando a cabeça. Seria uma cena e tanto ver o CEO Malik, em uma after party do colegial. Onde eles achavam que beber escondido dos pais, era a maior aventura de suas vidas.
– Nós não vamos ficar muito. – disse ela, arrancando olhares de ambos. – Eu...ahm... amanhã é meu aniversário, então...
– Jura? Então parabéns adiantado, caso eu esteja muito bêbada depois e me esqueça. – brincou Kris, a abraçando.
– Obrigada. – Ela sorriu para a garota e olhará por cima dos ombros para Malik.
Ele parecia sereno em estar ali, em sua presença. E isso, parecia bom, aos olhos dela.

– Pare com isso! – disse engasgando com o riso.
– Ah é?
– Zayn Malik! – praguejou ela, batendo nas mãos do homem que não paravam de fazer cócegas em sua cintura.
Zayn deu uma risada.
– Não estou fazendo nada. – ele deu de ombros, pegando uma bebida no bar; que estava aberto apenas para maiores de idade. – Quer algo?
Ela negou com a cabeça. A noite havia passado em um piscar de olhos.
– Quer dançar?
– Estou morrendo de dor nos pés! – reclamou, sentando em uma cadeira, puxando o vestido até a metade de suas coxas.
Ele sentou ao seu lado, com a roupa amarrotada. Haviam passado a noite toda dançando, rindo, brincando um com o outro, como se realmente tudo tivesse bem. Candy tentará evitar que logo tudo se desmoronaria.
– Você pisou nos meus umas cem vezes. – respondeu ele, sorrindo ironicamente.
Ela semicerrou os olhos, balançando a cabeça. Tudo bem que não era uma mentira, mas não tivera culpa se ele não conseguia acompanhá-la.
– Você quem não sabe dançar.
– Ah, eu. É claro.
Ele parou por um instante, tirando o celular do bolso. Silverstone umedeceu os lábios inquieta. Malik há encarou um pouco preocupado e depois sorriu, saindo para fora do ginásio, apontando para o telefone. 
Ah não, por favor, não, pediu a Deus. Não queria perdê-lo.

                                        DSTCDA – Z.

Ao deixá-la sentada, ele desabou. Nunca sentira nada assim por alguém. Talvez fosse devido às rasteiras que a vida havia lhe dado, não sabia explicar com propriedade. Mas tinha se apaixonado por ela. Amado cada pedaçinho de Candy. Talvez um dia se arrependesse das suas escolhas, mas não a machucaria como sabia que ia acontecer se eles ficassem juntos.
Não seria capaz disso.
– Você está bem? – indagou Payne, ao celular.
– Não, na verdade.
– Seus pais chegaram, pediram para eu te ligar. Disseram que não devia ter saído hoje, já que amanhã...
– Vou levá-la embora.  – respondeu áspero – Daqui a pouco chego.
Liam suspirou fundo.
– Não contou há ela, contou?
Ele engoliu em seco, balançando a cabeça.
– Quero perguntar uma coisa. – disse, ignorando a pergunta do amigo.
– Pode falar. 
– Você vai limpar meu vômito?
Payne sorriu do outro lado.
– Pra isso servem os irmãos.

                                    DSTCDA – C.

Ela não se importara tanto quanto imaginara quando ele voltou até onde estava sentada, perguntando se poderiam ir embora. Sabia que isso ia acontecer, assim que ele pegará o celular. Silverstone suspirou fundo e sorriu engolindo as lágrimas.
A mãe estava certa ao dizer que ela se arrependeria se não fosse ao baile. Mas uma parte de si, queria apagar aquele momento. Não a festa e os risos e abraços apertados que ele dera nela, ah como sentiria falta dos seus abraços. Quando ele a envolvia tão forte dentro de si que Candy ouvia seu coração batendo contra o peito. Tinha memorizado o som e a sensação perfeita que era estar dentro daquela bolha que era quando ele a abraçava.
 – Você está bem? – quis saber Zayn, enquanto dirigia de volta para a casa dela.
Silverstone assentiu. Uma palavra que dissesse, entraria em prantos. Ele se remexera desconfortável ao lado dela. Devia estar realmente incomodado com alguma coisa. Certamente havia sido Amber quem tivera ligado e o mandado para casa. Ela sequer devia saber por onde ele andava. Minha nossa, quem estava desconfortável era ela.
Não queria viver daquela maneira. Tinha cogitado a possibilidade uma vez, mas aquilo não era ela. Não era Candy Silverstone.
– Tem certeza?
Ela sorriu, mesmo estando magoada.
– Tenho, não se preocupa.
Malik estacionara em frente a casa dela, Silvertone estava com um nó na garganta. Queria tanto que ele dissesse algo, mas seu coração estava apertado. Sentia-se ansiosa ao sair do carro. Sabia que aquele momento chegaria, mas não queria que acontecesse.
– Feliz aniversário Caramella. – disse ele, surgindo atrás dela.
– Eu tinha esquecido.
Minha nossa, tinha dezoito anos, por fim.
– Hoje é dia trinta de novembro. – respondeu, olhando no relógio do pulso.
– Você não esqueceu!
Ele negou com a cabeça, ela estava tremendo, mesmo com o blazer dele em seus ombros.
– Está quase adulta.
Ela fez careta. Ainda faltavam três anos para ser oficialmente maior de idade no país.
Zayn a abraçara pela cintura, colando seus corpos. Candy deitara com a cabeça em seu peito. A madrugada estava gelada e o corpo dele era a única coisa que queria para se aquecer.
– Eu tenho que entregar seu presente.
– Meu presente está aqui.
Malik beijou o topo dá cabeça dela por um tempo. Fazendo Silverstone segurar o choro.
– Espera aí. – disse ele correndo até o carro, voltando com um pacote retangular nas mãos.
– O que é isso?
– Eu não sabia o que te dar. Pensei em várias coisas extravagantes e ridículas, confesso. Mas não era você. Você é uma menina mulher, tão doce que sua mãe já soube ao nascer como se chamaria.  – Nossa, ela já estava chorando. – Abra quando eu for embora. – ele entregou o pacote e mais uma caixinha.
– Acho que isso é um adeus, então. – disse ela com a voz embargada.
– Sim.
Ela suspirou fundo, tremendo desesperadamente.
– Eu não estou mais com Amber. – disse ele, de repente, antes que ela entrasse em casa.
– Não?
Zayn negou com a cabeça, mas a expressão em seus olhos era triste.
– Ela desistiu, por livre e espontânea vontade.
– Como assim? Isso quer dizer?
– Candy, eu não... Nós também não vamos voltar. 
Ai. Aquilo realmente havia a machucado. 
– Você merece alguém melhor.
– Porque fez tudo isso? Porque me fez acreditar a noite inteira que estava com Amber? Que ia voltar com ela? Que eu tinha que me sobressair para que você gostasse mais de mim do que dela? Isso tudo foi um teste? Eu reprovei?
– Eu achei que ia dar certo. Mas não vai... eu não sei o que te falar além de desculpa.
Como assim? Queria estapeá-lo. 
– Eu não entendo. Fiz alguma coisa de errado?
– Você é perfeita. Mas eu... Eu não quero isso.
Ela assentiu em soluço. Queria implorar, mas não podia se humilhar a tal ponto. Mesmo que o amasse, já estava cansada de chorar.
– Desculpa.
Ela negou com a cabeça. Queria entender porque Zayn estava fazendo aquilo se em algumas semanas atrás tudo estava bem. 
Não fazia sentido.
– Candy, não fica assim, por favor. – pediu ele, e sentiu seu coração apertar de dor – Nós não vamos dar certo. Eu tenho tantas coisas para administrar, meu trabalho é difícil e nossa diferença de idade... Eu não vou ter tempo pra você. Você merece mais que isso.
– E por acaso não ter tempo é motivo? – indagou, com a respiração falha – Você nem tentou. – o acusou, soltando um soluço alto, do fundo da sua alma – Zayn, seja sincero comigo. Eu fiz alguma coisa?
Ele permaneceu em silêncio por um tempo. Candy só queria entender o que se passará em sua cabeça.
– Eu sinto muito. – disse ele, olhando para baixo.
Ela fungou limpando as lágrimas. Queria morrer. Queria que tudo não passasse de um mal entendido. Seu peito quebrará e o mundo se transformará em algo sem sentido.
– Tudo bem. – disse, magoada para sempre – Só quero que saiba que tenho certeza que independente de quanto tempo passar eu nunca vou esquecer você... E você nunca vai encontrar alguém como eu.
Ela não esperou por resposta. Caminhou para dentro de casa e rezará baixinho, implorando a Deus que ele se arrependesse, mas isso não aconteceu.

DSTCDA – Z.

Não porque ele não a amasse. Ele a observou entrar em casa com o coração em pedaços. Porém Zayn descobrirá que a vida nem sempre era como queríamos. E descobrirá também que Candy estava certa em cada palavra.
Ele nunca encontraria alguém como ela. Não seria capaz disso.

                                          FIM DA PRIMEIRA PARTE.