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História Nem por Meio Milhão de Libras! - Só se vê bem com o coração, como dizia Exupéry


Escrita por: Okaasan

Notas do Autor


Oi, pessoal.

Peço sinceras desculpas a todos que estão acompanhando também as fics "Vulneráveis" e "Louco de Esperança". Sério, está sendo um pouquinho difícil coordenar essas histórias, mas adianto-vos que não desisti de NENHUMA. :)

A imagem fofinha de Sessoumagoo (ADOREI essa aglutinação, @MoniOliv! kkkkkkkkkkk) e Rin não me pertencem e não descobri a autoria da mesma; créditos ao fanartista.

Um pedido para vocês leitores: não me matem. XD Se eu for morta, a fic vai entrar em hiatus, uai!

Boa leitura!

Capítulo 15 - Só se vê bem com o coração, como dizia Exupéry


Fanfic / Fanfiction Nem por Meio Milhão de Libras! - Só se vê bem com o coração, como dizia Exupéry

 

Ann Kikyou era uma jovem mulher não muito dada a demonstrar o que sentia. Porém, Raymond Inuyasha notou que ela estava um tanto perturbada ao vir do banheiro e, já dentro do trem, indagou dela o que havia se passado. As mãos da moça estavam vacilantes e seu olhar, baço e perdido, contemplava o nada.

— Nada importante, meu querido — foi a resposta lacônica. — Está tudo bem. A semana foi corrida, é só cansaço mesmo.

— Tem certeza, mana? Sabe que estou aqui para te ajudar.

Ambos estavam sonolentos e cansados, mas a jovem não conseguiu dormir mesmo com o balançar do trem. Enfim, chegaram à casinha em Wetherby, onde cada um foi para seu respectivo quarto.

Instantes mais tarde, contudo, Kikyou escolhia uma roupa para dormir quando seu irmão bateu à porta.

— Mana...

— Entre, Inu.

Inuyasha veio, já de banho tomado e com uma roupa velha, se aproximando dela com um copo de chocolate quente.

— Você está triste demais — afirmou ele, sem rodeios. A moça se sentou na cama e sorriu para disfarçar. — Fale para mim, Ann, o que aconteceu? Por favor. Eu me importo com você, sabia?

— Eu sei que se importa, meu bem. Você tem um coração muito bom.

— Tome este chocolate.

— Não, eu... Estou sem fome.

— Ah, Kikyou, você não comeu nada desde mais cedo! — exclamou o moreno, já colocando o copo nas mãos dela, que acabou rindo dele, que se empertigou: — Agora tome o chocolate, enquanto eu leio um salmo para você dormir.

— Seu bobo... Quem lia salmos para fazer a gente dormir era a mamãe...

A descontração minúscula desapareceu e o clima se tornou como chumbo.

— Sabe, mana, eu sinto muitas saudades da mamãe — comentou Inuyasha, tristonho. — Ela era brava, mas era tão boa! O colo dela era fofinho e... Ela tinha um cheirinho bom. Eu não conseguia ficar longe dela nem nos dias que ela me dava umas chineladas.

— Nossa mãe era uma pessoa de Deus, Inuyasha. Lembra da farra que a gente fazia no dia em que ela fritava bolinhos? — murmurou a jovem, emocionada. — Vínhamos do culto loucos para comer os bolinhos, que eram salpicados com canela e ela servia com chá. Então, depois ela fazia cada um de nós escovarmos os dentes, explicar como foi o sermão do dia, lia um salmo para nós antes de irmos dormir... E todas as madrugadas ela ia na cama de cada um orar e pedir a Deus que nos protegesse do mal.

— Os bolinhos da mamãe eram os melhores do mundo. Ninguém na igreja conseguia fazer igual, e olhe que a receita era até simples.

— De fato, não é muito complicado fazer esses bolinhos.

— Mas só a mamãe sabia fazê-los direito. Você mesma, por exemplo, nunca deu conta de acertar a massa — disparou o moreno, logo em seguida se arrependendo amargamente do comentário tolo. — Oh, Ann, me perdoe. Eu não quis ofender, sabe, fui um grosso e... Ann?

Sentada na cama, Kikyou abaixou a cabeça, reclinando-a sobre os joelhos e chorou desconsolada.

— Mana... Droga, me desculpe. Eu não... Não sabia que você ficava tão triste por errar o ponto da massa dos bolinhos...

— Não estou chorando por causa disso!

— Não?

— Não... Será que eu nunca vou ser boa como ela? Será que nunca vou ser uma mulher de fé como mamãe foi? — lamentou-se a moça, entre soluços. Inuyasha a abraçou ternamente.

— Kikyou... Pare. Você é uma pessoa incrível, eu e Miroku admiramos e amamos muito você. Mamãe tinha um jeito único de abençoar a vida das pessoas. Você não precisa ser igual a ela.

— M-mas para ela tudo parecia tão simples! Ela nunca tinha medo de nada, nunca tinha dúvidas...! E eu... Me sinto tão burra às vezes... Incapaz, infiel...

— Mana, PARE de se torturar. Desde que mamãe foi para o céu, você se tornou tão bitolada com certas coisas. Será que Deus acha boa toda essa cobrança?

— Como ousa dizer isso? A Bíblia diz que Deus mandou Abraão ser perfeito...

— Mas ele NÃO foi perfeito, Kikyou! E ainda assim, Abraão foi citado pelo apóstolo Paulo como um herói da fé! Vamos, tome o chocolate.

Lentamente, a moça sorveu o chocolate, ainda chorando, o braço de Inuyasha amparando-a pelos ombros.

— Ann...

— Fale.

— Quer que eu leia um salmo para você dormir?

— Q-quero...

Kikyou se deitou na cama e Inuyasha a cobriu com um cobertor fino. A Bíblia de estudos Genebra estava sobre uma cômoda. Tomando-a, o rapaz abriu o livro dos Salmos.

— Quer escolher, mana?

— Leia o 51, por favor.

O moreno leu todo o texto, pausadamente, para a moça que rapidamente dormiu. Ele coçou a cabeça, intrigado, ao ver que o salmo tinha diversas menções a pecado e arrependimento.

Ah, Kikyou... Se sentindo culpada? Mas o que você fez? Você nunca faz nada de errado.

Realmente, ela estava física e emocionalmente cansada; então, Raymond Inuyasha lhe beijou o rosto e se foi do quarto.

Chegando ao seu próprio quarto, ligou para o irmão, que atendeu ao primeiro toque.

— Inuyasha... O que houve?

— Atrapalhei alguma coisa aí entre você e Mrs. Gostosa Cameron?

— Não, seu pervertido. Eu estou em casa... Na verdade acabei de chegar. Levei Mrs. Cameron ao aeroporto. Ela foi visitar o pai na Escócia.

— Oh, entendo. E vocês dois, como está o namoro?

— Aí é que está, Inuyasha... — afirmou Miroku, desanimado. — Não estamos namorando.

— Como não?! Vocês transam...

— Sim, mas é só. Ela não quer namorar comigo. Diz que não está pronta para um relacionamento, que se divorciou há pouco tempo etc.

Inuyasha pensou em fazer um comentário, mas desistiu.

— Melhor dar tempo ao tempo, Andy. Então...

— Como está Kikyou?

— Era sobre ela que eu queria falar... Você não pode vir para cá amanhã?

— Por quê?

— Ela anda estranha demais desde que começamos a estudar no Instituto Craddock. Muito calada, muito... Deprimida.

— Inuyasha, será que isso não tem a ver com aquele Mr. Taylor?

— Não sei, mas... Agora que você falou... Eu não suporto aquele homem. Será que ele fez algo com ela e ela não quer nos contar? Sabe como ela é, diz que quer nos poupar de preocupações e blábláblá.

— Não sei. Só sei que, agora, eu entendo muito bem o jeito de ele olhar para ela... Ele é um safado. Possivelmente deve estar assediando a mana, aquele filho da p*** do c******.

— Miroku!!! – exclamou Inuyasha, escandalizado.

— O que, Inu?

— Desde quando você fala palavrão?!

— Ops — fez o mais velho, envergonhado. Esqueceu de que não estava com Sango, que era naturalmente desbocada. — Me perdoe, mano. Mas que o tal Suikotsu é um filho da p***, isso ele é.

— Você falou palavrão de novo!

— Desculpe! É que Mrs. Cameron fala tanto isso que eu...

Okay, okay. Chega. Então... Acha que pode vir aqui amanhã?

— Vou fazer de tudo para ir.

— Vai ter um show do Hillsong United em Bradford e Kagome ganhou quatro ingressos! Ou seja, podemos ir nós cinco e voltarmos juntos, não há perigo.

— Hillsong United? Aquela banda gospel de...

— Pop rock — sorriu o caçula, empolgado.

— Inuyasha, Kikyou NUNCA iria a um show gospel! Ainda mais de rock...

— É pop rock, é diferente...

— Eu tenho certeza de que ela não vai querer ir... E você disse que Kagome ganhou quatro ingressos, mas vão “cinco”... Quem é a quinta pessoa?

— É a mãe dela.

— Uau, a mãe dela vai a shows?

— Vai e canta, dança, pula...

Miroku riu.

— Certo, mano. Eu vou ver vocês amanhã e fazer Kikyou rir um pouco, acho que é disso que ela está precisando.

— Graças a Deus. Vem mesmo, por favor. Ela sempre se queixa de saudades de você.

— Abraço, Inuzinho. Durma com Deus. Eu amo vocês.

— Abraço, Andy. Amamos você também.

 

***

 

Eram quase cinco horas da manhã quando Jakotsu Laurent Lefevre se despedia de Naraku Octavio e entrava no táxi; os dois continuariam sendo bons amigos e colegas de trabalho, como sempre. Saudaram-se com um abraço amigo e algumas piadinhas. Afinal, era apenas uma noite de sexo casual e o francesinho já tinha sentimentos fortes por outrem; além do mais, percebera que se entregar para outra pessoa não diminuía o vazio de seu coração, principalmente depois de ver o olhar de reprovação do homem a quem amava.

Naraku, por sua vez, estava ligeiramente melancólico. Estava acostumado a sair com quem quisesse e se despedir no dia seguinte sem ressentimentos, mas o fato de ter ouvido o francês expor tão claramente seu amor por alguém tão diferente de si, somado ao medo da rejeição o deixou introspectivo.

— Pobre mona sofredora. Por isso que eu prefiro morrer a me apaixonar por alguém!

Entrou devagar em sua residência, tomou mais um banho e se foi até o Fazioli. Ia começar a tocar uma peça quando seu smartphone vibrou sobre a mesa. O espanhol franziu o cenho ao ler uma mensagem de texto de um número desconhecido:

Naraku meu bem faz um Facebook pra mim prfv

Ele ia responder quando chegaram mais cinco mensagens do mesmo número, todas em português.

Aki é a Rin

Não sei mexer nesse celular difícil da moléstia

To querendo descobrir se meu mestre de capoeira tem Facebook

E quero ser amiga do Kohaku tbm

Bjs pra ti diva linda te adoro

O espanhol arqueou uma sobrancelha antes de abrir o tradutor do aparelho para decifrar as palavras que ele não conhecia. Contudo, aquela expressão “amiga do Kohaku” lhe saltou aos olhos.

Será que o italianinho despertou o interesse dela? Acho que Sesshoumaru não vai gostar muito disso.

Naraku não sabia ao certo o porquê da implicância de seu amigo para com a jovem brasileira, mas entendia perfeitamente que ele não era indiferente a ela.

Eu ousaria dizer que ele está começando a sentir algo novo por Rin.

 

***

 

De manhã, em Ferguson Manor, Rin tomava seu desjejum com Toga e Izayoi quando John Sesshoumaru assomava à porta da cozinha, amarfanhado e com sono, ainda com as roupas da noite anterior.

— Bom dia a todos — resmungou ele, andando devagar até a mesa; sua madrasta puxou a cadeira e o ajudou a acomodar-se. — Quero leite, por favor.

— Bom dia — responderam os três.

— Aqui, cariño — disse a espanhola, servindo-o. — Espero que não esteja muito doce.

— Eu prefiro sem açúcar de tudo, mas okay.

— Ô mano, uma cirurgia pode resolver seu problema de vista? — disparou a morena, de supetão, mesclando inglês e portunhol. O casal ficou um pouco surpreso e o loiro, notando o silêncio, ficou confuso, sem saber a quem Rin estava se dirigindo.

— John, Rin está falando com você — afirmou Toga. — Acho que ela quer saber o que acontece com sua visão.

— Para que eu diria? — retrucou ele, ríspido.

— Não seja estúpido, meu filho. Ela quer apenas ser educada com você.

— Pois eu não quero ser educado com essa indiazinha latina, Sir Ferguson.

E Sesshoumaru se levantou de uma vez, mal tendo provado seu leite, furioso. E saiu da cozinha sem dar maiores explicações.

— Ei, Sesshoumaru! Espere! — exclamou Toga, se levantando para ir atrás do filho. Contudo, Rin já havia se levantado também, com uma expressão nada amigável na face. O nobre se desesperou: — Não, Rin! Não vá, deixe que eu...

— Não se preocupe, seu Toga. Não vou bater nele, só vou chamar sapeste de volta pra terminar o café. Ninguém merece! Cabra chato!

E rapidamente Rin se ausentou. Izayoi estava com olhos enormes, aflita.

— Virgem Santíssima! Toga, ela não entendeu o que ele disse, não é?

— Possivelmente não, e é isso que me preocupa.

— Será que John seria capaz de agredi-la...? Como faz com Naraku?

— Não, amor. Tenho medo é dela deixá-lo moído com aqueles chutes. Seria bem pior, pois Naraku não tem técnica alguma. Já essa índia é uma lutadora profissional. Porém...

— Porém o que?

Toga olhou profundamente para a esposa e deu um pequeno sorriso maroto.

— Acho que, depois da grosseria que ele tem feito com ela durante esses dias em que a acolhemos, uma surra de caratê brasileiro não seria de todo ruim para ele.

— Toga!

 

***

 

Rin Tibiriçá intuiu que John Sesshoumaru estava fora da mansão. De fato, ela o viu andar às cegas pelo meio do jardim de gerânios, indo em direção à área arborizada da propriedade, onde havia bancos de concreto e quiosques, para quando o dono da casa realizava pequenos eventos com os amigos.

— Sesshoumaru!

A voz da morena eletrizou o corpo do loiro que, agora, se valia de sua visão mínima para se manter no caminho cimentado e deu uma leve corrida. Como conhecia aquele espaço como a palma da mão, Sesshoumaru se orientava bem no local e logo Rin já não o viu mais.

— Sesshoumaru! — ela apertou o passo e praticamente corria agora. O loiro estava entre as árvores e, acalorado pelo esforço, despiu a camisa e a jogou sobre o gramado. A morena enrubesceu, mas prosseguiu em ir atrás dele.

Away with you! (Vá embora!) — gritou ele de volta. Rin deu alguns aús abertos para alcançá-lo mais depressa. Logo ambos estavam a poucos metros de distância um do outro. Entretanto, Sesshoumaru estava parado, os olhos arregalados na direção da morena. Os cabelos dela estavam soltos e ela vestia uma camiseta e uma bermuda frouxa que lhe dava pouco acima dos joelhos.

O britânico se percebeu ofegante, mas não pelo cansaço. Algo o deixava com todos os sentidos exacerbados quando a indígena, que ele sabia ser bela mesmo sem conseguir vê-la nitidamente, estava próxima.

Então ele se deu conta de que QUERIA chegar perto dela.

Por quê? Ele não sabia.

— Sesshoumaru...

— ¿Quieres pelear? Puede venir — desafiou ele, intrigando a moça.

— Como?! Brigar com você, macho?! Tá doido?! Não, eu...

Então, o loiro assustou Rin, se precipitando contra ela repentinamente. A investida fez com que ela erguesse o pé direito para se defender, contudo Sesshoumaru, num golpe de pura sorte, conseguiu segurar sua perna.

— Mas que diabos...

Um puxão mais forte e a morena se desequilibrou, levando o loiro ao chão no processo, que não a soltou. Em poucos instantes, Rin conseguiu se desvencilhar, empurrando-o, e gritou:

— Agora já chega, seu fi duma égua! Eu vou acabar te dando uma pêia se tu não parar com isso!

Mas algo no interior de John Sesshoumaru gritava para não deixar ela se afastar. Provocá-la para uma briga parecia não estar funcionando muito; então, num ato totalmente impensado, ele, ainda sentado no gramado, derrubou-a de novo e lançou-se por cima do corpo menor, enlaçando-o com seus braços fortes.

— ME SOLTA, SEU...

— Shhhhh, Rin.

Ele a chamou pelo nome pela primeira vez, caídos no chão, e isso foi crucial para que Rin ficasse totalmente paralisada. Agora ele se levantava e, trazendo-a consigo, sentou-se no chão, convidando-a a fazer o mesmo.

Déjame verte (deixe-me vê-la), Rin.

O loiro ergueu a mão direita, a princípio indeciso, e a levou ao rosto da morena, que estava ainda mais confusa e estremeceu quando a ponta dos dedos de Sesshoumaru passearam vagarosamente por sua sobrancelha e, em seguida, sobre seus cílios. O coração de Rin palpitou fortemente; o loiro já não a olhava mais. Seus olhos estavam fechados e então ela pôde entender o que ele estava fazendo.

Ele a estava conhecendo pelo tato.

A outra mão do homem segurou em seus cabelos com sutileza, escorregando por toda a extensão dos fios grossos e lisos. Logo Sesshoumaru descobria as têmporas, a orelha e a linha da mandíbula de Rin; meio duvidosa, sua mão agora retornava ao centro do rosto moreno e seu indicador encontrou a boca da jovem, contornando-a com certa curiosidade.

Mas o que está acontecendo comigo? Esse rosto, essa... Essa pele macia, morena... Meus dedos tateando o rosto dela... Isso é tão BOM...

Sesshoumaru desejava saber o gosto dos lábios da bela brasileira, e sem pestanejar a beijou, se recusando a abrir os olhos, buscando ver um pouco mais daquele rosto à sua maneira.

Era o primeiro beijo de Rin.

Os lábios dela eram macios e ele não hesitou em mordiscá-los. A jovem tentou se afastar, mas ao abrir a boca no afã de protestar contra aquilo, Sesshoumaru aprofundou o beijo com certa ansiedade. Ela não sabia o que pensar.

Isso não pode estar acontecendo! Ele me chamou pra briga, me derrubou no chão... E agora está me beijando... Esse cara é maluco!

Maluco ou não, o loiro agarrava sua nuca e a beijava ainda com mais fome e desejo; ao sentir sua língua enfim tocando a de Rin, era como se Sesshoumaru fosse um navegante perdido no mar que encontrava uma ilha repleta de vida verde. Ele estava pisando em terras nunca desbravadas; a cada avanço, uma nova e agradável descoberta. A cada passo, um tesouro sob seus pés. Não era exagero dizer que o loiro parecia ter alcançado um oásis ao deslizar seus lábios pelos trêmulos lábios da morena.

O beijo de John Sesshoumaru era sensual e praticamente irresistível, principalmente para uma mocinha virgem e inocente – afinal, Rin não era uma garota como as demais de sua idade. Não ligava para namorados; sua paixão era a capoeira e só. Contudo, diante de um homem feito e belíssimo como aquele, ela arfou, coração a mil, fascinada. A mão espalmada descia e subia pelos cabelos da morena; de repente, Sesshoumaru levou as duas mãos aos ombros de Rin e as escorregou devagar pelos braços até atingir as mãos pequenas dela, onde passou a apalpar e acariciar os dedos, as palmas, as unhas curtas... Sem cessar o primoroso beijo.

O loiro seria capaz de delongar aquela doce descoberta por horas e mesmo dias, se Rin não tivesse rememorado o primeiro e tempestuoso encontro entre os dois, onde as palavras ásperas dele ficaram gravadas a ferro em seu coração:

Viniendo de un país de mierda como Brasil, ¡ciertamente debes ser una puta!”

A euforia do primeiro beijo se esvaiu com o vento matinal; Sesshoumaru se surpreendeu ao ser empurrado. Abriu os olhos azuis opacos, confuso.

Hey, Rin...

— Não sou idiota, Sesshoumaru – retrucou ela, tremendo. – Até há meia hora atrás, tu não queria sequer conversar comigo e agora... Agora me agarra nesse lugar deserto... – Rin fechou seus olhos com força, sentindo-se muito mal por aquilo. – Por quê? Why? Um mês fingindo que não me via, se recusando a me chamar pelo nome, me chamando de macaca, de selvagem... Tá achando que eu sou tuas nega? Eu não sou mulher fácil não!

Agilmente a jovem se ergueu do chão, deixando o loiro em choque ali. Inconformado com aquela rejeição, Sesshoumaru se levantou também, protestando atrás do vulto de Rin:

— Hey, india… ¡No me dejes solo, maldición (não me deixe sozinho, maldição)!

A resposta foi o pé da jovem zunindo rapidamente de encontro ao seu tórax, acertando-o não com força, mas de jeito a desequilibrá-lo e fazê-lo cair no gramado de novo.

— EU TENHO NOME, P****! — gritou ela.

— RIN, LLÉVAME... ¡NO ME DEJES SOLO!

— Eu, não! Você veio sozinho, fi duma égua. Volte sozinho!

E ela desatou a correr, nervosa, se afastando rapidamente de Sesshoumaru, que permaneceu caído sentado, sendo assaltado por uma sufocante agonia e uma súbita solidão que o arrebentava por dentro.

Ela me rejeitou!

 

***

 

Como era de se esperar, Ann Kikyou se recusou terminantemente a ir ao show do Hillsong United com seus irmãos e Kagome. Além de não gostar do estilo pop contemporâneo com seus solos de guitarra e viradas de bateria, a moça não apreciava música alta nem multidões.

— E se fosse um show do Yanni, dona Kikyou? — indagou Andrew Miroku, ironicamente.

— Eu também não iria.

— Sei — zombou Inuyasha, terminando de amarrar os cadarços do tênis velho. — Duvido, mana.

— Estou falando sério! E nem sei como vocês têm coragem de ir a uma bagunça daquelas! Nem é um culto!

— Mas vamos cantar canções para Deus, dá na mesma.

— Ah, não dá não. É uma multidão de gente pulando, gritando, dançando... — resmungou ela. Miroku se aproximou e lhe roubou um beijo na testa.

— O rei Davi dançou. Por que nós não podemos?

— Vem, Andy! Estamos atrasados! — chamou o caçula.

— Já vou. Ann... — o rapaz a abraçou ligeiramente, enfiando a mão nos cabelos dela, bagunçando-os. — Fique com Deus.

— Fique com Deus, mana — Inuyasha se acercou dela e a abraçou também. — Não vamos demorar tanto assim.

— Vão com Deus e se cuidem, por favor.

— A espingarda está carregada, Kikyou? — indagou Miroku, olhando rapidamente para cima do armário, onde ficava a arma da família.

— Está, sim. Não se preocupem. Todo mundo aqui no bairro sabe que eu não tenho medo de atirar.

Enfim, os rapazes se foram, deixando a primogênita sozinha. Ela, então, se foi até seu teclado Yamaha e sua pasta de partituras.

Ann Kikyou passaria as próximas horas estudando aquelas canções. Depois, tomaria seu banho, jantaria, escovaria os dentes e leria um salmo, deitando-se para dormir logo em seguida.

Fecharia os olhos e se lembraria de seu primeiro beijo, dado por um homem atrevido e sexy, que a deixou inflamada de volúpia por vários dias. Virou-se na cama, bufando de raiva e mágoa, ao lembrar que ele, o maldito Naraku, a despedaçaria um mês depois, se atracando com outro homem diante de todas as pessoas presentes naquele corredor.

A jovem, recomeçando a chorar, se ajoelhou no chão e começou a fazer uma prece para que Deus a fizesse esquecer dele e de tudo que ele a fazia sentir.

Afinal, Kikyou estava prestes a deduzir, para sua tristeza, que toda a saudade, todo o desejo e todo o ímpeto que a consumia por dentro à simples lembrança daquele espanhol tinha um nome.

Amor.

 

***

 

Era a primeira vez que Andrew Miroku e Raymond Inuyasha compareciam a um evento gospel. O jogo de luzes do palco e outros efeitos como a fumaça os assustaram a princípio, mas logo a musicalidade do show os envolveu e, junto a Kagome e sua mãe, eles cantaram e dançaram cheios de alegria.

A banda começou a cantar Prince of Peace, uma canção lenta e meditativa, e os quatro se abraçaram, olhos fechados, embalados pelo clima de oração do ambiente. Entretanto, no meio da grande quantidade de pessoas, Kagome ouviu soluços desconsolados. À sua esquerda, um rapaz não muito alto chorava copiosamente.

— Inu-chan — disse ela a Inuyasha. — Vou orar por aquele rapaz ali.

— Sim, meu bem, vá mesmo. Ou melhor, traga ele para cá, podemos acompanhar a música e orar juntos.

A japonesa se distanciou um pouco do namorado e se acercou do tal jovem, cujos olhos estavam já inchados. Tocou-lhe as costas, delicadamente.

— Posso orar por você, irmão? — indagou ela, afável. O rapaz a encarou de volta, acenando que sim com a cabeça, e ficou surpreso ao ver que Kagome o puxava para perto de seu grupo. Os cinco juntos, então, recomeçaram a cantar e fazer suas preces. Súbito, o estranho exclamou um “aleluia”, com um timbre de voz que foi imediatamente reconhecido por Inuyasha, que o encarou de chofre e se sobressaltou totalmente.

— Mr. Lefevre?! Jakotsu Lefevre?!

— Oh, que coincidência — exclamou Jakotsu de volta, sorrindo enquanto enxugava as lágrimas. — Que bom te encontrar aqui, lindinho!

— Amor, você o conhece? — perguntou Kagome, curiosa.

— Ele trabalha no Instituto, Ka.

— É a sua namorada, mon ami? Que fofinha! — afirmou o francês, que estava vestido com uma camisa xadrez, calças jeans e botas e um gorro branco na cabeça — e um batom nude nos lábios quase invisível. Um look hipster e um tanto masculino para ele. — Prazer, mademoiselle, je suis Jakotsu! E você?

— K-Kagome... — respondeu a jovem, um tanto assustada pelo jeito extremamente esfuziante do coordenador do Centro de Ciências Sociais do Instituto Craddock. — Então... Você está gostando do show?

— Está maravilhoso! Eu frequento a igreja desde menino. Me sinto tão bem em cultos e shows que falem de Jesus. Vou a toooodos! E ainda quero ser batizado um dia.

Meio aturdido, Inuyasha cochichou com seu irmão mais velho:

— Mas como pode, ele é tão viad-

— Você não é diferente dele — rosnou Miroku, meio aborrecido com o comentário do caçula. — Não está em posição de julgá-lo, engraçadinho. Onde está seu amor ao próximo?

O moreno baixou a cabeça, envergonhado. De fato, ele não estava ali para julgar ninguém.

— É verdade, mano, desculpe — murmurou ele. — Ele precisa de Deus tanto quanto eu preciso.

E, meio enrubescido, Inuyasha se foi até Jakotsu e colocou o braço em seu ombro, do lado oposto ao que Kagome estava. O francês se debulhou em lágrimas mais uma vez.

Merci... Vocês são t-tão amorosos! Eu estava me sentindo tão sozinho e rejeitado...

— Jesus ama você, irmão — respondeu Kagome, meiga. Surpreendentemente, Inuyasha deu um pequeno sorriso.

— É, Jesus ama você, irmão. E... Se precisar de um amigo... Estamos aqui.

Antes que ele pudesse agradecer, a multidão começou a vibrar com uma música dançante que começara a ser tocada, Take it All. Kazuko Higurashi, que estava um pouco alheia às conversas dos jovens, deu um grito empolgado e puxou Miroku para um trenzinho. O rapaz agarrou a mão de Kagome, que começou a rir.

Matte, okaasan! (Espere, mãe!) — e a moça puxou Jakotsu consigo, que puxou Inuyasha, que puxou uma adolescente que estava ali por perto. Logo eles pulavam animadamente pela multidão e não era de se admirar que a mãe de Kagome já estivesse rouca; os cinco aproveitaram para tirar fotos e comer hot dog. Foi um momento muito proveitoso de fé e alegria para todos.

Ao término do show, o francês se ofereceu para levá-los para casa em seu Peugeot Coupé. Durante os minutos de conversa, ficou óbvio para todos a orientação sexual do rapaz, mas ninguém se importou com isso — nem mesmo Inuyasha, que sabia não ser diferente dele, apesar de manter bem guardado seu segredo.

Os quatorze quilômetros de distância até Otley foram vencidos rapidamente e logo Jakotsu abraçava a todos efusivamente, voltando a se comover ao abraçar Kagome e a agradecendo pelo carinho. Porém, a moça analisou seu rosto atentamente e comentou:

— Parece até que eu já te conheço, irmão. Já esteve nos Estados Unidos?

— Quem, eu? No, mon cher!

— Pois eu poderia jurar que já vi em algum lugar fora da Inglaterra, Jakotsu-chan.

— Impressão sua, lindinha! Agora preciso ir... Não gosto muito de ficar até tarde na rua... Deus abençoe vocês, mes amis.

Após as despedidas, os dois irmãos Wright se foram para sua casa e Kagome entrava em casa com sua mãe.

— É sério, mãe. Eu juro que já vi Jakotsu-chan em Washington.

— Deve ser impressão sua, Kagome-chan. Vamos ver nossas fotos? — disse Kazuko, rouquíssima, porém ainda bem animada.

— Sim, mamãe! Quero postar todas no meu Face!

 

***

 

Naraku Octavio, deitado à vontade em seu sofá, olhava as redes sociais quando teve a ideia de procurar o nome da crentelha no Google. Ficou surpreso ao descobrir um vídeo dela no YouTube, postado no ano anterior por um canal pouco acessado que levava o nome da Igreja Presbiteriana.

— Huhuhu, que descobertazinha interessante... — zombou ele, clicando no player. – Acho que vou rir um bocado.

Entretanto, o vídeo intitulado “Classe de Juniores, Miss Ann Kikyou Wright” mostrava uma filmagem amadora da jovem rodeada de crianças, ensaiando um jogral para o dia das mães. A cena transcorria sem mais novidades até que um garotinho fazia um trocadilho qualquer e a classe riu com gosto. Incluindo a professora, um tanto contida. Contudo, as graçolas do menino persistiram e Kikyou se abria em uma sonora gargalhada. E assim se encerrava o vídeo de um minuto e meio.

O riso de Ann Kikyou tinha o brilho do trinado melodioso de um pisco-do-peito-ruivo, ave das que viviam na área verde de Ferguson Manor e que ele, Naraku, gostava de ouvir quando era ainda um adolescente franzino recém-chegado da Espanha.

— Um riso tão belo partindo de uma mulher tão chata... — lamentou-se ele, colocando o vídeo para reproduzir mais uma vez. Naraku começou a analisar a expressão facial e corporal da jovem, como era de seu costume. Ela estava bem mais à vontade ali, entre as crianças, do que jamais estivera antes das duas únicas vezes em que eles se viram.

— Ela parece estar sob constante pressão. Porém, aqui, as crianças não a julgam. Então ela se permite descontrair...

O vídeo era repetido mais uma vez, enquanto o espanhol tomava notas em um pedaço de papel qualquer. A voz risonha de Kikyou inundou seus ouvidos de novo.

— Ela olha para os meninos com um afeto muito grande. Será que ela tem vontade de ser mãe? Nesse canal deve ter mais vídeos com ela...

Avidamente, Naraku se pôs a vasculhar a página, que continha diversos vídeos pequenos e com pouco acesso. Encontrou o rosto de Kikyou mais uma vez em um vídeo chamado “juniores”; eram poucos segundos contendo a jovem explanando para a classe sobre o livro dos Salmos.

— Este salmo 8 é um dos meus favoritos — dizia ela. — Ele fala sobre a bênção que Deus deu para o homem usufruir, que é a natureza. Por isso nós devemos zelar por tudo isso: as árvores, os animais, o meio ambiente... Pensem nisso quando virem um colega maltratando um cachorrinho ou um gato, por exemplo. Sejam bons cristãos e digam a ele que isso é errado, porque...

O vídeo acabou. Naraku resolveu voltar ao Google; não havia quase nada sobre Kikyou, a não ser uns dois artigos científicos de autoria dela sobre representações sociais do envelhecimento e maus tratos a idosos. Enjoado de tanto procurar algo mais sobre ela, o espanhol retornou ao canal da igreja. Havia um upload novo de quase dez minutos de duração.

— “Culto da Páscoa 2014”... É recente, foi há dois meses! — exclamou ele, ansioso, apertando o play do vídeo.

Era uma espécie de confraternização depois de um culto temático. Pessoas iam e vinham, saboreando quitutes e conversando sobre assuntos aleatórios. De repente, Naraku reconheceu Raymond Inuyasha, olhando para algum ponto distante com um copo de refrigerante na mão. Sua fisionomia estava pavorosa; aquele garoto realmente não sabia disfarçar suas emoções.

— O que será que está deixando essa mona irritada? Parece que quer estrangular alguém...

A câmera o deixou e, enfim, focou em quem o espanhol procurava. A face de Naraku ardeu e seu coração saltou aflito quando avistou a crentelha.

Ann Kikyou servia uma senhora cadeirante com bolinhos; a jovem vestia um vestido tubinho de tule verdes e seus cabelos estavam presos em um coque. A franja, porém, fora penteada para o lado, expondo mais do rosto sereno e sisudo. A roupa diferente dava um destaque especial aos quadris largos da moça, sempre disfarçados pelas saias de tweed, e, no momento, ela se abaixou cuidadosamente para limpar um pouco de refrigerante que a idosa deixara derramar em si mesma. O espanhol pausou o vídeo e deixou escapar um palavrão: o corpo de Kikyou era sinuoso e belo e mexeu instantaneamente com seus sentidos.

— Mil perdões, irmã — dizia a moça. — A culpa foi minha...

— Não precisa se preocupar, meu anjo, não sujou tanto assim... — afirmou a velhinha.

— Está tudo bem, Miss Wright? — soou uma voz masculina e mansa ao lado da câmera.

Então, Naraku viu que Kikyou olhava para trás com uma expressão de MEDO. Em segundos, Inuyasha se acercava dela, furioso, narinas alargadas, olhando para a tal pessoa que fizera a pergunta com total antipatia. Já de pé, a moça dizia, educadamente:

— Está tudo bem, Mr. Taylor. Eu esbarrei no copo de Mrs. Dennis e acabei sujando-a um pouco, mas já consegui secá-la...

A câmera passeou de relance pelo tal Mr. Taylor, pegando por breves segundos o rosto moreno dele. E o espanhol entendeu perfeitamente o motivo da expressão de ódio de Inuyasha, porque ele mesmo também se enfureceu.

O homem chamado Taylor olhava de forma totalmente impudica para a jovem, a ponto de assustá-la. Ela estava com medo dele. Porém, não era apenas a lascívia que incomodou Naraku. A postura um tanto predatória daquele homem de roupas sociais não lhe era desconhecida; com certeza ele era um pervertido sexual que se imiscuía em ambientes religiosos para fazer coisas obscuras com pessoas incautas. Um pervertido como os que costumavam procurá-lo para satisfazer seus fetiches obscenos quando ele ainda era um garotinho.

Felizmente, a câmera voltou a focar Kikyou, que agora estava entre Inuyasha e outro rapaz parecido com ela. O psicanalista já o havia visto no Instituto; era o garoto que levava o ônibus para Coventry. Os três eram razoavelmente parecidos, então possivelmente seriam irmãos. O recém-chegado era mais contido, mas seu olhar não negava sua raiva. De repente, o sujeito chamado Taylor já não estava mais ali. O vídeo chegava ao fim, pegando mais uma vez Ann Kikyou escoltada por seus irmãos.

Naraku ficou surpreso consigo mesmo ao ver que o suor lhe descia pela testa.

— Se eu pegasse esse arrombado na rua, lhe daria uma surra para não mais assustar a minha... — resmungou ele para si mesmo, até que se deu conta do que estava dizendo e levou a mão à boca, assustado. — Minha? MINHA?! Ela NÃO é minha, nada minha, ela... Inferno! Carajo, estou ficando louco!

 

***

 

Em seu quarto, Rin dormia profundamente e não viu quando apareceu na tela de seu smartphone a seguinte mensagem:

FACEBOOK: Kohaku Agnelli aceitou a sua solicitação de amizade.

Depois do beijo roubado de John Sesshoumaru, a jovem se escondeu dele pelo resto do dia, aceitando ir com Izayoi a todos os passeios que ela lhe propunha. Ela bem que se esforçou, mas não conseguiu se ver livre da ideia de que o loiro a estava apenas seduzindo com más, ou melhor, PÉSSIMAS intenções. Aquele contato dos dedos dele em seu rosto, braços e mãos, além do beijo arrebatador, a deixaram alvoroçada, ou, como ela diria, quente por dentro... Mas só.

Mestre Kouga a ensinara a não dar mole para macho nenhum, pois eles eram em sua maioria, maldosos e fariam de tudo para levá-la para uma cama e a descartariam em seguida. Com certeza Sesshoumaru seria um desses cabras safados. Ela queria distância dele.

Em contrapartida... Kohaku era tão meigo. E tinha um jeitinho meio tímido e um sorriso tão franco...

Rin queria muito conhecê-lo melhor.

 

***

 


Notas Finais


Rolou briga, rolou beijo e rolou PARANAUÊÊÊÊ, PARANAUÊ PARANÁ! ♪♫
Rin aqui é uma bicha arretada! Não é só ir chegando e beijando não, tem que conquistar primeiro! \o/
#PerguntaQueNaoQuerCalar
A Rin sente algo pelo Sesshoumaru? A resposta ééé NÃO. Não sente.
O Sesshoumaru sente algo pela Rin? A resposta ééé ÓBVIO, VELHO! kkkkkkkkkkkk

O vestido verde da Kikyou: http://tudocommoda.com/wp-content/uploads/2016/03/vestidos-renda-33.jpg
Por falar em Kikyou, parece que ela já arreou os pneus pela nossa diva, hein? E ele... Está MORDIDO de ciúmes pelo Suikotsu que, de fato, não é flor que se cheire.

Sobre o Jakotsu ser evangélico... Sim, minha ideia sempre foi essa. Ele é um gay evangélico! No Brasil, ainda há um tabu fortíssimo sobre o assunto, mas nos países europeus. pelo que pude depreender de minhas pesquisas, há mais tolerância. E abordarei outras religiões também :) #OkaasanAdoraFalarDeTabu kkkkkkkkkkkkkkkk =P
Adorei imaginar os cinco fazendo trenzinho nesse show aqui (recomendo a música para todo mundo, sendo evangélico ou não, ela é uma delícia): https://www.youtube.com/watch?v=wdS4I7lAkUA

Galerinha linda do meu coração, recomendo duas fics de duas leitoras/amigas/ficwriters/whatever aqui para vocês...

NEGRO, da @MoniOliv (oneshot, angst, InuKag, drama lindo de morrer) - https://spiritfanfics.com/historia/negro-6948493

FREEDOM, da @KarinaSesshy (drama histórico, romance, SessRin) - https://spiritfanfics.com/historia/freedom-6946454

E, caso vocês queiram ver uma one de humor/hentai NarakuKikyou, ligeiramente ambientada nesta fic Nem Por Meio Milhão de Libras, segue o link da minha O PIOR APRENDIZ DE MOTORISTA -- https://spiritfanfics.com/historia/o-pior-aprendiz-de-motorista-6848925

Ay, mamacita, isso virou um jornal, ahuahuahuahuahua

Beijos da Mamãe

~Okaasan


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