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História Immune - 04; Intruders


Escrita por: velejar e souhamucek

Notas do Autor


Hello, hello!
Olhem eu aqui de novo. Como estão? Eu e a Ju estávamos morrendo de saudade de postar Immune. Como ela está viajando, eu estou aqui novamente com o capítulo. Em breve, ela reparecerá por aqui ♥
Sem mais, tenham uma boa leitura!

Capítulo 5 - 04; Intruders


Fanfic / Fanfiction Immune - 04; Intruders

Intrusos.

Phoenix, Arizona.

point of view; Justin Bieber.

Sobre o colchão, beberiquei o café a esfriar. Embora a esposa houvesse caprichado em sua insistência, não foi bastante para que erguesse-me da cama. Ultimamente, o cansaço estava a se hospedar de meu corpo. O câncer dominava-me. O horror permanecia evoluindo. O empolado na altura de meu cotovelo incomodou-me, o que fez com que meus dedos rumassem a região e coçasse-a rapidamente.

Ao sábado, o sol raiava. Intimamente, disfarçou a tempestade a qual ocorria em meu interior. Sasha adentrou o quarto onde encontrara-me, chicoteando aos ares a cabeleira loira. A beleza em braile preenchia as suas bochechas balofas. As sardas enfeitavam-na exageradamente. O belo traje era justo e floral, o qual destacava as curvas avantajadas da mulher acima de seus joelhos. A esposa nunca deixou a vaidade.

— Dispensou as torradas. — analisou, varrendo as íris azuis sobre a bandeja em meu colo. Havia findado apenas o café.

Respondi-a em um maneio, logo a fala alcançou-me.

— Não estou com apetite.

Sasha enrugou o cenho, no entanto deu-me os ombros. Perturbador tal contrariedade em seu gestual, ainda que estivesse habituado com seu temperamento inconstante. A loira inclinou-se e capturou a bandeja.

— Uh. — ciciou, abandonando o tabuleiro distante. — O resfriado está malíssimo.

— Malíssimo? — o riso sacana surgiu em meus lábios. Arquearam-se os fios curtos e dourados acima de minhas íris âmbares.

— Ouvi esta palavra de Theodora. — explicou-se, mencionando a mulher para quem trabalhava. A engenheira ocupa demasiado período de tempo de Sasha, visto que habita uma mansão de quatro andares a qual a esposa tem de faxinar por conta própria. — Theodora é uma mulher bastante sofisticada, sendo assim aderi o palavreado.

Gargalhamos juntos. Fitamo-nos. Não compartilhávamos uma risada dessa maneira desde que as luzes de nossa casa foram desligadas pela primeira vez. Ciente do frágil momento, fisguei as mãos macias da esposa. Os meus dedos de pele áspera as acariciavam de modo gentil.

— Querida — pronunciei-me. Sasha ergueu seu dedo indicador, pousando-o sobre os meus lábios, não obstante insisti em prosseguir. —, sinto pelo que estou lhe fazendo enfrentar.

Compreensível, a esposa perpassou as mãos — após afastar o contato com as minhas — em minha face.

— Estamos enfrentando. — corrigiu-me. — Não planejamos isto, mas estou bem se com você.

As minhas mãos encontram o pescoço da mulher num instante, e, de súbito, as bocas encontraram-se em um beijo impetuoso. Os meus pulmões descompassaram-se. Aparentava o primordial, mas as alianças em nossos anelares esquerdos lembravam-nos de que éramos casados há muito tempo.

— Nojento. — tal observação surgiu ao extinguir o silêncio, proferida de modo grotesco.

Discernindo a soada infantil, direcionei-me a Jeremy inerte na porta, quem mantinha as mãos gorduchas em seus olhos. A língua para fora da boca fez-me rir ruidosamente, semelhante a Sasha. Afastamo-nos e recompomo-nos.

— Ei, campeão! — colidi as palmas ásperas contra o colo, persuadindo o tampinha a sentar-se sobre o espaço limitado da coxa estendida.

Jeremy o fez. Jus ao seu pijama de seu super-herói predileto, acelerou os seus passos ligeiramente, transpassando os membros sucintos nas laterais de meu tronco para abraçar-me. Sasha aparentava satisfazer-se com o afeto.

— Realizou as tarefas escolares, Jeremy? — Sasha indagou num tom um tanto quanto repreendedor, porém desfê-lo ao aderir a réplica do pequeno.

— Sim, mamãe. Papai ajudou-me ontem mesmo.

Encaramo-lo com um sorriso sacana, espremendo os lábios. A herdeira de fios loiros ondulados desfez-se do semblante de mãe preocupa e entregou-se aos braços de nós dois, abraçando-nos. Senti os inúmeros beijos castos acometerem-nos enquanto a esposa sussurrava alguns “eu te amo” esporádicos.

Embora eu estivesse assustado com meus dias futuros contados, não tinha dúvidas do quão amado seria até meu último suspiro. A hipótese de não contá-la sobre a doença percorria-me, todavia findar aquela alegria mútua era ainda mais doloroso que o tratamento.

[...]

A tarde resumiu-se a farelos de pipoca por todos os cantos do sofá, gargalhadas estridentes com os clássicos filmes da Disney e muito amor entre a família. Meus dedos embrenhavam-se nos fios claros de Jeremy, quem repousara a cabeça sobre minhas pernas, enquanto a esposa recostava-se na curva de meu pescoço até a lua rugir nos céus.

No instante em que os olhos do primogênito cerraram ao cochilar, ergui o corpo adormecido e levei-o ao quarto de decoração infantil. Aconcheguei seu tronco pequenino no colchão e, em seguida, cobri-o. No mais, curvei-me a beijar a testa lisa. Ao meu lado, Sasha continha um sorriso doce em seu rosto. Assim que afastei-me do baixinho, agachou-se a mulher e selou os lábios em uma das bochechas rechonchudas. Sem mais tardar, unimo-nos a ir deitar-nos. Adentrando de mãos dadas em nosso aposento.

Afundei-me no lençol, despejando suavemente o edredom sobre o meu corpo. A herdeira de fios ondulados permaneceu sobre a colcha, enquanto lia um livro qualquer. Virei-me para o lado oposto, na tentativa falha de adormecer. Seu pé desnudo sobre o cobertor a percorrer minha perna flexionada foi suficiente para fazer-me entender o convite discreto de um momento repleto de carícias a dois.

Abruptamente, encarei o relógio digital acima da mesa de cabeceira da cama e constatei que o horário permitia-me. Meus lábios repousaram nos dela de forma ágil, não tardando a pedi-la passagem para a minha língua. Suas pernas envolveram a minha cintura, e, assim, nossos corpos uniram-se. Suas mãos afastaram o tecido entre nós. Os corpos entraram em erupção em questão de segundos. Nossas bocas encontravam-se afoitas; os toques eram certeiros e estratégicos; o desejo mútuo transbordava, como a lava fervente que ali expelíamos.

Em poucos instantes, borbulhávamos e suávamos sob os lençóis. Sua camisola de seda grudava em seu tronco esbelto e umedecido. A distância nula tornava-nos um só.

Quando a exaustão e o clímax fizeram-nos presentes, a esposa atirou-se sobre o colchão, entregando-se ao cansaço intenso. Seus olhos azuis piscaram um tanto pesados por mínimos instantes até fecharem-se de vez.

Sentei-me brevemente para vestir-me. O luar iluminava a rua escura. Meus dedos percorreram as teclas do telefone, enviando uma mensagem a aluna. Guardei o celular no bolso de trás da calça jeans, junto a um grampo de cabelo o qual encontrara à mesa, e observei a esposa a dormir. A feição serena demonstrou-me um sono tranquilo. Os lábios ora sorriam, entreabriam-se para sussurrar palavras desconexas. Admirar Sasha adormecer estava na lista de coisas que mais faziam-me feliz.

Lenta e silenciosamente, caminhei com a ponta dos pés no piso de madeira. Cheguei a entrada da casa, fisgando as chaves presas atrás da porta. Abri a fechadura com cuidado, a fim de emitir o mínimo ruído. Segui em direção ao carro e, como de praxe, friccionei a ferida no cotovelo, ademais, embora temeroso, dei-lhe a partida. Por conta da estrada vazia, pisei fundo no acelerador e misturei-me a negritude beijada ligeiramente pelo luar.

Avistei o carro de Abgail parado perante a porta dos fundos da escola onde lecionara. Estacionei o veículo antigo ao lado do de minha aluna e, pelo vidro, convoquei-a em acenar de cabeça. Gesticulou ao léu ao pedir-me para descer primeiro.

Sendo assim, fi-lo.

Tomei a maçaneta preta do carro em minha mão, puxei-a e empurrei a porta com o cotovelo. Meus pés tocaram o gramado ralo, ergui-me e saltei. Convoquei do outro lado da vidraça, Abby assentiu. Descera da pick-up vinho, antes de aproximar-se de mim. Os braços rechonchudos envolveram-me a cintura, e abraçou-me.

— Estou feliz que o senhor veio. Como estava tarde, pensei que havia desistido. — murmurou com o rosto apoiado em meu ombro. — Confesso-lhe que estou receosa. Esta é a minha primeira experiência ilegal. — os braços curtos desvencilharam-se de mim, bem como as mãos repousaram-na à cintura avantajada.

— Acostume-se, Abby. Esta será sua nova rotina.

Capturei o grampo afundado em meu bolso, ajoelhei-me em frente à fechadura e encaixei-o na pequena abertura. Remexi o prendedor de cabelos por alguns instantes, entretanto os movimentos aparentavam-se nulos. Gotícula de suor surgiram em minha testa.

— Quer que eu tente? — ofereceu-se. A deixar o ego de lado, estendi o grampo em sua direção, e a mão fofa envolveu-o.

Os sons causados pelos golpes certeiros foram breves. A morena rodopiou o metal contra o trinco uma única vez e conseguiu abrir a porta. Meus lábios estenderam-se em um sorriso amplo.

— Formaremos uma bela dupla! — analisei, satisfeito.

Apartamos a madeira e adentramos o colégio às cegas. Sem ousar acender a luz, ligamos as lanternas falhas de nossos celulares. Seguindo o feixe restrito, atravessamos os corredores apagados da instituição até alcançarmos a entrada do laboratório. Percebi a tensão invadir o corpo de senhorita Colleen, quem teve a respiração falhada. Mirei-a, inseguro, e a menina concordou com a cabeça. Minha mão aqueceu a maçaneta redonda e enroscou-a, abrindo a porta.

Com um passo à frente, adentrei a sala. Meu dedo indicador esticou-se contra parede, pressionando o interruptor. Uma a uma, as luzes no teto acenderam-se. O clarão revelou o laboratório impecável de Biologia. Engolindo em seco, assumi a mim mesmo de que aquele seria o meu recomeço.


Notas Finais


Esperamos do fundo de nossos corações que tenham gostado.
O próximo capítulo vem em breve.
Agradecemos por ler a nossa história! ♥

Assista ao teaser • https://www.youtube.com/watch?v=FfQOWnbvIIU
Visite a playlist no Spotify • https://open.spotify.com/user/perid0t-/playlist/47fMePVbf0cimdDeicnhSC
Também disponível no YouTube • https://www.youtube.com/watch?v=lPJhbSOgIAc&index=1&list=PLQ-MVX5tT4rn4XNHKhAMeuI4eeBBX8pIk
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•• Conheça Farce – https://spiritfanfics.com/historia/farce-5180490
•• Conheça Africa – https://spiritfanfics.com/historia/africa-6176389
Com amor,
Ju & Lali.


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