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História Mon Cher - Uma história no deserto


Escrita por: CorvoMalkaviano

Notas do Autor


Oi, desculpe por sumir. Eu estava com problemas um tanto sérios, mas agora estou bem /0/ iei.
Adoro vocês. Beijo no Core

Recomendo: Wild Flower
Link no final

Capítulo 8 - Uma história no deserto


 

 

 

 

O vampiro estava sentado ao meu lado. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, deixando a vista uma cicatriz que possuia na orelha esquerda. Seu olhar era aliviado, mesmo sabendo que acordaria em algum momento, Marcus ainda ficava muito inquieto com meus apagões. Sinto o gosto de sangue na boca, hum.. ele se deu ao trabalho de me alimentar. Com o passar das décadas aprendemos que o sangue auxiliava na recuperação, embora ainda fosse necessário algum repouso.

 

- Boa noite, minha querida. Você ficou- ele precisou de um segundo para encontrar a palavra que queria.- dormindo por três longos dias. Então Jane usou seu dom contra você? E como foi? Desde quando possui este talento?

 

- Sim, Jane usou seu dom em mim, e era como se cada célula do meu corpo estivesse ardendo no fogo de Hades.- Estremeço ao lembrar da sensação.- Foi horrível, não tinha controle do meu corpo, nem dos meus poderes. E aquele talento é apenas a forma mais agressiva do meu dom, eu o chamo de "energia da besta", porque quando o libero não tenho mais controle de seus danos. o utilizo apenas em casos muito especiais.

 

- Saiba que você deixou a bruxa- diz se referindo a Jane- muito assustada, e devo dizer que isso é um feito e tanto. Aro não gostou muito deste fato, afinal, você machucou a jóia mais preciosa de sua coleção. Embora eu tenha certeza de que Aro não é capaz de forncer à Jane um amor paterno, a garota é o mais próximo do que ele pode chamar de filha. 

 

- Ela me parece ser bem.. hum, legal? Tirando o fato de que é uma sádica incurável. - Ele se aconchega ao meu lado e me puxa para seus braços. Me encosto nele e relaxo.

 

- Os sentimentos de Jane normalmente são cercados de uma raiva tão profunda, que realmente penso ser impossível de curar isso. Ela nunca demonstrou afeição por nenhum membro de nossa guarda.

 

- Mas ela foi tão firme ao me defender! Não parecia a megera sem coração que descrevem por aí.- Contestei 

 

- É por este tipo de situação que vejo sua mãe em você- Sua face se contorce de dor ao dizer aquilo.- Esta habilidade de tocar o mais duro coração apenas com sua presença.- suas mãos vão para meu cabelo e acariciam. Sem perceber começo algo parecido com um ronronar felino e arranco uma risada leve do homem.- Minha gatinha... você deveria repousar neste momento, seu corpo ainda está fraco.

 

- Certo, pai. Mas quero que me conte uma história!- sinto-me novamente com 11 anos- Sobre algum membro da guarda!- Ele concorda com a cabeça, fecha os olhos se concentrando.

 

- Cerca de dois séculos após a morte de sua mãe, Félix e mais alguns mebros da guarda foram enviados a Amum para fazer uma visita. Suspeitávamos que ele escondia alguma coisa, afinal de contas fazia muitas décadas desde sua última visita.  O que vou te contar agora é o que Aro narrou para mim e para Caius, a partir da leitura que fez das memórias de Félix e Demitri.

" O Egito estava em festa. A época era de colheita, e as famílias estavam mais felizes. Os templos estavam cheios de sacrifícios em agradecimento à nova safra. Já era noite, e andávamos todos  cobertos com nossos mantos. Embora Amum vivesse no Egito há séculos, ele nunca se contentou com apenas uma parte do território, por isso se muda ao menos quatro vezes em uma década, para poder tomar conta de toda a extensão. 

 

A cidade que passávamos agora era a quinta desde que começamos a nossa busca.  Iniciamos pelo lado ocidental, seguindo para o oriente. Estava quase perdendo a paciência com aquele vampiro! Chuto um bocado de areia com força vampiresca, e acabo destruindo uma parte de um muro. Meus companheiros lançam para mim um olhar irritado, mas a única coisa que faço é ignorar.

 

O vento muda de direção, soprando areia em minha face, juntamente com um cheiro adocicado característico. Vampiro. Nos movemos rapidamente, farejando aquela pista, rastreando com nossos sentidos apurados. Era possível notar que o vampiro fugia de nós. Tolo! como se pudesse escapar dos Volturi. Conforme nos aproximávamos era possível notar outros cheiros agregando ao ambiente. Uma construção bela e imponente se apresentou para nós no fim do horizonte, e conhecendo os gostos exagerados de Amum, aquela casa só poderia ser dele.

O vampiro que perseguimos estava parado na entrada do local, segurando o portão de ferro. Ele aparentava temer nossa aproximação, o que me fez soltar uma leve risada. Ele nos recebeu com um " boa noite, senhores. Amum espera por vocês.". Suas vestes eram tipicamente egípcias, escondendo a maior parte de seu, corpo, sendo que as únicas partes visíveis eram seus olhos e suas mãos.  

 

- Está com medo, jovem?- Pergunto dando um sorriso que para mim seria o equivalente a uma gentileza. Aparentemente o vampiro não entendeu isso muito bem e rosnou para mim.

 

- Não tenho medo de você!- Sibilou.

 

 Ele nos deu as costas de maneira rude. Péssimos modos os que Amum estava ensinando aos seus.  Seguimos em silêncio para onde o jovem está caminhando. Olhei de solsaio para Charmion, e a vejo assentir, estávamos prontos para agir. Entramos em um lugar com uma mesa de mármore, onde Amum se encontrava, juntamente com sua parceira Kebi. 

 

- A que devo a honra, senhores?- Sua voz era fria como a Sibéria.

 

- Aro se preocupa com seu silêncio, Amum. Vejo que ele não estava errado em supor que você escondia alguma coisa.- Aponto com a cabeça para o jovem vampiro. 

 

- Sabe como é difícil adaptar seu clã a um novo membro, estamos em um período de adaptação, somente isso.- Ao proferir estas palavras o faz como se não fosse muito importante aquela informação. 

 

- Qual é seu nome, meu jovem?- Quem toma a palavra agora é Charmion, sabia que minha companheira de guarda trabalhava para enfraquecer os laços daqueles dois.

 

- Sou Demetri, senhora.- Sua postura me lembrava a de um soldado.

 

- Pois, bem Demitri, poderia nos contar o que levou Amum a transforma-lo? Sabe, não é de seu criador ter contato com outros vampiros por mais de alguns dias.

 

- O que lhe faz pensar que tem algum direito de interrogar um membro de meu clã?- Amum se apoia na mesa, as mão fechadas em punho. 

 

 - Responda a pergunta, Demitri.- A mulher sorria, seu talento já havia surtido efeito. E sem questionar, a resposta veio.

 

- Eu posso encontrar pessoas, onde quer que elas estejam,  basta que eu tenha me encontrado com elas uma vez.- Dava para enxergar emseus olhos que já estava completamente entregue a nós.

 

- Creio que Aro encontraria muita utilidade em seu talento, meu caro." 

 

 

- Eles retornaram juntamente com Demitri. Aro ficou facinado com seu talento, e também com sua habilidade em combate.- Ainda estava abraçada com ele, gostaria de ficar ali por dias, até me recuperar completamente, porém tinha algumas pessoas para tranquilizar.

 

- Onde estão os gêmeos e Félix? Preciso dizer que estou viva.

 

Levanto-me com dificuldade. Vejo que estou a vestir um vestido branco que ia até meu pé, e que minhas roupas não estavam em nenhum lugar visível. Reviro meus olhos para ele que dá de ombros. 

 

- Eles estão no salão comum, provavelmente, ou então em seus quartos. E quanto a suas roupas, não quero andar por minha casa e ouvir meus guardas comentando sobre minha filha!

 

- Isso é uma questão do caráter deles, papai. " A culpa nunca é da vítima"

 

 Com este comentário saio de seus aposentos. Carlos era quem fazia a ronda daquele corredor, o cumprimento com um sorriso, e logo me encaminho para o salão. Lá chegando me deparo com vários vampiros conversando em tom agradável, e outros espalhados em demais atividades. Ao me ver, todos param o que estavam a fazer.

 

- Er... algum de vocês tem notícia dos gêmeos, ou então do Félix?

 

- Félix está de ronda, e faz muito tempo desde que não vejo os gêmeos.- Heide quem me respondeu. 

 

- Muito obrigada.

 

Caminho até onde costumava ser os aposentos da guarda. Fico feliz por saber que ainda é no mesmo local. Farejo até a área mais afastada, e percebo que o quarto dos gêmeos é o último. Bato de leve na porta do quarto de Jane, ou do quarto que imagino ser dela.

 

- Quem é?- ouço sua resposta mal humorada.

 

- Ah.. sou eu. Vim me desculpar pelo episódio da última vez.- A porta se abre rapidamente. Vejo que seu cabelo estava um pouco desarrumado, e que Alec estava deitado em sua cama, vestindo somente uma calça de moletom. 

 

- Quer entrar?- Vejo um flash de emoções em seu rosto, porém a única que consigo identificar é a esperança. 

 

- Não estou atrapalhando?

 

- Claro que não! Alec já está de saída!- Ela fala de forma rápida, até mesmo para um vampiro. 

 

- Estou?- Sua expressão era inocente, porém eu o conhecia bem de mais para seber que de inocente não havia nada. 

- Na realidade, eu quero conversar com os dois. Podemos?

 

 

 

 

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  

 


Notas Finais


Galera, eu edito pelo telefone, então deve estar bem ruim, desculpeee

https://spiritfanfics.com/historia/wild-flower-6967592


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