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História Resiliência - O casal mais poderoso do Japão


Escrita por: bolodebaunilha

Notas do Autor


Olá, tudo bem com vocês? :)
Peço desculpas pela demora para trazer as notas, mas eu acabei dormindo enquanto escrevia HAHAHAHA
Pelo menos postei o capítulo antes, não é? :D

Gente, RESILIÊNCIA PASSOU DE MIL FAVORITOS YAAAAAAAAAAAAY ❤❤❤❤❤❤❤❤❤❤
Quando eu acordei hoje e abri o Spirit simplesmente não conseguia acreditar!
Acho que atualizei a página umas mil vezes para ter certeza HAHAHAHAHA
Agora são 1012 favoritos!!!!!!! ❤

Sabe, eu criei minha conta aqui no Spirit no dia 23/11/2015, mas já lia muito antes. Sempre gostei de acompanhar as fics, admiro muitas autoras, mas sempre estive como fantasma, sem interagir.
Inspirada por tantas coisas legais que eu li, fui desenvolvendo minhas próprias ideias e no final vi que tinha tantas que resolvi criar coragem e tentar escrever também!
Resiliência foi postada no dia 25/10/2016 sem pretensão nenhuma, e com a ingenua ideia de que se 10 pessoas lessem já ia ser muito legal!
Agora, vários meses e capítulos depois, eu vejo que mais de 1000 pessoas não apenas se interessaram por minha história, como gostaram de verdade! ❤
Ainda é tão louco para mim pensar que isso está realmente acontecendo! Eu nem em um milhão de anos imaginaria que um dia chegaria até aqui, principalmente com a minha primeira fic!
Eu tenho consciência que não sou profissional, que minha escrita ainda tem muito o que melhorar, e que muitas vezes cometo erros bobos, mas a cada dia que passa, por todos vocês que me acompanham, eu me empenho para melhorar mais!
Resiliência é minha primeira fic e minha primeira experiência compartilhando algo que escrevo com alguém, e estou aprendendo muito! Está sendo uma experiência maravilhosa! ❤
Quero deixar registrado aqui o tanto que agradeço a paciência que vocês tem com alguém que está começando, e que ainda tem muito o que aprender nesse mundo de fics ❤
Vocês são os melhores leitores do universo, e tenho muita sorte de ter vocês comigo nessa jornada!
Entre as várias coisas boas que escrever essa fic me proporcionou, a melhor foi a possibilidade de conhecer tanta gente legal!
Muitos me acompanham desde o inicio, e queria muito citar nomes, mas como sei que provavelmente esqueceria alguém importante, quero apenas deixar meu agradecimento!
Sem vocês nada disso seria possível!
MUITO OBRIGADA ❤

Obrigada especial para a Nattsunii que foi a leitora de número 1000!
Obrigada as meninas que estão sempre on fire lá no whatsapp me fazendo rir até de madrugada ❤
Obrigada as meninas lindas do facebook, que todo domingo lembram de Resiliência e animam o pessoal de ler o capítulo!
(por vocês principalmente que esse capítulo foi postado mais cedo ontem!)
Obrigada a todo mundo que me manda mensagens e também conversa comigo pela timeline ❤
Enfim, obrigada de coração a todos que acompanham essa fic ❤

AMO VOCÊS ❤

Capítulo 22 - O casal mais poderoso do Japão


Fanfic / Fanfiction Resiliência - O casal mais poderoso do Japão

Ao chegar na sede da Sharingan naquela madrugada, a primeira preocupação de Sasuke foi acomodar sua família na suíte do Oyabun, com dois seguranças na porta. As amigas de Sakura e Tsunade já estavam no hotel Susanoo, sob a supervisão de Sai. A segurança já devidamente reforçada onde julgou necessário e agora só lhe restava a segunda preocupação: Descobrir como haviam conseguido invadir seu apartamento.

Completamente sem paciência, desceu as escadas até o porão, onde o homem baleado era mantido. Seu ferimento havia sido tratado, mas não estava medicado, fazendo com que Sasuke escutasse os gemidos de dor a cada degrau que descia.

– Ele já falou alguma coisa? – Perguntou para Naruto, assim que chegou a sala escura e sem janelas.

– Não, é todo seu – Respondeu, e se afastou até o fundo da sala, levando a camisa de pijama que o Oyabun lhe entregou.

Sasuke então desembainhou a katana, jogando a bainha no chão, alertando assim o homem que até o momento mantinha os olhos fechados, concentrado na dor de seu ferimento.

– Você tem uma chance para falar como conseguiu entrar na minha casa – Sasuke ameaçou, posicionando a lâmina próximo a barriga do homem bem amarrado em uma cadeira de metal.

O infeliz tinha os sentidos meio nublados pela dor, mas entendeu o que o Oyabun falava e também tinha consciência de que não sairia vivo daquele lugar.

Não faria rodeios ou tentaria ameaçar o Uchiha, já estava conformado e esperava apenas ter uma morte não tão cruel, apesar de saber que isso era impossível.

– O anuncio da festa de aniversário do seu filho saiu na imprensa à aproximadamente um mês – Falou entre os gemidos de dor, mas encarando o Oyabun, tentando não se mostrar intimidado com o olhar mortal dele – Não foi difícil descobrir qual empresa ficaria responsável pela decoração, e assim conseguimos um emprego como carregadores nela – Parou um pouco, fechando os olhos e respirando fundo – Aproveitamos a quantidade de funcionários e subornando as pessoas certas da empresa de decoração, ficamos para trás, escondidos no estacionamento.

A mão segurando a Katana tremeu ligeiramente.

Sasuke sabia que fazer a festa em seu apartamento era arriscado, mas simplesmente não conseguiu dizer não para Sakura. Ela ainda não tinha a maldade necessária para entender os riscos, e por mais que lhe doesse, deveria ter vetado a festa, ou pelo menos sugerido fazer em outro lugar.

A empresa de decoração que normalmente trabalhava para a família não era especializada em decoração infantil, e tudo aquilo foi a consequência de confiar demais. Mandaria Shisui ou Obito arranjarem uma empresa que cuidasse de festas infantis, pois tinha a impressão que tais comemorações seriam frequentes em sua casa.

– Qual era o objetivo? – Perguntou irritado, passando a lâmina pela barriga do homem, de modo que a camisa com a logo da empresa de festas infantis se partiu.

Sabendo que ao falar aquilo sofreria as consequências, o homem suspirou e levantou o rosto com toda a dignidade que ainda lhe restava, sorrindo tranquilamente, como se não estivesse diante do homem mais perigoso do Japão.

– A ordem era levar a criança – Viu na mesma hora os olhos do Oyabun se estreitarem, mortais e furiosos – Viva ou morta – E sentiu a Katana atravessar sua barriga em um único golpe.

– QUEM?! – Rugiu irado, movimentando a mão, de modo que a lâmina girou dolorosamente.

Cuspindo sangue e grunhindo de dor, o homem sentia a visão escurecer, a figura imponente do Oyabun se tornar cada vez mais embaçada. Entretanto, tinha certeza que enquanto não revelasse tudo, não poderia descansar em paz.

– Orochimaru se aliou ao que restou da Tríade Chinesa – Cuspiu a fala junto com sangue – Ele está temporariamente sem conseguir andar, preso em uma cama de hospital, em algum lugar da China – Mais sangue saiu de sua boca – Alguns anos de fisioterapia vão ser necessários para que ele possa voltar – A cabeça dele balançou debilmente, perdendo as forças – Mas ele vai voltar – Avisou, perdendo cada vez mais sangue – E quando ele voltar, vai ser para te matar, e também toda sua família – Disse com dificuldade, sorrindo em meio ao sangue.

Já estava morto de todo jeito.

– Que venha – Sasuke desdenhou, antes de retirar a katana do corpo quase desfalecido, e levantar o braço – Logo mais ele te encontra no inferno – O descendo logo em seguida, em um único movimento, cortando fora a cabeça do homem e acabando assim com o seu sofrimento.

– Aparentemente não teremos que nos preocupar com o Orochimaru por um tempo – Naruto opinou, se aproximado e fazendo um sinal com a mão para que os homens que estavam aguardando entrassem para limpar a bagunça.

– Conhecendo Orochimaru, ele vai ficar quieto, se organizando e planejando –  Fugaku entrou na sala, surpreendendo os dois que ainda estavam ali – Para atacar quando menos esperarmos.

– Parece que ele sentiu mais a queda do helicóptero – Sasuke comentou, analisando o pai, que agora andava apenas com o auxilio de uma bengala – Até estar recuperado, provavelmente não vai tentar nada mesmo.

– Enquanto isso sugiro ficar de olho em Otogakure – O Uchiha mais velho falou, olhando para o filho – Virou terra de ninguém e como já sabe, todos estão disputando sua cabeça a prêmio para ganhar a liderança de uma futura Akatsuki – Estreitou os olhos – Concentre-se nisso antes que esse país vire uma loucura.

Sasuke sentiu vontade de revirar os olhos como fazia quando criança. Fugaku as vezes esquecia como o filho havia sido treinado, e por isso deveria desconfiar que o Oyabun não apenas já estava sabendo de tudo aquilo, como também já tinha gente no caso.

Ele não tinha aquele título por acaso afinal.

– O que faz aqui? – Perguntou para mudar de assunto, entregando sua Kusanagi para um funcionário e recebendo uma toalha de outro.

Começou a subir as escadas, sendo seguido por Naruto e Fugaku.

– Fiquei sabendo do que aconteceu – Respondeu, tentando soar indiferente – Mikoto queria noticiais.

– Estão todos bem – Sasuke garantiu enquanto andavam pelo corredor de acesso ao banho coletivo – Sanosuke nem percebeu o que aconteceu.

Naruto abafou uma risada ao ouvir o suspiro aliviado que o Uchiha mais velho soltou.

– Melhor assim – Resmungou, não querendo demonstrar que havia cruzado a cidade apenas para saber se o neto estava bem.

Sasuke nada respondeu, e já começou a retirar as roupas para entrar no banho, sendo seguido pelos outros dois.

O lugar não estava muito cheio, e o Oyabun aproveitou para, após a ducha que lavou todo o sangue, relaxar na banheira espaçosa.

•  •  •  •  •  •  • 

– Ainda não dormiu? – Perguntou ao entrar na suíte e encontrar Sakura assistindo televisão. A tela sendo a única fonte de iluminação do quarto, com o volume baixo o suficiente para não despertar Sanosuke.

– Não consegui – Falou, levantando da almofada e caminhando até ele – Já descobriu alguma coisa? – Perguntou apreensiva.

Enquanto aguardava o noivo retornar, refletiu um pouco sobre aquela nova realidade que era sua vida.

Ainda escutava uma voz bem no fundo de sua mente, falando para correr para o mais longe possível de toda aquela loucura, mas a voz que habitada não apenas seu coração, como todo o resto de seu corpo, a mandava ficar e ser feliz.

E era o que estava fazendo.

– Hm, o de sempre – Sasuke tentou transparecer casualidade.

Enquanto percorria o caminho da casa de banho até ali, decidiu poupa-la daquela preocupação por enquanto. Sakura não precisava saber que pretendiam levar Sanosuke.

Se pudesse poupar a futura esposa de todas essas preocupações, o faria sem exitar.

– Então é algo comum? – Os olhos verdes mostravam insegurança.

– Ameaças sim – Respondeu sentando na beirada da cama e passando a mão pelos cabelos do filho, que dormia profundamente – Mas não deixarei nada acontecer com vocês – Voltou a olhar para ela – Eu juro.

– Eu confio em você – Garantiu, se aproximando até que Sasuke pudesse alcança-la para sentar em seu colo – Acho que preciso apenas me acostumar com tudo isso – Fez um gesto com a mão, indicando todo o lugar, e ele sabia que ela falava da Sharingan como um todo – Ainda é difícil deixar a sensação de insegurança de lado – Admitiu, apoiando o rosto no pescoço dele – Tenho medo por Sano.

Tudo podia acontecer com ela, mas Sanosuke precisava estar seguro e ter uma infância o mais normal possível.

Foi uma das únicas exigências que fez ao aceitar fazer parte daquilo.

– Eu sei – Apoiou o queixo no topo da cabeça dela – Eu também tenho – Confessou em voz baixa, quase um sussurro – Mas eu estou aqui e nada vai acontecer – Repetiu com certeza em sua voz

E naquela madrugada, que começou tão conturbada, os três dormiram juntos e com a certeza que estavam seguros.

•  •  •  •  •  •  • 

Sasuke andava pelos corredores da Sharingan, sua atenção dividida entre procurar por Sakura e Sanosuke, e escutar o que sua secretária, e cunhada, falava.

– Não tem como eu comparecer nessa feira – Falou pela milésima vez – Cancela minha participação então – Retrucou exasperado – Manda o Itachi no meu lugar, porra – Ergueu a voz, para depois abaixar – Não vou me desculpar... Não me importo se fui grosso – Resmungou, virando um corredor e quase se chocando contra um membro do clã – Você é paga para isso, resolva! – Rosnou antes de desligar.

Não estava com tempo e nem cabeça para representar a Uchiha Corp. em uma feira de eletrônicos.

Que Itachi fosse em seu lugar, ele era muito mais carismático de qualquer maneira.

Chegou ao refeitório, e a primeira coisa que viu ao abrir a porta foi Sanosuke sentado no chão com alguns carrinhos. Os homens que ali estavam, olhavam vez ou outra para o pequeno, que sorria em resposta mostrando seus brinquedos.

– Onde está sua mãe? – Perguntou, se aproximando do pequeno.

– Oi papai! – Sanosuke levantou na mesma hora, abraçando as pernas do Uchiha – Ela tá lá! – Apontou para a porta que levava até a cozinha.

Deixando o filho para trás, Sasuke andou até a cozinha, e ao entrar viu uma cena inusitada; Sakura completamente a vontade, dividindo espaço com os cozinheiros e preparando alguma receita.

Ela sorria e mostrava como era feita a preparação, recitando passo a passo cuidadosamente, enquanto movimentava as mãos em uma massa na bancada enfarinhada.

– Não trabalhe muito a massa, só até ficar lisa, assim – Mostrou a bola de massa e os cozinheiros soltaram uns “ah!” interessados – Aí deixa descansar um pouco, enquanto prepara o recheio.

– Só tomates vermelhos? – Um dos cozinheiros, que tinha um bloquinho e uma caneta em mãos, perguntou – Os verdes estão tão bonitos.

– Não, não – Ela negou, separando uma faca e começando a cortar os tomates, sob o olhar atento de todos que estavam em volta – Ele gosta mais dos vermelhos.

– Oh, sim! – Os cozinheiros se olharam e depois anotaram a informação em seus bloquinhos.

– O que está acontecendo aqui? – Sasuke perguntou de repente, e imediatamente os homens guardaram o que tinham em mãos e se curvaram em uma mesura.

Sakura deixou a faca cair no chão, quase acertando o pé do que estava mais próximo a ela.

– Que susto, Sasuke-kun! – Ela falou se abaixando para pegar a faca e colocando em seguida dentro da pia – Algum problema?

– Só quero entender o que significa isso – Apontou em volta e os cozinheiros se encolheram um pouco, amedrontados.

– Bem, eu não queria causar problemas – Sasuke a viu corar e desviar o olhar  – Mas queria preparar torta de tomates para você e Sano, então pedi para usar a cozinha – Admitiu sem graça – Esses senhores foram gentis em me deixar ocupar o espaço deles.

– Hime-sama pode usar a cozinha sempre que precisar, é uma honra – O Chef garantiu sorrindo.

– Fico feliz em ouvir isso – Sakura retribuiu o sorriso – Estou ensinando eles a receita, assim sempre que você quiser pode pedir! – Comentou empolgada, aproveitando que os cozinheiros começaram a se movimentar pela cozinha, para dar um pedaço grande de tomate na boca do Oyabun.

– Você não precisa se preocupar com isso – Falou depois de mastigar.

– Eu sei – Ela deu de ombros – Mas gosto de fazer essas coisas, estou me divertindo.

– Hn – Sasuke resmungou, dando um sorriso de lado que Sakura achou muito charmoso, e roubou o resto do tomate, saindo pela porta logo em seguida.

Ao voltar para o refeitório, viu o filho agora sentado em uma mesa, mostrando entusiasmado seus carrinhos para Fugaku, Itachi, Naruto e quem mais estivesse interessado.

– Esse é o mais rápido! – Mostrou um vermelho – E esse é o menos rápido! – Agora tinha em mãos um amarelo, com marcas de mordida – Aoda mordeu, por isso não corre rápido – Segredou, abaixando a voz – Mas eu gosto dele mesmo assim.

– Que carro maneiro! – Naruto comentou.

– É um bom carro – Itachi analisou – A roda está torta, talvez isso atrapalhe – Ponderou seriamente, analisando o carrinho por baixo.

– Deixe-me ver – Fugaku pegou o brinquedo, analisando e por fim, com um puxão em uma das rodas, conseguiu coloca-la de volta a posição original – Veja, fácil – Se gabou para o filho mais velho.

– Vovô é o melhor mecânico do universo – Sanosuke comemorou – Olha papai! – Correu até Sasuke, mostrando empolgado o feito de Fugaku.

– Isso é muito bom – Falou, se esforçando para demonstrar real interesse no brinquedo – Mostre para eles também – Apontou para porta, onde Obito, Shisui e Madara entravam.

Assim que Sanosuke se afastou, Sasuke sentou no lugar antes ocupado pelo filho e olhou seriamente para os homens que estavam lá.

– Assim que passar o casamento, vou começar a planejar uma missão para recuperar o controle de Otogakure – Falou de uma vez – Eles estão sem um Oyabun, e isso não pode acontecer.

– Vamos até eles antes que venham até você – Itachi concluiu.

– Exatamente, vamos botar ordem naquela bagunça! – Naruto sorriu confiante.

– E quanto aos chineses entrando facilmente no país? – Fugaku perguntou – Pretende conversar com o primeiro ministro? 

– Já tenho uma reunião agendada com ele, com o Ministros das Relações Exteriores e o Ministro do Turismo – Sasuke respondeu – Vou dificultar a entrada de chineses no país.

– Isso não vai durar muito tempo, você sabe – O Uchiha mais velho alertou.

– Apenas o suficiente para que eu me prepare para acabar com cada um deles – Garantiu sem um pingo de incerteza em sua voz.

Ninguém ameaçaria sua família e ficaria por isso mesmo.

•  •  •  •  •  •  • 

A sala de reuniões havia sido preparada para receber o futuro Oyabun do clã Byakugan.

Hyuuga Neji andava pelos corredores da Sharingan em passos longos, apressados, em busca daquele que podia desestabilizar toda a paz de seu clã.

– Oyabun-sama – Como era da etiqueta, assim que entrou saudou Sasuke em primeiro lugar, para logo em seguida sentar no lugar que lhe foi reservado, só então olhando para o loiro apreensivo acomodado na cadeira à sua frente. – Uzumaki – Sibilou a contra gosto.

– Como vai Neji? – Naruto tentou descontrair, mas a expressão no rosto do Hyuuga apenas piorou – Poxa cara, somos amigos a tanto tempo! – Reclamou visivelmente magoado – Pensei que podia contar com você nessa.

– Contar comigo para trazer de volta o maior tabu do Byakugan?! – Exclamou Neji, indignado – Hiashi-sama não vai ter piedade de você se souber quais suas intenções com Hinata.

– Ela não sabe nada sobre esse lado da família – Sasuke comentou, tentando acalmar os ânimos.

– E a ideia é que continuasse sem saber – Fulminou o Uzumaki com os olhos claros.

– Ela já tem idade para decidir isso por conta própria – O loiro argumentou, agora mais sério, devolvendo o olhar a altura – E estou interessado em algo realmente sério com ela.

– Sério você diz... – O Hyuuga começou a perguntar, estupefato.

– Isso mesmo que você está pensando! – Afirmou com convicção – ‘Tô certo!

– Tá errado, caramba! – Neji esbravejou perdendo sua impecável compostura, apontando o dedo na direção de Naruto – Você está mexendo onde não deve!

– Por minha doçura eu me meto onde for preciso! – Não se deixou abalar.

– E você quer que eu te apoie nessa palhaçada?! – Questionou inconformado – Você quer me colocar contra meu tio?

– Eu só quero minha doçura – Murmurou saudoso, lembrando da morena de olhos claros.

– Para de chamar ela assim! – A voz de Neji subiu uma oitava – Você é completamente maluco – Virou na direção de Sasuke, agora com a voz controlada, mostrando todo o respeito – Oyabun-sama, o senhor não pode permitir isso.

Sasuke suspirou, passou as mãos pelos cabelos antes de apoiar os cotovelos na mesa e entrelaçar os dedos.

Se proibisse Naruto de se relacionar com Hinata, o Uzumaki acataria sua ordem, mas teria que ver o melhor amigo infeliz. Sasuke tinha consciência que o que o loiro sentia pela Hyuuga era verdadeiro, e o fazia lembrar do que sentia por Sakura.

Tanto tempo para conseguir estar com ela, tantas dificuldades e voltas, que não desejava aquela situação para ninguém, e por isso, como fazia raramente, o Oyabun deixou os sentimentos guiarem sua decisão.

– Espero contar com seu apoio – Falou, olhando fundo nos olhos perolados de Neji, que engoliu em seco, murchando em seu lugar – Naruto tem boas intenções com sua prima, e cuidarei para que ele mesmo converse com seu tio a respeito.

– Meu tio vai mata-lo – Afirmou rapidamente.

– Não vai – O Uchiha garantiu – Não em minha área.

– Quando você vai...? – Neji começou a perguntar, mas parou sentindo como se uma luz acendesse em sua mente – O senhor vai fazer esse idiota pedir a mão de Hinata durante o casamento! – Acusou mortificado – Hiashi-sama não poderá fazer nada a não ser aceitar, por estar à sua frente e em suas terras, e eu terei que ajudar vocês para não deixar uma guerra entre os clãs se iniciar – Passou a mão pelos longos cabelos e suspirou – Com todo o respeito, o senhor é um gênio – Elogiou.

Sasuke apenas voltou seu olhar para o Uzumaki, que tinha lágrimas nos olhos azuis.

– Você é o melhor, Teme! – Exclamou emocionado – O melhor de todos

•  •  •  •  •  •  • 

A agenda de Sasuke se manteve tão cheia de compromissos pelos dias que se seguiram, que quando percebeu já faziam três meses que Sakura e Sanosuke moravam com ele. A rotina se desenvolveu tão naturalmente, que não estranhava mais o barulho e a correria nas manhãs, os desenhos na televisão no lugar dos jornais ou jogos de baseball, o closet abarrotado de peças femininas, as camas compartilhadas e o banheiro cheio dos mais variados produtos.

Já era normal acordar e ter como primeira visão do dia, o rosto dela.

Já era costume vê-la enrolar um pouco para levantar, mas por fim acabarem tomando banho juntos, por estarem com pressa e em quase todas as vezes acabarem demorando muito mais, por não resistirem um ao outro.

Era normal sentar à mesa com a família. Em um acordo silencioso, combinaram de realizar todas as refeições juntos, e assim Sasuke saía da Uchiha Corp., buscava Sakura no Mangekyou – onde Mikoto a inteirava dos assuntos, para que pudesse trabalhar lá logo mais – e por último passava na escolinha do filho, e assim os três chegavam em casa para apreciar a comida preparada por Sakura na noite anterior.

A futura Uchiha fazia questão de, como o auxilio de Chiyo, preparar a refeição de sua pequena família, e Sasuke já não conseguia imaginar mais seus dias sem aqueles momentos em que escutava Sanosuke falar sobre a escolinha e Sakura sobre o hospital.

Sasuke aprendeu a compartilhar um pouco do seu dia também, não sendo capaz de não responder aos dois, que pareciam sentir necessidade em ouvir sua rotina enfadonha no escritório.

Que era para onde voltava depois de almoçar, deixando seguros em casa seus dois bens mais preciosos. 

A noite, voltava a encontrar os dois na sede da Sharingan, onde Sanosuke já começava a treinar com Kakashi e Sakura a ter umas aulas sobre ser Hime com Mikoto. Tudo isso até que voltassem para casa, para jantar e depois dormir, muitas vezes com Sanosuke entre eles, e várias outras se perdendo no corpo um do outro.

– Aqui está a lista de todo mundo que vai ficar no hotel – Sakura entregou o papel para Sai – Ino vai ficar com você, mas todas as outras vão para o hotel! – Reforçou, com medo que ele se distraísse – Naruto não está autorizado a ver Hinata, já que Hiashi-sama vai estar no mesmo hotel, e queremos evitar confusão – Lembrou, tomando o papel de volta, para escrever em letrar grandes “Naruto não autorizado” – Pronto, não esquece de tudo o que falei! – Devolveu o papel para Sai, que sorriu e fez uma mesura respeitosa.

– Se a senhorita não estivesse me pedindo eu deixaria Naruto aparecer por lá apenas para ver...  – Colocou a mão no queixo, pensativo – Como se diz mesmo – Pensou por um tempo para logo seu rosto se iluminar – ... Ver o circo pegar fogo – Sorriu quase maldoso.

– Vamos evitar coisas pegando fogo, ok? – Sakura sorriu sem graça para o Uchiha, que retribuiu, fazendo uma mesura e saindo pela porta da frente logo em seguida.

– Já combinou tudo com Sai? – Sasuke perguntou, chegando à sala com a gravata solta nos ombros – Itachi vai ficar responsável pelos convidados dos clãs.

– Os dois grupos vão estar em alas diferentes do hotel, então vai dar tudo certo – Ela falou, tentando convencer a si mesma – Qualquer coisa Izumi vai auxiliar os dois também – Acrescentou, se aproximando do Uchiha e o ajudando a fazer o nó da gravata.

– Vai passar o dia estudando? – O Oyabun perguntou, quando ela terminou e sentou no sofá, que tinha vários livros espalhados – Precisa de algo?

– Está tudo bem – Garantiu puxando um livro grosso de Biologia para seu colo  – Apenas me sinto um pouco enferrujada, mas acho que vou me sair bem – Soou confiante, mas por dentro achava que ainda não estava pronta para tentar mais uma vez.

– Você vai passar – Sasuke afirmou seriamente e abaixou, beijando rapidamente os lábios dela.

– Tomara – Segurou a mão grande dele, apenas por gostar de sentir o calor dela ao redor da sua – Você pode buscar Sano hoje? – Perguntou, levantando do sofá e o acompanhando até a porta, as mãos ainda juntas.

– Posso – Respondeu depois de um tempo, conferindo o que lembrava de sua agenda, mas não importava, arranjaria tempo caso não tivesse – Elas chegam hoje, né?

– Sim! Última prova do vestido é amanhã! – Comentou realmente empolgada, e ele a viu dar alguns pulinhos no mesmo lugar – Preciso das minhas amigas para ver como ficou!

– Mas elas não vão ver no casamento? – Perguntou confuso, já segurando com uma mão a maçaneta, enquanto a outra ainda estava junto a dela – É daqui alguns dias...

– Não é a mesma coisa! – Protestou, mas continuava sorrindo – Você não entenderia – Cutucou o braço dele com o dedo da mão livre, aumentando o sorriso quando ele se esquivou apenas para perturba-la.

– Não mesmo – Deu de ombros, e a puxou pela mão que ainda se mantinha entrelaçada – Te vejo mais tarde – Os lábios se encontram em um beijo demorado, mas não tão profundo quanto os dois gostariam.

A rotina andava corrida demais para terem esses momentos, mas Sasuke vivia prometendo que após o casamento ela não escaparia mais.

E ela não conseguia ficar de outro modo a não ser ansiosa.

•  •  •  •  •  •  • 

– Minha testuda vai casar! – Ino exclamou, os olhos azuis cheios de lágrimas, enquanto via Sakura girar de uma lado para o outro no meio da loja. Funcionárias analisando, tirando medidas e anotando todos os detalhes, a rodeavam o tempo todo.

Estavam em uma loja pequena por fora mas gigante por dentro. Nunca imaginariam que por trás de uma fachada tão simples, um lugar daqueles se escondia. 

Tudo era branco ou em tons claros, com luxo e muitos vestido espalhados pelas paredes. As meninas estavam sentadas em um sofá, e degustavam champanhe e aperitivos enquanto Sakura era atendida por absolutamente todos os funcionários do lugar, que fechou exclusivamente para recebe-la.

Tinha apenas que agradecer Izumi, que indicou o local de confiança do clã, onde mandou fazer seu vestido e agora a futura Uchiha experimentava o que usaria, desenhado com exclusividade por Vera Wang, que Sakura só foi saber da existência ao receber o presente.

Não era muito ligada em moda, mas apenas o nome da estilista foi necessário para Ino surtar.

E isso queria dizer algo bom, não é?

– Está maravilhosa! – Hinata comentou, enxugando algumas lágrimas com o lenço que tinha em mãos.

– Parece uma princesa! – Temari concordou, levantando sua taça em direção à Sakura.

Sakura sorriu para as amigas, até reparar que as funcionárias estavam inquietas.

– Algum problema? – Izumi que perguntou, tomando a frente da situação.

– Sinto informar Haruno-san – A funcionária falou diretamente com Sakura – Mas teremos que mexer mais um pouco nele – Informou, extremamente constrangida.

– Mais? – Ino questionou confusa, praticamente empurrando a mulher para o lado e indo para as costas da melhor amiga, olhando atentamente para os vários botões abertos do vestido – Pelo visto não tem mais jeito amiga – Ino murmurou frustrada, enquanto tentava inutilmente fechar os botões.

Pousando a mão na barriga, onde o vestido apertava, Sakura suspirou conformada. Teria que alarga-lo mais uma vez então.

– Não tem problema – Sorriu de forma gentil, fazendo as preocupadas funcionárias se acalmarem – Espero que no final fique bom de todo jeito.

– Vai ficar! – Tenten garantiu, com a boca cheia de salgadinho.

– Assim que alargar mais um pouquinho, vai ficar tudo certo – Ino garantiu confiante, olhando com ternura para a amiga.

– Sakura-san está gorda? – A voz de Sai atraiu a atenção de todas para a porta, onde ele vinha tranquilo – Eu observei que ela tem comido muito ultimamente, então normal estar acima do peso, obesidade é algo muito comum e...

– CALA A BOA – Ino retirou o sapato de salto que usava e mirou certeiro na testa do Uchiha, que por estar distraído com Sakura, não conseguiu se esquivar, terminando por fim sentado entre as mulheres, com uma bolsa de gelo no machucado, enquanto assistia as funcionárias ajustarem o vestido da futura Hime do clã.

Em sua cabeça apenas conseguia pensar que Ino era a única mulher que já havia conseguido derruba-lo, e que ela também ficar muito bonita em um vestido daqueles.

•  •  •  •  •  •  • 

O celular vibrou, e a tela iluminada mostrou a mensagem “Hora de ir se arrumar, te vejo no altar!  ❤“, Sasuke soube que era hora de ir para o templo.

Parecia um dia comum de primavera quando acordou, mas a ausência da futura esposa e todo o estardalhaço feminino que a acompanhava, fez Sasuke logo se dar conta que o dia havia chegado.

O dia que finalmente casaria com aquela que roubou seu coração.

Sanosuke tinha dormido em sua cama, que parecia imensamente mais vazia sem Sakura – que aproveitava um spa com as amigas – e por isso não se importou em deixar o filho ocupar todo o espaço, se sentindo bem em acordar e ver um par de olhos verdes tão brilhantes quanto os que via todas as manhãs.

E procurando fugir de toda a tensão, resolveu fazer aquilo que o ajudava a distrair: trabalhar.

– Olha papai – Sanosuke se aproximou da mesa, colocando em frente à Sasuke um desenho – É o presente que vou dar ‘pra mamãe hoje! – Comentou empolgado, escalando as pernas do pai até que estivesse sentado em seu colo – Ela vai gostar?

– Vai sim! – Respondeu, bagunçando os cabelos do filho – Agora vamos, sua mãe está esperando.

– O casamento, né? – Perguntou empolgado, descendo do colo do pai em um pulo.

– É sim.

– Tio Naruto disse que vai ter comida – Comentou, acompanhando o pai até a porta – Vai ter comida? 

– Sim – Respondeu, achando o comentário típico do melhor amigo.

– EBA! – O pequeno comemorou, dando pulinhos, antes de correr em disparada em direção ao elevador, ficando na ponta dos pés e apertando o botão várias vezes, como se o ato o fizesse subir mais rápido.

Passou em casa apenas para pegar o que os dois usariam, e logo o rolls-royce já pegava uma rota discreta para o meio de uma mata fechada, a estrada asfaltada era o único indicio de civilização por aqueles lados, até que chegaram ao seu destino.

Um segurança abriu a porta, por onde Sasuke desceu, sendo seguido pelo filho. 

Os Torii, pintados de vermelho e enfileirados, avisavam aos visitantes que a partir dali o solo era sagrado. Uma longa escada veio logo em seguida, e Sasuke pegou Sanosuke no colo, para que o pequeno não acabasse rolando pelos degraus em meio a tanta animação.

Tanta novidade estava deixando o moreninho sem saber para onde olhar ou correr.

Ao chegarem no topo, as arvores antes em abundância, agora deram espaço à uma grande clareira, tendo bem no centro um magnifico templo. Parecia saído de uma pintura, a construção com detalhes chamativos em vermelho, em meio a todo o verde que a primavera trouxe.

Sasuke sorriu, pois sabia que a data havia sido escolhida propositalmente, para que toda a cerimônia ficasse cada ainda mais bonita.

Funcionários do clã já andavam de um lado para o outro, assim como Izumi, que assumindo o papel de cerimonialista coordenava tudo.

– Onde está minha mãe? – Perguntou, quando Izumi parrou apressado por eles.

– Está cuidando da recepção – Falou rapidamente, antes de começar a gritar com os homens que carregavam as cadeiras, aparentemente para o lado errado – Daqui a pouco ela aparece!

Sem paciência para tudo aquilo, Sasuke apenas colocou Sanosuke no chão e o puxou até a entrada do templo, assistindo o filho se divertir enquanto passava pela ponte.

Na entrada, mais funcionários cuidavam da limpeza e organização da cerimônia, parando apenas para reverenciar o Oyabun.

Tirou os próprios sapatos e os de Sanosuke, entregando a uma funcionária que ficava ali para isso, e assim entraram no lugar, que apesar de toda correria, ainda transmitia paz.

Sasuke não era exatamente um homem religioso, mas achava agradável visitar o templo e meditar um pouco. Fazia tempo que não tirava um momento para isso, e deixou uma nota mental lembrando de faze-lo posteriormente.

– Olha papai! – Escorregando como se estivesse de patins, Sanosuke corria e deslizava nas meias, aproveitando o piso encerado.

– Não faça isso – Pediu em tom sério. Desde pequeno Sanosuke teria que aprender a respeitar não apenas o templo da família, como qualquer outro.

– Desculpa papai – Sem deslizar nas meias, o pequeno voltou cabisbaixo para perto do pai.

– Hn – Balançou a cabeça para o filho e voltou a atenção para os empregados que andavam junto com eles – Podem levar para o quarto – Informou, antes de voltara a andar com Sanosuke.

Entraram na parte onde seria realizada a cerimônia.

O lugar espaçoso, de piso de madeira encerado e portas de correr abertas – que revelavam um belíssimo jardim – ainda estava sendo arrumado, tendo vários funcionários acomodando as cadeiras em seus devidos lugares.

Não se importando com quem estava lá, e muito menos reparando nas mesuras que eles faziam enquanto passava, Sasuke se aproximou da mesa onde ficava o incensário, e acendeu um que estava por lá, fazendo uma reverência e por fim juntando as mãos, pedindo silenciosamente pela proteção de sua família.

Sanosuke, sempre atento ao pai, repetiu o gesto, mesmo sem saber o que significava.

Sasuke terminou sua oração, inclinou a cabeça em respeito e se afastou com Sanosuke, indo agora para o quarto onde se arrumariam para a cerimônia.

Naruto já estava lá, assim como Itachi e Fugaku, todos vestindo kimonos em tons de preto ou azul, com o símbolo da família Uchiha nas costas.

O que Sasuke usaria, já o aguardava pendura em um suporte, assim como o de Sano, logo ao lado.

– Pronto para casar, irmãozinho? – Itachi brincou, dando uma cotovelada no braço do mais novo e bagunçando os cabelos já rebeldes do sobrinho.

– Sim – Respondeu com seriedade, surpreendendo a todos que não aguardavam uma resposta.

Um casamento por amor era realmente outra coisa, visto que na primeira vez Sasuke parecia mais tentando a correr para a direção oposta ao do altar.

Itachi estava feliz por ele e, mesmo não falando em voz alta, Fugaku também estava.

– Esse casamento vai ser muito legal! – Naruto comentou empolgado, e Sanosuke concordou entusiasmado.

•  •  •  •  •  •  • 

Ainda parecia um sonho, louco e bom demais para ser verdade.

Sakura se olhava no espelho, a medida que mais e mais camadas de tecido eram colocadas em seu corpo. O kimono tradicional, mas não o usado comumente para casamentos, a deixava parecendo ter saído de um conto antigo sobre gueixas. 

A maquiagem não era forte, exatamente como havia pedido e os cabelos estavam ondulados e presos em um penteado frouxo, mas elegante.

Se olhava no espelho, e não importa de que angulo olhasse, ainda se sentia ousada com todas aquelas cores.

Todos esperavam o branco e seda tradicional, mas Sanosuke era a prova que não havia nada de puro ali – como Ino fez questão de ressaltar na ocasião – e por isso Sakura não via necessidade.

Seria seu primeiro ato de rebeldia como Hime, e só estava indo com tanta confiança pois tinha a aprovação de Mikoto, que nos últimos dias havia virado uma espécie de mãe para a futura Uchiha.

Ela, Tsunade e a mãe de Naruto, Kushina, se tornaram inseparáveis nos últimos dias, e eram como um furacão, fazendo com que Sakura sempre acabasse arrastada, sem saber como agir ainda naquele mundo de regras e respeito – Mesmo que Tsunade ainda não estivesse inteirada de tudo, apesar de desconfiar depois da invasão no apartamento.

– Eu aqui pensando em respeito e vou casar toda colorida – Ri consigo mesma, espantando para longe a ansiedade.

Mais alguns minutos e seria oficialmente a senhora Uchiha.

A esposa de Sasuke.

– Aaaah! – Soltou um gritinho empolgado, fechando os olhos e balançando os braços, visto que as pernas presas em meio a tanto tecido, não permitiam os costumeiros pulinhos de felicidade – Eu vou casar! – Praticamente gritou, atraindo a atenção de todas as mulheres que estavam naquela sala.

– Vai sim! – Ino entrou na empolgação, e logo as duas estavam soltando gritinho empolgados, fazendo as outras mulheres rirem.

Mikoto olhava com carinho para a mulher que fazia tão bem para seu menino.

As mudanças, claro, não eram de um dia para o outro, mas a Uchiha via o semblante mais leve do filho, o modo como ele olhava com clara devoção a mulher de cabelos rosados, ou então todo o amor que ela conseguia enxergar quando ele estava com Sanosuke.

O tanto que Sasuke amava o filho, era emocionante de ver.

Depois de tudo que fez e de tudo que sofreu, Sakura e Sanosuke eram a redenção daquele Oyabun, conhecido por ser tão cruel, mas que aprendeu a amar de uma forma tão bonita e pura.

•  •  •  •  •  •  • 

A tradição de subir até o templo ao som de tambores e flautas, não valia para a ocasião, visto que a cerimônia era restrita apenas para membros do clã. Tendo de conhecidos da noiva apenas Ino e Sanosuke.

O altar já estava montado, com as mais diversas frutas, assim como os convidados já acomodados por toda a sala, deixando apenas um caminho para os noivos passarem.

O som de toques suaves nos sinos anunciou o inicio da cerimônia, e todos se levantaram em respeito ao Oyabun.

Os noivos vieram de lados opostos do corredor, por fim se encontrando no no meio, que era a porta de correr, que estava aberta.

Como havia sido instruídos, deviam se olhar brevemente, para logo em seguida virar, andando lado a lado em direção ao altar. Entretanto, nenhum dos dois pareceu perceber o tempo que ficaram se olhando.

Sasuke sentia vontade de abraça-la, e beijar os lábios pintados de pêssego. Ela parecia uma boneca, perfeita e mesmo em meio a tantas cores parecia mais pura que qualquer outra noiva que já havia visto na vida.

Já para Sakura, Sasuke mais parecia aqueles samurais bonitos, que arrancavam suspiros nas lendas e histórias antigas. De terno a kimono, ele ficava de tirar o fôlego com qualquer coisa que vestisse.

Mesmo temendo o Oyabun, os funcionários próximos a porta forçaram uma tosse, despertando o casal da bolha em que se encontravam.

– Está linda – Ele sussurrou quando ficaram lado a lado, caminhando em direção ao altar.

As bochechas de Sakura se avermelharam de uma forma, que não era necessário o blush usado em sua maquiagem.

Parados próximos ao altar, Sasuke se posiciona a esquerda e Saura a direitanem percebiam as fotos sendo tiradas ou a equipe de filmagem se movimentando pelo lugar. O clima se mantinha sereno, e nenhum som era ouvido a  não ser o vindo do jardim, o Shishi-odoshi e o  Furin.

Seguindo a tradição, Sakura oferece flores para Sasuke e ele retribui com a vela acessa, pedindo bençãos para o casal. Como forma de honrar a mulher que escolheu como esposa e companheira, o Uchiha recebeu sua kusanagi de Naruto e ofereceu à futura esposa, que aceitou, simbolizando assim a confiança que Sasuke tinha em Sakura.

Mais um toque no sino, e todos os convidados ficam de pé para ler em conjunto o sutra.

Ao termino, todos voltam a sentar, e Izumi se aproxima com uma garrafa branca, piscando discretamente para Sakura. 

O sacerdote recebe a garrafa e serve as xícaras,  oferecendo a primeira para a noiva, que segurando com as duas mãos, bebe um gole, respirando aliviada ao não sentir o álcool e passando para o noivo, que toma um gole – arqueando a sobrancelha ao não sentir o gosto do álcool – antes de devolveer para Sakura, que bebe mais um gole, completando o terceiro. O ritual se repete com as duas outras xícaras. 

Os convidados aguardavam atentamente os votos, que valeriam agora como ritual de entrada de Sakura para a Yakuza, como Hime da Sharingan.

Sakura inspira e expira, fechando os olhos brevemente e torcendo para que nenhuma palavra fosse esquecida, como aconteceu várias vezes enquanto ensaiava.

– Eu, Haruno Sakura, agora Uchiha Sakura, entrego minha vida e lealdade total ao ninkyō dantai – Inspirou e expirou mais uma vez, sentindo o peso do juramento que fazia  – Que adoto como minha família, jurando diante de Deus e de todos meus futuros irmãos, honrar meu clã e respeitar o meu Oyabun, hoje e para sempre – E em um gesto de respeito, Sakura abaixou a cabeça em referência ao marido e Oyabun.

Quando Sakura terminou de falar, Sasuke sentiu o coração acelerar, finalmente tendo a ficha caído de que aquela mulher à sua frente era sua Hime, sua companheira.

Seus votos refletiam tudo o que Sakura representaria em sua vida, e mesmo sendo seu segundo casamento, nunca falou com tanto sentimento e tanta verdade esses votos.

Olhando no fundo dos olhos verdes dela, estava fazendo a coisa mais certa de toda sua vida.

– Eu, Uchiha Sasuke, Oyabun da Sharingan, no comando da ninkyō dantai, aceito a, agora, Uchiha Sakura, como minha Hime – Não conseguiu evitar, de esgueirar a mão até a dela, e segurar com força, sentindo como ela tremia levemente – Como minha esposa e companheira, à frente de minha família, para honrar e respeitar aqueles que chamo de irmãos, hoje e sempre.

Virados um de frente para o outro, os dois continuaram se olhando, até receberem as alianças. Sakura colocou a joia larga, de ouro puro, no dedo dele, e se surpreendeu quando Sasuke deslizou por seu dedo uma aliança totalmente diferente da verde, mas tão bonita quanto. A pedra cor de rosa em formato de cerejeira, brilhava em meio ao ouro, e era maravilhosa.

Olhou para ele de modo questionador, mas apenas viu aqueles olhos tão intensos, o semblante sereno e a expressão mais leve do que já havia visto em toda sua vida junto a ele.

O Sacerdote então coloca na mão esquerda de cada um dos noivos, um rosário de 108 contas, representando cada um dos obstáculos da viida que eles vão ter que superar. 

O sino é tocado novamente e um minuto de silêncio é feito, onde todos mentalizando harmonia e felicidade para os recém-casados.

O Sacerdote e as Mikos se afastam, deixando apenas o casal próximo ao altar, em destaque. Sasuke a ajuda a levantar, e juntos viram em direção aos convidados, e finalmente Sakura tem a dimensão de quantas pessoas fazem parte da Sharingan.

Acomodados no grande salão, vestindo kimonos pretos, os membros do clã observavam aqueles que comandariam o país dali para frente. 

Na frente, os Oyabuns dos outros clãs e seus acompanhantes, assim como a família Uchiha, os Uzumaki, Ino e por fim Sanosuke.

Quebrando completamente o protocolo e não se importando muito com isso, Sasuke estende a mão na direção do filho, que não exita em ir de encontro aos pais, ficando tão bonitos juntos, que os fotografos contratados foram a loucura, assim como Ino e seu celular.

Ao fundo o sino é tocado uma última vez e em sincronia todos os presentes fazem uma mesura respeitosa, saudando o Oyabun e a Hime da Yakuza.

Ino olha para os lados meio confusa, mas por fim se abaixa também, deixando a mão levantada, o dedo apertando incessantemente o botão de tirar foto.

Sakura sente o coração falhar uma batida, vendo todos aquelas pessoas, consideradas perigosas, demonstrando respeito. Olha brevemente para Sasuke, que continua em sua posição altiva e imponente de sempre, e tomando sua primeira grande decisão como Hime, da um passo a frente e abaixa a cabeça retribuindo a mesura, demonstrando o respeito que sentia por todos aqueles que agora eram sua família.

Sasuke olhou surpreso, ainda mais quando Sanosuke se juntou a mãe, abaixando a cabeça.

A medida que os convidados levantavam a cabeça e viam a Hime em tal posição de respeito, ficavam sem saber como agir, até que Naruto, muito emocionado, começou a bater palmas, quebrando mais um protocolo, e assim puxando as palmas que o acompanharam por um tempo.

Sakura levantou a cabeça, voltou para o lado de Sasuke e segurou sua mão.

– Eu não sei se vou conseguir fazer isso direito – Falou, e apenas os dois ouviam em meio ao barulho das palmas – Mas vou dar o meu melhor.

– Eu sei que vai – Sasuke respondeu, e o coração de Sakura derreteu ao perceber o orgulho que o Uchiha sentiu ao falar aquilo.

•  •  •  •  •  •  • 

Após a cerimônia, o casal, junto de Sansouke, foi conduzido até a parte de trás do templo, onde embarcaram em um helicóptero.

Sanosuke foi a loucura, falando o tempo todo que aquele era o melhor casamento do mundo, mesmo que ele não tivesse ido a nenhum outro.

A medida que a aeronave baixava em direção ao gramado da propriedade Uchiha, os ocupantes já conseguiam ver a grande tenda montada e os funcionários transitando, dando os últimos retoques.

– Hime-sama, venha por esse lado – Um funcionário os recebeu – Mikoto-sama logo vai chegar em outro helicóptero, enquanto isso a Senhora Tsunade aguarda.

– Nos vemos mais tarde então! – Sakura sorriu, beijando brevemente os lábios do, agora, marido e a bochecha do filho – Comportem-se!

– Pode deixar mamãe! – Sanosuke garantiu, e ela os viu sumir pelo corredor.

– QUE PODEROSA! – Tenten exclamou assim que a Uchiha entrou no quarto reservado para ela – Poxa, queria ter visto essa cerimônia.

– É, eu também queria – Tsunade resmungou, ainda contrariada com essa história de apenas membros da família Uchiha podem ver a tal cerimônia tradicional.

– Mas vocês viram a cerimônia civil – Sakura tentou amenizar a situação, parando no centro da sala e, com a ajuda de Hinata, começando a tirar o kimono.

Sentia muito não ter podido contar com a presença delas na cerimônia, mas agora era tinha que pensar como um membro da Sharingan, e isso incluia manter o sigilo quanto ao mundo da Yakuza.

– Não vamos discutir nesse dia tão bonito – Hinata sugere, tirando a última camada de tecido do corpo de Sakura – Me ajudem a colocar o vestido, porque ele é pesado! 

Juntas elas ajudaram a nova Uchiha vestir o vestido de baile, assim como dita o tom da recepção, totalmente ocidental.

– Está tão linda! – Hinata abraça Sakura com carinho e se afasta mais para ver o vestido melhor – Uma princesa.

– Agora só falta a... – Tsunade não conseguiu terminar de falar, pois Ino invadiu o quarto como um furacão.

– A coroa de princesa, é claro! – A Yamanaka falou, levantando a caixa que tinha em mãos – Presentinho para a Testuda, do marido do ano.

– Sasuke mandou? – Perguntou interessada, se aproximando da amiga.

– Sim, sim! – Respondeu e então abriu a tampa, revelando uma tiara, que estava mais para uma coroa.

A peça brilhava em prata, com cristais dividindo espaço com as maiores pedras preciosas que Sakura já havia visto, esmeraldas que provavelmente valiam uma casa cada uma.

– Caramba! – Tenten sussurrou, mas por conta do silêncio que se fez no quarto todas escutaram.

– Que presente maravilhoso! – Hinata falou sincera – Uchiha-san tem muito bom gosto.

– Pelo menos isso né? – Tsunade resmungou, ainda não totalmente segura a respeito do homem que fez sua sobrinha querida sofrer tanto – Mas ainda to de olho nele, sendo seu marido ou não!

– Pode ficar tranquila Tsunade, porque o Uchiha tá louquinho na Sakura, você precisa ver as... Fotos da cerimônia! – Ino quase falou demais, não podia revelar que havia ido, pois seria muito complicado explicar porque ela podia participar de algo dito como particular da família – Eu vi algumas no celular da Izumi e ele estava com aquele olhar!

– Oh, que lindo! – Hinata suspirou, inconscientemente pensando se algum dia teria um momento daquele com Naruto.

– Agora vamos terminar de arrumar essa noiva e cair na pista! – Como para enfatizar sua falar, Ino rebolou com as mãos para o alto, arrancando risadas de todas.

•  •  •  •  •  •  • 

Sasuke estava parado na porta que levava para os jardins. Viu quando as amigas de Sakura passaram rindo, levando consigo Sanosuke, que até então também aguardava a nova Uchiha junto ao pai.

– Esperou muito? – O Uchiha escutou a voz doce dela, e virou, vendo a mulher capaz de levar seu ar embora.

Não tinha palavras para descrever como Sakura estava maravilhosa, o vestido rosado, combinando com seus cabelos e fazendo um belo par com os olhos verdes e as esmeraldas na tiara, e no anel, que ela agora usava na mão direita, já que a esquerda estava ocupada pela que trocaram durante a cerimônia.

– Não – Pegou a mão pequena dela entre a sua, e levou aos lábios, beijando com carinho – É a mulher mais linda que já vi na minha vida – Falou com sinceridade.

Sakura sentiu as bochechas esquentarem instantaneamente, e deu seu melhor sorriso para seu marido.

– E você é o homem mais lindo que já vi! – Também foi sincera, já que Sasuke parecia ter saído de uma revista de casamentos, vestido como um tipico noivo, impecável naquele terno – Talvez não mais que Sanosuke, mas ainda sim é bonito – Falou travessa, indo em direção a festa na frente dele.

Sasuke apenas sorriu e se apressou para andar ao lado da esposa, passando sua mão pela cintura dela, se sentindo completo, a tendo exatamente onde sempre desejou.

A equipe trabalhando com Izumi para organizar a festa, se comunicava em escutas a cada passo que eles davam, e por isso não foi surpresa quando, ao chegarem na tenda erguida no ponto mais bonito do jardim, uma música animada começasse a tocar e uma voz anunciasse nas caixas de som a chegada do Senhor e da Senhora Uchiha.

Sakura morreu de vergonha como o esperado, e Sasuke olhou para o palco fuzilando Naruto com o olhar, visto que a voz era dele.

O sentimento de realização de sonho foi ainda mais intenso, quando Sakura percorreu o local com os olhos e viu tudo o que tinha planejado com Mikoto, Izumi e Ino.

Já Sasuke estava positivamente surpreso, vendo a decoração toda baseada em tons de creme e preto, principalmente nos móveis. Os lustres, os tecidos que cobriam toda a tenda e os convidados de pé batendo palmas. Tudo parecia sofisticado, mas não exagerado como esperou vindo de sua mãe e da loira amiga de sua esposa. 

– Gostou? – Sakura perguntou, observando Sasuke olhar em volta com a sobrancelha arqueada.

– Sim – Respondeu e ela sorriu, querendo um beijo dele mas não arriscando fazer isso quando eram foco de atenção de todos.

•  •  •  •  •  •  • 

Depois de receber alguns cumprimentos, Sasuke e Sakura pararam nos lugares reservados para eles, em uma mesa de destaque, podendo então comer e beber um pouco.

– Champanhe? – Sasuke ofereceu, sinalizando que um garçom se aproximasse.

– Não! – Negou rapidamente e se apressou em comer os salgadinhos que tinha à sua frente – Acho que não vou beber hoje – Sorriu, com a boca toda suja e ele balançou a cabeça levemente, limpando com um guardanapo.

– Hm, ok – O Uchiha deu de ombros, pedindo algo mais forte então, já que ia beber sozinho – Agora que você é finalmente minha – Falou em um tom que beirava a brincadeira, fazendo Sakura prestar imediata atenção nele – Tem alguma dúvida urgente quanto ao clã?

– Deixe-me ver – Levou o dedo ao queixo, batendo algumas vezes enquanto pensava – Acho que nada urgente, mas vou pensar em algo!

– Vou aguardar então – Respondeu, passando o braço por cima da caeira dela, e Sakura discretamente deitou em seu ombro.

Estava tão feliz.

– Mamãe, papai! – Sanosuke veio correndo, já afastando uma cadeira e subindo.

Agora sim, estava realmente feliz.

– Tem muito doce! – O pequeno falou em voz baixa, como se contasse um segredo – Olha só! – E tirou de dentro do paletó que usava um punhado de doces variados, que provavelmente estavam na mesa do bolo.

– Sanosuke! – Sakura repreendeu no mesmo instante, pegando os doces e ajudando o filho a limpar a mão – Era para esperar mais um pouco para pegar os doces – Falou enquanto passava o guardanapo agora dentro do bolso do paletó dele – Ninguém falou  nada quando você pegou?

Onde estava Ino, que tinha ficado responsável por ele?

– Não – O pequeno balançou a cabeça para os lados, negando – Uma moça falou que não era para pegar, mas aí eu disse que era filho do bumbum, então ela até me ajudou a colocar no bolso! – Contou feliz da vida.

Sakura bateu a mão contra a própria testa, e Sasuke sorriu orgulhoso, mesmo com a forma com que foi chamado.

– Eu já falei que não pode falar sobre isso com todo mundo – Sakura repreendeu mais uma vez.

– Mas ela tinha pulseira vermelha mamãe – Retrucou timidamente – Pulseira é do clube, não é? – Olhou dessa vez para Sasuke, que apenas balançou a cabeça confirmando – Viu, então tudo bem!

– Só me fala da próxima vez que quiser doces, ok? – Sakura se deu por vencida, vendo Sasuke ajudar o filho a tirar os doces das forminhas, para que o pequeno pudesse comer.

Aquele pai babão não tinha jeito mesmo!

•  •  •  •  •  •  • 

A medida que o sol se punha as luzes iam acendendo. Lustres e luzinhas espalhadas por todo o jardim da mansão Uchiha enxiam os olhos dos convidados, que encantados observavam tudo se acender gradativamente até por fim deixar a festa em uma iluminação baixa, quase lúdica.

A banda no palco, que até o momento tocava músicas clássicas em tom baixo, como fundo das conversas, parou e iniciou novamente, mas dessa vez em tom mais alto uma melodia que fez com que alguns convidados já fossem para o meio da pista dançar com seus pares.

Sakura sabia que aquele momento era o que todos aguardavam para ver a primeira dança do casal, mas parecia errado submeter seu tão introspectivo marido aquela situação. O procurou com os olhos, e o encontrou conversando com os outros Oyabuns, provavelmente falando sobre assuntos importantes que ela ainda desconhecia. Por um momento se desligou do resto da festa, focando apenas no homem com quem passaria o resto de sua vida. O modo como ele parecia indiferente ao assunto, mas atento o suficiente para sempre responder quando questionado. Como o terno tipico de noivo caia bem nele, o modo como até em uma postura relaxada – Com um mão no bolso da calça e a outra segurando um copo de whisky – mostrava seriedade. E os cabelos sempre bagunçados, por mais que ela soubesse que alguém tentou doma-los. Estava tão bonito e agora era só dela.

Nunca imaginou que depois de tudo estariam casados. Estava tão feliz e sabia que ele também estava, principalmente quando – talvez sentindo seu olhar – Sasuke virou o rosto em sua direção, e a expressão séria suavizou até que um meio sorriso estivesse nos lábios dele.

Sem falar nada para as amigas, Sakura deixou o copo de champanhe na mesa e foi em direção a ele, sem desviar o olhar. Cortava a pista de dança sem parar, tendo a sorte de não esbarrar em nenhum dos casais que dançavam.

O grupo de Oyabuns já havia parado de conversar e agora também observavam ela se aproximar, mas Sakura nem ligou para eles, concentrando naqueles olhos escuros que tanto a encantavam.

– Algum problema? – Ele perguntou, assim que ela parou em sua frente com um sorriso maravilhoso, que fazia os olhos verdes brilharem.

Sakura apenas balançou a cabeça para os lados, negando, e delicadamente tirou o copo da mão dele entregando para Naruto, para em seguida puxa-lo para fora da tenda.

– Está me sequestrando Senhora Uchiha? – Perguntou, em um dos seus poucos momentos de descontração, se deixando conduzir para longe da festa, gostando de sair um pouco de toda aquela aglomeração

– Uhum – Ela respondeu travessa e sem olhar para ele.

Os dois seguiram pelo jardim iluminado por milhares de luzinhas, deixando a festa e os convidados para trás.

Em determinado momento ela soltou o braço dele e o pegou pela mão, caminhando agora como um casal, e Sasuke não achou ruim, apertando levemente a mão pequena entre a sua, para que ela soubesse disso.

Um pouco escondido entre as árvores, e talvez por isso vazio, um bonito coreto surgiu diante dos olhos deles. Era branco e estava todo decorado com luzinhas, que o faziam parecer ter saído de um conto de fadas.

Com a mão livre, Sakura levantou a barra do vestido para subir os poucos degraus, e Sasuke tratou de auxilia-la, soltando as mãos e a amparando pela base da coluna enquanto subia. Já que conhecia muito bem a atrapalhada esposa para arriscar.

Esposa.

Ainda parecia loucura poder chama-la daquela maneira.

Finalmente Sakura era oficialmente sua, e isso o fazia inflar de orgulho.

Sua esposa era a mulher mais maravilhosa que já havia visto e estava irrevogavelmente apaixonado por ela. Enquanto a via andar pelo coreto, observando cada detalhe, sentia o amor transbordar em seu peito. Se sentia tão completo que poderia morrer naquele momento, que iria feliz e realizado.

Ela percebeu que era observada, e olhou na direção dele sorrindo. Estava tão linda, como uma visão naquele vestido e com aquelas joias que combinavam com seus olhos.

Como uma rainha.

A sua rainha.

[Can't Help Falling In Love With You - Haley Reinhart]

Sasuke escutou a música mudar, e uma voz feminina acompanhada por um piano soar por todo o jardim.

Wise men say
Homens sábios dizem 
Only fools rush in
Que só os tolos se apaixonam 
But I can't help
Mas eu não consigo evitar 
Falling in love with you 
Me apaixonar por você 

Observou Sakura começar a se mexer levemente junto à música, os olhos ainda maravilhados com a decoração iluminada do jardim, e ele sabia que por mais que ela quisesse dançar não o chamaria. Ela o conhecia tão bem.

Shall I stay?
Eu deveria ficar? 
Would it be a sin
Seria um pecado 
If I can't help
Se eu não consigo evitar 
Falling in love with you? 
Me apaixonar por você? 

Mas por ela, e apenas por ela, não se importava de sair de sua zona de conforto.

Completamente hipnotizado com a beleza da esposa naquele cenário, caminhou em sua direção e a surpreendeu puxando para uma dança.

Like a river flows
Como um rio que corre 
Surely to the sea
Certamente para o mar 
Darling, so it goes
Querida, é assim 
Some things are meant to be 
Algumas coisas estão destinadas a acontecer 

Sozinhos e longe de todos os convidados, os dois giravam lentamente pelo coreto. Uma mão dela entre a sua, enquanto a outra segurava seu ombro e o rosto dela levantado para que não precisassem desviar o olhar.

Não fizeram nenhum movimento mais elaborado, nenhuma volta ou giro que os fizesse desviar o olhar. Sasuke não queria perder nenhuma expressão no rosto dela, nenhum momento com ela. Nunca mais.

Take my hand
Pegue minha mão 
Take my whole life too
Tome minha vida inteira também 
For I can't help
Porque eu não consigo evitar
Falling in love with you 
Me apaixonar por você 

Sakura apertou um pouco sua mãe e seu ombro, fechando brevemente os olhos antes de abrir, olhando mais intensamente dessa vez em sua direção.

– Eu te amo Sasuke-kun – Declarou com certeza em sua voz – Muito, e acho que nunca deixei de amar – Admitiu corando um pouco.

E anos depois ele a escutou falar aquelas palavras mais uma vez.

Mas diferente de anos atrás ele tinha certeza do que sentia.

Like a river flows
Como um rio que corre 
Surely to the sea
Certamente para o mar 
Darling, so it goes
Querida, é assim 
Some things are meant to be 
Algumas coisas estão destinadas a acontecer 

– Não sou muito de falar ou de carinhos – Começou a falar, sentindo necessidade de transmitir a ela o que tinha em seu coração – Mas quero que saiba que tudo o que sinto por você vai muito alem de palavras – Confessou desviando o olhar, sem jeito, antes de respirar fundo e olha-la novamente nos olhos – E é para sempre. – Sussurrou, como se tivesse medo de que mais alguém alem dela escutasse.

Sakura sentiu os olhos se enxerem de lágrimas, e logo elas rolaram por seu rosto, sem parar. Entretanto, não eram lágrimas de tristeza, eram da mais pura alegria por ser correspondida e ter recebido aquela declaração de um homem que nunca foi dado a carinhos. Com seu jeito, mas cheio de sentimentos, Sasuke havia acabado de declarar seu amor por ela.

Take my hand
Pegue minha mão 
Take my whole life too
Tome minha vida inteira também 
For I can't help
Porque eu não consigo evitar 
Falling in love with you 
Me apaixonar por você 

E vendo a sinceridade e o amor naqueles olhos escuros, Sakura teve a confiança que procurava para finalmente revelar o que guardava já a algum tempo.

– Eu prometo que todos os dias serão divertidos, e com certeza seremos felizes! – Ela falou bem humorada, sorrindo imensamente e Sasuke sorriu também, simplesmente por não conseguir se manter sério ao lado dela – Eu, você, o Sanosuke e... – A mão que estava entre a dele assumiu controle, puxando a grande e masculina para baixo até a deixar em seu ventre coberto pelo vestido de noiva – ... Nosso filho ou filha também.

For I can't help
Porque eu não consigo evitar 
Falling in love with you 
Me apaixonar por você 

Ao mesmo tempo que a música parou, Sasuke paralisou no lugar. A mão ainda pressionada contra o ventre plano e os olhos arregalados, em uma expressão que Sakura nunca o havia visto fazer.

Os olhos dele desviaram para o lugar onde sua mão repousava, como se esperasse ver a confirmação ali, mas nada encontrou a não ser a mão tremula dela segurando a sua.

Um filho.

Um que ele poderia ver se desenvolver ali, ver nascer e acompanhar os primeiros anos.

Mais um filho com a mulher que amava.

Ainda atordoado, fez um carinho no local, como se estivesse acariciando o bebê, e Sakura finalmente relaxou.

– Ainda é cedo para sabermos o que é, mas eu estou feliz – Ela falou cautelosa, ainda com a mão em cima da dele, a sentido se mover por sua barriga carinhosamente – Você está feliz, Sasuke-kun?

Os olhos que ainda estavam focados naquele ponto, se ergueram e Sakura pode ver o brilho causados por lágrimas que ela sabia que ele não permitiria rolar, mas que a fazia ter certeza que ele compartilhava do mesmo sentimento quanto ao futuro filho.

– Muito – Foi o que ele falou, antes de puxa-la com a mão livre para o beijo mais apaixonado que já trocaram até o momento – Obrigado – Ele sussurrou por entre os lábios dela, as testas coladas, os rostos tão próximos, assim como seus corpos, e em meio aos beijos e sussurros agradecidos dele, ela sentiu o salgado de uma única lágrima que ele deixou escapar.

E sozinhos naquele coreto, no dia do casamento deles, Sakura viu Sasuke deixar a máscara de indiferença cair pela primeira vez.


Notas Finais


Não vou fazer suspense, principalmente porque já devo ter soltado esse spoiler para muita gente, mas siiiiiiiiiiim Sarada está a caminho ❤
Ela vai chegar para aproximar mais ainda essa família e fortalecer mais ainda esse laço tão forte que une o casal!
Vocês acham que as chances do Oyabun se derreter pela filha são altas ou altíssimas?
Estou bem empolgada para começar a escrever sobre tudo isso ❤

Espero que tenham gostado da surpresa de hoje e ansiosos pela chegada da Sarada nessa história!

Sobre o capítulo:

• Essa cena de inicio foi mais para explicar como aconteceu a invasão do último capítulo ao apartamento do Sasuke. Não é minha intenção ficar inventando inimigos aleatórios a essa altura do campeonato, então o que o Sasuke tem para enfrentar é:
- O que sobrou da Akatsuki, que tá lá meio descontrolada já que o Oyabun fugiu.
- O Orochimaru, que já é o maior vilão de Resiliência, e tentando ficar mais forte se aliou de vez a Tríade Chinesa, mas ele vai ficar sumido por um tempo, já que o coitado tá todo quebrado.
Então por enquanto vou focar mais na Sakura, na família que ta aumentando e no treinamento dela como Hime!
Mas logo logo a treta volta, então fiquem tranquilos vocês que gostam de ver o circo pegando fogo! HAHAHA :)


• Esses momentos da Sakura e do Sano na Sharingan vão ficar cada vez mais comuns, e eu gosto bastante de colocar a Sakura como um contraste desse mundo, porque ela realmente não é alguém que está habituada a vida da Yakuza e tá tentando, do jeitinho dela, se encaixar!
Acho legal ir construindo ela como Hime assim, porque não acho que faça sentido ela virar A poderosa da Yakuza de uma hora para a outra!
E também tenho me divertido bastante escrevendo essas cenas dela ❤

• Neji e Hiashi x Naruto e Hinata
Eu ia colocar o desenrolar dessa novela mexicana mafiosa nesse capítulo, mas não quis me estender muito em outra coisa que não fosse o casamento e a revelação da gravidez, então joguei para o próximo capítulo, que tem a continuação da festa e o que vai resultar disso!
Espero que não se importem :)

• Sobre a cerimônia e qualquer coisa relacionada ao templo: Eu não sou uma especialista e também não sei como funciona uma cerimônia de casamento da Yakuza (apenas que tudo lá envolve sakê HAHAHA)
A única coisa que consegui fazer foi pesquisar e modificar para se encaixar no que eu queria para a história, e espero que não tenha ficado muito esquisito!
Cerimônias tradicionais japonesas são cheias de detalhes e apesar de ter ficado com medo de vocês acharem um pouco cansativo, preferi colocar porque é o momento que a Sakura vira Hime definitivamente, e isso é um dos marcos dessa fic
A questão do álcool na cerimônia eu pensei bem no que eu ia fazer, porque eu não tinha como colocar a Sakura para beber sakê estando grávida, não é mesmo? Aí durante minhas pesquisas, descobri que hoje em dia se usa champanhe também, então tirei essa licença poética e fiz a Izumi trocar a bebida por um champanhe sem álcool, porque as meninas todas já sabiam da gravidez, por conta das provas do vestido.
Foi a única coisa que consegui pensar, porque quando planejei esqueci completamente que a carrimônia envolvia bebida alcoólica HAHAH
Um dos sites que mais me ajudou na construção dessa cena foi esse: http://www.guiadecasamento.com.br/cerimonia-e-festa/religioso/cerimonia-budista

•Eu preferi fazer a cerimônia tradicional e a festa ocidental apenas para poder abusar da decoração chique e do vestido de princesa para a Sakura HAHAHAHAHA
Eu casei no meio do ano passado, então escolher as coisas para o casamento deles foi como reviver os momentos que passei escolhendo as coisas para meu próprio casamento, foi realmente muito divertido ❤
E claro que no meu caso não teve nada tão luxuoso assim, então deixei o dinheiro livre e abusei mesmo, escolhendo só o melhor para esse casal ❤

•Essa cena final é uma das primeiras coisas que escrevi para a fic! Eu tinha duas músicas para usar, Can't Help Falling In Love With You e Fly me to the moon (que foi a que dancei no meu casamento), mas foi apenas quando decide qual usar que consegui tirar a cena do rascunho e dar todo o tom que precisava. Eu queria que fosse bem romântico mesmo, e espero que tenha conseguido, porque é difícil fazer esse Oyabun ser romântico HAHAHAHAHA
Outra coisa que fiquei insegura foi sobre a declaração dele!
Gente, eu não sei vocês mas acho muito difícil ele se abrir o suficiente para falar "Eu te amo" com todas as letras. Não digo que não vai acontecer nunca, mas é algo que preferi deixar nas entrelinhas dessa vez, porque hoje, nesse momento dos dois, o que contou foram os atos dele, os detalhes, e por mais que não tenha dito com todas as letras ele está amando de verdade a Sakura ❤

#GLOSSARIO:

O torii é um portal típico do Japão. Ele está presente em todos os templos xintoístas do arquipélago. Trata-se de uma espécie de porta de entrada que divide o mundo material (comum) e o mundo divino.
O torii é feito de madeira, sem nenhum telhado ou muros anexados e é formado por duas colunas ligadas por duas vigas. As colunas representam os alicerces que sustentam o céu, enquanto que as vigas simbolizam a terra. Os japoneses acreditam que, ao passar pelo torii, a pessoa está entrando em um ambiente sagrado.
(FONTE: http://andreia-inoue.blogspot.com.br/2011/01/torii.html )

Sutra: No budismo, o termo "sutra" se refere de forma geral às escrituras canônicas que são tratadas como registros dos ensinamentos orais de Buda Gautama. Esses ensinamentos estão registrados na segunda parte ("cesto") do Tripitaka e são chamados de Sutra Pitaka (em Pali, "Tipitaka" e "Sutta Pitaka"). Outros textos também são considerados Sutras, principalmente pelas escolas Mahayana, embora não façam parte do Tripitaka e de forma geral sejam atribuídos a outros autores em períodos posteriores.

Shishi-odoshi: presentes em jardins japoneses e/ou paisagismo com estilo oriental. Apesar de ser considerado um elemento que traz uma grande harmonia e beleza a qualquer jardim, essa fonte tem na verdade originalmente outra função: Espantar veados e outros animais que invadiam as propriedades japonesas.
O próprio nome já diz tudo: Shishi-Odoshi significa literalmente “Assustar o veado”, mas também é chamado de Sōzu, e assim como outros dispositivos como o kakashi (espantalho) por exemplo, o ruído característico e rítmico desse dispositivo serve também para espantar aves e animais nocivos para as plantações.
(FONTE: http://www.japaoemfoco.com/shishi-odoshi-fonte-de-agua-de-bambu/ )

Furin: Fūrin (風鈴) significa literalmente “Sinos de Vento” e tem origem chinesa. É um objeto simples que se caracteriza na maioria das vezes por uma esfera ou cilindro de vidro, cerâmica, metal, bambu, madeira, etc. Dentro dele tem um pêndulo que balança ao sopro do vento, ecoando um som parecido como o de um sino.
(FONTE: http://www.japaoemfoco.com/furin-os-tradicionais-sinos-de-vento-do-japao/ )

Para quem tiver curiosidade em escutar o som dos jardins do templo: https://www.youtube.com/watch?v=_j3QipIFkNM

#IMAGENSDEREFFERENCIA

Casamento do ano ❤

Convite: http://68.media.tumblr.com/5dd3f5ca835c8de01992950c8da4dc9f/tumblr_olztc8pbgD1vsy478o2_1280.jpg

Loja de vestidos de noiva: http://68.media.tumblr.com/4917e039a4a07ae50bbcf0f76e43032e/tumblr_omehpljC9k1vsy478o1_1280.jpg

Roupas da Sakura:
- http://68.media.tumblr.com/e24e05f3bae8b86ae5691e5b98e67d94/tumblr_omehpljC9k1vsy478o4_1280.jpg
- http://68.media.tumblr.com/75dd9c4e923421d630d59201be33a17e/tumblr_omehpljC9k1vsy478o6_1280.jpg
(Essa imagem do rosto da Sakura é exatamente como imaginei ela, já que fiz essa coisa muito louca de colocar o rosto da Alina Kovalenko nessa modelo HAHAHAAH)

Roupas do Sasuke: http://68.media.tumblr.com/648b07a591e7074710e5d69d7f9ec396/tumblr_omehpljC9k1vsy478o3_1280.jpg
(O Sanosuke estava vestido exatamente igual ao Sasuke ❤)

Alianças da Sakura:
- http://68.media.tumblr.com/ced220bc1c78d0f9e04cde2fb848769a/tumblr_omehpljC9k1vsy478o9_1280.jpg
- http://68.media.tumblr.com/8d487906d182b709ef12e19eb45c2857/tumblr_omehpljC9k1vsy478o10_1280.jpg

Exterior Templo Uchiha: http://68.media.tumblr.com/0ab424ec474745f589ec8eb8796e0f6e/tumblr_omehpljC9k1vsy478o7_1280.jpg
Na verdade ele chama Byodo-in e fica em Honolulu no Hawaii.

Interior Templo Uchiha:
Altar: http://68.media.tumblr.com/9b6663f9c00a6abcacd65a64a79bb4e5/tumblr_omehpljC9k1vsy478o2_1280.jpg
- http://68.media.tumblr.com/8503f84691e75d5493ab5eb3f56fe0e3/tumblr_omehpljC9k1vsy478o5_1280.jpg
- http://68.media.tumblr.com/f3b9669f40a8efe54d2c68270bf18b74/tumblr_omehpljC9k1vsy478o8_1280.jpg
(Essa é a visão dos dois lados da sala que imaginei, e no meio estariam os convidados! Imaginem que é uma sala bem grande e longa)

Mansão Uchiha: http://68.media.tumblr.com/7d41cd5542e15e3a6e8088ec1c131c96/tumblr_oglqa2OQrD1vsy478o3_1280.jpg

Decoração da festa: http://68.media.tumblr.com/2020a9975c51f7a08ddbf963496191c5/tumblr_omeii4rOcz1vsy478o2_1280.jpg

Coreto iluminado: http://68.media.tumblr.com/90b0bc4fe41a21f608ae6cba899d218b/tumblr_omeii4rOcz1vsy478o1_500.jpg

#MUSICA

Can't Help Falling In Love With You - Haley Reinhart: https://www.youtube.com/watch?v=npwHNcGqueE

✩°̥࿐୨୧

E agora finalmente todas as referências ❤
Eu realmente tenho que tentar me organizar mais, porque queria muito ter lançado o capítulo já com as notas direitinho!
Maaas, acho que mais do que isso, eu realmente sei que tem gente que fica acordado esperando atualização, então preferi atualizar sem elas para que vocês pudessem ler!
Espero que não tenha deixado ninguém chateado e agora já está tudo certinho!
Mais uma vez agradeço a paciência que vocês tem comigo ❤

Eu ainda estou meio desorientada com todos os favoritos e toda essa alegria que eu estou sentindo, e vou tentar pegar essa inspiração para começar a responder os comentários nesse momento ❤
Afinal, eu sou muito agradecida a cada um de vocês que estão acompanhando Resiliência, que tiram um tempo para comentar, recomendar e estar comigo todo domingo nessa aventura que é a vida do Oyabun ❤
Obrigada mais uma vez (eu vou continuar agradecendo!), de coração ❤
Amo muito todos vocês ❤

No próximo capítulo: Vai ter a continuação da festa, a lua de mel, o anuncio da gravidez para o resto do mundo e o primeiro dia da Sakura como Hime!

AH, e sempre me perguntam sobre fics que acompanho! Eu tenho muitas que estou acompanhando e gostando, mas hoje vou compartilhar três nesse tema mafioso que são as que mais tenho gostado:
Divã: https://spiritfanfics.com/historia/diva-5789089
Made Man: https://spiritfanfics.com/historia/made-man-6868674
Fenza: https://spiritfanfics.com/historia/fenza-6060519
Adoro esse tema, então se você também gosta, super indico essas!
E se vocês tem alguma para me indicar, eu também aceito! :)

E é isso, ESTOU MUITO FELIZ AAAAAAAAAAAAAH HAHAHAHAHA ❤
Quem leu até aqui deixo uma surpresa: em comemoração aos mil favoritos eu vou voltar em algum momento ANTES de domingo! (não sei se vai ser um extra ou capitulo novo, mas vai ter surpresa sim!)
Então aguardem ❤

Se você está lendo isso espero que tenha um ótima segunda-feira e que minha fic tenha contribuído para começar a semana bem :)

Obrigada por tudo gente ❤
Qualquer coisa errada, dúvidas, sugestões e etc comentem que eu respondo assim que possível!
Obrigada por lerem, beijos e até domingo :*


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