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História Entre o céu e o inferno - Feelings Fade


Escrita por: DD_Asawtthe

Notas do Autor


Demorei mais voltei. Não vo enrolar não.
To postando uma fanfic nova ae, quem quiser dar uma olhada: https://spiritfanfics.com/historia/bang-8997452
Agradeço XD
Obgdo mais uma vez pelos favoritos, comentários e a paciência de vcs. De coração. e.e
Vão ler vão.

Capítulo 13 - Feelings Fade


Fanfic / Fanfiction Entre o céu e o inferno - Feelings Fade

Os olhos dos irmãos se enchem de lágrimas a medida que o moreno abre um sorriso de canto a canto, mas mesmo que já imaginassem o novo estado da saúde do amigo, se negaram a comemorar até que o resultado saísse da boca do anjo, prenderam as gotas de água nas orbes enquanto esperavam ansiosamente. Tanta coisa já dera errado na vida dos meninos que suas mentes se negavam a nutrir expectativas, sendo os Winchesters bastante pés no chão, ou ao menos era, até que Castiel entrara na vida de Dean e o primogênito começara a criar milhões de imagens de um futuro ao lado do seu anjinho.

-Ele vai ficar bem. –Essas quatro palavrinhas foram o suficiente para os dois deixarem toda a aguaceira reprimida, cair sobre seus olhos. Dean e Sam se abraçaram, apertando ao máximo um contra o outro, o loiro não acredita que realmente havia funcionado, tinha se esforçado para parecer cem por cento confiante, no entanto o medo de acabar por acelerar a morte do amigo  o assolara durante esses longos minuto. –Você conseguiu, Dean.

O moreno se lança até o loiro e segurando suavemente o rosto dele, da um pequeno selar de lábios. O outro trava, pela atitude inesperada do anjo que o observava com uma expressão que se assemelhava a admiração. Dean não entende o porquê do olhar do Novak, ele não se sentia digno da admiração do moreno, afinal o que fizera fora apenas ampliar os poderes de Cas e da cura da marca através de si, o poder que curara Ben, não fora dele, mas claro que o Novak ainda não sabia disso.

-Conseguimos. –Concertou com um olhar meio triste e distante. Ele desvia o rosto antes que o moreno lesse seu olhar, mas já era tarde de mais. Castiel precisara apenas de curtos segundos para notar a apreensão do Winchester mais velho.

-O que foi? –Perguntou sem rodízios.

-Nada. –Respondeu. Tratou de continuar antes que Sam decidisse por também adentrar a conversa. –Só acho que o mérito não é meu. Olha, quando segurou na minha mão, comecei a sentir uma energia estranha, diferente, fluir pra mim. Então a marca me enviou imagens do que fazer e eu fiz, mas a força pra curar Benny veio de você e da marca, não tem nada haver comigo.

-Mas quem executou tudo foi você, não foi?! –Cas sorriu de forma simplista, segurando o rosto do maior para que o mesmo não desviasse o olhar.

-Cas está certo Dean, você é forte e sempre soube que era, não entendo como pôde mudar tanto em tão poucos dias, a ponto de ficar inseguro. –Sam ao mesmo tempo que soava sério ria da imagem de seu irmão.

Dean parecia uma outra pessoa, totalmente diferente, tanto seu lado cruel parecia mais longe quanto seu lado auto piedoso parecia mais perto. O primogênito não fazia ideia de que havia mudado tanto, para ele soava tão natural, como se nunca tivesse sido diferente, como se nunca tivesse maltratado milhões de vidas antes de mata-las sem piedade. Ele da de ombros  e puxa o moreno para si, o abraçando forte contra seu corpo e enfiando a cabeça entre o pescoço do mesmo, ele permanece ali, aspirando o cheiro inebriante de seu anjinho.

-Bem, acho que vou buscar o doutor, pra quando Benny acordar ele checar se está tudo bem. –Sam percebe que está sobrando e decide por se retirar. Mas retorna se lembrando de algo importante e para um pouco para fitar o casal. –Dean, é melhor tirar Cas daqui, é perigoso pra ele ficar rondando a casa. –O mais velho assente.

Não queria se separar do anjo, mas não tinha escolha, precisava estar ao lado de Ben e sabia que era perigoso para o mesmo ficar ali, fora que Nick devia estar sozinho todo esse tempo. De repente passa pela mente de Dean onde estaria o garoto, não o via a dois dias, começara a soar um pouco preocupado com o menino.

-Droga! –O moreno fala mais alto do que gostaria. Ele e Dean pensavam na mesma coisa. –Nick. Sumi do nada, sem avisar. Já fazem dois dias. Droga, droga, droga. –Cas continuava a repetir o palavreado chulo enquanto andava em círculos, desesperado e perdido demais, não fazia ideia do que fazer. O adolescente podia ter se ferido, ou se perdido na caminhada, talvez estivesse até o procurando, ou quem sabe já teria ido embora. Castiel sentiu as lágrimas querendo descer por seus olhos.

Espero que esteja bem”. –Pensa

Dean segura o moreno pelos ombros, fazendo-o parar de se mover, toda aquela inquietação já começara a estressa-lo, mas prometera a si mesmo que não levantaria se quer a voz para o menor, nunca mais machucaria Cas de qualquer jeito que fosse.

-Respire. –Ordenou.

E Cas o fez, inspirando e expirando logo em seguida, repetidas vezes até que as batidas de seu coração desacelerassem um pouco.

-Vou te deixar na casa e saiu pra procurar o garoto, entendeu?! Em hipótese alguma, ALGUMA, saia pelo vilarejo, ouviu?! –A voz de Dean saía séria e grave.

Apesar da maioria dos cidadãos serem adoráveis e incapazes de fazer mal a qualquer que fosse o ser, os boatos corriam pelo pequeno vilarejo, alguma hora chegaria ao castelo a noticia de um anjo andando por lá e no mesmo instante seu pai enviaria milhares de soldados para inspecionar o local, colocando a vida de Cas em risco. O moreno balançou a cabeça em afirmativo com certo receio, Dean tomou Cas nos braços como se fosse uma pena sem dar-lo tempo de reação.

-Não vai virar monstrinho? –Dean arqueia as sobrancelhas fingindo estar ofendido.

-Monstrinho... -Disse baixo, mas para si mesmo, tentando assimilar a palavra, dividido entre insultado e hilario. -Não vou, só preciso carregar você, posso fazer isso sendo eu mesmo. 

Castiel balança a cabeça em entendimento, Dean o cobre com um pano para que os riscos de o encontrarem fosse menor e salta pela janela, tomando cuidado com os guardas que rodeavam o lugar.

 

 

 

 

 

Chuck buscava não entrar em desespero ou surtar, quanto mais mantivesse a calma, de certo que viveria mais. Só que já não comia a dias, ficava  travado no mesmo lugar sem poder mexer seus membros, e toda aquela situação angustiante começara a lhe tirar a sanidade, controlava-se para não começar a berrar, gritar, sabia que apenas serviria para gastaria mais energia e consequentemente seu curto período de vida restante. A porta se abriu e o homem encapuzado veio novamente com outro prato de comida, a visão do Novak já estava embaçada a ponto de não conseguir mais identificar o que havia ali. No entanto, inesperadamente, o homem tacou o prato no chão enquanto resmunga alguma coisa que Chuck não entende bem, mas consegue perceber uma voz conhecida. O cara se aproxima e retira algumas chaves do bolço, e gira-as pelas fechaduras até destravar todas as trancas que prendiam o Novak na cadeira de ferro Enoquiano. Assim que foi solto, Chuck não esperou para saber se conhecia seu salvador, se jogou em cima do guarda, tentando inutilmente desferir golpes, sua fraqueza o impedia de fazer qualquer coisa significativa.

-Você ta mal mesmo ein meu velho. –A voz começou a ficar mais clara para o moreno, tanto quanto o tom irônico. –Vamos sair daqui, antes que ela volte.

 

 

 

 

-Está perdido garoto? –Uma senhora perguntou ao ver o garoto sentado no chão de um beco com a cabeça escondida nos joelhos.

-Acho que sim. –Disse levantando a cabeça para ver o rosto da moça, seria uma velhinha comum se não fosse pelos chifres, cauda e os dentes mais pontiagudos do que o normal, mas aquilo não incomoda ao moreno, se acostumara a isso graças a Dean, mesmo que quase não tivesse o visto com tais coisas, não entendia muito bem o porque dele manter sua aparência escondida.

-O que houve? Seus olhos estão vermelhos, não chore. –A voz da idosa saía tristonha e complacente, transmitindo um pouco de calma para o menino.

-Acho que me abandonaram. Me deixaram aqui. –Disse tentando conter o choro. –Já deveria estar acostumado com isso, mas ta doendo tanto...

-Oh querido, quem te deixou aqui? Seus pais?  -A senhora começara a mexer nos fios negros de forma carinhosa. Nick não sabia o que responder, não havia parado pra pensar no que era a relação dele com os outros dois, mal entendia a relação entre Cas e Dean. Talvez fosse isso, ambos não tinham dever nenhum para com o humano, o errado da situação era ele, por pensar que pudessem ser como uma família.

-É. Não. Não sei muito bem. –Fez uma careta.

-Parece complicado. Me chame de lulli. –Ela deu a mão para que o garoto ficasse de pé e ele o fez. –Enquanto decide o que fazer, por que não fica em minha casa? É logo ali. –Nick abriu um sorriso gentil ainda meio abatido e decidiu aceitar a gentileza da moça, afinal, não fazia ideia do que fazer.

-Nick. Obrigado. –Ela apenas assentiu e começou a andar, sendo seguida pelo garoto. 

 

O garoto ficou o dia anterior inteiro esperando que o moreno voltasse, pensando que o mesmo provavelmente só havia ido dar uma caminhada, mas amanheceu e a casa continuou vazia e silenciosa. Cogitara a possibilidade de Castiel ter sido raptado ou algo do tipo, e acabou indo até o “castelo” para tentar falar com Dean, só que os guardas o mandaram embora dizendo que o mesmo não queria falar com ele. Uma mistura de ódio e tristeza o rondou, mesmo que o loiro nunca tivesse sido muito legal com ele, pensara que talvez o demônio ainda sim se importasse um pouquinho com ele.

-Então Nick, o que houve? Você ta com uma cara brava agora, bipolar? -Lulli quebra o silêncio. 

-É o Dean, aquele ogro, tudo culpa dele! Sem coração! Demônio de merda! –Ele percebe estar cuspindo as palavras quando a senhora faz cara de ofendida. –Me desculpe, você é gentil, mas ele...

-Você conhece o príncipe? –Perguntou ignorando as desculpas desnecessárias do jovem.

-Infelizmente.

-Huhu. -A idosa riu um pouco e continuou. -Não se preocupe. –Disse simples.

-Ãhn? –Nick não entendia nem metade da certeza da moça.

-O Deanzinho é um grosso, mas é um ótimo demônio, ele sempre volta, é muito fiel as pessoas que lhe cativam. -Se perguntou se ela o conhecia, mas sua vontade de tocar no assunto para descobrir era zero.

-Não acho que eu tenha o “cativado”, ele nunca gostou de mim, apenas foi obrigado a conviver comigo. Aposto que na primeira oportunidade se livraria de mim. –O moreno teve de se controlar para não chorar novamente. A senhora não tentou dizer mais palavra alguma apenas sorriu como se dissesse “você é que pensa”.

 

A casa era bem humilde, a sala colada na cozinha apresentava apenas um poltrona e uma mesa com duas cadeiras, onde repousava um pequeno pássaro que assim que viu a senhora voou para seu ombro enquanto piava sem parar.

-Esse é o Zoo. –Disse levando o animal até perto do garoto, Nick aproximara sua mão para toca-lo mas recua ao quase levar uma bicada do animal, aparentemente, zangado. –Oh, desculpe, ele não gosta muito de visitas.

O moreno apenas da uma curta risada e segue a senhora até onde quer que estivesse indo. Ela sobe as escadas e entra em um cômodo onde tinha apenas uma cama, uma mesinha e um monte de caixas fechadas espalhadas.

-Está um pouco bagunçado, tem problema? –Perguntou de forma gentil.

-De jeito nenhum, eu me ajeito. –Respondeu tentando parecer o mais feliz possível. Em outro momento com certeza arrumaria aquilo, com sua mania de limpeza, mas não estava com muita vontade.

-Tudo bem, qualquer coisa é só me pedir. Ah, pode mexer nas caixas, se tiver algo que te interesse é todo seu. –Nick entra e senta na cama, olhando para a porta a tempo de ver a velha lançar um olhar triste para o quarto e logo então se retirar.

 O moreno tinha quase certeza de que aquele quarto era de alguém muito querido para Lulli, alguém que provavelmente morreu ou partiu, anota uma nota mental para procurar saber mais sobre depois e se lança na cama sem se importar com o cheiro de poeira impregnado no quarto. Seus olhos começam a pesar, havia ficado tanto tempo perdido, largado no chão, que nem notou o cansaço que tomava seu corpo. Decidiu que precisava de um tempo dormindo, e se deixou apagar naquela cama que parece mais confortável do que realmente é.

 

Nick acorda com o sol entrando pela janela, se perguntou por que drogas não havia cortina, até se lembrar de onde estava. A porta se abre e Lulli entra com uma bandeja onde jazia um prato com ovos e pão e um copo com o que parecia ser suco de laranja; na mesma hora sua barriga começa a roncar.

-Bom diiia, dormiu bem? –Pergunta colocando a bandeja no colo do menino, que não faz cerimonia para receber e começar a comer.

-Durmi im, obirgado. –Diz em meio a boca cheia de pão, retirando pequenas risadas da senhora.

-Não queria te incomodar logo de manhã, mas será pode fazer um favor pra mim? –Pergunta parecendo envergonhada por tê-la feito. Foi a vez de o garoto rir. Nick engole a comida ainda não bem mastigada, para que possa a responder.

-Se tem alguém incomodando aqui sou eu, o que posso fazer? –Apesar de não ter tido uma real família durante todo esse tempo, o moreno de algum jeito aprendera sozinho como ser gentil e educado. Ele não sabia, mas sua personalidade facilmente atraia aos outros ao redor, e a velha já havia notado.

-Pode buscar alguns remédios meus que acabaram? A loja dos Annie não fica tão perto e como está havendo os preparativos pro festival, é difícil pra uma senhora da minha idade atravessar multidões. –Explica, entregando um papel com os nomes dos medicamentos e a quantidade necessária.

-Tudo bem, só me dizer onde é que eu vou agora mesmo. –Ele sorri, sendo retribuído por Lulli. Ela desce as escadas com o garoto logo atrás, abre a porte e aponta para a direção, enquanto coloca em sua mão um saquinho, o qual o garoto julgou estar cheio de moedas.

-É bem perto da entrada leste do casarão, não tem erro, só tome cuidado com os guardas, eles não costumam ser muito amigáveis. –O garoto apenas balançou a cabeça em afirmativo e saiu com o que restou do pão, em mãos.

Alguns dias atrás o menino não teria hesitado em sumir junto aquele saco de moedas, gastando todas em casas de jogos, mesmo que nunca ganhasse em nenhum, e bebida, mesmo que não as aguentasse direito. Sua mudança aconteceu por culpa do anjo, com certeza, de algum jeito Castiel conseguia mexer com os outros, Nick podia usar Dean de exemplo, o príncipe prepotente daquele lugar terrível e ao mesmo tempo acolhedor sendo um belo de um paradoxo. Mesmo que o Winchester não gostasse dele, era inegável que perto de sua enorme fama de sádico, o real Dean não parecera tudo isso; no começo pensou que talvez a fama do primogênito o precedera, mas ao conhecer melhor ambos, entendeu o quanto Castiel o tinha modificado.

 

-Vai querer um saquinho? –Perguntou a garota, o acordando de sua viagem mental, só agora percebera a morena em sua frente, realmente muito bonita.

-Ãhn, ãhn, e-eu...

-É, com esse seu jeito distraído acho o saco uma boa ideia. –A garota ri e coloca as caixinhas dentro do saco e o entrega ao moreno. –Obrigado por estar ajudando a Lulli, ela já tinha passado por tanta coisa e agora isso com o filho dela...

Nick abriu a boca para falar algo mas as palavras se negaram a sair, ele estava com vergonha demais para perguntar, só que extremamente confuso, não fazia ideia do que a garota estava falando, apesar de deduzir pelas diversas caixas fechadas no quarto onde dormiu. A menina pareceu perceber a expressão perdida do menino, pois continuou:

-5 meses atrás, os anjos nos atacaram, os soldados se esforçaram, mas muita gente foi morta por aquelas malditas fadinhas. –Disse usando da última palavra um tom pejorativo e irritado. Nick sabe muito bem como guerras funcionavam e suas fatídicas consequências, mas nunca pensou sobre as vidas que foram tiradas, nas famílias destruídas, de repente parecia tudo tão vazio, tão errado. –Me desculpe, é que eles tiraram muita coisa de nós.

-Eu sei, não precisa se desculpar. –Finalmente as palavras conseguiram sair, o surpreendendo por fazerem sentido. A garota deu um enorme sorriso e lhe estendeu a mão, sendo rapidamente correspondida.

-Alex.

-Nick.

-Queria conversar mais, só que acho melhor você entregar logo esses remédios pra Lulli. –Respondeu mais como uma ordem ou afirmação do que como duvida.

-Tem razão. Bem, até mais. –Respondeu se esforçando para não gaguejar. Mas não saiu da loja, repentinamente se sentiu um idiota por não ter entendido o que a menina quis dizer com a frase autoritária. Cogitara sair correndo envergonhado, mas ao invés disso se virou temeroso, nem pensar que não conseguiria chamar uma garota pra sair, já enfrentara coisas bem piores. –Pensou. –Eh... Alex, a gente podia sair mais tarde né, quer dizer, só se você quiser. –Sua face avermelhada fazia seu rosto queimar de vergonha.

-Acho uma ótima ideia, sorte nossa que vai haver um festival logo hoje. –A garota fez uma pausa para esperar uma reação do outro, ele balança em afirmativo e ela continua. –As oito?

-Tudo bem, te pego as oito. Er, até as oito. –Diz sem conseguir conter o sorriso que se formava.

-Às oito.

 

 

 

 

John rodava em círculos, claramente estressado, quando Crowley entra em sua sala, sua cabeça começa a doer assim que o baixinho se aproxima, já esperando o que estava por vir. O Winchester parou os pés impacientes e se concentrou no irmão, seus sentidos se aguçavam e seus músculos retesavam no menor sinal da presença dele, John sabe muito bem o quanto o menor almeja seu trono e julgava seu modo de comandar como fraco e patético, abaixar sua guarda por um segundo, podia ser fatal.

-O que quer Irmãozinho? –Perguntou em um tom irônico.

-Um champanhe, batatinhas, a coroa, Dean do meu lado, mulheres, muitas coisas. –Provocou, lançando um sorriso amarelo na direção do outro, logo depois se jogando no sofá de dois lugares que existia ali.

-Haha, muito engraçado. –Fez uma pausa, fingindo estar pensando e completou. -Creio que a única dessas coisas que pode conseguir, é o champanhe e as batatinhas, talvez, só as batatinhas. –Esperava que Crowley ficasse irritado, mas o outro apenas continuou sorrindo de forma divertida, o que causou certo arrepio no Winchester, o qual só aumentou nas últimas palavras sussurradas pelo menor:

-Vou ter todas elas.

-O que disse?! –Perguntou diante da petulância do irmão.

-Disse que vi seu primogênito andando pelo castelo a pouco tempo, brincando de médico com um anjinho. –Ao notar que suas palavras atingiram John, o menor se levanta e começa a andar pela sala, mexendo em pequenas coisas que chamavam sua atenção, quase derrubando uma tampa de vidro no chão. –Creio que tenha algumas broncas e luxações a dar a ele.

-Mas nenhum dos guardas me disse nada sobre o retorno dele. –Relutou.

-Você é uma anta? Acabei de dizer que seu filhinho estava brincando de médico com um anjo, claro que ele entrou escondido! –Como sempre, o moreno se alterou graças a sua personalidade explosiva.

-Você devia me respeitar, seu duende petulante. –Rebateu, imprensando o homem na parede. –E da vida de meus filhos, deixa que eu cuido.

Crowley precisou se segurar para não fazer nada contra John ou dizer algo como: “Seu filho, que você não vê a 6 dias, ta de casinho com Castiel Novak, um dos filhos do seu maior inimigo, é, você cuida muito bem dos seus filhos.”

John o soltou e deu alguns passos pra trás, abrindo certa distância entre eles. O mais novo passa as mãos sobre o terno, sorri amarelo para ele e se retira da sala, respirando fundo várias vezes em sua cabeça. Crowley vira pelos corredores e para ao colidir com algo grande, que andava apressado pelos mesmos, quase forte o suficiente para que ambos caíssem no chão. O baixinho já se preparava para gritar com quem quer que fosse, mas se interrompe ao ver de quem se tratava. Sam, por outro lado, se desculpa baixo e frio, apenas pela educação que sua mãe lhe dera, e volta a andar.

-Está com pressa, princesa? -Crowley tenta provocar, mas Sam ignora o tio, completamete. -Sam! Sou seu tio sabia?! –Gritou por fim, fazendo-o se virar minimamente.

-E? –Pergunta indiferente. -Isso não foi importante quando você vendeu Dean.

-Ei! Eu mudei, ta bom?! Estou aqui por vocês, mas nenhum dos dois me da uma chance de mostrar isso. -O baixinho tentou ao máximo parecer triste e comovente. Teria funcionado, ele é um bom ator, só que Samuel já havia o visto em ação vezes o suficiente para não cair nisso.

-Se quer que acreditemos nisso, então prove. –Falou, dando a conversa como encerrada e voltando a andar.

-Não sou o tipo de pessoa que acha que sou! –Gritou para que Sam, já longe, pudesse ouvir.

-Sei exatamente que tipo de pessoa você é! –Retribui no mesmo tom.

-Sabe mesmo?! –Sussurrou para si mesmo, voltando a seguir o caminho para o qual ia antes da colisão, no entanto, mas sorridente que da última vez.

 

 

 

 

Nick roda por entre o quarto recém adquirido, com a cabeça nas nuvens, ele nunca tinha saído com alguém em sua vida, nunca se quer havia falado direito com outra pessoa, sempre fora solitário e quieto, nervoso era pouco pro seu atual estado, ele estava desesperado e só parecia aumentar a cada segundo mai próximo das oito. Ele não sabia o que fazer ou como agir, sua cabeça rodava tanto que o incapacitou de perceber a mulher o olhando durante minutos. 

-Você vai furar esse chão. -Diz em tom de divertimento. O garoto toma um pequeno susto ao ouvir as palavras o tirarem de sua própria mente. -O que houve? -Perguntou curiosa. Nick a encarou por alguns segundos, decidindo se devia contar ou não, nunca foi muito de se abrir com ninguém mas o desespero era tanto que precisava muito de ajuda.

-E-Eu, tenho um encontro. -Admitiu, ficando vermelho logo depois, ao ouvir as risadas da mais velha.

-Desculpe, mas é só um encontro, por que está tão nervoso? -Pergunta. O garoto aspira fundo e se senta na cama, decidido a parar seus pés nervosos. 

-É que eu nunca sai com ninguém, e nunca tive muito contato com outras pessoas. -Sua voz saiu mais pesarosa do que o esperado, a autopiedade que começa a sentir não combinava nem um pouco consigo ou com a situação. A mulher bota seu melhor sorriso no rosto e se senta ao lado de Nick.

-Não precisa se preocupar tanto. - Faz um pausa para medir suas próximas palavras e coloca uma mexa da franja do menino, atrás da orelha. -Pelo pouco que te conheço, percebo que você é divertido, gentil, fofo, fora que é um rapaz muito bonito. -Ele retribui o sorriso da moça, não que sentisse menos nervoso, só que os elogios o deixavam feliz. -Ela vai gostar de você com certeza. Mas só se tomar um banho e trocar essa roupa, porque você ta fedido. -O comentário em tom de brincadeira fez com que Nick levasse sua camisa até o nariz, onde se arrependeu de dar uma fungada. A careta que o garoto fez ao sentir o próprio cheiro, retirou risos de ambos.

-Obrigada Lulli. -Agradeceu sincero. 

-Me agradeça depois. Agora levanta, entra logo nesse chuveiro, vou arranjar algumas roupas pra você. -O menino apenas afirmou e se locomoveu para o banheiro, onde passou bastante tempo, sentindo as gotas descerem por seu corpo, renovando suas energias. Ouvira a mulher entrar novamente no quarto e gritar algo para ele, provavelmente sobre as roupas, deduziu que ela as havia deixado em algum canto do quarto. Não tardou mais no chuveiro, o medo de chegar atrasado começava a o rondar, se secou o mais rápido possível, seguindo para o quarto onde pousado sobre a cama tinha uma blusa preta, um casaco azul, cueca e calças pretas. Uma roupa em nada de incrível, apenas normal e simples, agradeceu por elas fazerem muito bem seu estilo e as colocou sem demora. Por fim, secou os cabelos molhados que caiam sobre seu rosto, os ajeitou, escovou os dentes, e desceu para checar o horário.

-Agora sim! -Foi surpreendido pelos braços da idosa o cercando em um abraço tenro. -Parece até um homenzinho. -Ele ria, enquanto a moça apertava suas bochechas.

-Eu sou um homem, ta bom?! –Diz fingindo estar bravo. –Ainda tenho algum tempo até as oito.

-Bom, você podia andar por ai, conhecer a cidade. –Ela ganha a atenção do garoto. –Dia de festival tem muita gente nas ruas, então não é tão perigoso andar de noite. –O garoto sorriu de orelha a orelha, adorando a ideia.

-É o que vou fazer. –Diz, já dando um abraço na moça e se locomovendo pra porta. –Volto logo.

-Se divirta! –Fala, quase em exigência, antes de o garoto sair.

 

 

O moreno passa por algumas barracas de frutas, vendo os alimentos bem cuidados, apesar de não tão numerosos e se lembra de quando passava por elas analisando qual iria tomar para si, sendo perseguido pelos donos das tendas. Quando não conseguia fugir com êxito, levava diversas porradas, sem tentar revidar ou recuar, partia de seu principio, se não teve capacidade para escapar deve assumir as consequências pelo roubo. Faziam apenas alguns dias, mas ele não sente saudade alguma de sua antiga vida, muito pelo contrário, cada vez mais sua vontade de se manter longe dela cresce. Nick, avoado em suas lembranças do passado, não nota quando uma mão se fecha ao redor de seu braço, o puxando para dentro de um beco. Só que sua reação foi rápida, fechando seu punho direto e o levando até a cara do ator do ato. O homem não recua nem mesmo um passo, apenas passa de leve a mão em baixo do nariz, de onde escorre pouco sangue.

-Dean! –pronuncia surpreso, e momentaneamente parecendo arrependido pelo soco que dera.

-Oi pra você tam– Mas não estava. O moreno deposita outro soco no rosto do loiro, dessa vez fazendo o mesmo recuar, não bastando isso pra o tamanho de sua fúria, ele se lança em cima do Winchester e prepara um novo golpe, mas para no meio do caminho.

 Dean não planejava defender, e isso o espantou. O loiro apenas fechou os olhos decidido a levar o golpe do menor, algo longe de ser normal, ao menos não vindo dele.

Se não teve capacidade para escapar deve assumir as consequências. –A frase rodou por sua cabeça e, sem nenhum motivo aparente, o fez hesitar.

O menino se afasta e abaixa sua mão, deixando o outro com uma expressão confusa no rosto. Ele se prepara para falar algo, só que para ao ver uma lágrima descer pelo rosto de Nick. Dean sentiu um aperto no peito o qual nunca pensou que sentiria por alguém além do seu anjo, e não foi capaz de dizer nada, apenas abaixou o rosto e esperou que o garoto quebrasse o silêncio.

-Achei que não precisassem mais de mim. –A estaca cravada em Dean parecia se enterrar ainda mais em si, ameaçando perfurar seu coração, respirar doía. Essa era um sensação da qual ele não sentia falta, a qual não se importaria de nunca mais passar por. Mas agora que Cas havia reavido seus sentimentos, teria que conviver com ela. –Por que está aqui? Cadê o Castiel? –Perguntou indiferente.

-D-Desculpe.

Droga. –Pensou.

Fez duas coisas que nunca teria feito a três dias atrás: gaguejar e pedir desculpas, não que sentisse mal por tê-las feito, apenas percebeu ainda mais o quanto estava perdido por Castiel, se sentindo bem idiota por tal.

-Aconteceram muitas coisas, eu arrastei Castiel sem lhe falar, ele não tem nada haver com isso. Mas ele nunca te abandonaria. –Finaliza. O garoto ri e enxuga as lágrimas, parando para fitar os olhos verdes de Dean pela primeira vez.

-Ele pediu pra você me procurar? –Pergunta.

-Sim. Ele gosta de você.

-E você gosta dele. –Diz simples, com um tom de incredulidade na voz. Não que não acreditasse no que Dean sentia por Castiel, mas estava com raiva por como ele formava as frases fazendo questão de confirmar que só o anjo sentia sua falta.

-Gosto. –Nick revira os olhos, preparado para rebater, quando o loiro continua. –Mas vim te buscar, por que também gosto de você.

Seu rosto fica impassível, sem demonstrar nenhum constrangimento, enquanto o moreno abria a boca, embasbacado pelo que acabara de ouvir, tentando processar aquelas palavras, inesperadamente verdadeiras. Demorou alguns minutos para perceber que o encarava com cara de bobo, se forçando, envergonhado, a olhar para o lado. Olhou as pessoas passando pela rua, sem se quer olhar para o beco, ou qualquer outro lugar que não estivesse dentre seus objetivos, exclusos para todas as outras vidas ao redor inclusive a deles, e sentiu uma inexplicável calma o preencher. Seus olhos voltaram a lacrimejar e um sorriso ameaçou escapar de seus lábios, isso se seu orgulho lhe permitisse mostrar o quanto aquelas simples palavras haviam lhe deixado feliz, coisa que não aconteceu. Momentaneamente lembrou-se do seu encontro à noite, e a calma que ganhara, volta a se transformar em desespero.

-Sinto muito, não posso voltar com você. –Dean ergue a sobrancelha, esperando por uma explicação, a qual não tarda a vir. –Tenho um encontro. –Um sorriso malicioso surge de orelha a orelha no loiro, que deixa Nick vermelho feito um tomate.

-Com quem é? –Pergunta, sem deixar seu tom malicioso de lado.

-Você nem deve conhecer, pra que quer saber? –Diz cruzando os braços e se afundando em seus próprios ombros, pensou que explodiria de tamanha vergonha.

-Eu conheço todos os meus cidadãos. –Nick o fita com uma cara de “até parece”, mas o loiro continua sério, fazendo o moreno cogitar se aquilo era realmente verdade ou não, parecia bastante impossível aos seus olhos. –Quem é? –Repetiu a pergunta.

-Alex Annie. –Largou, logo voltando a se encolher.

-Como um cara horroroso que nem você conseguiu um encontro com a Alex? –O demônio volta a sorrir, transformando a vergonha do garoto em raiva.  –Estou brincando. Ela é uma boa menina, vai fundo. –Diz enquanto bagunça o cabelo do menino, com uma das mãos. Nick estagnou no lugar diante do ato inesperado e simples, e que mesmo assim fora o suficiente para afastar todo o desespero que sentia.

-Nunca saí com ninguém antes, não sei bem o que fazer. –Revela, já esperando pelas piadinhas que viriam a seguir. Só que não foi o que aconteceu. Apesar de surpreso, o Winchester pareceu parar um tempo para pensar e então se aproximou do moreno, dando uma longa fungada em sua roupa e pescoço.

-Bem, você não ta fedendo, tomou banho?

-Sim, e Lulli me emprestou essas roupas.

-Conheceu a velha? –Pergunta, visivelmente curioso.

-Ela me ajudou ontem, quando pensei que vocês não iriam voltar. –Dean claramente ficou constrangido após isso, o silêncio doloroso em volta deles começava a irritar o menor, que já não sentia rancor algum pelo aparente abandono. –Você devia tomar um banho também, está fedido. –Zoa entre suas risadas. Dean puxa sua própria camisa e funga o ar dali, fazendo uma careta engraçada, que faz Nick gargalhar ainda mais.

-Acho que tem razão, mas ainda tenho algumas coisas pra resolver. –Diz, logo depois suspirando pesadamente. Estava exausto.  Nick lhe lança um sorriso pesaroso e olha pros lados, tentando distrair-se da aparente falta de assunto.

-Conhece realmente todos que moram aqui? –Decidiu por puxar assunto, conversar com o loiro o fazia ficar menos nervoso.

-A grande maioria. –Deu de ombros, julgava mais do que normal, como o papel do governante conhecer todo seu povo. –Sam conhece mais do que eu.

-Seu irmão? –Nick já tinha ouvido falar dos irmãos Winchesters, assim como sabia que Samuel era conhecido por ser o mais gentil e tolerante. Riu ao pensar novamente sobre a fama de psicopata do loiro. O que Castiel fez com você?! –Pensou.

-É. –Disse nem um pouco surpreso pelo moreno saber sobre seu irmão mais novo.

-Tenho que ir, já devo estar em cima da hora. –Diz tentando não parecer nervoso, no entanto, falha.

-Olha, Castiel já está em casa e eu provavelmente volto ainda hoje, então, bem, se quiser voltar, ficaremos felizes. –Dean coça sua nuca enquanto evita fazer contato visual com o menor, como um adolescente que teria de se apresentar em frente a uma multidão. O moreno não o julga, seu nervosismo estava tão grande quanto o dele. –Não precisa ficar tenso. Você ta apresentável e é um garoto gente fina.

–Surpreendeu ambos ao começar a aconselha-lo. –Só seja você mesmo, ta bom?! –O garoto se espanta ao ver os lábios de Dean se curvarem em um sorriso tenro, e não consegue ter reação alguma enquanto ele se afasta, deixando-o sozinho com seu desespero e os pensamentos. O moreno corre para fora do beco esperando que conseguisse agrade-lo, mais o mesmo já estava longe.

Nick se sentia cada vez mais simpatizar pelo loiro e sua real, antes adormecida, personalidade. Todos que passavam pela rua o olhavam com admiração e alguns se aproximavam, trocando palavras amigáveis, as quais o Winchester respondia sem reclamar. As crianças se aproximavam e ele as carregava no colo. Todos naquele lugar pareciam o venerar, antes Nick não entenderia o porquê, mas agora, conhecia minimamente Dean, ele era um líder, um líder gentil e cuidadoso com seu povo, um povo que sofreu e sofre muito, tanto pelos repetidos ataques dos anjos quanto pelas mãos cruéis de seu rei.

Esse lugar seria muito melhor se Dean o governasse. –É o que rodava pela cabeça dos demônios, e agora, pela de Nick também.


Notas Finais


Como viram não rolou nada de incrível, foi um capitulo bem paradinho, mas enfim.
Queria dizer que eu abandonei o mundo dos jogos, por que não tava dando não, ou seja, agora eu tenho mais tempo pra escrever o/ yay.
O próximo capitulo ja ta sendo escrito, e pra compensar esse, vai ter bastante ação, se é que me entendem hauhusa.
( ͡o ͜ʖ ͡o)
Bjundas frores.


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