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História O Baterista - She Loves You


Escrita por: Lonely_Beatle

Notas do Autor


EAEEE, GALERAAAA!!
SAUDADES <33.
DEMOREI PRA VOLTAR MESMO, E ASSUMO SYDGYADHGYG.
Fiquei brava hj e pensei "vou escrever isso dak e passar na cara das evejosa que eu faço melhor". E AK ESTOU EU \o/.
Obs: VALEUZÃO PELOS COMENTÁRIOS E PELOS 30 FAVS <3 Obrigada mesmo, galeroo :3
Tenham uma boa leitura <3.

Capítulo 8 - She Loves You


Fanfic / Fanfiction O Baterista - She Loves You

Uma nova segunda-feira se iniciou, não tão monótona como as outras. Ter alguém para pensar durante o percurso do ônibus chega a ser bom, pensou Faith. Apesar dos repentinos frios no estômago e das noites mal dormidas, pensar em alguém era bom para se distrair – era difícil, porém, quando ela começava a imaginar como seria o próximo fim de semana, em vez de prestar atenção nos professores.

Naquele dia, duas das aulas da faculdade seriam liberadas para o acontecimento de uma feira realizada pela turma de doutorado de Stephen. Seria a primeira vez que ele, depois de ter conhecido Ringo, veria Faith novamente.

Steph sempre ficava ansioso antes de vê-la, imaginando quando ela o olharia de forma diferente. Todos os dias ele esperava que isso acontecesse; apesar de, em alguns deles, ter simplesmente desistido de ficar escrevendo F&S no caderno. Além de um namorinho aos quatorze anos, eles nunca tiveram nada demais; entretanto, Stephen ainda tinha certa esperança. Porém, tudo o que ele havia construído durante o tempo estava se desmoronando – aos poucos, quase involuntariamente, Faith começou a rejeitá-lo.

E, de uma hora para outra, Stephen não era mais necessário na sua vida. Ringo era necessário.

(...)

Entre uma conversa e outra, durante a feira, foi impossível que o assunto não chegasse aos acontecimentos do último fim de semana. Apoiados em uma parede de concreto, em uma parte isolada da faculdade, Stephen deu início:

– Aquele cara dos Beatles... O que ele estava fazendo lá na sua casa?

O garoto deu uma risada forçada, levando um pedaço de hot dog à boca.

– Não faz pergunta difícil, Steph. Nem eu sei direito o que ele estava fazendo lá – Faith respondeu, calma.

Angela, amiga de certo tempo deles, arregalou os olhos.

– Do que vocês estão falando? – interrompeu, confusa.

Faith balançou a cabeça, sussurrando um “nada demais”.

– Ele parece meio desequilibrado... – Steph disse, com um olhar meio perdido; porém, sabia bem onde queria chegar falando aquilo – pensei que você não era uma daquelas beatlemaníacas loucas, Faith. Iludi-me com você.

O tom da sua voz era de ironia e brincadeira, mas carregava certo ressentimento.

– Pensei que você classificava as pessoas por personalidade, e não pelos seus ídolos. Iludi-me com você.

Angela mantia-se calada, imaginando que era alguma referência interna dos dois. Encostou a cabeça no ombro de Stephen, que estranhou o movimento.

– E eu aqui, pensando que estava cercado de intelectuais. Mas se bem que, I Want To Hold Your Hand é uma canção muito profunda, não? – Hawking respondeu, engasgando-se um pouco com o refrigerante. – Prefiro Bob Dylan.

Faith teve um déjà-vu, lembrando do dia que Ringo, por acidente, jogou-a no lago. Ela havia dito a mesma coisa a ele, quando perguntada se gostava de Beatles.

– O Ringo também prefere Dylan.

Stephen deu uma risada aguda com a suposta afirmação sem nexo da garota.

– Até parece... E o que tem a ver ele gostar? É bom que você não esteja me comparando com esse moleque, Faith Ognir – falou, brincando.

– É sério, ele me disse que gosta.

Faith tomou mais um gole do refrigerante e continuou, um pouco distraída com as bolhinhas de gás:

– Ele provavelmente é mais velho que você; não é só um moleque.

Stephen se endireitou, apoiando-se na muleta e já sem paciência com a conversa. Jogou o copo reciclável no lixo, enquanto limpava a poeira da roupa.

– Está bom, Faith, está bom... Se depois você vier chorando por causa dele, eu não vou te consolar.

Faith assentiu, dando os ombros.

– Para com isso, Steph, você sabe que eu não gosto dele. Não sou como essas menininhas iludidas.

Na verdade, gostava, sim.

E, se fosse sincera, assumiria que era, exatamente, uma menininha iludida.

(...)

Uma pilha de cartas se formava na frente dos quatro Beatles. Era lógico que não iriam responder tudo, mas lê-las era um bom passatempo antes do show. Embora os outros três estivessem focados nas cartas, George lia um jornal.

Eles nem faziam mais comentários sobre as declarações das fãs. A maioria delas seguia um único clichê: “eu amo vocês”. Algumas eram gigantes, e outras eram apenas uns cartões decorados.

– Já pensou se a Cyn ainda fosse minha namorada e me enviasse cartas? Eu nunca conseguiria achá-las aqui – John disse, rasgando um envelope.

Ringo deitou no sofá, desistindo da leitura. O terno deixava-o com calor – e, com calor, ele ficava desanimado.

– Acho que eu não consigo mais conquistar uma mulher.

Os olhos de George levantaram-se do jornal.

– Considerando que você seja casado, é bom mesmo que você não consiga.

– Não se faça de desentendido... Começou a namorar a Pattie e virou santo, é?

George bufou, voltando ao jornal.

– O que aconteceu, Ritchie? – Paul disse, devolvendo algumas cartas para a pilha.

– Eu não te contei daquela menina, a Faith?

– Só um pouco.

Ringo sentou-se, tirando os sapatos.

– Ela é moça de família, faz faculdade. É diferente das outras.

Paul franziu o cenho, não entendendo aonde o amigo queria chegar. Moça de família não era mulher para eles.

– Então o que você está querendo com ela?

– Eu nem sei... – Ringo suspirou, com as mãos na cabeça.

Paul passou a mão nos olhos, respirando fundo.

– Você tem que ter mais cuidado, Ritchie. Não vai iludir a menina... e já pensou se essa garotinha fala alguma coisa para a imprensa?

– Ela nunca faria uma coisa dessas.

Paul revirou os olhos, voltando às cartas e ignorando Ringo. Estava muito claro para ele que Ritchie ia acabar se dando mal no final.

– Escreve uma carta para ela. Fala que você tem esposa e é para nunca mais te procurar – Paul disse, abanando a cabeça.

– Nossa, Paul. Me ajuda nessa, você consegue todas.

Ringo não percebeu que, enquanto conversava com Paul, os dedos de John escreviam algo depressa em uma das cartas. Ele se levantou, apressado, entregando a folha para o baterista.

– Toma. Dá isso pra ela.

Sem esperar por uma resposta e com passos rápidos, John deu meia volta e saiu da sala, esbarrando em um ou dois móveis. Parecia até que ele estava – estranhamente – com vergonha do papel que havia entregado a Ringo.

Uns versos de amor, escritos com uma letra desengonçada, destacavam-se no papel. Eram singelos, feitos de uma hora para a outra, mas se encaixavam perfeitamente no que Ringo queria: ficariam ótimos em um bilhetinho.

Não escreverei aqui, porém, os versos; pois foram destinados à Faith, e não a você.

(...)

O sol se pôs na tarde de sexta-feira, e Ringo corria ansioso pelas ruas de Londres. Um óculos escuro e um boné serviam de escudo para as fãs.

No dia anterior havia contado à Maureen sobre Faith. Surpreendentemente ela ficou um pouco desequilibrada, não sabendo o que dizer – ao mesmo tempo em que tentava manter-se fiel ao pacto do casamento aberto. Logo, porém, ela ajudou Ringo com os seus problemas.

Ela disse que ele deveria comprar algum presente, uma lembrancinha para Faith. Qualquer coisinha serve. Adolescentes não precisam de muito, Maureen havia dito.

Embora, de início, não soubesse direito do que ela poderia gostar, logo Ringo teve a certeza.

(...)

Na manhã de sábado, um sorriso brotou no rosto de Faith ao desempacotar a embalagem e achar um Highway 61 Revisited, disco de Dylan, junto com a dedicatória de John.

Também – junto com o sorriso – veio um abraço e um selinho no canto da boca.

Acho que eu ainda sei conquistar uma mulher, Ringo pensou.

“Porque ela te ama

E você sabe que isso não pode ser ruim.”


Notas Finais


~ selinho na boca lalala, intimidade louca lalala~ -qq.
Link de She Loves You: https://youtu.be/BOuu88OwdK8
Vcs repararam que o sobrenome da Faith foi revelado no cap, né? Faith Ognir. Quem entendeu, entendeu :v -q (sei que foi terrível, sorry).
Pessoal, criei uma fic original de 200 palavras, só uma reflexão sobre o amor mesmo. Pra quem quiser, esse é o link: https://spiritfanfics.com/historia/ate-nas-coisas-mais-banais-6495740 .
Além disso, postei um jornal há um tempinho explicando porque eu escolhi o Ringo como protagonista, e esqueci de deixar o link aqui ahakshs. Enfim, pra quem tiver curiosidade: https://spiritfanfics.com/perfil/millena_duarte/jornal/por-que-logo-o-ringo-6375522
Daqui uns dias eu voltoo <3.
Bjoouss :3.


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