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História Sem Querer Amei Você - Que comecem os jogos


Escrita por: BitchDobrev

Notas do Autor


AEEEEEEEEEOOO
TO DE VOLTA, CAMBADA
nem demorei tanto dessa vez rsrs (abafa)
Estamos de volta com mais um salto no tempo de dois meses. Reta final para tudo, segredos, brigas, amores e tudo mais que eu sei que estão curiosos pra saber

Dois personagens "SUPER" queridos estão de volta nesse cap
Alguém mais ta com uma pulga atrás da orelha? haha

A música destruidora é Poison & Wine -
The Civil Wars (essa música tem um significado muito grande pra mim)

Capítulo 21 - Que comecem os jogos


Fanfic / Fanfiction Sem Querer Amei Você - Que comecem os jogos

 

"Tome cuidado. A caça de inocentes está oficialmente aberta"

 

Um mês para a formatura...
Domingo á tarde.

– Não, Candice. Eu não vou nesse estúpido baile de formatura. Não vejo motivos para ir.

Estávamos nessa incansável discussão há exatamente duas horas, e a senhora Mary não ajudava muito.

– Querida, eu na sua idade tive que fugir para conseguir ir ao meu, o avô da Candice era muito rigoroso comigo, diferente dos meus irmãos que tinham tamanha liberdade. — o machismo gritava nessa época, só não via quem não queria — Eu te conheço há poucos meses, mas por andar passando tanto tempo aqui, já tenho uma percepção de como você age.

– Como assim? — ela fez um sinal para que eu me sentasse mais perto dela —

– Gosta de tudo do seu jeito, nada de imperfeições. Fica frustrada quando as coisas não saem do seu jeito, mesmo você não tendo poder sobre todos os acontecimentos que te perseguem. Se isola das pessoas e se culpa por coisas que não fazem sentindo. — eu entendi claramente o que ela quis dizer nessa última parte. Eu visitava todos os dias Dakota no hospital, mesmo ela continuando em coma — Mas também é uma garota excepcional. Dócil e gentil com quem quer que seja. Tem um dom de aconselhar como ninguém e é bastante charmosa. Você deveria aproveitar mais a vida.

"Aproveitar mais a vida" Era só isso que me falavam há tempos. Mas, o que ninguém vê é que, eu estou aproveitando, pelo menos eu estou tentando, não da forma que todos esperam. 
Um exemplo é que, minhas notas subiram mais do que eu esperava. Evitava ficar em casa o máximo que eu conseguia. Isso já é um grande avanço pra mim.

– Ah, tudo bem. Por hora, eu irei ceder, mas não desistirei fácil assim. — não brinca, Candice? — Pelo menos já decidiu qual faculdade ir?

Grande problema... Eu fui aceita em diversas faculdades, o que não era surpresa. Visitei algumas, mas não conseguia escolher qual ir. Eu queria me residir em algum lugar longe daqui, mas próximo á Candice.

– Candice não pode falar nada, ela mesma ainda... — foi interrompida pelo barulho da campainha — Eu já volto, meninas.

Me deixar sozinha com a Candice não era uma boa ideia ultimamente. Esse é o momento em que vocês se perguntam o porquê de não ser. Já vão saber.

– Nina, você tem que conversar com ele, ou melhor, eles. — bufei, mas ela parece não ter entendido o recado — Eu sei que eu falei que não tocaria mais nesse assunto, mas já fazem dois meses! Você está se autodestruindo, só que é a única a não perceber isso.

Eu pensava no Ian e no Chris com frequência, quase todos os dias para ser mais exata, mas não passava disso. Só que, eu tinha algumas aulas com o Ian, e não pense você que não doía ficar assistindo ele viver a vida dele sem eu estar presente. 
Já com o Chris as coisas não eram mais fáceis, mesmo não tendo nenhuma aula juntos. A cada corredor tinha um pôster dele junto com o time, falando vulgarmente, eu o via a todo instante, mesmo não querendo. Fora as mensagens que ele me mandava pelo menos duas vezes na semana.

Eu sou humana, é lógico que eu sinto falta deles, mas é algo que está melhor assim. E a Candice precisava entender isso, já que a casa dela vem sendo meu porto seguro e eu não quero abandonar esse porto, mas serei obrigada se ela continuar.

– Por favor, Candice, entenda, acabou. E eu estou bem, juro que sim.

– Eu queria acreditar nisso tanto quanto você se força a acreditar nessa baboseira. Eu só quero que seja feliz, Nina.

– Não dependo de nenhum garoto para ser feliz, Candice. E... — Candice não estava prestando atenção em mim, e sim no meu celular vibrando do lado dela —

– Se eu fosse você, vinha dar uma olhada nesse celular seu. O número é desconhecido.

Ela tirou o celular da mesa e me entregou. E realmente, o número não aparentava aqui.

– Alô? — uma respiração pesada do outro lado era só que se ouvia — Alô?!

– Olá, garotinha.

O celular quase caiu da minha mão quando eu ouvi aquelas palavras, mas não foram elas que me assustaram e sim quem as disse. Jack.

Ele não disse mais nada depois daquilo, e nem era preciso dizer. Ele não só estava com a respiração pesada, mas também ofegante e alguns gemidos baixos saiam da linha. 
Desliguei imediatamente. Nesse momento eu só sentia nojo de mim mesma. Como ele consegue ser tão baixo? Essa não é a primeira vez que ele fazia isso. A cada quinze dias eu recebo alguma ligação junto com o assédio dele, mas eu não podia fazer nada. Estava inválida.

– Nina? Quem era?

– Era trote. — um péssimo trote —

Ela me olhou frustrada, mas nada disse.

– Nina! Candice! Desçam aqui, agora!

A senhora Accola berrou lá de baixo e não parecia muito contente. Nos entre olhamos e descemos. Assim que colocamos os pés na escadaria, sabíamos do que iria ser falado.

– Nikolina Dobrev e Candice Rene Accola? — era um policial — Podemos conversar?

– Do que se trata? — perguntei —

– Nina, apenas responda as perguntas dele e seja sincera. Você também, Candice.

As coisas não pareciam muito amigáveis para o nosso lado.

– Vocês se lembram do episódio da montanha, não lembram? — afirmamos — Estávamos próximos de descobrir o que aconteceu realmente lá, mas alguém divulgou o acontecimento. Logo vocês estarão cercadas de repórteres, o que irá atrapalhar totalmente a investigação. Podem imaginar quem tenha jogado isso no ventilador?

Todo mundo é suspeito de ter feito isso. Divulgar casos para a imprensa dava lucro, eles pagavam pelo mais escandaloso "babado".

– Não faço ideia de quem possa ter sido. — respondi —

– E você, senhorita Accola? — seu tom de voz me dava uma incerteza me levava a crer que ele não acreditou no que eu disse — Não acha que algum dos seus colegas tenha cedido a tentação de ter alguns minutos de fama? Veja só, sua amiga não é da daqui e pelo o que eu soube não é muito popular.

– O senhor que me desculpe, mas se está insinuando que foi a Nina, eu peço que dê licença da minha casa. Ela não fez isso e com certeza eu também não. — Candice se levantou da poltrona com agressividade queimando em seus olhos — Todos nós estamos tentando seguir em frente e não pensar mais naquele dia, mas vocês policiais continuam insistindo, apertando a mesma tecla de sempre! Façam o trabalho de vocês e nos deixem formar em paz!

Até eu fiquei pasma com a atitude dela. Não estou criticando, mas ela parecia sempre tão calma e tranquila nesse assunto, nunca passou pela minha cabeça que ela tinha ficado tão traumatizada... Mas é claro que ficou, Nina! Você mais do que ninguém deveria saber que pessoas ocultam seus problemas de várias formas.

– Por hora, isso já basta. Mas não saiam da cidade, isso serve para ambas. — o recado foi para nós duas, mas foi em mim em que ele cravou seus olhos —

Acenou para a senhora Mary e bateu a porta. No mesmo instante, Candice se pois a chorar e a mãe tentando a consolar.

– Por que eles não nos deixam em paz?! Por quê? Eu não aguento mais. Tenho pesadelos quase sempre com aquele dia. — cobriu seus olhos e as lagrimas se derramavam em suas mãos — Eu fico em alerta sempre que saio sozinha, temo noite e dia pela sua vida, Nina. Você ficou cara a cara com aquele homem, como consegue ficar tão sã?

– Eu não estou sã, estou longe da sanidade. Apenas tento aprender a domar meus demônios. Eu não esqueço aquele dia e nunca esquecerei. Fico sempre pensando na Dakota e se um dia ela vai acordar. Minhas medicações para dormir são fortes, só que não posso parar a minha vida, eu preciso continuar a subir meio degrau por mês.

– Eu não sei como consegue, Nina. Você é tão forte! — ergueu seus braços para mim e eu me repolsei neles —

– Você também é forte, Candice. Eu nunca imaginei que você estaria enfrentando essa batalha com sigo mesma.

– Vocês possuem uma amizade tão linda, nunca se deixem abalar por intrigas de ninguém. É só isso que eu lhes peço.

Candice enxugou as lágrimas e deu uma gargalhada para a mãe. Eu sabia que podia ser da família delas, mas eu não sabia como me integrar dessa maneira.


 

– Nikolina, você estava no acidente catastrófico de dois meses atrás na montanha, não estava?

Eu estava prestes a entrar no colégio quando fui bombardeada por repórteres, da mesma maneira como aquele policial falou.

– Com licença, eu preciso entrar. — tentei tampar a minha cara com a bolsa, porém, tudo que estava nela derrapou para o chão — Droga!

– Então é verdade? Você estava lá? Você tentou conversar com o maníaco da montanha? — maníaco da montanha? Era assim que estavam chamando ele? Isso chega a ser o cúmulo do absurdo — Diga-nos, como os seus colegas e você estão lidando com isso? — eu não conseguia nem enxergar onde as minhas coisas foram parar com o tanto de luz que estava na minha cara —

– Ela não vai falar nada. E caso não queiram uma visita dos meus advogados amanhã, é melhor caírem fora. — a voz saiu baixa, mas o poder a qual foi exercido nela era absoluto — Quer ajuda?

– Advogados? — arqueei uma das sobrancelhas —

– Um susto não faz mal. — entregou-me alguns livros — Isso vai dar o que falar hoje.

– Provavelmente. — notei que Ian estava desacompanhado, o que me levar a crer que... Ariel estava do outro lado da rua dando seu depoimento para as câmeras, como se ela tivesse presenciado o que aconteceu — Sua namorada parece amar os holofotes.

Olhou para mim e deu um sorriso abestado.

– O que foi?

– Você é complicada, Nina. Muito complicada.

O quê? Eu não quis dar uma segunda intenção quando disse que a Ariel era namorada dele, foi apenas um comentário. Eu acho.

– Bem... Hum, eu vou entrar antes que eles resolvam voltar. E obrigada, Ian.

– Eu soube o que vem fazendo pela Dakota. E se quer saber, eu acho isso uma atitude muito linda da sua parte. Mas deve compreender que ela não vai acordar e não é bom se torturar assim, Nina.

Ele poderia ter parado na segunda frase, mas resolveu voltar com o velho hábito. Um fio de gentileza acompanhado com várias farpas de grosseria. Típico.

– Esperança, Ian. Esperança.

Ele estava entre mim e a porta e era difícil exercer algum comando sobre o meu corpo para se mexer voluntariamente.
Ian ainda tinha uma forte influência sobre mim, não ha como negar. Aquele cheiro ardente que vinha dele e seus olhos penetrantes.... Era tóxico ficar perto dele, e depois de meses sem nem ao menos um oi vindo de mim, é natural que eu esteja abalada com a presença dele. Mas só isso, nada mais.
Força, Nina. Você consegue. Tome posse das suas pernas e caminhe. Com bastante relutância eu entrei.

Se eu achei que lá fora estava um caos, aqui então estava igual a uma loja de calçados na promoção. Um alvoroço total.

– Mas que diabos? — sussurrei a mim mesma quando vi o diretor aos prantos com alguns alunos logo a minha frente —

Passei reto por eles e corri para o meu armário.
Quando eu cheguei nele, a primeira coisa que vi foi a Candice encostada nele, resmungando.

– Não dormiu bem? — fez uma cara como se não fosse óbvio —

– O que você acha? Fora os pesadelos, eu estou tendo crises de ansiedade. Eu não sei para qual faculdade ir e não quero me afastar de você.

– Eu também não, nas duas últimas coisas. Mas então, você foi parada por algum repórter?

– Eu acordei com a minha mãe berrando com eles na porta de casa. Na hora que eu encontrar quem fez isso, eu vou...

– Será muito difícil descobrirem quem foi o colaborador dos jornais, não acha, Nina? — Ariel apareceu das profundezas do tártaro, e junto a ela, Ian —

– Não tenho opinião sobre isso, Ariel.

– Como não? Você é sempre a mais intelectual da roda de amigos.

– Somos amigos? — Ian retrucou —

– É claro que sim, Xuxu. — eu acho que vou bater com a minha cara no armário — Por que vocês não vão lá em casa hoje? Para acalmarmos os nervos. Poderíamos jogar verdade ou desafio, com bebidas, é lógico. Seria...

– Péssimo. — completei —

– Nós adoraríamos. — Candice falou por fim, enquanto Ian apenas arregalava os olhos —

– Perfeito. Mal posso esperar para ver vocês lá. Mando o endereço por email — deu um pequeno sorriso e saiu, agarrada nos braços do Somerhalder —

– Eu não vou.

– Ah, você vai. Ô se vai. — rolei os olhos — Acho a Ariel um amor, mas quero que você se divirta, não importa com quem.

– Eu não quero ir, Candice.

– Como a minha mãe disse ontem, você tem que aproveitar mais a vida, Nina. Só se vive uma vez. É sua obrigação aproveitar ao máximo.

– É... Vamos ver, ok?

– Isso já é alguma coisa.
 

 

 



 

  – Que bom que vieram. Entrem. — Nada bom. Nadinha —

Ariel estava arrebatadora naquele vestido de cetim avermelhado. Realçava todas as curvas de seu corpo. Sua casa não saía perdendo, já que parecia ter saído daqueles reality shows de quem tinha a melhor casa.

– Estão todos na piscina. — fez um gesto para seguirmos ela. Eu não poderia estar mais surpresa quando eu vi o Chris sentando na beira da piscina aos risos com uma garota. Foi como um choque de realidade batendo na minha cara — Fiquem á vontade.

– Eu preciso sair daqui, Candice.

– Nina, respira. Você consegue.

Não, eu não conseguia. Chris estava ali, Ian logo mais iria aparecer aos beijos com Ariel. Era demais ate pra mim. Minhas pernas estavam se sacudindo, fora as gotículas se suor que resolveram aparecer em mim.

– Não dá... — e não dava mesmo. Piorou depois dele ter olhado na direção da entrada, a qual eu estava escorada — Meu Deus... Chris está cada dia mais adorável. Eu me odeio por isso.

– Vai lá. Converse com ele. Isso é uma festa e você pode fingir estar bêbada.

Ela simplesmente saiu de lá e me deixou sozinha escorada na pilastra. Isso é sério?

Não tão sério quanto essa festa da Ariel. Não pode ter tanta coincidência num só lugar. Os repórteres aparecendo, Ian reaparecendo, Chris nessa festa... Muita coisa só pra um dia.

– Quer um ponche? — um garoto me ofereceu — Juro que não tem um boa noite Cinderela.

Ele era da minha turma de biologia. Carter era um garoto simplório e quieto, porém, uma das pessoas mais inteligentes que eu conheço.
Seus olhos eram um castanho amêndoa, com uma pele pálida rodeada de espinhas.

– Obrigada, mas eu não bebo. — recusei educadamente —

– Nem eu, mas assim é mais fácil de se enturmar, não precisa beber, só segurar o copo. — teoria até engraçada —

– Ainda sim, não. Desculpa.

– Sem problemas. Então, você veio com quem?

– Candice, mas acho que fui trocada por alguma bebida. — soltou uma risada — É sério, não ria.

– Ok. Ok. Seu nome é Nina, não é? — afirmei — Você parece ser legal, eu sempre quis conversar com você.

– E por que nunca conversou?

– Não que eu concorde com isso, mas o pessoal comenta, entende? Eles falam que você é propriedade do Wood e do Somerhalder, e eu não gosto de brigas.

Isso é patético. Eu não sou objeto para ser propriedade de ninguém! Qual o problema dessas pessoas?

– Escute, Carter, eu não sou objeto para ter dono, entendeu? Pode conversar comigo quando quiser.

– Entendido. Posso te chamar de Nina? Ou prefere Nik...

– Nina. Só Nina.

– Estão conversando bastante, heim? Carter, sabia que a Nina é quase que vegetariana? — Ariel havia plantado tudo. Era óbvio  — Bom, já que agora estão amigos, é hora do jogo da garrafa.

Saiu nos empurrando até uma pequena roda onde estavam todos.

– Vai jogar, Neens? — o outro apareceu com uma garrafa de whisky na mão, sentando de frente pra mim — Isso vai ser divertido.

Candice deu um sorriso para mim diante daquela situação toda.

– Vamos começar. — Ariel girou a garrafa e parou no Chris e nela — Verdade ou desafio?

– Desafio. — respondeu ríspido —

– Eu quero que você venha igual um gatinho até mim e me dê um selinho.

A roda se formou logo com um "Oh" saindo da boca dos demais.
Eu sei que ela estava fazendo isso para me atingir, era notável.

E assim ele fez, sem hesitar. Foi igual a um felino procurando sua caça, estava faminto.
E não acabou num selinho. Foi um beijo mesmo.
Não sei como Ian não fez nada.

– Esse ai tem sorte. Meu garoto. — Josh deu um soquinho nele — Girem essa garrafa logo.

Girada mais uma vez, parando no Zach para mim. 
Eu apenas gelei, sem reação.

– Verdade. — nem ao menos esperei ele me perguntar —

– Todo mundo fica com um pé atrás em relação á você. É virgem?

Um silêncio se apossou do lugar. Era minha privacidade, e eu estava sendo invadida. Só que era um jogo, não poderia ficar sem dizer nada.

– Uhum. — foi a única coisa que eu disse —

– Boa tacada, Nina. — Ariel disse —

A garrafa foi girada dezenas de vezes e mais doses de tequila foram servidas. Todos, com exceção de mim, estavam bêbados.

– Nina, você está mais gostosa do que nunca, sabia? — Josh tocou nos meus cabelos e eu tirei a mão dele antes que fizesse algo mais — Agressiva. Adoro isso.

Deu uma golada na sua bebida e voltou sua atenção para o jogo. Isso estava igual a um bordel. Algumas pessoas estavam dançando a beira da churrasqueira, bêbadas. Algum incêndio poderia começar a qualquer momento.

Candice nem ligava mais para a brincadeira, já estava se atracando com Zach, Ian parecia que iria devorar a Ariel ali mesmo e Chris me encarava constantemente, mas sem ação alguma de nossa parte. 
 

A verdade é que, nem sei por que vim nessa festa. Não é do meu costume vir em lugares assim. Eu gosto de ser reservada e não baladeira.

– Quer dançar, Nina? — Carter estendeu a mão para mim — Você é a única sóbria por aqui, então não corre o risco de se acidentar.

– É melhor não. Eu já estou quase indo embora, só estou esperando a Candice se resolver, mas obrigada.

– Você não gostou de mim, não é? Eu não tenho uma aparência muito boa.

– O quê? Não! Não é isso. Eu só não gosto de festas e nem sei como cheguei aqui. Não tem nada de errado com a sua aparência, Carter.

– Não tem? — se sobressaiu no mesmo instante — Nenhuma garota se interessa por mim. Afinal, quem vai gostar de um nerd metido a emo que se tranca no quarto o dia inteiro assistindo anime?

– Eu acho isso um charme, se quer saber. — alargou um sorriso —

– Posso falar com você, Nina? — Chris tocou o meu ombro e eu quase me senti perdendo a consciência — Em particular. — fisgou Carter —

– Depois a gente se falar, Nina. — se despediu —

– Oi.

Eu sentia que estava perto de um estranho. Parecia que nunca tínhamos nos visto.

– Oi. — sem nenhum contato visual —

– Faz tempo que a gente não conversa.

– Faz tempo que eu ando te evitando. — rebati —

– E olha que eu nem tinha percebido. — soltou uma risada sarcástica — Você ta bem?

– O que seria estar bem?

– Anda pensando em suicídio? — neguei — Deprimida? — afirmei — Você ta normal.

– Só com essas perguntas você já consegue me analisar?

– Você é deprimida, mas não suicida. Se falasse que pensou em se matar, estaria muito mal.

– Interessante a sua teoria. — só agora eu me toquei o quanto eu sentia falta de conversar com os meninos. É como uma droga, você se vicia, entre em abstinência, se reabilita, mas se experimentar de novo, já era — Já decidiu qual faculdade ir?

– Na verdade, não. Acho que ninguém ainda se decidiu. É como a vida de todo mundo dependesse disso, sabe? Complicado.

– É, eu sei como se sente.

Um silêncio pairou sobre nós e eu consequentemente mudei a direção do meu olhar para a Lua, a qual se refletia sobre a água da piscina. Eu era feito um peixe fora d'água, desconexa sem ela.

– Quer nadar? — perguntou Chris —

– Ham? O quê? Não! — me exaltei um pouco — Quero dizer, eu não estou com nenhum maiô aqui e não gosto de ficar com roupas íntimas na frente de ninguém.

– Tímida como sempre.

– É uma característica difícil de ser mudada.

– Não é ruim, só é peculiar. Mas, se me permiti dizer, tem um corpo maravilhoso, deveria começar a mostrá-lo.

– Não faça isso. — pareceu desentendido — Podemos fingir que somos apenas duas pessoas aproveitando a vista da Lua e só?

– Como quiser, mas acho melhor aproveitar sozinha. Jessie está me chamando. — Jessie? —

– Jessie? — indaguei —

– É uma garota que eu estou saindo. — apontou para uma ruiva que estava prestes a mergulhar na piscina — Ela é bem legal. — tenho certeza que sim — Até mais, Nina.

Aí! Não é que tenha machucado, eu estou feliz que ele tenha encontrado alguém, é só que, ele estava tão frio e distante... Nem parecia o Chris que eu conheço.

Precisava encontrar a Candice. Essa festa já durou tempo demais pra mim.

Dirigi meu corpo ate onde estavam algumas pessoas bebendo e perguntei se tinham visto-a. A resposta que me deram foi "está vomitando no banheiro".
Ela deve ter exagerado e com força na bebida.

Entrei na casa que parecia mais fazia do que tudo. Era gigante e difícil de encontrar alguém e eu não queria correr o risco de abrir uma porta e ver coisas que não devem sair de quatro paredes.
Mas, um murmúrio vindo de uma porta atrás de mim foi a minha bússola.

– Candice? — bati na porta —

– É a Candy Caramelo, quem quer falar com ela? — ela parecia mais dopada do que bêbada —

– Candice, é a Nina. Abre a porta. — tentei forçar a maçaneta, só que era em vão — Candice!

– Ah, é a Ninoca. Amorzinho, vai se divertir. Eu to bem aqui. Estou ótima. — começou a rir sem parar —

– Candice, abre a porta! Você não está bem pra ficar sozinha.

– Eu levei um fora do Zach, acredita? Quem ele pensa que é?! — era difícil saber se ela estava rindo ou chorando. Acho que um pouco dos dois — Ele disse que está interessado em outra garota.

– Candice, você é linda e muito adorável, vai conseguir superar isso. — enquanto eu falava, tentava procurar algum grampo jogado no chão — Vamos conversar. Abre a porta.

– Sou um Amendobobo! Yeah! Você é Amendobobo! Yeah! Somos Amendobobos! Yeah! Bobo bobo Amendobobo! YEAAH! — Bob Esponja influenciando pessoas bêbadas, normal —

– Eu vou procurar ajuda. Não saía daqui.

– Precisa de alguma coisa, Nina? — Ariel tocou o meu ombro com aquela mão gelada que me trouxe arrepios —

– Na verdade, eu...

Eu perdi a fala. Meu corpo se estremeceu por completo quando me virei. Nada fazia sentido assim de um minuto para o outro. A cabeça pesou e minhas mãos tremiam sem cessar.
Era irreal a cena que meu cérebro transmitia para mim. Eu não podia colocar a culpa na bebida, já que eu não tinha consumido nada. Mas ainda sim, tudo era desfigurado ao meu ver. A luz que pairava sobre a cabeça da pessoa ao lado de Ariel deveria ser algum holograma.

– O que foi, querida? Parece que viu um fantasma.

Era um fantasma. Um fantasma que me assombra dia e noite.

– O... Que... — eu não conseguia terminar a frase. Não conseguia respirar normalmente — O que você está fazendo aqui?

– Ele? — Ariel perguntou — Ora, achei que já tinham se conhecido. Que feio, papai. Mentiu pra mim.

Papai? Papai?! PAPAI?! Como assim? 
Não era possível. Eu não poderia estar convivendo com o inimigo tão perto assim.

– Está pálida, algo de errado? — a figura irreal me perguntou —

Ele perguntou na maior suavidade, enquanto meu coração não tinha como bater mais rápido.

– Olá, sweet heart. É um prazer vê-la novamente. — um sorriso maléfico escancarou na cara dos dois —

Então era isso... Ela sabia, ela o ajudava. Ela era a filha do Jack! E eu corria um grande perigo nesse momento.

 

 

 

Você apenas sabe o que eu quero que você saiba
Eu sei tudo o que você não quer que eu saiba
Sua boca é um veneno, sua boca é um vinho
Você acha que seus sonhos são os mesmos que os meus

Eu não te amo, mas eu sempre amarei
Eu não te amo, mas eu sempre amarei
Eu não te amo, mas eu sempre amarei
Eu sempre amarei

Gostaria que você me segurasse quando eu viro as minhas costas
(Bem) Quanto menos eu dou, mais eu recebo de volta
Suas mãos podem curar, suas mãos podem ferir
Eu não tenho escolha, mas eu continuarei escolhendo você

Eu não te amo, mas eu sempre amarei
Eu não te amo, mas eu sempre amarei
Eu não te amo, mas eu sempre amarei
Eu não te amo, mas eu sempre amarei

Eu não te amo, mas eu sempre amarei
Eu não te amo, mas eu sempre amarei
Eu não te amo, mas eu sempre amarei

Eu sempre amarei
Eu sempre amarei
Eu sempre amarei
Eu sempre amarei


Notas Finais


AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH
MEU DEUS
MINHA NOSSA SENHORA, POR ESSA NINGUÉM ESPERAVA HAHAHAHA
Ariel, tu é falsiane mesmo, viu, viada
Mas ate que se vocês ligarem os pontos faz sentido
Veja só, só os alunos sabiam daquele acampamento. Ariel some na hora exata da treta, e leva o Ian com ela (pelo menos a bichinha tem coração)
A Sophie ja tinha falado que conhecia a Ariel sem nem um encontro delas ter sido retratado aqui
Foi tudo uma armação dos Porter

E esse Carter, heim? Eu quero ele pra mim. Pode vir, mozão

Chris com essa Jessie... Não gostei, alguém mate ela pls
ele foi tão frio com a Neens </3

Ian nunca vai deixar de ser um idiota, ne? Santa mãe!

Candice, melhor bêbada do mundo kakakaka


Link da minha outra bebê https://spiritfanfics.com/historia/memorias-ao-vinho-6374169

Link do trailer da fic, que eu não canso de deixa aqui hahaha
a gatinea da @criminalgomezz que fez. TA LOTADO DE SPOILER 👇
https://youtu.be/ZRuNwvxiesU


Até mais :*


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