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História Wellust - Conclusies.


Escrita por: Jeleninhaz

Notas do Autor


Leiam as notas finais 👄

Capítulo 18 - Conclusies.


Fanfic / Fanfiction Wellust - Conclusies.


Conclusões.

Selena Gomez's Point Of View.

Assim que estacionei o carro em frente ao meu apartamento, deixei as lágrimas que havia segurado durante toda a nossa conversa caíssem.

Elas escorregaram pelo meu rosto, uma por uma, de forma dolorosa, mas sinto que precisava explodir sozinha em algum momento.
Guardar essas sensações negativas só pioraria tudo.

Enquanto meus soluços escapavam, ecoando pelo pouco espaço existente no carro, percebo que não choro assim há muito tempo. Durante os últimos anos não existiam motivos que me fizessem chorar de tristeza. Minha vida estava correndo perfeitamente bem, planejei todas as minhas metas e futuras conquistas, tenho um imenso orgulho em admitir que alcancei todas elas.

Então qual o motivo desse vazio repentino ter aparecido?

Não posso ser desonesta comigo mesma e negar que alguma coisa está faltando. Eu já estava dando falta de uma parte minha nos últimos dias, e agora a impressão que tenho é que essa parte foi embora.

Ou está a ponto de ir.

Desolada, encosto a testa no volante e fecho os olhos.

Não era para ser assim. Minha intenção, no início dos nossos encontros, não era que saíssemos magoados no final. Como ele pôde se apaixonar por mim?

Justin é um jovem honesto, puro e até ingênuo algumas vezes. Sua ingenuidade o cegou, permitindo com que eu me aproveitasse disso no começo. Ele merece uma garota da sua idade, que saiba reconhecer os próprios sentimentos e o faça feliz.

Em outras palavras, essa garota não sou eu.
A quem quero enganar? Tenho vinte e cinco anos e ele dezenove, somos diferentes em tudo.
Enquanto na minha cabeça tudo se tratava de sexo, nas nossas noites juntos sentimentos estavam nascendo dentro dele.

Minha personalidade não é das melhores, me transformei em uma mulher fechada por receio de que algo ou alguém atrapalhasse meus objetivos futuros.

Max — o primeiro e único namorado que tive — costumava dizer que eu era fria durante nossas relações. Esse foi um dos motivos de termos terminado o namoro, em apenas dois meses juntos. A iniciativa partiu dele, alegando que meu comportamento solitário e focado somente nos estudos o machucava.

Ele tinha razão.

E dias depois, fiquei com a consciência pesada por ter sentido alívio quando terminamos. A verdade é que já presenciei tantos desastres profissionais e pessoais ao longo do meu crescimento, que alimentei a idéia de que comigo tudo seria perfeito.

Minha mãe, por exemplo, tinha uma carreira ótima antes de conhecer o meu pai. Ela era uma advogada renomada, trabalhando no próprio escritório. Mas resolveu dar um tempo no trabalho para começar uma família.

Tempo este que durou uma eternidade, e hoje ela desistiu de continuar com a profissão. As brigas entre os dois não eram constantes durante a minha infância e adolescência, mas quando elas aconteciam eu a escutava gritar que foi uma idiota em trocar uma boa carreira por a ocupação de cuidar de uma casa.
Eu não queria que a minha vida fosse daquele jeito, não queria sofrer arrependimentos mesmo que raramente. Talvez essa fixação tola tenha agido como uma venda diante dos meus olhos.

Hanna é diferente.

Ela gosta de viver todos os momentos da vida com intensidade. Já narrou inúmeras paixões em nossas conversas. Assim como Ashley, ela não perde tempo com os pretendentes que conhece, e logo os prende em um relacionamento.

O engraçado disso tudo é que, com elas, o famoso período de aceitação do fim de namoro não dura muito. Em algumas semanas ambas já estão saindo com outros, se abrindo para novas experiências amorosas e usando o sexo só como um complemento.

Acabei passando a noite em claro, minha mente trabalhava em lembranças dos nossos momentos juntos, trazendo a tona um conjunto de sentimentos que não conheço. Eu não quis entrar no apartamento, recordações dele estão espalhadas por todos aqueles cômodos.

O dia amanheceu rápido, através dos vidros escuros vejo a claridade ocupando Amsterdã.
Justin me disse que seu vôo sairia às oito horas. Não posso simplesmente ir até o aeroporto mais próximo e esperar que ele me escute, preciso de um discurso. Isso, um discurso que relate toda a confusão que ele ocasionou.

A possibilidade de quebrar a cara é enorme, contudo não consigo me segurar, mesmo que seja para não encontrá-lo lá esperando o vôo, ou chegar tarde demais.

Eu só tenho que ir. Mas antes, é necessário entender uma parte desses sentimentos. Pego o celular apressadamente, e digito o número torcendo para que Hanna já esteja acordada. Para a minha sorte, ela atendeu na terceira tentativa.

— Hanna, você pode falar agora? — pergunto ansiosa.

Pelo relógio do GPS vejo que ainda são sete e doze, o que significa que ainda tenho tempo sobrando.

— Oi, posso sim. Mas mal amanheceu. — sorrio acompanhando sua voz preguiçosa — Você está com algum problema? Quase nunca me liga, ainda mais a essa hora.

— Na verdade surgiu um imprevisto no trabalho, e eu pensei que talvez você poderia me ajudar.

— Sabia! Você só liga quando precisa de ajuda! —reviro os olhos — Qual é esse imprevisto?

— O assunto da coluna dessa semana é a paixão, e eu não entendo nada sobre isso, você pode relatar algumas sensações? — torço para que ela acredite nessa mentira.

— Paixão? Mas estamos em agosto, o mês dos namorados já passou.

— Eu sei… Mas o meu chefe quer que eu inclua algo a respeito na coluna, não precisa ser muita coisa.

— Tudo bem. O que você quer saber?

— Qual é a sensação de estar apaixonada?

— Apaixonada? O que você está me escondendo, Selena?

Esse é o lado ruim de ter uma irmã esperta, ela acaba desconfiando de qualquer coisa.

— É um texto em especial para o público feminino, e também para os homens ficarem mais espertos nesses assuntos. Agora comece a falar, eu não tenho muito tempo. — sussurro a última frase para que ela não ouça.

— Você pode até não acreditar, mas a maioria das coisas que dizem por aí é verdade. Aqueles sintomas como frio na barriga, suor nas mãos, borboletas no estômago, tremores e coração acelerado… Não são só boatos. Se a paixão for verdadeira mesmo, esses sintomas começam a ocorrer com o tempo.

Não posso afirmar que já senti todas essas coisas do início ao fim, mas ultimamente o meu coração tem acelerado todas as vezes que nos encontramos. Só em pensar em seus beijos, já sinto um borbulhar estranho. Estranho sim, mas quando o tenho por perto, é bom.

— A vontade de ficar junto o tempo todo também está incluída entre as sensações.

Talvez Hanna esteja com a razão, a simples ideia de que amanhã ele não estará mais em Amsterdã me deixa mais que chateada. Muito mais.

Penso nele durante o trabalho, quando estou sozinha no apartamento, até em relações com outro homem. Charlie é por enquanto o único exemplo para que eu possa comparar, provavelmente será o último.

Aos poucos Justin tomou um espaço muito maior que o esperado. Ele não é mais só um garoto de programa com um corpo desejável, talvez nunca tenha chegado a ser.

Pela primeira vez, reconheço que minha inteligência não é tão afiada quanto eu imaginava. Tratando-se desses assuntos amorosos, tenho 0% de conhecimento, mas não é tarde o bastante para aprender.

Espero que não.

— Selena? Você está na linha?

— Hanna… — ligo o carro e jogo o celular no banco de trás.

Se a sorte estiver a meu favor, não terá engarrafamento no centro nesse horário.

— Eu tenho que ir. Você ajudou bastante, obrigada. — agradeço.

— Selena, está acontecendo alguma coisa?

— Ainda não, mas se estiver eu juro que ligo para contar. Agora finalize a ligação, odeio me distrair com o celular enquanto dirijo.

Conforme o carro desliza pelas ruas de Amsterdã, eu apenas desejo.

Desejo conseguir falar tudo que está me sufocando, desejo que ele aceite as minhas desculpas por ter sido uma completa idiota, e principalmente; desejo que Justin esteja no aeroporto mais conhecido — embora a cidade tenha outros menos frequentados—, ou então nem tenha saído do apartamento ainda.

É engraçado alguém como eu, que se julgava tão esperta, ter percebido o óbvio só nos últimos instantes.

Preciso que Justin continue por perto, de preferência o mais perto possível.


Notas Finais


Betagem por @Srtaherrera
Oiii, gente! Tentei não demorar muito dessa vez.
Agora só falta o último capítulo e o epílogo, se não estiver enganada o último capítulo é um bônus narrado pelo Justin explicando algumas coisinhas que acabaram ficando em aberto.
Confesso que achei a atitude da Selena em ligar para a Hanna meio bobinha, mas foi exatamente por isso que eu coloquei. Achei que seria legal ela "pagar com a língua" tendo uma atitude tola quando estivesse apaixonada, mas que não interferisse muito na personalidade dela.
Enfim, semana que vem posto o último capítulo e o epílogo alguns dias depois.
Obrigada por terem lido até aqui ❤😊
Não sei se vocês curtem Shawn Mendes, mas tenho duas fanfics na categoria dele, uma sozinha e outra em parceria:
• Hurdle: https://spiritfanfics.com/historia/hurdle-8473781

• Ruídos de Saturno: https://spiritfanfics.com/historia/ruidos-de-saturno-8864832/capitulo1


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