E eu observava todo aquele mar.
Acredito eu que, o mar seja um dos meus lar. Eu me sinto há vontade quando estou aqui, sinto que é minha segunda casa. Sinto que aqui sou capaz de tudo. De enfrentar todos perigos que aparecem, sinto que aqui tenho total liberdade para ser quem sou. Eu sou apenas uma jovem estudante de dezenove anos que tem um sonho de ser uma grande surfista de reconhecimento. Aqui eu enfrento meus medos, como se eles não fossem capaz de me derrubar a qualquer momento. Aqui eu sou livre, sem fronteiras. Aqui eu sou grande, aqui eu sou capaz, aqui eu sou forte e persistente.
As vezes em momentos cruciais da vida, nós caímos. Caímos e repetimos para nós mesmos: eu não sou capaz, eu não sou capaz. Mas comigo é diferente, eu gosto de acreditar em mim mesma, gosto de mostrar que sou forte e que tudo é possível quando somos persistentes. Eu sempre repito para mim mesma: eu sou capaz, eu sou capaz! Grito isso se possível, me faz ter mais fé. Fé é essencial, sem fé nos caímos e não somos capazes de nos reerguer novamente. Precisamos de fé em todos momentos, sejam eles os mais delicados ou os mais espontâneo. Nós precisamos ser fortes. Sejam fortes. Sejam livres, não queira que a vida te acorrente, não deixe. Nós nascemos para ser livres, vamos ser livres e mostrar o que somos capazes. Ter liberdade, fé, ser forte, superar nós levam ao além. Vamos ao além. Somos capazes de ir além quando acreditamos, somos capazes. Lute e conquiste, não seja pessimista. Vá além. Encontre seu verdadeiro eu lá, seja feliz, seja verdadeiro, seja forte. Faça o que você é apaixonado, esteja no seu lar, eu estou no meu lar. Meus pensamentos são os mais abundantes possíveis nele.
Balanço minhas pernas levemente sobre a água gelada que estava me dando uma enorme felicidade, sorrio e olho em volta. O mar já estava vazio, mas ainda havia algumas pessoas na superfície. Nesse momento o mar estava calmo, sem resquícios das enormes onda que estavam acontecendo a poucos minutos atrás. Havia algumas pedras um pouco distante de mim, isso era possível ver, devido a maré estar baixa. Abaixo de onde eu estava também era possível ver algumas pedras rochosas, onde tinha entre elas alguns corais.
Um bando de pássaros começaram a voar um pouco a minha altura, eram centenas deles. Eles estavam agitados e voavam rapidamente. Me assustei quando dois deles se bateram e caíram na água, mas logo se levantaram e se juntaram aos outros pássaros que já estavam um pouco distante. Sorri e voltei a olhar para frente, esperando pela tão sonhada onda.
Alguns golfinhos apareceram ao meu lado, logo começando a pular para água e sair dela, nadando. Eles assoviavam alto, o que irritou meus ouvidos, me fazendo logo levar as mãos até eles. Era evidente que eles estavam assustados, eu só não sabia com o que. Logos eles sumiram da minha vista, e tudo estava calmo de novo, somente o pouco barulho que o mar fazia. Olhei em volta e nenhum surfista, todos já haviam saído da água.
Fiquei ali parada balançando os pés por alguns segundos, até ver que a tão esperada onda estava começando a surgir. Muitos surfistas temem essa onda, é gigante, tem algumas pedras, correntezas fortíssimas e as vezes vem acompanhadas de alguns tubarões. Me distanciei de meus pensamentos e logo tomei minha posição.
Virei a prancha de surf em direção a superfície e comecei a remar com as mãos, logo pude sentir estar sobre a onda, então levantei. Que sensação maravilhosa. Ela logo se transformou em uma perfeita Maverick's, me fazendo ficar por ''dentro'' e surfar para o lado direito da praia.
Me equilibrei por total, começando a fazer os movimentos de subida e descida na prancha. Os respingos caia sobre minha pele desnuda, me causando uma sensação maravilhosa. Desci com a prancha e fiquei na altura do meio dá onda, fazendo alguns movimentos de sobe e desce em seguida. Os meus movimentos estavam indo bem, até eu sentir algo passar por a minha prancha, o que me desiquilibro e fez eu cair dela.
O que passou pela prancha foi com tanta pressão, que fez eu e ela afundarmos. Eu estava rolando na água e prendia a respiração, enquanto sentia minha perna pesar devido o leash da prancha ainda estar presa em meu pé. Batia meu braço e costelas em algumas rochas pontudas, que me causavam pequenas dores, não conseguia a nenhum custo voltar a superfície, o que já estava me deixando aterrorizada. Mas finalmente senti o leash da prancha se quebrar, o que fez ela boiar. Tentei controlar meus movimentos, e assim que tive o controle deles, utilizei meus braços para me dar impulso e me fazer voltar para 'superfície'.
Respirei fundo e inspirei, começando a procurar pela prancha. Bati os pés apressadamente e consegui chegar até ela. Meu peito subia e descia freneticamente, e eu tentei voltar a subir nela, mas senti algo agarrar minha perna e me puxar para o fundo novamente.
– AAAAAAH. – foram as únicas palavras abafadas que ecoaram no enorme oceano.
Comecei a me debater em baixo da água gelada, e meus movimentos já estavam começando a ficar paralisados, devido ao pânico. Senti minha perna arder, a água estava ficando vermelha, e o meu pânico só aumentava. Minha boca se fechou em uma momento rápido, eu estava entrando em meu modo de 'perigo'. Senti todo meu corpo pesar, e uma dor horrível percorrer pelo meu corpo pesado.
Sem pensar comecei a bater no que estava mordiscando minha perna, mas óbvio que era tentativa falha. De repente o bicho subiu para superfície, e minha perna ainda estava em sua enorme boca.
– SOCORRO! – gritei quando pude sentir o vento em minha pele.
Logo ele afundou de novo, me levando junto a ele e balançando sua cabeça de um lado paro o outro, mordiscando minha perna que doía de um modo inexplicável. Puxei o colar que havia comprado na viagem e cravei ele no olho do bicho, que só ficou mais furioso, balançando a cabeça mais rapidamente. Joguei a cabeça para trás, devido a dor que isso me causou e gritei abafado, engolindo um pouco de água. E então ele me soltou. Meu corpo estava em estado de choque, eu estava paralisada, mas fui forte e subi a superfície, gritando por ajuda e levantando os braços, como pedido de ajuda. Eu estava fraca, minha voz saia filha e eu senti uma pontada em minha barriga.
E de repente tudo escureceu.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.